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Romantismo

Romantismo. Visão Geral. Romantismo. O Romantismo foi a primeira escola a romper com a estética clássica. O Desesperado - Coubert. O Homem com Luva - Ticiano. Romantismo. Quadro Contrastivo das Literaturas Clássica e Romântica. Estética Clássica. Estética Romântica.

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Romantismo

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Presentation Transcript


  1. Romantismo Visão Geral

  2. Romantismo O Romantismo foi a primeira escola a romper com a estética clássica. O Desesperado - Coubert O Homem com Luva - Ticiano

  3. Romantismo Quadro Contrastivo das Literaturas Clássica e Romântica. Estética Clássica Estética Romântica Classe dominante: nobrezaAs obras clássicas são povoa-das por deuses, soberanos, nobres, seres superiores, capazes de ações incomuns e maravilhosas. Os heróis clás-sicos geralmente pertencem a um mundo bem diferente do cotidiano. Classe dominante: burguesiaAs obras românticas são habi-tadas por mortais comuns. São jovens de classe média ou popular, que amam, odeiam, lutam para subir na vida. Os hérois romanescos podem ser até deficientes físicos, margi-nais, doentes, viciados, bem reais.

  4. Romantismo Quadro Contrastivo das Literaturas Clássica e Romântica. Estética Clássica Estética Romântica Condicionamento e objetivismo O escritor clássico segue pa-drões preestabelecidos: formas e temas tradicionais do gênero lírico, forma fixa na epópeia, heróis que representam valores sociais (Ulisses, Aquiles, Enéias etc.). Além disso, busca um elevado teor de verossimilhança. Procura o caráter universal, válido em qualquer tempo. Liberdade de criação e subjetivismo O escritor romântico recusa formas poéticas, usa o verso livre, adota heróis grandiosos, geral-mente personagens históricas que foram, de algum modo, infelizes: vida trágica, amantes recusados, patriotas exilados (Dante, Tasso, Camões). Não há obediência à harmonia de formas. O disforme e o feio também podem ser artísticos. A concepção de beleza é relativa.

  5. Romantismo Quadro Contrastivo das Literaturas Clássica e Romântica. Estética Clássica Estética Romântica Primado da razão A obra resulta de uma cons-trução por equilíbrio entre as partes, pela moderação, pela racionalidade, pela coerência interna. Há um policiamento do texto, evitando excessos ou inconveniências. Primado do sentimento A obra resulta da imaginação, da fantasia. Exaltam-se os sentidos, e tudo o que é pro-vocado pelo impulso é per-mitido. Supervalorizam-se o amor, a virgindade, o senti-mento nostálgico, o saudosis-mo, a melancolia, o sonho.

  6. Romantismo Quadro Contrastivo das Literaturas Clássica e Romântica. Estética Clássica Estética Romântica Contemporaneidade Representação da vida contemporânea à época do autor. A recorrência ao passado serve somente para captação de modelos, como os da arte greco-romana. Historicismo Evasão no tempo, remetendo à Idade Média, berço das nações européias (medievalis-mo), ou evasão no espaço, para regiões selvagens, de povos não contaminados pela civilização.

  7. Romantismo Quadro Contrastivo das Literaturas Clássica e Romântica. Estética Clássica Estética Romântica Otimismo Concepção tão idealizada da realidade que sempre apre-senta o seu lado bom e prazeroso. Mesmo quando critica a sociedade, o objetivo do autor clássico é corrigir seus defeitos. Há um efeito moralizante na obra. Pessimismo A impossibilidade de realizar o sonho absoluto do “eu” gera a melancolia, a angústia, a busca da solidão, a inquietu-de, o desespero, a frustração, que levam às vezes ao suicídio, refletindo a evasão na morte, solução definitiva para o mal-do-século.

  8. Romantismo Quadro Contrastivo das Literaturas Clássica e Romântica. Estética Clássica Estética Romântica Culto ao real Um dos princípios fundamen-tais da estética clássica é a verossimilhança. As ações inventadas são tão vincula-das ao real que é possível dar crédito a elas. Mesmo quando há episódios mitoló-gicos, os mitos têm caracterís-ticas humanas. Culto ao fantástico O mundo romântico abre-se com facilidade para o misté-rio, para o sobrenatural. Re-presenta com freqüência o sonho, a imaginação. O que acontece na obra é impossível de ocorrer na realidade, pois é fruto de pura fantasia: não carece de fundamentação lógica, do uso da razão.

  9. Romantismo Quadro Contrastivo das Literaturas Clássica e Romântica. Estética Clássica Estética Romântica Culto à cultura O escritor clássico tem apreço à tradição cultural, dela rece-bendo os modelos e as moti-vações para produzir. Ali-menta-se do passado e dos padrões culturais do prese-nte, valorizando a ideologia vigente. Culto à natureza O escritor romântico é fascinado pela natureza. É atraído pela força da paisagem: altas montanhas, florestas, riachos, pássaros. Privilegia o natural e o puro (veja-se a idealização do índio)

  10. Romantismo Ao romper com os clássicos, o Romantismo retoma alguns aspectos da Idade Média. I – Embevecimento diante das maravilhas do cristianismo. “Bom tempo foi o d’outrora Quando o reino era cristão, Quando nas guerras de mouros Era o rei nosso pendão. Dava o rei uma batalha, Deus lhe acudia do céu; Quantas terras que ganhava Dava ao Senhor que lhas deu, E só em fazer mosteiros Gastava muito do seu.”

  11. Romantismo Ainda da Idade Média, o Romantismo colhe o culto ao mistério, ao Sobrenatural. “Quem és tu, quem és tu, vulto gracioso, Que te elevas da noite na orvalhada? Tens a face nas sombras mergulhada... Sobre as névoas te libras vaporoso... Baixas do céu num vôo harmonioso!... Quem és tu, bela e branca desposada? Da laranjeira em flor a flor nevada Cerca-te a fronte, ó ser misterioso!... Onde nos vimos nós? És d’outra esfera? És o ser que eu busquei do sul ao norte... Por quem meu peito em sonhos desespera? Quem és tu? Quem és tu? – É minha sorte! És talvez o ideal que est’alma espera! És a glória talvez! Talvez a morte!...

  12. Romantismo Ex: O Guarani Casa do Paquequer D. Antônio de Mariz Aventureiros Familiares Cecília Vassalagem de Armas Vassalagem Familiar Peri Recriação do mito do “Cavaleiro Andante” e do Ambiente Feudal.

  13. Romantismo O Romantismo e o lIuminismo. Mesmo rejeitando o racionalismo, o Romantismo colhe do Movimento Iluminista, sobretudo Rousseau, o mito do Bom Selvagem, que é configurado no índio de Gonçalves Dias e Alencar. Meu canto de morte,Guerreiros ouvi:Sou filho das selvas,Nas selvas cresci;Guerreiros, descendoDa tribo tupi.Da tribo pujante,Que agora anda errantePor fado inconstante,Guerreiros, nasci:Sou bravo, sou forte,sou filho do Norte;Meu canto de morte,Guerreiros, ouvi.

  14. Romantismo O Romantismo é o intérprete do valores burgueses. A Revolução Francesa põe em ascensão a burguesia que consagra o ideal de liberdade – coletiva e individual – atitude que marca fortemente o Romantismo. VAGABUNDO“Eu durmo e vivo ao sol como um cigano, Fumando meu cigarro vaporoso; Nas noites de verão namoro estrelas; Sou pobre, sou mendigo e sou ditoso! Ando roto, sem bolsos nem dinheiro; Mas tenho na viola uma riqueza: Canto à lua de noite serenatas, E quem vive de amor não tem pobreza. [...] Tenho por palácio as longas ruas; Passeio a gosto e durmo sem temores; Quando bebo, sou rei como um poeta, E o vinho faz sonhar com os amores.” “Quebraram-se as cadeias, é livre a terra inteira,A humanidade marcha com a Bíblia por bandeira;São livres os escravos... quero empunhar a lira,Quero que est’alma ardente um canto audaz desfira,Quero enlaçar meu hino aos murmúrios dos ventos,As harpas das estrelas, ao mar, aos elementos!” (“O Vidente”, Castro Alves)

  15. Origem e Expansão ALEMANHA INGLATERRA FRANÇA PORTUGAL BRASIL

  16. REALIDADE HISTÓRICO-CULTURAL * A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL: esse momento histórico contribuiu para o modelo artístico romântico do Brasil. Uma vez que se difundiu uma busca de liberdade política, econômica gerou-se uma consequência no mundo das artes. A partir de então teria a tentativa de se construir uma arte brasileira e independente da Europa. Busca-se, para tanto, traços exclusivos brasileiros na literatura do romantismo. * A VINDA DA FAMÍLIA REAL * A CRIAÇÃO DE FACULDADES * O SURGIMENTO DO PÚBLICO LEITOR

  17. ROMANTISMO NO BRASIL (1836-1881) OBRA INAUGURAL “SUSPIROS POÉTICOS E SAUDADES” (GONÇALVES DE MAGALHÃES)

  18. CARACTERÍSTICAS PARTICULARES * O ÍNDIO * A NATUREZA * A LINGUAGEM

  19. Síntese das Características * SUBJETIVISMO Saiba que é o coração quem fala e suspira quando a mão escreve – é o coração quem manda. (Musset)

  20. Síntese das Características * Liberdade de criação de imaginação de expressão. Perfumada visão romper a nuvem, Sentar-se junto a mim, nas minhas pálpebras O alento fresco e leve como a vida Passar delicioso...que delírios !

  21. Síntese das Características • Idealização do mundo, do herói e da mulher. Beijar a luz de Deus; nos teus suspiros Sentir as virações do paraíso E a teus pés, de joelhos, crer ainda Que não mente o amor que um anjo inspira, Que eu posso na tu’alma ser ditoso. Beijar-te nos cabelos soluçando E no teu seio ser feliz morrendo!

  22. Síntese das Características • Valorização da natureza.

  23. Síntese das Características • Escapismo • Eu deixo a vida como deixa o tédio • Do deserto o poento caminheiro • Como as horas de um longo pesadelo • Que se desfaz ao dobre de um sineiro. • ......................................................................... • Oh! Que saudades que eu tenhio • Da aurora da minha vida • Da minha infância querida • Que os anos não trazem mais!

  24. Síntese das Características • Ilogismo Enfim te vejo ! Enfim posso, Curvado a teus pés, dizer-te Que não cessei de querer-te Pesar de quanto sofri. Muito penei! Cruas ânias, Dos teus olhos afastado, Houveram-me acabrunhado, A não lembrar-me de ti !

  25. As Gerações de PoetasRomânticos

  26. Romantismo I - Denominação: Nacional-Indianista.II - Características: * Mitificação* Xenofobia* Panteísmo* Religiosidade* Medievalismo Da Pátria Do Índio 1ª Geração

  27. Romantismo – 1ª Geração Gonçalves Dias Poesia:* Primeiros Cantos* Segundos Cantos* Sextilhas de Frei Antão* Últimos Cantos* Os TimbirasTeatro:* Beatriz Cenci* Leonor MendonçaTemática:* Nacionalismo, Indianismo, Panteísmo, Lirismo Amoroso

  28. Romantismo – 1ª Geração Poesia Nacionalista Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá: As aves que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar sozinho à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar – sozinho à noite – Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras Onde canta o Sábia.

  29. Romantismo – 1ª Geração Poesia Indianista No meio das tabas de amenos verdores, Cercados de troncos – coberto de flores, Alteiam-se os tetos d’altiva nação; São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, Temíveis na guerra, que em densas coortes Assombram das matas a imensa extensão. São rudos, severos, sedentos de glória, Já prélios incitam, já cantam vitória, Já meigos atendem à voz do cantor: São todos Timbiras, guerreiros valentes! Seu nome lá voa na boca das gentes,Condão dos prodígios, de glória e terror!

  30. Romantismo – 1ª Geração Poesia Lírico-Amorosa Enfim te vejo! – enfim posso, Curvado a teus pés, dizer-te Que não cessei de querer-te Pesar de quanto sofri. Muito pensei! Cruas ânsias, Dos teus olhos afastado, Houveram-me acabrunhado, A não lembrar-me de ti! ............................................ Louco, aflito, a saciar-me D’agravar minha ferida, Tomou-me tédio da vida, Passos da morte senti; Mas quase no passo extremo, No último arcar da esperança, Tu me vieste à lembrança: Quis viver mais e vivi!

  31. Romantismo I - Denominação:* Ultra-Romantismo* Byronismo* Mal-do-Século II - Características: * Sentimentalismo* Escapismo III - Influências: Melancolia Tédio Niilismo Sonho Solidão Morte Byron Goethe 2ª Geração

  32. Romantismo – 2ª Geração Poesia:* Lira dos Vinte Anos* Conde LopoConto:* Noite na Taverna Teatro:* Macário Temas: Fantasia Evasão Sonho Morte Idealização Amor Sensualidade Macabros Góticos Fantásticos Álvares de Azevedo

  33. Romantismo – 1ª Geração Poesia de Escapismo Se uma lágrima as pálpebras me inunda,Se um suspiro nos seios treme ainda,É pela virgem que sonhei... que nuncaAos lábios, me encostou a face linda! Só tu à mocidade sonhadoraDo pálido poeta deste flores...Se viveu, foi por ti! e de esperança De na vida gozar de teus amores (...) Descansem o meu leito solitário Na floresta dos homens esquecida, À sombra de uma cruz, e escrevam nela: - Foi poeta - sonhou – e amou a vida. Eu deixo a vida como deixa o tédio Do deserto, o poento caminhoneiro Como as horas, de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um sineiro; Como o desterro de minh’alma errante, Onde fogo insensato a consumia: Só levo uma saudade – é desses tempos tempos Que amorosa ilusão embelecia. Só levo uma saudade – é dessas sombras Que eu sentia velar nas noites minhas... De ti, ó minha mãe! pobre coitada Que por minha tristeza te definhas! De meu pai... de meus únicos amigos, Poucos – bem poucos – e que não zombavam Quando, em noites de febre endoidecido, Minhas pálidas crenças duvidavam.

  34. Romantismo – 2ª Geração Poesia Irônica Poesia Gótica Poetas! amanhã ao meu cadáver Minha tripa cortai mais sonorosa!... Façam dela uma corda e cantem nela Os amores da vida esperançosa! Cavaleiro das armas escuras, Onde vais pelas trevas impuras Com a espada sangüenta na mão? Por que brilham teus olhos ardentes E gemidos nos lábios frementes Vertem fogo do teu coração? Cavaleiro, quem és? o remorso? Do corcel te debruças no dorso... E galopas do vale através... Oh! da estrada acordando as poeiras Não escutas gritar as caveiras E morder-te o phantasma os pés?

  35. Romantismo I - Denominação:* Geração Hugoana* Geração CondoreiraII - Temas: III - Contexto: IV - Influências: Sociais Políticos Humanitários Lutas Abolicionistas Lutas Republicanas Victor Hugo 3ª Geração

  36. Romantismo – 3ª Geração Castro Alves Poesia:* Espumas Flutuantes* Os Escravos* A Cachoeira de Paulo AfonsoTeatro:* Gonzaga ou A Revolução de MinasTemas:* Abolicionismo* Liberalismo* Lirismo Amoroso* Escapismo

  37. Romantismo – 3ª Geração Era um sonho dantesco... O tombadilho Que das luzernas avermelha o brilho, Em Sangue a se banhar. Tinir de ferros... Estalar do açoite... Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar... Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras, moças... Mas nuas, espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs. E ri-se a orquestra, irónica, estridente... E da ronda fantástica a serpente Faz doidas espirais... Se o velho arqueja... se no chão resvala, Ouvem-se gritos... o chicote estala. E voam mais e mais... Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali!

  38. Romantismo – 3ª Geração Adormecida Uma noite, eu me lembro... Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço no tapete rente. ‘Stava aberta a janela. Um cheiro agreste Exalavam as silvas da campina... E ao longe, num pedaço do horizonte, Via-se a noite plácida e divina. De um jasmineiro os galhos encurvados, Indiscretos entravam pela sala, E de leve oscilando ao tom das auras, Iam na face trémulos – beijá-la.

  39. Romantismo – 3ª Geração O Século O séc’lo é grande... No espaço Há um drama de treva e luz Como o Cristo – a liberdade Sangra no poste da cruz Um corvo escuro, anegrado, Das asas d’águia dos céus... Arquejam peitos e frontes... Nos lábios dos horizontes Há um riso de luz... É Deus.

  40. Romantismo – 3ª Geração Mocidade e Morte Morrer... quanto este mundo é um paraíso, E a alma um cisne de douradas plumas: Não! o seio da amante é um lago virgem... Quero boiar à tona das espumas. Vem! formosa mulher – camélia pálida, Que banharam de pranto as alvoradas. Minh’alma é a borboleta, que espaneja O pó das asas lúcidas, douradas... E a mesma voz repete-me terrível, Com gargalhar sarcástico: - impossível!

  41. Romantismo – 3ª Geração Boa-Noite Boa-noite, Maria! Eu vou-me embora. A lua nas janelas bate em cheio. Boa-noite, Maria! É tarde... É tarde... Não me apertes assim contra teu seio. Boa-noite!... E tu dizes – Boa-noite. Mas não digas assim por entre beijos... Mas não mo digas descobrindo o peito, – Mar de amor onde vagam meus desejos.

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