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Trauma Pediátrico

Trauma Pediátrico. Josemberg Marins Campos José Guido Correia de Araújo Jr. Miguel Arcanjo dos Santos Jr. Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia do Trauma. Trauma Pediátrico. ObjetivoS. Demonstrar princípios de atendimento criança - trauma

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Trauma Pediátrico

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Presentation Transcript


  1. Trauma Pediátrico JosembergMarins Campos José Guido Correia de Araújo Jr. Miguel Arcanjo dos Santos Jr. Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia do Trauma

  2. Trauma Pediátrico ObjetivoS • Demonstrar princípios de atendimento criança - trauma • Identificar as características peculiares • Padrões de lesões próprios criança • Diferenças anatômicas e fisiológicas • Discutir conduta inicial lesões críticas: ABCDE • Controle vias aéreas, lesão coluna cervical • Choque, temperatura e medicamentos • Suporte psicológico • Identificar padrões de lesões - criança vítima de abuso

  3. Trauma Pediátrico INTRODUÇÃO • Principal causa morte, invalidez infância > outras doenças • Problema saúde pública • O mecanismo trauma varia com a idade • Queda: principal causa trauma (morte rara) • Acidente automobilístico: morte • Tipos e padrões de lesões: • Lesões multissistêmicas← Contuso

  4. Trauma Pediátrico Mecanismo trauma: Tipos lesões • Atropelamento • ↓veloc.: Fraturas extrem. • ↑veloc.: Politrauma, Frat. extr. • Colisão veículo • Com / sem cinto segurança • Queda altura • Queda bicicleta • Com / sem capacete Trauma Pediátrico. Col Amer Cir. ATLS, 2008 AtendPré-hospTraum PHTLS, NAEMT, 2007

  5. Trauma Pediátrico ESCORE TRAUMA PEDIÁTRICO Pereira Jr GA, Trauma Paciente Pediatrico. Medicina, 1999

  6. Trauma Pediátrico CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS • Tamanho e forma: ↓massa corpórea, ↓tecido adiposo, >energia ➝ órgãos próximos • (>cabeça) ➝ TCE↑ • Esqueleto: calcif. incompleta, + flexível (↓fraturas, ↑lesão órgãos) • Superfície corpórea: ↑energia perdida ➝ ↑hipotermia • Estado psicológico • Efeitos longo prazo: Fisiológicos / Psicológicos • Equipamentos: tamanho apropriado p/ idade

  7. Trauma Pediátrico Trauma Pediátrico. Col Amer Cir. ATLS, 2008

  8. Trauma Pediátrico EQUIPAMENTOS Tamanhos apropriados Fita - Escala de Broselow Clement R, National EMS Academy.. http://youtube.com/watch?v=OlgvZKfQKdo Campos JM, 1996

  9. Trauma Pediátrico CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS Vias Aéreas, Cabeça e Pescoço • Desproporção craniofacial • Occipital grande: flexão coluna cervical • Posição neutra • Coxim sob o tronco • Fontanelas abertas: • ↓ lesão neurológica / TCE Trauma Pediátrico. Col Amer Cir. ATLS, 2008

  10. Trauma Pediátrico CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS Vias Aéreas, Cabeça e Pescoço Laringe: funil, + anterior Traqueia: curta Retificação brônquio direito AtendPré-hospTraum PHTLS, NAEMT, 2007

  11. Trauma Pediátrico CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS • Parede flexível, mole • Lesões mal toleradas TÓRAX ABDOME • Parede mais frágil e mais fina • Fígado e baço mais caudais Moore F A, MD. ACS Surgery: PrincPracti, 2010

  12. Trauma Pediátrico CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS • ↑ Flexibilidade • LMSAR (Lesão medula sem alteração Rx) COLUNA

  13. Trauma Pediátrico CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS • > Superfície corpórea em relação peso • Pele fina • Pouco tecido subcutâneo Termoregulação • Prevenir a hipotermia

  14. IMPACTO FISIOLÓGICO Trauma Pediátrico ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS % perda sangue Trauma Pediátrico. Col Amer Cir. ATLS, 2008

  15. Trauma Pediátrico ATENDIMENTO: ABCDE As prioridades são as mesmas: A – Cânula traqueal sem balonete e de tamanho apropriado B – Costelas flexíveis, tamanho dreno tórax C – Quantidade líquido, uso sangue D – Glasgow, escala verbal pediátrica E – Prevenir a perda calor

  16. Trauma Pediátrico ATENDIMENTO: VIAS AÉREAS • Permeabilidade: Manobras • Cabeça: posição de cheirar • Aspiração, oxigenação, tração mento e mandíbula • Inconsciente ➝ Cânula orofaríngea Orebaugh L. Atlas airway management: Tech. tools, 2007

  17. Trauma Pediátrico ATENDIMENTO: VIAS AÉREAS • Intubaçãoorotraqueal: Φ tubo • TCE, insuf. respiratória, hipovolemia • Manobra Sellick • Cricotireoidostomia por punção • **Intubaçãonasotraqueal = NÃO Pereira Jr GA, Trauma Paciente Pediátrico. Medicina, 1999 Orebaugh L. Atlas airway management: Tech. tools, 2007

  18. Trauma Pediátrico INTUBAÇÃO SEQUÊNCIA RÁPIDA PRÉ-OXIGENAR ATROPINA HIPOVOLÊMICA NORMOVOLÊMICA (Etomidato ou Midazolam) (Etomidato ou Midazolam) PRESSÃO NA CRICÓIDE PARALISIA (Succinilcolina) INTUBAR, VERIFICAR A POSIÇÃO DO TUBO Trauma Pediátrico. Col Amer Cir. ATLS, 2008

  19. Trauma Pediátrico RESPIRAÇÃO / VENTILAÇÃO • Freqüência respiratória: ↓ com a idade - Lactentes: >40 x / min ➝ Crianças: 20 x/min • Volume corrente: 7-10ml/kg ➝ Barotrauma?? **Hipoventilação → acidose resp. → PCR (principal causa) • Drenagem tórax: -Pneumo / hemotórax • Túnel • Dreno → superior e posterior Moore F A, MD. ACS Surgery: PrincPracti, 2010

  20. Trauma Pediátrico CIRCULAÇÃO: DIAGNÓSTICO HIPOVOLEMIA • Sinais vitais: perda>30% • FC ↑ = pode ser dor, ansiedade / hipovolemia (1ª alteração) • Reserva cardiovascular aumentada: • Descompensação tardia: choque = quadro GRAVE • Pulso periférico ausente • Extremidades frias, pele mosqueada • Pressão pulso ↓ (20mmHg) • Fluxo sanguíneo cerebral • Consciência ↓

  21. Trauma Pediátrico CIRCULAÇÃO / ACESSO VENOSO Punção periférica Intra-óssea: ≤ 6 anos de idade Dissecção: Safena no tornozelo / inguinal Acessos especiais: femoral

  22. Trauma Pediátrico CIRCULAÇÃO: PUNÇÃO INTRA-ÓSSEA intraósseospunctureinfusion – Fonte - http://www.youtube.com/watch?v=NiMREdptAww Atend Pré-hosp Traum PHTLS, NAEMT, 2007

  23. Trauma Pediátrico CIRCULAÇÃO / REANIMAÇÃO • Volemia = 80ml/Kg • Infusão rápida: 20ml/Kg (3x) • Ringer Lactato • Temperatura: 39C • Hemotransfusão ? • Controle da temperatura

  24. Trauma Pediátrico REPOSIÇÃO SANGUÍNEA Concentrado de hemácias: 10 mL/Kg Tipo específico ou O negativo Aquecido Consulta imediata ao cirurgião!

  25. Trauma Pediátrico CIRCULAÇÃO / RESPOSTA AO TRATAMENTO Trauma Pediátrico. Col Amer Cir. ATLS, 2008

  26. Trauma Pediátrico Trauma Pediátrico. Col Amer Cir. ATLS, 2008

  27. Trauma Pediátrico TRAUMA TORÁCICO • Trauma contuso: veículos, lesões associadas (>2/3) • Fratura costela: grande energia • Flexibilidade da parede torácica • Contusão pulmonar sem fratura • Mobilidade mediastino: ↑Pneumotórax hipertensivo, ↑afundamento torácico • Toracotomia: raro • Tratamento lesões específicas = adulto

  28. Trauma Pediátrico TRAUMA ABDOMINAL • Tomografia (TC) com contraste • Lavado Periton. Diag. x FAST • Achado: líquido peritoneal • Tratamento conservador, se estabilidade hemodinâmica Método de avaliação Distensão gástrica Sondagem gástrica e vesical Medidas auxiliares Moore F A, ACS Surg.: Princ and Pract, 2010

  29. Trauma Pediátrico TRAUMA ABDOMINAL Tratamento Não cirúrgico Cirúrgico Decisão do cirurgião

  30. Trauma Pediátrico TRAUMA ABDOMINAL Indicações de Laparotomia • LPD (material entérico/bile) • CT (duodeno/pâncreas) • Distensão abdominal e Choque • Outras • Pneumoperitônio • Pneumoretroperitônio • Hérnia diafragmática traumática Instabilidade Hemodinâmica Persistente

  31. Trauma Pediátrico TRAUMA ABDOMINAL • Lesão mais comum no Trauma Abdominal Fechado • Dor local /ombro esq. • Tratamento conservador, se estabilidade hemodinâmica • Ruptura 2 tempos: incomum • Internação / Repouso Baço Vilela P, Hospital da Restauração, 1995

  32. Trauma Pediátrico TRAUMA ABDOMINAL • Segunda lesãomais comum no Trauma Abdominal Fechado • Tratamento conservador, se estabilidade hemodinâmica • Hemobilia • Internação / Repouso Fígado Vilela P, Hospital da Restauração, 2005

  33. Trauma Pediátrico TRAUMA ABDOMINAL Pancreato-duodenal • Mecanismo: Trauma direto andar superior do abdome (Tanque, Guidão, Abuso) • Peritonite e hipovolemia • Amilasemia elevada, massa dolorosa – pseudocisto • Hematoma duodenal Vilela P, Hospital da Restauração, 2003

  34. Trato Gastrointestinal Trauma Pediátrico TRAUMA ABDOMINAL Jejuno – Íleo – Duodeno Mecanismo de trauma Pneumoperitôneo Manifestação mais tardia Irritação peritoneal Febre / taquicardia Vilela P, Hospital da Restauração, 2009

  35. Trauma Pediátrico TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO Tratamento igual ao do adulto! Diferenças Fontanelas, linhas de sutura Prognóstico Lesões extracranianas Hipotensão Lesão cerebral secundária

  36. Trauma Pediátrico TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO Escala de Coma de Glasgow modificada para resposta verbal da criança Trauma Pediátrico. Col Amer Cir. ATLS, 2008

  37. Trauma Pediátrico LESÃO MEDULAR • Diferenças • Ligamentos interespinhosos, cápsulas articulares • Vértebras encunhadasanter. • Pseudo-luxação • Facetas articulares planas • Cabeça maior • Lesão medular sem alter. Rx • Considerações radiológicas • Tratamento Pereira Jr GA, Trauma Paciente Pediatrico. Medicina, 1999

  38. Trauma Pediátrico TRAUMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO Princípios de tratamento = Adulto Importância da história Trauma nos núcleos de crescimento Perda volêmica proporcionalmente ↓ Fraturas pediculares e incompletas Pereira Jr GA, Trauma Paciente Pediatrico. Medicina, 1999

  39. Trauma Pediátrico CRIANÇA VÍTIMA DE ABUSO ? • Discrepâncias • Demora para levar ao médico • Lesões repetitivas • Respostas inapropriadas • Negligência com a saúde da criança • História

  40. Trauma Pediátrico CRIANÇA VÍTIMA DE ABUSO ? • Escoriações de várias cores • Hemorragias de retina • Hematomas subdurais bilaterais • Fratura(s) de fêmur • Queimaduras por contato ou líquido quente, não usuais • Exame físico • Seqüelas: deformidade, disfunção ou alteração psicológica

  41. Trauma Pediátrico PERSPECTIVAS PREVENÇÃO • Campanhas – educação continuada • Treinamento pessoal: Faculdade medicina, enfermagem • UFPE / Discipl. Cir. Trauma / Corpo Bombeiro / SAMU • Hospitais de Emergências • Ensino, Pesquisa e Extensão

  42. QUEIMADURAS PERSPECTIVAS

  43. Trauma Pediátrico RESUMO • Princípios atendimento são os mesmos • Diferenças anatômicas e fisiológicas específicas modificam a aplicação dos princípios atendimento • Envolver precocemente o cirurgião • Alto índice de suspeita para identificar a criança vítima abuso • Perspectivas: • UFPE / Disc. Cir. Trauma →PREVENÇÃO

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