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FACULDADE PITÁGORAS. Teoria da Argumentação Jurídica Unidade I Enunciação, Enunciado, Discurso, Língua, Linguagem, Texto e Sujeito Prof. Priscila Luiza Ferreira 2012. LINGUAGEM.
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FACULDADE PITÁGORAS Teoria da Argumentação Jurídica Unidade IEnunciação, Enunciado, Discurso, Língua, Linguagem, Texto e Sujeito Prof. Priscila Luiza Ferreira 2012
LINGUAGEM Segundo a professora Karla Sampaio, sobre a lição de Kock, linguagem não é somente um veículo de comunicação ou de transmissão de informações, como muitos defendem, ela é muito mais do que isso: é por meio dela que interagimos com o outro, agimos sobre o outro, levando-o a aceitar o que está sendo dito e a fazer o que está sendo proposto.
Teoria da Comunicação: concebe a linguagem como sendo um veículo de comunicação, um meio de transmitir uma mensagem de um emissor a um receptor. Emissor mensagem receptor Teoria da Enunciação: mais do que uma forma de se levar uma informação (ou mensagem) a um receptor, a linguagem é concebida como espaço de interação: por meio dela, interagimos com o outro, atuamos sobre ele, levando-o a aceitar o que está sendo dito e a fazer o que está sendo proposto. Falar é agir. Através da linguagem alteramos a realidade que nos circunda. Emissor discurso receptor Linguística http://karlasampaio.adv.br/arquivos/Discurso.pdf
Enunciação É o ato da produção do discurso, é pressuposta pelo enunciado. É singular. Depende da interação entre os sujeitos. "...a colocação em funcionamento da língua por um ato individual“1 “Mesmo quando os elementos da enunciação não aparecem no enunciado, a enunciação existe, uma vez que nenhuma frase se enuncia sozinha.” (FIORIN, 2001, P.39) 1 BENVENISTE, E. Problèmes de linguistique générale II. Paris. Gallimard.1974.
Enunciado Produto do processo de enunciação. Permanece.
Enunciação enunciada • A Terra é redonda. • Eu afirmo que a Terra é redonda. • Efeito de subjetividade. • Efeito de objetividade. • Discurso direto, indireto e indireto livre. • Autônomo. • Elementos semânticos utilizados dão uma determinada visão social.
Enunciação Eu Agora Aqui
Pessoas do discurso Quem fala. Nós: Junção de eu com um não eu. Ele (3ª pessoa) Pertence ao domínio da enunciação. Interlocutário. Vós: Plural de tu e outro.
Tempo Linguístico: ligado à fala. Momento da enunciação: o agora, reinventado a cada fala. Passado e futuro na enunciação são marcados pelo enunciado e é fruto da linguagem. Momentos importantes para o tempo lingüístico: Momento da enunciação; Momento de referência; Momento do acontecimento. Linguisticamente, os tempos são marcados pelos verbos e advérbios. Tempo Linguístico
Espaço Lingüístico • Espaço Lingüístico: Expresso pelos demonstrativos e por certos advérbios de lugar. Não é o espaço físico, mas aquele onde a cena enunciativa desenrola. • Pronomes demonstrativos: • Atualiza um ser do discurso, situando-o no espaço. • Este (espaço próximo do enunciador) e esse (espaço próximo do enunciatário): Espaço da cena enunciativa. • Ganhei este diploma de advogado. • Pegue esse papel a sua direita. • Aquele (Longe do enunciador e enunciatário): Espaço fora da cena enunciativa. • Advérbios de lugar: • Aqui (espaço próximo do enunciador), aí (espaço próximo do enunciatário): Espaço da cena enunciativa. • Se tivesse dinheiro, ficaria lá. • Aqui, só me procura o zelador. • Ali(Longe do enunciador e enunciatário): Espaço fora da cena enunciativa.
Discurso Linguagem Contexto Texto
Texto • Tecido verbal, cujas idéias devem estar entrelaçadas para formar um todo. • Ocorrência comunicacional que satisfaz a critérios interdependentes, como o de coesão e coerência. • Critério da intencionalidade. • Critério da intertextualidade. • Para um texto precisa de se considerar a intenção comunicativa, os objetivos, as regras socioculturais, usos de recursos linguísticos, o contexto de produção e recepção. • O texto é individual.
Discurso • Um discurso pode revestir-se de diferentes textos. • O discurso é a materialização das formações ideológicas. • É um processo de interação. • O discurso caracteriza-se por seu caráter coletivo. • É regulado por uma exterioridade sócio-histórica e ideológica que determina as regularidades linguísticas e seu uso e função.
Duas maneiras de dizer • Um cavalo, quase morto de fome e de sede, caminhava em busca de água e de comida. De repente deparou com um campo de feno, ao lado do qual corria um regato de águas cristalinas. O cavalo, não sabendo se primeiro bebia água ou comia do feno, morreu de fome e de sede. (Figurativo) • Há pessoas tão indecisas que são incapazes de realizar qualquer escolha e acabam perdendo muitas oportunidades na vida. (Temático) Fiorin, José Luiz. Linguagem e ideologia. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2005. p.23
Invariável? Variável? Liberdade • Para alguém que mora na capital Rio de Janeiro. • Para o estudante de direito. • Para o presidiário. Justiça • Para alguém que tenha a visão do senso comum. • Para o técnico dentro da área jurídica.
Língua, Linguagem e Sociedade Dotada de intencionalidade Veículo de ideologia
Relação ao sentido a outros dizeres, Acumula-se na memória discursiva, As palavras significam pela história, pela língua, não são nossas, Utiliza o interdiscurso, O que pode e deve ser dito está fundado em: 1º: formação social; 2º: Contexto sócio-histórico. Sujeito: Identidade discursiva
Sujeito: Identidade discursiva • Memória discursiva do sujeito encontra-se na confluência de dois eixos: Memória Atualidade O que é atualidade O que é constituído Identidade ideológica
Sujeito: Identidade social • O lugar do qual o sujeito fala é constitutivo do que ele diz. • Está ligado às relações com a história e remete à formação discursiva do sujeito. • É produto das relações sociais.
CHALITA, Gabriel. A sedução no discurso: o poder da linguagem nos tribunais de júri. • MEDEIROS, João Bosco; TOMASI, Carolina. Português forense: língua portuguesa para curso de Direito. • TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus.