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CONTROLE POSTURAL EM PACIENTES COM LESÃO TRAUMÁTICA DO PLEXO BRAQUIAL Lidiane Souza 1,3 , Thiago Lemos 1,2 , Débora C. L. Silva 1,2 , Laura A. S. Oliveira 2 , Paulo L. M. S. Tavares 3 , José F. Guedes Correa 3 , Erika C. Rodrigues 2 , Claudia D. Vargas 1,3
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CONTROLE POSTURAL EM PACIENTES COM LESÃO TRAUMÁTICA DO PLEXO BRAQUIAL Lidiane Souza1,3, Thiago Lemos1,2,Débora C. L. Silva1,2, Laura A. S. Oliveira2, Paulo L. M. S. Tavares3, José F. Guedes Correa3, Erika C. Rodrigues2, Claudia D. Vargas1,3 1Laboratório de Neurobiologia II, Instituto Biofísica Carlos Chagas Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Centro Universitário Augusto Motta 3Núcleo de Pesquisa em Neurociências e Reabilitação, Instituto de Neurologia Deolindo Couto, UFRJ • INTRODUÇÃO • Lesões traumáticas por estiramento do plexo braquial, o feixe de nervos com origem na medula espinhal que inerva o membro superior, ocorrem frequentemente em decorrência a acidentes de motocicleta, afetando principalmente jovens adultos do sexo masculino. Atualmente não se sabe se as alterações neuromusculares decorrentes da lesão do plexo braquial (LPB) comprometem o controle postural. • OBJETIVO • Avaliar se a LPB afeta o controle postural. • MÉTODOS: • Foram avaliados 11 pacientes com LPB do Instituto de Neurologia Deolindo Couto da UFRJ, bem como 11 participantes saudáveis (grupo controle), pareados em gênero, idade, altura e massa corporal ao grupo de pacientes com LPB. Não houve diferençasignificativa entre osgruposparanenhum dos parâmetrosavaliados (testetnãopareado, p>0,05). • O equilíbrio dinâmico dos participantes foi mensurado através da Escala de Equilíbrio de Berg, que possui 14 tarefas e a pontuação máxima a ser atingida é 56 ponto [1]. • A simetria de distribuição de peso entre os membro inferiores foi avaliado através da posição lateral do CP, aplicando-se o método desenvolvida por Genthonet al [2]. • O controle do equilíbrio em apoio unipodal direito e esquerdo foi quantificado através do número de toques com o membro contralateral no solo durante um minuto. • A avaliação posturográfica foi realizada com os participantes posicionados sobre a plataforma de força (AccuSwayPLUS, AMTI), com os olhos abertos, observando um ponto de fixação. Os participantes adotaram quatro diferentes bases de suporte: base confortável (BC); base aberta (BA); base fechada (BF) e base tandem (BT). • O sinal da plataforma de força foi adquirido com umataxa de amostragem de 50 Hz, durante 60s para cada condição. • Do deslocamentodo centro de pressão dos pés (CP) nasdireções lateral (x) e anteroposterior (y), foram calculadososparâmetros: área elíptica de deslocamento, desvio-padrão, velocidademédia e frequência média. • O centro de gravidade (CG) foi estimado através da aplicação de um filtro passa-baixa do sinal do CP (filtro Butterworth de 1ª ordem, corte em 0.5 Hz [3]); o componente CP-CG foi estimado a partir da diferença entre o sinal do CP e do CG. Para ambos os componentes (CG e CP-CG), o desvio-padrão, velocidade média e frequência média em x e y foram calculados. • Para comparação entre grupos foi aplicado o teste não-paramétrico de Mann-Whitney. RESULTADOS Para as avaliações de equilíbrio e assimetria postural foram observadas diferenças significativas entre os grupos: Para o registro posturográfico foram observadas diferenças significativas entre os grupos para os seguintes parâmetros: Não foram observadas diferenças significativas para os parâmetros avaliados do CG. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Nossos resultados mostraram que: • Pacientes com lesão do plexo braquial exibem menor pontuação na Escala de Equilíbrio de Berg; • Os pacientes apresentam maior desequilíbrio postural na posição unipodal; • O grupo de pacientes apresenta uma distribuição assimétrica do peso corporal para o lado oposto da lesão. • As alterações posturais decorrentes da LPB se refletem nos seguintes parâmetros posturográficos: velocidade média na base aberta e na base confortável do CP; frequência média na base tandem do CP; desvio-padrão nas bases aberta, confortável e tandem da CP-CG e velocidade média na base confortável da CP-CG; todos na direção anteroposterior. Todos estes dados tomados em conjunto mostram que pacientes com lesão do plexo braquial na vida adulta apresentam alterações posturais significativas. REFERÊNCIAS [1] Berg, K.; Wood-Dauphinée, S.; Williams, J. I.; Gayton, D. (1989), Physiotherapy Canada, 41: 304-311. [2] Rougier, P. R.;Genthon, N. (2009), Gait Posture, 29: 437–443. [3]Caron, O; Faure, B.; Breniére, Y. (1997), J. Biomechanics, 30 (11/12): 1169-1171. BC BA BF BT CEPID NEUROMAT/FAPESP SUPORTE FINANCEIRO