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Implementação Local de um Programa de Tutoria

Implementação Local de um Programa de Tutoria. E. A. Martins, J. M. S. Santos Departamento de Matemática , Universidade de Aveiro Portugal I Simpósio Internacional sobre Desenvolvimento Profissional Docente Departamento de Educação, UTFP. O Programa de Tutoria .

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Implementação Local de um Programa de Tutoria

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Presentation Transcript


  1. Implementação Local de um Programa de Tutoria E. A. Martins, J. M. S. Santos Departamento de Matemática , Universidade de Aveiro Portugal I Simpósio Internacional sobre Desenvolvimento Profissional Docente Departamento de Educação, UTFP

  2. O Programa de Tutoria De acordo com Anabela Pereira [1,pag 24], “A tutoria é um processo em que um docente ajuda e apoia a aprendizagem de um aluno de uma forma interativa (…). Esse acompanhamento (podendo também ser coadjuvado por alunos mais velhos com formação específica para o efeito) oferece aos alunos uma atenção especializada, sistemática e integral, com o propósito de facilitar a sua integração no meio universitário e académico e reforçar o processo de ensino, orientar e assessorar na definição do seu plano de estudos em todas as atividades que complementam o seu desenvolvimento académico e pessoal.”

  3. Objetivo O Programa de Tutoria é um programa que na sua versão piloto começou a ser implementado na Universidade de Aveiro em finais de 2011. • acompanhamento académico e personalizado do estudante • contribui para a promoção do seu sucesso académico • contribui para o seu bem-estar psicológico e social. A adoção de estratégias que visam promover a integração e o sucesso académico dos estudantes contribui de forma significativa para dar expressão ao imperativo de garantir a qualidade da universidade.

  4. Algumas causas do insucesso • entrada maioritariamente em cursos de baixa prioridade, utilizando o seu 1º ano na Universidade como “marcar passo” para conseguirem transferência de curso. • transição entre sistemas de Ensino. • inadequada escolha do curso — por decisões influenciadas por amigos, familiares, modas e não por vocação. • dificuldade de enquadramento dos estudantes; insuficiente integração dos estudantes nos ambientes intelectuais e sociais das faculdades. • dificuldade em gerirem a sua aprendizagem e os seus métodos de estudo. • notas de admissão muito baixas.

  5. Para o sucesso deste programa, constituem-se como fatores críticos as figuras centrais do tutor e do mentor, complementares nas suas áreas de intervenção. A coordenação do Programa de Tutoria é feita pelo Conselho Pedagógico da Universidade de Aveiro, sendo a supervisão departamental realizada pelas direções de curso.

  6. O TuTor e MentoR • o docente tutor e o estudante mentor. • Os tutorandos (por agora, conforme atrás referido, apenas estudantes do primeiro ano) serão divididos: • em grupos de quinze alunos orientados por um docente (que será o tutor), • Cada grupo tem o apoio de três estudantes, escolhidos preferencialmente no terceiro ano curricular ou acima, os mentores. • Os mentores ficam responsáveis, cada um, por apoiar a orientação de cinco estudantes do grupo. A coordenação da escolha dos tutores e mentores fica a cargo da direção de curso no início de cada ano letivo.

  7. O Papel do Tutor • O tutor (a escolha) • deverá ser um docente experiente e disponível, que ao longo da sua vida profissional foi acumulando saber e conhecimento prático sobre como ser bem-sucedido no ensino superior. • deverá estar motivado para exercer aquela função. • considerar também a proximidade com os estudantes tutorandos, constituindo na fase atual um fator preferencial, mas não condicionante, que o tutor seja um docente que lecione ao 1º ano.

  8. Auxilia o estudante na integração e na orientação académica. • monitorizao seu desempenho escolar. • diagnosticapotencialidades e dificuldades. • está atento para a deteção de situações pessoais problemáticas que ultrapassem o âmbito académico, providenciando neste caso o encaminhamento do estudante para estruturas especializadas de apoio. • recorda ao estudante que não deve desperdiçar energia e deve saber gerir o seu tempo por forma a conciliar os estudos com atividades extracurriculares.

  9. Lembraao estudante que as horas de sono e uma alimentação cuidada são importantes. • motiva e apoia na orientação vocacional. • promoveas relações interpessoais e de grupo, numa base de tolerância e respeito pelas ideias e pelas pessoas. • auxiliao estudante a desenvolver competências académicas tais como por exemplo, estratégias de estudo, a gestão do seu tempo, a pesquisa de uma bibliografia, a organização de um trabalho, etc. • Pode também propiciar nos estudantes o interesse pelo desenvolvimento de atividades de pesquisa.

  10. O papel do Mentor Assim, partindo da sua própria experiência do impacto da transição entre sistemas de ensino, do seu percurso académico e da sua vivência da academia, através do fomento uma cultura de proximidade com o estudante tutorando, o papel do mentor, sempre em articulação com o tutor, centra-se em quatro pontos essenciais, a saber: 1. Acolhimento e integração no meio académico O mentor ajuda o novo estudante na integração perante os colegas de curso e na apresentação da estrutura física da unidade orgânica e da universidade (como por exemplo na apresentação das salas de estudo, do funcionamento dos refeitórios, da biblioteca, das residências de estudantes, das unidades de saúde, etc).

  11. 2. Partilha de experiências e aconselhamento O mentor descreve ao novo estudante os desafios e dificuldades encontradas e forma de as ultrapassar em determinadas disciplinas. Estas dificuldades prendem-se por exemplo com: • grau de dificuldade encontrado. • a carga de trabalho. • os métodos de estudo. • a escolha do tipo de avaliação, etc. O mentor ajuda também o novo estudante a gerir o seu tempo.

  12. 3. Acompanhamento do desempenho escolar • O mentor, como principal auxiliar do tutor, acompanha o novo estudante no seu desempenho escolar tendo como objetivo a deteção de alguma situação crítica. • 4. Deteçãode situações pessoais que ultrapassem o âmbito escolar • problemas de inserção social • dificuldades económicas • Problemas de saúde psicológica e física.

  13. Vantagens • melhora a sua capacidade de comunicação e competências pessoais. • reforçao seu próprio estudo e conhecimento. • aumentaa sua confiança e motivação;-é uma oportunidade de fazer voluntariado (muito reconhecida pelos empregadores). • reforça o seu CV. • aumenta o seu círculo de amigos. • permite ganhar reconhecimento entre os pares pelas suas competências e experiência.

  14. Programa de Formação • O desempenho das funções de tutor e mentor deve ser apoiado por formação específica. • Durante o Programa-Piloto de Tutoria, foram disponibilizadas ações de formação, dinamizadas pelo Departamento de Educação da UA. A título indicativo, faz-se referência a dois exemplos de formação realizada: • O que é ser Tutor? • (esta formação incluiu uma parte dedicada à Gestão de Stress em contexto académico); • Técnicas de Aconselhamento.

  15. Implementação Local • Breve descrição das ações realizadas no Departamento de Matemática da UA, no âmbito do Programa-Piloto de Tutoria, com o intuito de integrar o novo estudante da Licenciatura em Matemática. • O primeiro contacto com os novos estudantes constitui um momento importante. • Realiza-se uma primeira reunião no início de cada ano letivo com os estudantes do primeiro ano, onde é descrito detalhadamente o Programa de Tutoria e se apresentam os tutores e os mentores que participam nele. Circulam fichas de caracterização.

  16. Partilha de Informação Para facilitar a comunicação entre tutores e mentores, estes criaram no Facebook uma página fechada “Programa Tutoria” em que apenas participam os intervenientes. O objetivo dessa página é a marcação de reuniões e discussão de assuntos apenas relacionados com o programa. Para além disso, são realizadas reuniões entre a equipa para debater problemas.

  17. O Clube da Matemática • Com o intuito de levar os estudantes a participar e a motivá-los para o curso, foi ainda criado o Clube da Matemática, uma página no facebook onde foram adicionados os estudantes do primeiro ano, mentores, tutores, antigos alunos de Matemática e restantes estudantes. • Nesse clube são partilhadas • curiosidades matemáticas apresentadas por alunos e/ou professores • experiências • dúvidas, desafios matemáticos, ideias • exibição de filmes ligados à área científica e divulgação de eventos na área da Matemática

  18. Matemática sem Limites Com o objetivo de partilhar com os estudantes do primeiro ano assuntos de divulgação matemática, fazer a apresentação dos diversos projetos existentes no Departamento de Matemática, realizar debates e análise de curiosidades, iniciou-se um ciclo de palestras com a designação “Matemática sem Limites”. • Contagens do Tempo; • ProjetoMatemática Ensino - um Projeto do passado mas com futuro; • O que (não) faríamos sem os códigos?. E, para descontrair do stress dos exames fez-se a sessão: • Técnicas de Yoga para Matemáticos sem Limites.

  19. Cartazes Os mentores tiveram a ideia da elaboração de cartazes de divulgação científica subordinados ao tema “O meu matemático preferido” em que, num cartaz, é feita uma breve descrição biográfica de um matemático. Esses cartazes são afixados no Departamento de Matemática.

  20. Conclusões Finais O Programa de Tutoria é um programa que se centra no relacionamento humano. É importante os estudantes saberem a quem recorrer no que respeita a problemas ou dificuldades pessoais e/ou académicas. Em termos de melhoria académica o estudante sente-se mais motivado, é mais pontual e frequente às aulas, diminui a sua ansiedade e aumenta o seu grau de confiança.

  21. Continuação… algumasvantagens adquiridas pelo tutorando: • aprende com as experiências dos outros; • ganha prática de aconselhamento; • sente-se apoiado e encorajado e ganha confiança; • ganha experiência para tomar decisões; • desenvolve a sua comunicação e capacidade de estudo e organização; • desenvolve estratégias para lidar com assuntos académicos e pessoais; • identifica objetivos e estabelece sentido de direção; • faz novos amigos no seu ano curricular e outros.

  22. Algumas dificuldades encontradas • manter os estudantes motivados ao longo do semestre • saber até onde deve intervir o tutor • a acumulação das funções de tutor, de docente e investigador • disponibilidade para intervir na dinamização do grupo, etc.

  23. Bibliografia ALBUQUERQUE, Teresa. Do abandono à permanência num curso de ensino superior. Sísifo: revista de ciências da educação, n. 7, p. 19-28, set/dez. 2008. PEREIRA, Anabela. Modelos de desenvolvimento do jovem adulto e promoção do bem-estar em estudantes do ensino superior. In: PROGRAMA de Monitorização e Tutorado: oito anos a promover a integração e o sucesso acadêmico no IST. Lisboa: IST Press, 2011. p. 19-27. UNIVERSIDADE DE AVEIRO. Reitoria. Comissão para Promover o Sucesso Escolar. Relatório Final. 2004.

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