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Taking a Call on Cannabis Drug Helplines Response

Taking a Call on Cannabis Drug Helplines Response. António Maia FESAT Conference Lisbon, 1-2 October 2007. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response.

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Taking a Call on Cannabis Drug Helplines Response

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Presentation Transcript


  1. Taking a Call on Cannabis Drug Helplines Response António Maia FESAT Conference Lisbon, 1-2 October 2007 António Maia - October 2007

  2. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response “A juventude de hoje ama a luxúria, comporta-se mal e despreza a autoridade, mal respeita os idosos e ama de uma maneira superficial em vez de trabalhar” António Maia - October 2007

  3. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response “A juventude de hoje ama a luxúria, comporta-se mal e despreza a autoridade, mal respeita os idosos e ama de uma maneira superficial em vez de trabalhar” Sócrates 450 a.C. António Maia - October 2007

  4. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response António Maia - October 2007

  5. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Para crescer é preciso mobilizar aspectos agressivos já que crescer é ocupar o lugar de alguém; • Winnicott: “homicídio simbólico” dos pais isto é transformar as imagens internalizadas dos pais que vinham da infância; • Se na infância a presença dos pais é sentida como geradora de sentimentos de segurança e protecção agora esta presença produz sentimentos ambivalentes de tensão, excitação e mal-estar. António Maia - October 2007

  6. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response António Maia - October 2007

  7. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response António Maia - October 2007

  8. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response Tempo de Paradoxos Ambivalência e Contradições para os Adolescentes e as suas Famílias: • Para crescer é preciso romper, agredir: como pode a família suportar a violência implícita a este movimento mantendo consistente o sentimento de amor? • Pais que na infância dão segurança; pais que geram ambivalência sentimentos contraditórios de amor-ódio na adolescência; • O Adolescente precisa de se separar daqueles com quem simultaneamente tem de identificar-se; António Maia - October 2007

  9. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response António Maia - October 2007

  10. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response Tempo de Paradoxos Ambivalência e Contradições para os Adolescentes e as Famílias (cont.): • Um meio de entrar em contacto com os pais é provocar o conflito; descobrir os seus limites neste confronto; • O Adolescente, ao mesmo tempo que procura ser ouvido tem um enorme receio de se expor; • Precisa de provocar para descobrir em si o que há de diferente, caminhar para a individualidade/identidade; António Maia - October 2007

  11. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response Tempo de Paradoxos Ambivalência e Contradições para os Adolescentes e as Famílias (cont.): • Os pais devem ser capazes de aceitar ser o objecto das pulsões agressivas dos filhos : não devem deixar-se destruir ou atingir em profundidade, deprimindo-se ou ficando disfuncionais; • A Família, os pais devem sobreviver às pulsões agressivas; • Devem procurar manter-se interessados pelas actividades dos seus filhos, a indiferença pode ser vivida como abandono; • Manter o diálogo procurando o sentido implícito das palavras; António Maia - October 2007

  12. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response António Maia - October 2007

  13. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response É necessário não extinguir a violência, visto que ela é necessária à existência, tal como é necessário controlá-la, o que é necessário à co-existência; a instância que concilia estas necessidades é o ritual. (…) O ritual humano faz apelo à palavra que permite a representação das representações do outro” Boris Cyrulnic António Maia - October 2007

  14. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response O Grupo • Os adolescentes necessitam de se sentir idênticos aos outros (diferentes dos adultos, mas semelhantes entre si) para aliviarem a sua angústia, para construírem um sentimento de segurança e confiança em si mesmos, para se situarem num contexto em transformação. • O desejo de originalidade marca um distanciamento em relação ao passado e aos pais, instala-se a busca de uma identidade própria, através de novas e diferentes identificações. António Maia - October 2007

  15. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response Culturas Juvenis “São sobretudo pose, estilo, fashion, cultivam formas de se apresentar em público, propõe mundanidades específicas. Parecendo frívolas e exibicionistas, são importantes formas de organização do tempo dos adolescentes e do processo de busca de identidade característico desta fase.” ( Fernandes, 1993) António Maia - October 2007

  16. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response António Maia - October 2007

  17. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response Culturas Juvenis São RESISTÊNCIA através dos rituais à ORDEM ADULTA: Lazer vs Trabalho Alteração voluntária da consciência vs Razão Visuais exuberantes vs Contenção na Aparência Aceleração vs Prudência António Maia - October 2007

  18. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response António Maia - October 2007

  19. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response António Maia - October 2007

  20. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response António Maia - October 2007

  21. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Para os jovens marcar o corpo é uma forma de apropriação e autonomia perante os pais, é uma forma de distinguir o corpo actual do corpo que receberam, o corpo infantil. (David Le Breton) • Marcar o corpo é uma forma de fabricar uma identidade a partir de sentimentos de insuficiência a ser corrigida. António Maia - October 2007

  22. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response António Maia - October 2007

  23. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response António Maia - October 2007

  24. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response Os jovens usam o espaço público para se colocarem em cena, não simplesmente porque existem, mas para que de facto possam existir, isto é para se fazerem crer que pertencem a um sedimento identitário. António Maia - October 2007

  25. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response Factores de risco São situações de risco todas as que perturbam a qualidade de vida de uma família, entre as quais: • Condições de vida precária e problemas sócio –culturais; • Situações desviantes: violência repetida, doenças psiquiátricas ou crónicas, dependência de tóxicos; • Famílias numerosas; • Incomunicabilidade no seio da família. António Maia - October 2007

  26. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Valores dos Jovens Portugueses(anos 80) • Valorizam a afirmação e a realização pessoal; • Valorização de microestruturas e microsolidariedades; • Importância da família como espaço de protecção e vivência da intimidade; • Participação social informal; • Valores de natureza hedonística e convivial; • Afastamento de estruturas e valores político-ideológicos tradicionais e das práticas religiosas. António Maia - October 2007

  27. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response Valores dos Jovens Portugueses (anos 90) • Polarização: 70% ambicionam atingir um nível superior de escolaridade;30% não têm sequer expectativas de atingir a escolaridade obrigatória; • 58% já abandonaram o ensino e destes 51% não possui o 2ºCEB; • 64% já reprovaram uma vez e metade destes já reprovaram várias vezes; • Absentismo e individualismo como valores dominantes; fraco grau de associativismo; • A família é valorizada; • Jovens saem de casa para casar, terem dois filhos e serem fieis ao marido e à mulher e no caso desta sacrificar a carreira à educação dos filhos; • Antes do casamento são as raparigas que prolongam a sua permanência nos estudos; • Imagem positiva da escola. António Maia - October 2007

  28. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response Do Haxixe • A multidimensionalidade que as substâncias ocupam no corpo social das diferentes culturas onde estão inscritas. “ • A civilização indiana conhece a cannabis à tempo suficiente para ter testado as suas diversas utilizações: desde uma utilização com fins recreativos e populares, cujas regras foram preciosamente salvaguardadas pela tradição, até uma utilização mais elitista e sigilosa reservada aos sacerdotes, aos brâmanes, cujas especificidades se encontram contidas em textos religiosos “ António Maia - October 2007

  29. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • O conceito grego pharmákon significa simultânea e inseparavelmente remédio e veneno (Escohotado) • Platão coloca os pharmaka entre as coisas que podem ser ao mesmo tempo boas (agathá) e penosas (aniará) António Maia - October 2007

  30. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Distinguir uso de abuso; • O processo de consumo é descontínuo: a grande maioria dos consumos não evolui em escalada para a toxicomania; • Inscreve-se como valor simbólico para um determinado contexto: não é um fim mas antes um meio para. António Maia - October 2007

  31. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Acesso iniciático/ordálico ao mundo dos adultos: viagens ao bairro de tráfico, viagens a Marrocos…; Construir condutas de risco para fabricar emoções. • Acesso aos valores juvenis de pertença, roupa, saídas…pelo dinheiro obtido no pequeno tráfico; António Maia - October 2007

  32. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • No consumo de drogas pelos jovens importa distinguir: o tipo de consumo, a frequência, a função e o seu impacto na vida afectiva e social do individuo; António Maia - October 2007

  33. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • As razões: curiosidade, o prazer, o valor de pertença pela prática social a um determinado grupo António Maia - October 2007

  34. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Cannabis / THC (resina;folhas;flores) : substância neuromoduladora que produz uma alteração em duas fases: euforia (fase estimulante) e sedação (fase depressiva). • Na fase estimulante há um efeito semelhante ao estado onírico, pode haver distorção visual e do tempo; pode haver compromisso da concentração. Redução da memóriae supressão do apetite pela acção do THC sobre os receptores da acetilcolina e da serotonina. • Na fase depressiva é comum o sono e um estado de letargia António Maia - October 2007

  35. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Cannabis : Efeitos psicológicos: • relaxação; • desinibição; • hilariedade; • lentificação; • sonolência; • dificuldade na execução de tarefas complexas António Maia - October 2007

  36. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Cannabis : efeitos fisiológicos: • aumento do apetite; • secura da boca; • olhos vermelhos e brilhantes; • taquicardia; • sudação; • sonolência; • descoordenação motora. António Maia - October 2007

  37. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Cannabis : efeitos psicológicos (cont.): • dificuldade na execução de tarefas complexas: • expressar-se com clareza • memória imediata • capacidade de concentração • processos de aprendizagem António Maia - October 2007

  38. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Uma substância existe a partir da relação que com ela se estabelece e com o valor simbólico/subjectivo que o individuo constrói nessa relação; • Jogo de expectativas e acção neuroquímica específica de cada substância António Maia - October 2007

  39. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response “ O efeito de uma droga é algo que não existe (...). Os efeitos da droga são uma função da interacção entre a substância e o indivíduo, definido fisiológica, psicológica e socialmente” (Nowlis) António Maia - October 2007

  40. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • O problema na toxicodependência centra-se não no consumo mas na ausência, na ressaca, na falta– quanto mais se enche/injecta mais vazio se vai ficando. • As trajectórias de vida dos consumidores parecem percorrer sempre um caminho que vai do Prazer, à Memória desse prazer, culminando de forma violenta no confronto com a Ausência, a Falta o Craving. António Maia - October 2007

  41. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response Lacan refere-se à “dor de existir” como uma condição inerente ao trajecto de todo o ser humano, enquanto sujeito de desejo, postulando aqui um desejo sempre vivo porque insatisfeito. A insatisfação leva à busca da superação da perfeição através do consumo de substâncias, da alteração do corpo através dos piercings, das tatuagens, das dietas ou do recurso à cirurgia plástica… António Maia - October 2007

  42. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Não existe um modelo de personalidade único que se constitua como uma personalidade toxicómana. • A dependência instalar-se-ia em diferentes tipos de personalidade, contudo evidenciado traços comuns tais como a depressividade, fragilidades identificatórias e incapacidade de gestão dos impulsos agressivos que não podendo ser elaborados desencadeiam uma necessidade de agressão dirigida aos outros e contra si próprio (Jean Bergeret). • Zafiropoulos (1988) afirma que “o toxicómano não existe” já que não cabe em nenhuma categoria psicologicamente isolável, encontrando-se este tipo de prática em diferentes tipos de personalidade. António Maia - October 2007

  43. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • As primeiras teorias psicanalíticas colocavam a ênfase no prazer e nos aspectos regressivos e adaptativos, induzidos pelas substâncias e seus efeitos. • Actualmente: o consumo de drogas como meio procurado pelo indivíduo numa tentativa de gerir o seu sofrimento psicológico e deficiências nos seus mecanismos internos de auto-regulação: vulnerabilidade e deficit de auto-estima relações objectais deficitárias, alterações afectivas. António Maia - October 2007

  44. Taking a Call on Cannabis – Drug Helplines Response • Riscos: • Ansiedade que pode levar a quadros de pânico • Síndrome amotivacional • Psicose tóxica • Alterações vasculares - Combinação com outras substâncias psicoactivas nomeadamente álcool. - Acesso a outras substâncias António Maia - October 2007

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