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Descobrindo o profissional de Artes Cênicas. 2014. O Grupo PET/FEF - Unicamp. PET – Programa de Educação Tutorial
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O Grupo PET/FEF - Unicamp • PET – Programa de Educação Tutorial O Programa de Educação Tutorial (PET) é um programa governamental nacional,subsidiado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pela Secretaria de Ensino Superior (SESu). O PET é desenvolvido por grupos de estudantes com tutoria de um docente, organizados a partir de cursos de graduação das Instituições de Ensino Superior do país, sendo um grupo por curso, tendo como objetivo a formação acadêmica e profissional de excelência, através de atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão. • Formado em 2010 • Professor Tutor: Ademir De Marco
O que é Artes Cênicas ? O que faz o profissional desta área? O Bacharel em Artes Cênicas é o profissional familiarizado com as diferentes linguagens cênicas/teatrais e com os diversos sistemas geradores de signos do fenômeno teatral. Possui conhecimento e domínio de técnicas e métodos de trabalho corporal, vocal, improvisacional, de interpretação e criação cênica.
Mas o que é Teatro, afinal? “A função da arte é iluminar. A palavra Teatro significa ‘lugar onde se vai para ver’- para ver as coisas que estão ocultas, que permanecem veladas na vida cotidiana.” Píndaro, poeta grego do séc. V a.C., conta, em uma de suas odes, o seguinte mito: Quando Zeus fez o universo, chamou todos os deuses para uma festa no Olimpo, onde apresentou-lhes sua obra. No meio da festa, quando todos já tinham bebido bastante ambrosia, levanta-se alguém e diz: Está tudo muito bonito, é maravilhoso esse universo, mas tem um problema, não há nenhuma criatura que te louve por essa obra. Porque o homem, esse animal que fizeste, tem um defeito, ele se esquece com muita facilidade. Zeus, para solucionar o problema apontado pelo deus olímpico, cria as musas, filhas de Mnemosine, a memória. A função das musas é exatamente essa: lembrar ao homem dessas coisas essenciais. As musas são entidades mitológicas; na Grécia Antiga, a capacidade de inspirar a criação artística era atribuída a elas. (*) (Baseado no texto “Teatro e Sentido”, de Roberto Mallet.)
Se a função da obra de arte é iluminar, onde incide a luz do teatro? “O foco do teatro está no mar de intenções, condicionamentos, disfarces, auto-enganos, alucinações, paixões... O foco do teatro está em tudo aquilo que compõe o substrato oculto das ações dos homens.” Parece que hoje estamos perdendo isso de vista. A obra de arte, atualmente, se torna cotidiana, fala de coisas com as quais já estamos em contato constantemente. Por vezes, se torna entretenimento. Talvez a influência da televisão, da mídia, seja preponderante nisso. A dramaturgia televisiva é uma dramaturgia que só fala daquilo que nós já estamos cansados de saber. Ela não diz nada de essencial, nada de fundamental. Kandinski gostava de dizer que a função da obra de arte é tornar visível o invisível. Mas isso significa que o artista tem que “criar algo novo”? Não... O artista é aquele que cria uma forma de revelar, de “lembrar”... “Em uma obra de arte o artista, tendo visto alguma coisa, constrói um objeto com uma determinada estrutura que permite que outra pessoa olhe para esse mesmo objeto e tenha uma intuição análoga à que o artista teve antes de criar a obra. É aí que reside sua função reveladora”.¹ ¹ MALLET, Roberto. “Teatro e Sentido”.
O que é a matéria do ator? A obra de arte é uma complexa composição de forma e matéria. • A matéria do ator é fundamentalmente seu próprio corpo. As ações que ele realiza conformam esse corpo. • Sua matéria é um organismo vivo, composto por tecidos e órgãos, com um cérebro capaz de armazenar e processar um número incalculável de informações. Por não ser exterior ao ator – ao contrário, o corpo é o próprio ator –, essa materialidade está em constante interação com o psiquismo. Um movimento corporal terá ressonâncias na memória e nos sentimentos, assim como uma lembrança ou um pressentimento têm ressonâncias corpóreas. • A forma de uma atuação é a composição das diversas ações realizadas. É a estrutura de tensões e relaxamentos musculares, o jogo de vetores e contra-vetores que o ator executa com seu corpo, e que resultam em um texto legível.² ²MALLET, Roberto. “Ação Corporal: Matéria do Ator”.
Vestibular - Relação Candidato/Vaga - Prova de Habilidades Específicas
O CURSO O que se estuda em Artes Cênicas? Qual o programa do curso? O curso de Artes Cênicas tem duração de quatro anos. A Cênicas tem um formato de instrumentalização do artista-aprendiz que dura dois anos (1° e 2°) que é baseado em: - disciplinas denominadas “Improvisações” (“O Silêncio”, “O Jogo”, “A Palavra”); - conhecimento do corpo por meio de disciplinas de dança (“Técnica Geral”, “Danças do Brasil”), de luta, de circo, aulas de voz e trabalhos outros com o corpo; - estudo dos componentes das Artes Cênicas -> “ritmo”, “ação”, “dramaturgia”; - estudos teóricos sobre: o passado, o presente e o futuro de nossa Arte.
O terceiro e o quarto ano são direcionados para o estudo de montagens delimitadas por ementas específicas – são quatro matérias-montagens: - a primeira montagem quer estudar a construção de signos dramáticos a partir de obras não-dramáticas (textos, imagens, filmes etc); - a segunda aborda a questão da narratividade e da construção de figuras, em detrimento de personagens psicológicas, é o Épico; - a terceira estuda o realismo e as personagens psicológicas; - na última os alunos são propositores de projetos de montagem.
Dia a dia do Universitário • Aulas • Alimentação • Moradia/ Pensionato/ Kitnet • Transporte • Grupos de Estudo • Viagens • Calourada • Iniciação Científica
Bolsas de Estudo • Iniciação científica (Pibic/Fapesp) • Intercâmbio • Auxílio SAE (transporte, alimentação, social, moradia) • Programa de Educação Tutorial - PET • Programa de Apoio Didático – PAD
Eventos produzidos ao longo da graduação: • Unicena • FEIA (Festival do Instituto de Artes) • ET (Encontros Teatrais)
Profissionais de Destaque: ConstantinStanislavski (1863-1938): Ator e diretor russo, foi o fundador do Teatro de Arte de Moscou. Da sua experiência como ator e diretor resultou o desenvolvimento de um “sistema” de trabalho, que estruturava os conhecimentos intuitivos dos grandes atores do passado e explicava ao ator contemporâneo como agir no momento da criação ou da realização. O seu sistema não é uma continuação de ideias expostas nos velhos manuais. É antes uma quebra da tradicional maneira de ensinar. Ele conseguia dar uma unidade e um novo espírito às representações de seu grupo, buscando um realismo que ele chamou mais tarde de realismo espiritual, um despojamento de falsas convenções e a criação sobre o palco de uma vida mais verdadeira e mais emocionante.
Jerzy Grotowski (1933-1999): Diretor polonês, foi um dos grandes mestres heréticos e reformadores do teatro do século XX. Para ele, não existe teatro sem o ator. Sem um homem em ação. É possível tirar tudo do teatro, menos o ator. Akropolis, O Príncipe Constante, Apocalypsis cum figuris são os espetáculos mais universalmente conhecidos que ele realizou com o ensemble do Teatro Laboratótio. No ápice da fama mundial, em 1970, anunciou que não dirigiria mais espetáculos, dando início à fase parateatral ou da “cultura ativa”. No final dos anos 70, do parateatro surgiu o projeto Teatro das Fontes, interrompido em 1982 quando Grotowski deixou a Polônia sob a lei marcial para emigrar para os Estados Unidos. A partir de 1986, a convite da FondazionePontedera Teatro, transferiu-se para a pequena cidade toscana onde criou o Workcenterof Jerzy Grotowski (hoje Workcenterof Jerzy Grotowski and Thomas Richards). Em Pontedera, Grotowski desenvolveu a fase final do seu percurso artístico, a da “arte como veículo”.
E, por fim, uma dica para os atores...
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