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1º Simpósio de Enfermagem em Hemodinâmica. Atuação do Enfermeiro no Implante Percutâneo de Valva Aórtica. Ivanise Gomes Intervenção Cardiovascular Hospital Israelita Albert Einstein. Estenose Valvar Aórtica.
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1º Simpósio de Enfermagem em Hemodinâmica Atuação do Enfermeiro no Implante Percutâneo de Valva Aórtica Ivanise Gomes Intervenção Cardiovascular Hospital Israelita Albert Einstein
Estenose Valvar Aórtica • A estenose valvar aórtica é definida como uma abertura incompleta da valva aórtica, gerando um gradiente pressórico sistólico entre o ventrículo esquerdo e a raiz da aorta. • Estenose Aórtica Congênita • Estenose Aórtica Adquirida: • Febre Reumática • Senil
Estenose Valvar Aórtica • A progressão da estenose aórtica é mais rápida na degeneração cálcica do que na doença congênita ou reumática. • ECG - sobrecarga ventricular • Ecodoppler - mensurar os valores do gradiente, levando em consideração geralmente os valores do gradiente médio (grave > 50mmHg).
Estenose Valvar Aórtica • À ausculta cardíaca apresenta sopro mesosistólico de ejeção por atingir seu auge no meio da sístole, quando a pressão ventricular é máxima. • A área total normal da válvula aórtica é de 3 a 4 cm2. Quando a lesão apresenta uma área menor do que 0,8 a 1,0 cm2 altera-se severamente a função cardíaca e, sem tratamento, o prognóstico é ruim com mortalidade de 50% em 3 anos.
Evolução da Estenose Aórtica Valvar • Após período de latência os sintomas começam a se agravar entre a 6ª e 7ª década. Fonte: Ross J Jr, Braunwald E. Aortic stenosis. Circulation, 1998: 38 (Suppl. 1)
Identificando o risco cirúrgico • EuroSCORE (European System for Cardiac Operative Risk Evaluation): • 17 variáveis: sexo, idade, gênero, comorbidades, função de VE, níveis séricos de creatinina, infarto recente, emergência, etc. • Validado em > 500.000 pacientes • www.euroescore.org
Alternativas para o tratamento cirúrgico • Tratamento Clínico: • Mortalidade de 25% em 1 ano após início dos sintomas e de 50% em 2 anos • Mais de 50% - morte súbita • Valvoplastia Aórtica por Balão: • Melhora sintomática significativa • Recorrência de 80% em 1 ano e 100% em 2 anos • Repetição da Valvoplastia
Função de VE gravemente reduzido Estágio final IRC Idade Avançada ? Insuficiência pulmonar grave Comorbidades Revasc. Miocárdica Prévia AVC e/ou IAM recente
Resultados da Troca Valvar Aórtica em pacientes de alto risco 3
Tratamento Percutâneo • O primeiro procedimento foi realizado por CRIBIER em 2002. • No Brasil a técnica foi introduzida pelo Hospital Albert Einstein em 2008. • A substituição percutânea da valva aórtica permite tratar a estenose aórtica grave sintomática em pacientes com idade avançada e com alto risco cirúrgico.
Prótese CorevalveTM • Bioprótese Auto-expansível de Nitinol 18 F • Camada simples de pericárdio suíno • Configuração Tri-folheto • Tecido valvar suturado na armação • Via retrógrada
Equipe de Enfermagem Devido a alta complexidade dos casos e desafios do pioneirismo deste procedimento no país, a equipe de enfermagem foi treinada e posteriormente submetida a uma avaliação teórica para identificar o nível de conhecimento da equipe.
Equipe de Enfermagem • Adequação e padronização de itens utilizados fora do país para a realidade nacional.
Equipe de Enfermagem • As atribuições dos membros da equipe de enfermagem devem ser definidas considerando: • Anestesia • Montagem da mesa e preparo do paciente • Montagem da valva • Entrega de materiais para o intervencionista • Controle e registro dos itens utilizados • Cuidados com os sítios de punções pós retirada dos introdutores (6 e 18F) • Mobilização para o transporte
Enfermeiros • Realização da sistematização da assistência de enfermagem • Manipulação do marcapasso transvenoso provisório • Montagem da prótese valvar aórtica no sistema de carregamento e entrega.
Resultados Einstein • Janeiro 2008 a Março 2011 • 36 pacientes • Idade (anos): 81 ± 9,3 • Masculino: 14 (45,2%) • Euroscore (%): 19 ± 15,5 • Pico gradiente (mmHg): 85,9 ± 22,6 • Área Valvar Aórtica (cm2): 0,7 ± 0,2 • Fração de Ejeção VE (%): 59,1 ± 12,5 • Apresentação Clínica: • Angina: 3,6% • NYHA I/II: 19,4% • NYHA III/IV: 80,6%
Resultados Einstein • Óbitos no procedimento: 3 (9,7%) • Sangramento Retroperitoneal: 1 (3,2%) • Dissecção de Aorta: 1 (3,2%) • Choque Cardiogênico: 1 (3,2%) • Marcapasso definitivo: 6 (19,3%) • Falência Renal: 3 (9,6%) • Complicação Vascular – sangramento: 9 (29%) • Transfusão: 14 (45,1%) • Dissecção de Aorta: 1 (3,2%) • Tamponamento/ Perfuração: 2 (6,4%) • Dias de internação: 8 (4 – 38)
Resultados Einstein • Follow up (1 mês e 30 meses): • Óbito: 4 • Ruptura de Aneurisma de Aorta Abdominal (45 dias): 1 • DPOC + Pneumonia (378 dias): 1 • Falência de Múltiplos Órgãos (49 dias): 1 • Câncer de Ovário (457 dias): 1 • Acidente Vascular Encefálico/ FA (15 dias): 1 • 29 pacientes • Pico gradiente (mmHg): 85,9 ± 22,6 para 22,4 ± 9,7 • Área Valvar Aórtica (cm2): 0,7 ± 0,2 para 1,34 ± 0,15 • NYHA III/IV: 1
Considerações Finais O implante percutâneo de valva aórtica é uma realidade e deve tornar-se, em futuro próximo, a melhor opção terapêutica para um número crescente de pacientes portadores de estenose aórtica degenerativa que necessitam de uma alternativa à cirurgia convencional.
Considerações Finais • O preparo da equipe de enfermagem foi fundamental para o sucesso da assistência prestada e segurança dos pacientes.