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Aula 11 Glorificação. Cristologia. Glorificação. Para o racionalismo só são “históricos” os acontecimentos cujas causas e efeitos são intra-mundanos e comprováveis pela experiência . Por isso, segundo a crítica
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Aula 11Glorificação Cristologia
Glorificação Para o racionalismo só são “históricos” os acontecimentos cujas causas e efeitos são intra-mundanos e comprováveis pela experiência. Por isso, segundo a crítica histórica, na mente dos discípulos, foi-se formando, pouco a pouco, a crença da ressurreição, que realmente nunca aconteceu: foi a fé em Jesus que criou a ideia da ressurreição. • Outros autores, ainda que aceitando a verdade da Ressurreição classificam- -na como acontecimento “a-histórico” ou “meta-histórico” e não “histórico”. Risco de negá-la, porque, na linguagem usual, o que não é histórico não se pode dizer que tenha acontecido verdadeira- mente.
Glorificação • A Escritura insiste de muitas formas na realidade da Ressurreição (ex. Lc 24, 34: “Na verdade, o Senhor ressuscitoue apa- receu a Simão!”). A Tradição repete que Jesus ressuscitou verdadeiramente. É um acontecimento real ocorrido num momento preciso de lugar e de tempo, com manifestações historicamente compro- vadas por testemunhos fiáveis que no-lo transmitiram.
Glorificação • Sinais suficientes para poder afirmar que verdadeiramente sucedeu: o sepulcro vazio e a comprovação pelas aparições de Jesus ressuscitado. • Goza pelo menos da mesma historicidade que qualquer outro sucesso real acontecido no passado.
Glorificação • CCE 643: «Perante estes testemunhos,é • impossível interpretar a Ressurreição de • Cristo fora da ordem física e não a • reconhecer como um facto histórico. • Resulta dos factos que a fé dos discípulos • foi submetida à provaradical da paixão • e morte de cruz do seu Mestre (...). Longe • de nos apresentar uma comunidade toma- • de exaltação mística, os evangelhos • apresentam-nos os discípulos abatidos (de ‘rosto sombrio”: Lc 24, 17) e • apavorados».
Glorificação • Por isso não creram nas santas mulheres que regressavam do sepulcro • e as suas ‘palavras pareciam-lhes como que um delírio’ (Lc 24, 11). Quan- • do Jesus se manifesta aos onze na tarde de Páscoa, ‘censurou-lhes a sua • incredulidadee dureza de coração, por não terem dado crédito aos que O • tinham visto ressuscitado’ (Mc 16, 14)”. • CCE 644: “Pelo contrário, a sua fé na • Ressurreiçãonasceu – sob a acção da • graça divina – da experiência directa da • realidade de Jesus ressuscitado”.
Glorificação • “Acontecimento histórico comprovado pelo sinal do sepulcro vazio e pela realidade dos encontros dos Apóstolos com Cristo ressus- citado, nem por isso a Ressurreição deixa de estar, naquilo que transcende e ultrapassa a história, no próprio centro do Mistério da fé” (CCE 647). • A Ressurreição é objecto de fé enquanto: 1) intervenção transcendente do próprioDeusna história: é obra da Santíssima Trindade; 2) glorificaçãode Cristo (perfeita participação da sua humanidade na vida divina); 3) ao sentido e valor salvífico que tem para nós (Cristo ressuscitado é nosso Salvador que nos livra do pecado e nos comunica a vida de Deus).
Glorificação • Segundo as Escrituras, o Pai ressuscita Jesus (ex. Act 2, 24), o Filho ressuscita por própria virtude e poder (ex. Jo 10, 17-18), o Espírito Santo ressuscita Jesus (ex. Rom 8, 11). É uma obra da omnipotência divinacomum às três Pessoas divinas da Santíssima Trindade (ex. 2 Cor 13, 4). • A Ressurreição de Cristo não é um regresso à vida terrena, mas uma passagem à outra vida para lá do tempo e do espaço. O Seu corpo é glorioso: é, ao mesmo tempo, autêntico (material) e espiritual. Pode aparecer onde, quando e co- mo quer (propriedades de agilidade e subtileza); é glorioso e incorruptível e imortal (propriedades de glória e impassibilidade).
Glorificação • “A Ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em Cristo, acreditada e vivida como verdade central pela primeira comunidade cristã, transmitida comofundamental pela Tradição, estabelecida pelos documen- tos do Novo Testamento, pregada como parte essencial do Mistério Pascal, ao mesmo tempo que a Cruz” (CCE 638). • A Ressurreição de Cristo revela a sua divindade (mas é precisa a fé para a captar e confessar, pois nas suas aparições a divindade não é visível). Re- vela também que Cristo é o Salvador do mundo: ainda que, desde a sua Encarnação, Jesus era o Filho de Deus e o Messias, foi na sua Ressurreição que se manifestou a sua condição de Salvador poderoso de todos os que crêem n’Ele.
Glorificação • A Ressurreição de Cristo confirma a veracidade da sua doutrina. É o “sinal de Jonas” (Mt 12, 38), o Templo reconstruído em três dias [“falava do santuário do seu corpo” (Jo 2, 20-21)]. • Os judeus entenderam o significado das suas palavras: puseram guardas no sepulcro e selaram-no (cfr. Mt 27, 62-66). • A Ressurreição de Cristo é princípio e • causa da nossa ressurreição futura. • É também princípio da nossa ressur- • -reição espiritual, a fonte da nova vida • da alma. A graça que nos liberta do pecado e nos faz justos provem do Ressuscitado: é participação da vida divina, faz-nos filhos de Deus.
Glorificação A Ascensão do Senhor é um acontecimento ao mesmo tempo histórico e transcendente. • Com a Ascensão completa-se a manifestaçãoda • glória de Cristo começada com a sua Ressurreição. • Jesus Cristo, Cabeça da Igreja, precede-nos: com a • sua Ascensão, abriu-nos o acessoà vida e à felicida- • de de Deusno céu. • Jesus Cristo, Sacerdote da nova e eterna Aliança, no céu intercede sem cessar por nós. Constituído Senhor com poder à direita do Pai, comunica-nos os dons divinos pela acção do Espírito Santo.
Glorificação A versão grega do AT (LXX) traduziu o nome de Yahvé com que Deus se revelou a Moisés (Ex 3, 14) por “Kyrios” (Senhor). Desde então, foi o nome mais habitual para designar Deus. • O NT utiliza o título “Senhor” para Jesus: expressa assim a divindadede Cristo. • A acção de se sentar à direita do Pai • significa a entronização de Jesus como • Rei e a inauguração do seu reinado. • É Rei desde a sua Encarnação (cfr. • Lc 1, 33; Jo 18, 33-37), mas também • por nos ter resgatado com o preço de • seu sangue, e manifesta-se como “Rei dos reis e Senhor dos senhores” a partir • da sua glorificação. O seu reino é sobrenatural, eterno e não terá fim. O seu reinado é universal.
Ficha técnica • Bibliografia • Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação Teológica da Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel) • Slides • Original em português europeu - disponível em inicteol.googlepages.com