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Oswald de Andrade. Características Ideológicas. Gênio intempestivo. Com a riqueza do pai, sustentava suas loucuras. Temperamento vulcânico, desmetodizado , arreliento, suscitava problemas e agitava o ambiente literário e artístico de São Paulo.
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Características Ideológicas • Gênio intempestivo. Com a riqueza do pai, sustentava suas loucuras. • Temperamento vulcânico, desmetodizado, arreliento, suscitava problemas e agitava o ambiente literário e artístico de São Paulo. • Abalado financeiramente pelo “crack” da Bolsa de Nova Iorque, tem seus bens hipotecados, passando por uma crise de valores morais e afetivos.
Características Estilísticas • Espírito macunaímico da semana de 22. Poeta, prosador, dramaturgo e critico literário, conciso e objetivo. • Com a poesia e o manifesto Pau-Brasil propõe a simplicidade, sua poesia é curta, grossa e selvagem. • Marco inicial do teatro moderno, caracteriza-se por ser político, introduzindo nas peças teatrais a luta de classes, e ataque aos mitos moralísticos.
Livros • Memórias Sentimentais de João Miramar(1924). Miramar é um caleidoscópio de 163 fragmentos que devem ser montados cinematograficamente no espírito do leitor e onde um capítulo pode ser um poema pau-brasil, um pedaço de um postal ou um simples cartoon humorístico (Minha sogra ficou avó). • Manifesto Antropológico (1928) – Oswald afirma que necessitamos encontrar nossa identidade cultural, e para isso devemos recuperar nosso lado selvagem e instintivo. • Serafim Ponte Grande (1933) – Intertextualidade, paródia representa a intensificação dos processos de desconexão cênica e de humor. “Suma satírica da sociedade capitalista em decadência” (Antonio Candido)
Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924) A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos. O Carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica rica. Riqueza vegetal. O minério. A cozinha. O vatapá, o ouro e a dança. Toda a história bandeirante e a história comercial do Brasil. O lado doutor, o lado citações, o lado autores conhecidos. Comovente. Rui Barbosa: uma cartola na Senegâmbia. Tudo revertendo em riqueza. A riqueza dos bailes e das frases feitas. Negras de Jockey. Odaliscas no Catumbi. Falar difícil.
Mário de Andrade • Um grande líder da geração que fez a semana de 22. Musicólogo, escritor, professor, conferencista, crítico de todas as artes, fotógrafo e pintor bissexto. • Espírito aberto e democrático, coração enorme e sedento de paz e justiça.
Características Ideológicas • Lúcido e instigante, desenvolveu uma reflexão crítica e provocativa. (valores populares) • Problemas brasileiros, em que investe no folclore. • Poesia em duas vertentes: Paulicéia Desvairada (ideias futuristas) e Clã do Jabuti (tradições populares). • Contos Novos – um dos mais importantes realizadores desse gênero. Funde psicanálise com socialismo, focaliza relações familiares e sociais nos contextos urbanos e rurais.
Livros • Amar, verbo intransitivo – romance desenvolvido através de processos psicanalíticos: recalque, sublimação, regressão. Narra a história da contratação de uma governanta para dar “lições de amor”. • Macunaíma – carnavalesco e primitivo. O homem brasileiro em sua alegria e melancolia, tudo tratado com modernidade.
Livros • Macunaíma foi chamado por Mário de rapsódia, nome que, na música, designa um tipo de composição que utiliza uma variedade de motivos populares. • Considerado por muitos como a mais importante realização da primeira fase do Modernismo, Macunaíma reflete muito bem o projeto nacionalista dessa geração.
Características Estilísticas • Disposto a experimentar processos de expressão para chegar a uma língua “brasileira”, pesquisou sempre novas fórmulas forjando regras gramaticais. • Invenção do verso harmônico (palavras soltas) proposto no “Prefácio Interessantíssimo”, Mário de Andrade joga com a rima em diferentes posições, no mesmo verso ou em versos seguidos.
Eu Sou Trezentos... Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta, As sensações renascem de si mesmas sem repouso, Ôh espelhos, ôh! Pirineus! ôh caiçaras! Si um deus morrer, irei no Piauí buscar outro! Abraço no meu leito as milhores palavras, E os suspiros que dou são violinos alheios; Eu piso a terra como quem descobre a furto Nas esquinas, nos táxis, nas camarinhas seus próprios beijos! Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta, Mas um dia afinal eu toparei comigo... Tenhamos paciência, andorinhas curtas, Só o esquecimento é que condensa, E então minha alma servirá de abrigo.
Vulgarizado em antologias do autor como poema pertencente à classe da poesia biográfica, "Eu sou trezentos…" traduz a variedade e a multiplicação, e remata uma análise psicológica que foi bem sublinhada pela releitura que fez essa enorme poeta Cecília Meireles, que classificou o poema como a imagem da abundância. • Mas a chave do poema de Mário de Andrade, reside na expressão da promessa do poeta, que apesar da sua dispersão em "trezentos ou trezentos e cinquenta", não obstante este número aleatório que vale pela declaração de variedade, garante que um dia se encontrará consigo mesmo.
Veja mais! • http://www.youtube.com/watch?v=D1S23t2OSp0 • https://www.youtube.com/watch?v=f0y22eHQSHM