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Efeitos Biológicos dos Campos Eletromagnéticos. Prof. Sérgio Santos Mühlen Departamento de Engenharia Biomédica / FEEC UNICAMP ABRICEM -Associação Brasileira de Compatibilidade Eletromagnética. Campo eletromagnético.
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Efeitos Biológicos dos Campos Eletromagnéticos Prof. Sérgio Santos Mühlen Departamento de Engenharia Biomédica / FEEC UNICAMP ABRICEM -Associação Brasileira de Compatibilidade Eletromagnética
Campo eletromagnético • Campos elétricos e magnéticos variáveis no tempo são indissociáveis e constituem em conjunto os chamados campos eletromagnéticos (CEM). • CEM propagam-se no espaço sob a forma de ondas. • Ondas podem transportar energia através do espaço.
P 4π r2 Potências transmitidas • Densidade de potência: S [W/m2] • Em um ponto medido à distância r de um emissor de CEM, S = • Ex: medidas junto a um forno de microondas (5 cm) , S 1 mW/m2 (50 cm) , S 0,01 mW/m2
Efeitos biológicos dos CEM • Efeito: resposta do sistema biológico a um estímulo. • Efeito varia com a Densidade de Potência e com a Frequência dos CEM. • Ex: CEM na frequência da luz visível causam o efeito de sensibilizar a retina. • Baixas frequências (<100 kHz): indução de correntes elétricas no tecido (choque); • Altas frequências (>10 MHz): efeito térmico; • Rádio-frequências (100 kHz < RF < 10 MHz): efeito combinado.
Efeitos biológicos dos CEM • Energia dos CEM está associada à sua frequência : E= hƒ [eV]; • CEM de altas energias podem arrancar elétrons dos átomos tornando-os íons; • CEM se propagam no espaço (irradiam-se) levando energia (não é radioatividade); • Frequência define radiações não ionizantes (CEM de baixas energias: até a luz visível) e radiações ionizantes (CEM de altas energias f> 2,4·1015 Hz: UV, raios-X, raios γ);
Efeitos biológicos dos CEM • A exposição do corpo humano a RF e microondas só resulta em aumento de temperatura; • Se a densidade de potência for elevada, o aumento de temperatura poderá ser excessivo, levando a queimaduras, mas o efeito será sempre térmico, sem qualquer possibilidade de provocar ionização; • Efeito é imediato e cessa com a interrupção da exposição; • Estudos de efeitos cancerígenos sobre a promoção ou o crescimento de tumores já existentes (estudos epidemiológicos, simulação, animais, “phantoms”, voluntários, cultura de tecidos) não são conclusivos.
Risco dos CEM • Conhecido o efeito, pode-se avaliar o risco; • elétrico (baixas frequências), térmico (RF); • definição de limiares fisiológicos de risco; • introdução de margens de segurança; • exposição controlada (ocupacional); • exposição não controlada (público em geral); • exposição diferenciada em partes do corpo. • Limiar fisiológico de 4W/kg (ΔT 1 a 2 °C) • exposição ocupacional máxima: 0,4 W/kg (1/10) • exposição do público: 0,08 W/kg (1/50)
Risco dos CEM • A 100 MHz (FM): 0,08 W/kg 0,2 mW/cm2 • potência de emissão100 kW, antena a 80 m; • pessoa na rua recebe: 0,12 mW/cm2. • A 870 MHz (celular): 0,08 W/kg 0,435 mW/cm2 • potência de emissão < 100 W; • pessoa a 3 m da antena recebe: 0,09 mW/cm2.
Normatização • Normas Regulamentadoras NR-15, anexo 7 e NR-9 da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho; • Não estabelecem limites para exposição ocupacional • Adotam-se os limites da ACGIH (30 kHz a 300 GHz) – American Conference of Governmental Industrial Hygienists • ANATEL- Agência Nacional de Telecomunicações adotou as recomendações da ICNIRP – International Commission on Non Ionizing Radiation Protection