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A N G O L A. Sons de grilhetas nas estradas cantos de pássaros sob a verdura húmida das florestas frescura na sinfonia adocicada dos coqueirais fogo fogo no capim fogo sobre o quente das chapas do Cayatte.
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Sons de grilhetas nas estradas cantos de pássaros sob a verdura húmida das florestas frescura na sinfonia adocicada dos coqueirais fogo fogo no capim fogo sobre o quente das chapas do Cayatte. Caminhos largos cheios de gente em êxodo de toda a parte caminhos largos para os horizontes fechados mas caminhos caminhos abertos por cima da impossibilidade dos braços. Fogueiras dança tamtam ritmo Ritmo na luz ritmo na cor ritmo no movimento ritmo nas gretas sangrentas dos pés descalços ritmo nas unhas descarnadas Mas ritmo ritmo. Ó vozes dolorosas de África! Agostinho Neto - Fogo e Ritmo
Jesus Cristo, meu irmãoSou fio dos pais da terraTenho corpo p'ra sofrerBoca para gritarE comer o que comerOs meus pés que vãoNo chãoMinhas mãos são de trabalhoEm coisas que eu não seiE não tenho nem apalpoTrabalho que fica jeitoPara o branco me dizer"Obra de preto sem jeito"E minha cubata ficouAberta à chuva e ao ventoVivo ali tão nu e pobreMagrinho como o pirãoMeus fios saltam na rua Joga o rapa sai ladrão Preto ladrão sem imposto Leva porrada nas mãosVai na rusga trabalharSe é da terra vai para o marLarga a lavra deixa os boisMorre os bois ... e depois?Se é caçador de palancaSe é caçador de leãoIsso não faz mal nenhumLança as redes no marNão sai leão sai atum ...Jesus Cristo Jesus CristoJesus Cristo meu irmãoSou fio dos pai da terraUm pouco de coraçãoDe coração e perdãoJesus Cristo meu irmão. Alexandre Dáskalos Jesus Cristo Jesus Cristo
APITOS DE CAÇADOR O PENSADOR PARTO INSTRUMENTO DE CORTE USADO NA CIRCUNCISÃO CIRCUNCISÃO
Rapariga Cresce comigo o boi com que me vão trocarAmarraram-me já às costas, a tábua EylekessaFilha de Temboorganizo o milhoTrago nas pernas as pulseiras pesadasDos dias que passaram...Sou do clã do boi -Dos meus ancestrais ficou-me a paciênciaO sono profundo de deserto A falta de limite...Da mistura do boi e da árvorea efervescência o desejoa intranquilidadea proximidadedo marFilha de HucoCom a sua primeira esposaUma vaca sagrada,concedeu-meo favor das suas tetas úberes. Ana Paula Ribeiro Tavares
ANGOLANOSer angolano é meu fado, é meu castigoBranco eu sou e pois já não consigomudar jamais de cor ou condição...Mas, será que tem cor o coração?Ser africano não é questão de cor é sentimento, vocação, talvez amor.Não é questão nem mesmo de bandeiras de língua, de costumes ou maneiras... A questão é de dentro, é sentimento e nas parecenças de outras terras longe das disputas e das guerras encontro na distância esquecimento! Neves e Sousa B E I I I I J O O O S D I N A Música: Duo Ouro Negro - Muxima (Saudade)