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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012. TEMA: FRATERNIDADE E SAÚDE PÚBLICA LEMA: QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA (Eclo 38,8). POR QUE UMA CAMPANHA SOBRE A SAÚDE PÚBLICA. Porque , a saúde pública vem sendo a Principal preocupação e pauta reivindicatória da população brasileira no
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CAMPANHA DA FRATERNIDADE2012 TEMA: FRATERNIDADE E SAÚDE PÚBLICA LEMA: QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA (Eclo 38,8)
POR QUE UMA CAMPANHA SOBRE A SAÚDE PÚBLICA Porque, a saúde pública vem sendo a Principal preocupação e pauta reivindicatória da população brasileira no campo das políticas públicas. O SUS, inspirado no belo princípio da universalidade, ainda não conseguiu ser implantado em sua totalidade e ainda não atende a todos, principalmente aos mais necessitados.
OBJETIVO GERAL Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de Uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Difundir o conceito de bem viver e a prática de hábitos saudáveis; • Sensibilizar para o serviço aos enfermos e a sua integração na comunidade; • Alertar para a importância da pastoral da Saúde; • Difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios; • Discutir a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e a reivindicação do seu justo financiamento; • Qualificar a comunidade para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos na saúde.
TEXTO BASE • 1ª PARTE: VER FRATERNIDADE E SAÚDE PÚBLICA
1. CONCEITOS DE SAÚDE 1.1. SAÚDE E DOENÇA: Dois lados da mesma moeda. • Vida, saúde, doença: mistério; • Etimologia da palavra saúde: salvação, integridade física e espiritual, plenitude; • Doença: conceito abrangente – corpo e espírito; • A cura na religiosidade popular: oração e agradecimento pela saúde.
1.2. SAÚDE E SALVAÇÃO • Ser humano é uma unidade pneumossomática • Doença: convite ao encontro e à harmonia consigo e à solidariedade com os outros; • Vida saudável: harmonia entre corpo e espírito (trabalho, ambiente, alimentação, promoção humana...) • Concepção dinâmica de saúde: física, mental, espiritual e social.
1.3. SAÚDE PÚBLICA • CONCEITO: “Saúde pública é o esforço organizado da sociedade, principalmente através de suas instituições de caráter público, para melhorar, promover, proteger e restaurar a saúde das populações por meio de atuações de alcance coletivo”. (Organização Panamericana de Saúde) • AÇÃO AMPLA: Envolve promoção da saúde, prevenção de enfermidades e cuidado, tratamento e reabilitação das pessoas.
2. A IGREJA E A SAÚDE 2.1. A DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA • JUSTIÇA E CARIDADE: dimensões social e moral da solidariedade (atendimento médico e calor humano); • PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: Instituições maiores devem subsidiar as menores, respeitando sua autonomia; • PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO: Cabe ao cidadão contribuir para a vida saudável da sociedade;
Cabe ao Estado promover a saúde, mas cabe ao cidadão a prevenção de doenças e a busca de uma vida saudável; • Cabe ao Estado providenciar a assistência, mas cabe à família a atenção e o carinho para com o doente; • Estado, Família e Igreja: Funções distintas, mas complementares; • Cabe ao Estado cumprir suas obrigações, fiscalizar os serviços e a responsabilidade dos profissionais; • Cabe a todos lutar por mudanças nas estruturas que geram enfermidade e morte.
2.2. CONTRIBUIÇÕES DA IGREJA PARA A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL • Campanhas da Fraternidade 1981 e 1984; • Cumprimento da metas do milênio: • Redução da mortalidade infantil; • Melhoria da saúde materna; • Combate a epidemias e doenças; • Garantia da sustentabilidade ambiental: Várias Campanhas da Fraternidade (2011: Fraternidade e a vida no planeta)
3. PANORAMA ATUAL DA SAÚDE NO BRASIL 3.1. TRANSFORMAÇÕES IMPORTANTES: A) TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA • Aumento da população idosa e diminuição de crianças e jovens; • Aparecimento maior de doenças pode transtornar o sistema de saúde; • Destaque para a Pastoral da Pessoa Idosa
B) TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • NO PASSADO: causa morte eram as doenças infecto-parasitárias; • HOJE: diabetes, hipertensão, câncer e violência. C) TRANSIÇÃO TECNOLÓGICA • Vivemos o avanço das novas tecnologias no mundo da saúde e da medicina. É preciso estar atento, pois a Tecnologia não pode substituir as relações humanas. D) TRANSIÇÃO NUTRICIONAL: • Troca da alimentação tradicional (arroz, feijão, verduras, legumes...)pela industrializada.
3.2. GRANDES PREOCUPAÇÕES • DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (Crônicas): hipertensão, diabetes, câncer e doenças renais; • DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS: AIDS, tuberculose, hanseníase, influenza, dengue e chagas; • FATORES DE RISCOS MODIFICÁVEIS: Tabagismo, dislipidemia, alimentação insuficiente, sedentarismo, inatividade física;
3.2. GRANDES PREOCUPAÇÕES 4. DEPENDÊNCIA QUÍMICA: Drogas ilícitas e alcoolismo; 5. CAUSAS EXTERNAS: Acidentes e violência; 6. SAÚDE BUCAL 7. SAÚDE PÚBLICA INDÍGENA: mudanças climáticas e migração trazem contágio de doenças, conflitos culturais e alcoolismo.
4. DETERMINANTES SOCIAIS NA SAÚDE • Elementos relacionados à preservação ou produção da saúde: condições econômicas, sociais e culturais; trabalho, habitação, saneamento, educação, etc. • Políticas macroeconômicas, de mercado de trabalho, de proteção ambiental e de promoção de uma cultura de paz e solidariedade, em vista do desenvolvimento sustentável; • Diferenças regionais que exigem o enfrentamento das desigualdades, buscando a equidade e a inclusão.
5. SUS: SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE • Conceitos básicos • Princípios • Avanços • Desafios
Criado e aprovado pela Constituição Federal, que reconhece o direito de acesso universal à saúde para toda a população. Garantindo legalmente a democratização da assistência à saúde.
LEI FEDERAL DE 1990 Lei publicada no Diário Oficial da União em 20 de setembro a Lei n. 8.080, 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Vigorando em todo o território nacional, para qualquer ação ou serviço de saúde realizado por pessoas ou empresas.
ORGANIZAÇÃO Conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais e da administração direta e indireta e fundações mantidas pelo poder público e de forma complementar pela iniciativa privada.
5.1. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES • Universalidade: Saúde é direito de todos • Integralidade: Todos têm acesso a todos os serviços • Equidade: Todos têm direito aos serviços sem privilégios • Regionalização: Serviços o mais próximo da população; • Hierarquização: atenção básica, baixa, média e alta complexidade; • Descentralização: Serviços distribuídos nos níveis do governo, do Federal ao Municipal; • Racionalização e Resolução: Ações destinadas a resolver os problemas da região, sem desperdícios; • Complementaridade do Setor Privado: Contratos e convênios com setores privados; • Participação da Comunidade: Participação da população através de instâncias Colegiadas.
5.2 FORMAS DE PARTICIPAÇÃO NO SUS • Conferências de Saúde (Federais, Estaduais, Municipais) • Conselhos de Saúde (Federal, Estadual, Municipal) • Participação nos programas das ações básicas de Saúde (Campanhas de vacinação, prevenção de doenças, etc.)
5.3. AVANÇOS DO SUS CONHEÇA OS PROGRAMAS DO SUS, SEUS PACTOS, METAS E GESTÃO
5.3. AVANÇOS DO SUS 1. PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA (PSF) - Redução em mais de 70% da mortalidade infantil; - Ampliação do número de consultas pré-natal; - Diminuição da desnutrição; - Cobertura vacinal de crianças, gestantes e idosos; - Interrupção da transmissão da cólera; - Erradicação da paralisia infantil, sarampo e rubéola; - Redução de mortes por doenças transmissíveis.
5.3. AVANÇOS DO SUS 2. SERVIÇO DE ATENDIMENTO MUNICIPAL(SAMU) - Reduziu a procura por atendimento nas unidades de urgência e emergência; - Garante atendimento pré-hospitalar com qualidade. 3. FARMÁCIA POPULAR: - Medicamentos a baixo custo para população pobre; - Medicamentos gratuitos para hipertensos e diabéticos.
5.3. AVANÇOS DO SUS • Pesquisas indicaram alto grau de satisfação dos usuários do SUS, apontando como principais pontos positivos o atendimento pela Equipe Saúde da Família (visitas domiciliares) e distribuição gratuita de medicamentos. • O percentual de insatisfação ficou marcado pelo longo tempo de espera nas filas e pela ansiedade em ser atendido (acesso aos serviços, acolhimento e atendimento).
5.4. DEAFIOS DO SUS • MAIORES DESAFIOS: - Aquisição de recursos e otimização do uso do dinheiro público.Investe-se mais recurso na doença do que na atenção básica; - Problemas mais freqüentes: falta de médicos, demora para atendimento e demora para se conseguir consultas especializadas.
5.4. DESAFIOS DOS SUS • QUANTO AO ACESSO: - Falta de valorização e desarticulação da atenção básica; - Superlotação das unidades de urgência e emergência; - Acesso precário, com longas filas; - Falta, insuficiência e má distribuição de leitos hospitalares; - Insuficiência da assistência farmacêutica; - Falta de humanização e acolhimento; - Descaso com a saúde mental; - Tendência à judicialização da saúde.
5.4. DESAFIOS DO SUS • QUANTO À GESTÃO E RECURSOS HUMANOS: - Carência e má distribuição de profissionais; - Sucateamento e falta de materiais; - Carência de informações à população; - Planejamento insuficiente; - Tendência à terceirização de unidades de saúde; - Baixa remuneração e más condições de trabalho; - Ausência de profissionais .principalmente nos plantões; - Despreparo dos gestores da saúde pública; - Desvalorização dos Conselhos e conselheiros de Saúde.
5.4. DESAFIOS DO SUS • QUANTO AO FINANCIAMENTO: - Tabela de valores do SUS defasada; - Carência de uma política de parcerias; - Redução dos recursos aplicados à saúde; - Desvio de recursos na área da saúde. • QUANTO A FATORES EXTERNOS: - Demanda crescente por tecnologias de ponta e onerosas; - Relação contestável entre profissionais da saúde e indústria; - Má escolha de delegados nas Conferências de Saúde de baixa implementação de suas propostas.
1. DOENÇA E SAÚDE NO ANTIGO TESTAMENTO • NA ANTIGUIDADE: Doença como consequência de forças estranhas; cura pela divindade; 2. NA MENTALIDADE JUDAICA: Doença e pecado; saúde e obediência a Deus (Dt. 28,1-20); • Sofrimento = purificação: Falta de fé recorrer ao médico e não a Deus (2Cr. 16,12) • Oração e fé como meios de cura (Salmos); • Doença como pior dos males (Eclo. 31,2);
1. SAÚDE E DOENÇA NO ANTIGO TESTAMENTO 3. O ECOESIÁSTICO E A SABEDORIA POPULAR: • Prevenção à saúde: Eclo. 37,27-31; • O cuidado da saúde e o médico: meios como obra de Deus (Eclo. 38,1-15); 4. LIVRO DE JÓ: • O significado do sofrimento do justo; • Relação entre doença, castigo, pecado, Deus.
2. SAÚDE E DOENÇA NO NOVO TESTAMENTO 2.1. JESUS E OS DOENTES: • Jesus interrompe a tradição de vincular doença e pecado (Jo. 9,1-41 – cura do cego); • Cura e resgate do ser humano; • Nova forma de relacionar-se com os doentes;
2. SAÚDE E DOENÇA NO NOVO TESTAMENTO 2.2. PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO: MODELO DO CUIDADO COM O DOENTE • Sete verbos mostram o modo de ser diante do outro que sofre: VER – COMPADECER-SE APROXIMAR-SE CURAR – COLOCAR NO PRÓPRIO ANIMAL LEVAR À HOSPEDARIA CUIDAR
3. HORIZONTE HUMANO ETEOLÓGICO DO SOFRIMENTO 3.1. EXPERIÊNCIA DA DOR E DO SOFRIMENTO • O sofrimento é de difícil aceitação. Várias são as suas modalidades. Suscita perguntas e a busca por resposta. • O sofrimento com experiência do mal. • As situações de sofrimento clamam por compaixão e solidariedade.
3. HORIZONTE HUMANO E TEOLÓGICO DO SOFRIMENTO 3.2. O AMOR COMO FONTE DE SENTIDO PARA O SOFRIMENTO: • A participação humana no sofrimento de Cristo • O sofrimento redentor de Cristo leva o homem ao reencontro com seus próprios sofrimentos. • A cruz de Cristo ilumina a vida humana, • A ressurreição é luz diante do sofrimento
4. A IGREJA, SERVIDORA • OS DOENTES NA IGREJA: Não são destinatários da nossa caridade, mas evangelizadores. São um testemunho e um apelo à nossa solidariedade; • A UNÇÃO DOS ENFERMOS: Não é sacramento isolado, que se celebra de forma mágica, numa UTI, a um moribundo inconsciente. É um sacramento que compromete toda a Igreja, é o ápice de um processo a serviço dos irmãos enfermos.
5. MARIA, SAÚDE DOS ENFERMOS • Maria é modelo de todo o cristão no serviço aos pobres e doentes; • A piedade popular busca na sua intercessão a cura de inúmeros males; • Inúmeros doentes acorrem a Lourdes, Fátima, Aparecida; • O sofrimento humano unido ao de Maria e de Jesus torna-se redentor.
3ª PARTE; AGIRINDICAÇÕES PARA UMA AÇÃO TRANFORMADORA NO MUNDO DA SAÚDE
1. PASTORAL DA SAÚDE • OBJETIVO GERAL: Promover, educar, prevenir, cuidar, recuperar, defender e celebrar a vida; promover ações em prol da vida saudável e plena. • DIMENSÕES: - Solidária: O enfermo necessita de solidariedade; - Comunitária: Educação para a saúde; - Político-institucional: Conscientizar a respeito dos direitos e deveres no Sistema de Saúde. • Todos somos agentes da Pastoral da Saúde.
2. A DIGNIDADE DE VIVER E MORRER BEM • A mortalidade faz parte da existência; • Morte digna é consequência de uma vida com dignidade; • Não podemos aceitar a morte como consequência do descaso pela vida: violência, acidentes, pobreza; • Deixar a natureza seguir seu curso: evitar a eutanásia, a distanásia e a ortotanásia; • Promover políticas que criem condições de o ser humano enfrentar as doenças incuráveis e a morte com dignidade; • Amar o paciente terminal como se ama um bebê.
3. PROPOSTAS DE AÇÃO 3.1. PARA A IGREJA: • Trabalhar datas ligadas à saúde • Criar a Pastoral da Saúde • Incentivar a participação nas instâncias colegiadas do SUS • Criar observatórios locais de saúde. • Dar continuidade à CF 2011
3.2. PARA AS FAMÍLIAS: • Cuidado pleno nos extremos da vida (idosos e crianças); • Prevenção e promoção da saúde (cartão de vacinas em dia); • Estilo de vida e hábitos saudáveis; • Prevenção ao uso de drogas; • Coleta seletiva e reciclagem
3.3. PARA A SOCIEDADE: • Sintonia entre as instituições na promoção da saúde; • Comunicar problemas à ouvidoria do SUS; • Reivindicar atendimento humanizado; • Garantir a prioridade à saúde nas políticas públicas; • Tornar conhecido o SUS.
4.1. QUANTO AO ACESSO: • Garantir o acesso de todos ao atendimento ágil e no tempo certo; • Sanar problemas da disponibilidade de leitos; • Cobrar do poder público a infraestrutura para o funcionamento das unidades básicas de saúde (UBS).