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Avaliação de Curso de Graduação: alguns pontos para reflexão. Giselle Cristina Martins Real Gisellereal@ufgd.edu.br. Quando e para que surge a avaliação de cursos?. Breve histórico.
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Avaliação de Curso de Graduação: alguns pontos para reflexão Giselle Cristina Martins Real Gisellereal@ufgd.edu.br
Breve histórico • Segundo Cunha (2001) a avaliação de cursos inicia em 1902. Lembra-se que até 1889 a educação superior no Brasil era totalmente estatal. • O processo vai tomar outra dimensão a partir da Lei nº 9.131, de 24/11/95. • Surge o Exame Nacional de Curso – avaliação de resultado • Adota-se a periodicidade do processo.
A avaliação após 1995 • Implanta-se um conjunto de instrumentos avaliativos, por força do Decreto nº 2.026/97. A intenção era criar um sistema de avaliação: • Indicadores estatísticos; • Desempenho individual das instituições – PAIUB foi revogado pela Lei 10.861/2004; • Condições de oferta e ENC; • Programas de mestrado e doutorado. Mas de fato, qual o instrumento que mais impactou?
O foco nos cursos: o Decreto 2.026/96 • III. avaliação do ensino de graduação, por CURSO, por meio da análise das condições de oferta pelas diferentes instituições de ensino e pela análise dos resultados do Exame Nacional de Cursos; • A partir da avaliação do curso chega-se à avaliação para fins de credenciamento institucional.
Quem disse essa frase? • É por isso que uma política global para a educação no país não pode negligenciar o ensino superior, devendo ser orientada no sentido de ampliar o acesso a todos os níveis de escolarização, melhorando a qualidade do ensino, aumentando a eficiência do sistema, adequando-o às necessidades da sociedade em transformação [...]
Quem disse essa frase? • O governo federal sinaliza para o cumprimento das metas de ampliação do Sistema Federal de Ensino Superior, com garantia de qualidade. Expansão com qualidade e inclusão social sintetizam as principais ações em curso no ministério
Quais as (in) congruências? • Foco da expansão nas instituições privadas (1995 a 2002) • Foco da expansão nas instituições públicas (2003 aos dias atuais). • Estratégia para a busca da qualidade: a avaliação de curso. A avaliação institucional pouco explorada, embora presente.
O que diz a Lei do SINAES? • Avaliação de instituição é diferente de avaliação de curso. • Diversificação de instrumentos e procedimentos: • autoavaliação; • Avaliação externa in loco • ENADE
O IGC e o CPC • IGC - Índice Geral de Cursos da Instituição: graduação e pós-graduação: CPC e CAPES • CPC – Conceito Preliminar de Curso: conceito ENADE, conceito IDD (Indicador de Diferença entre o desempenho esperado e observado) e insumos, a partir do Censo.
Qual o resultado desses sistemas de avaliação? • Falta de simetria entre as avaliações in loco e a avaliação de desempenho; • As públicas tem desempenho melhor; • Verifica-se uma limitação do poder indutor da avaliação na qualidade, especialmente nas privadas, que buscam fabricar os resultados.
Algumas questões para reflexão • A massificação da educação superior: - na relação de matrículas entre as instituições públicas e privadas; • Na relação do número de alunos em sala. • Preocupações tanto nas privadas quanto nas públicas.
Outro aspecto da massificação: queda na relação candidato/vaga
Alterações nos indicadores de qualidade • Deixam de ser indicadores de qualidade: • relação candidato/vaga; • número de alunos por turma. • Passam a ser indicadores de qualidade: - apoio psicopedagógico; • cursos de nivelamento.
Implicações das políticas vigentes na aprendizagem Há alterações no tempo de dedicação dos alunos e professores às atividades de aprendizagem: • alunos trabalhadores; • excesso de atividades para os professores, como escrever artigos; orientações de doutorado, bolsa de produtividade, etc.
Situações desafiadoras • Estabelecer ambiente de aprendizagem, tempo e espaço para alunos e professores. • Necessidade de se discutir os resultados das avaliações do ENADE, devolver o vínculo entre quem ensina e quem avalia. • Necessidade de realizar a metaavaliação. As críticas à idéia da engenharia de construção do ENADE, em termos da teoria do valor agregado no ensino superior.