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Laboratório em Pediatria

Laboratório em Pediatria. Antonio Sérgio Macedo Fonseca Departamento de Pediatria Hospital de Pediatria UFRN. Exames Laboratoriais. Como Interpretar?. Exames Laboratoriais. Conceitos importantes para a avaliação de um determinado teste: Exatidão: Precisão: Sensibilidade: Especificidade:.

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Presentation Transcript


  1. Laboratório em Pediatria Antonio Sérgio Macedo FonsecaDepartamento de Pediatria Hospital de Pediatria UFRN

  2. Exames Laboratoriais Como Interpretar?

  3. Exames Laboratoriais • Conceitos importantes para a avaliação de um determinado teste: • Exatidão: • Precisão: • Sensibilidade: • Especificidade:

  4. Exames Laboratoriais • Características dos testes: • Sensibilidade: • Capacidade de detectar uma doença. • Especificidade: • Capacidade de definir a ausência de uma doença. Número de positivos ao exame 100 Número total de doentes Número de negativos ao exame 100 Número total sem a doença

  5. Exames Laboratoriais • Características dos testes: • Valor preditivo positivo: • Capacidade de detectar uma doença. • Valor preditivo negativo: • Capacidade de definir a ausência de uma doença. Número de verdadeiros positivos 100 Número total de positivos Número de verdadeiros negativos 100 Número total de negativos

  6. Exames Laboratoriais • O que aconteceria se eu colhesse HIV por ELISA de toda população dos EUA? • HIV por ELISA: • Sensibilidade 99% • Especificidade 99,5% • População = 265.000.000 (1.000.000 infectados) • 90% dos infectados tem anticorpos detectados. • 1.000.000 x 0,9 x 0,99 = 891.000 (89,1%) e 109.000 falso negativo. • 264.000.000 x 0,005 = 1.320.000 falsos positivo. • VP positivo = 891.000/891.000 + 1.320.000 x 100  40%. • VP negativo = 262.680.000/ 262.680.000 + 109.000 x 100  99,96%.

  7. Exames Laboratoriais • O que aconteceria se eu colhesse HIV por ELISA de um grupo de alto risco, nos quais a prevalência da doença seja 10%? • HIV por ELISA: • Sensibilidade 99% • Especificidade 99,5% • População = 100.000 (10.000 infectados) • 90% dos infectados tem anticorpos detectados. • 10.000 x 0,9 x 0,99 = 8.910 (89,1%) e 1.090 falso negativo • 90.000 x 0,005 = 450 falso positivo • VP positivo = 8.910/8.910 + 450 x 100  95 %. • VP negativo = 89.500/ 89.550 + 1.090 x 100  99 %.

  8. Exames Laboratoriais • FAN x Lúpus Eritematoso Sistêmico • Sensível ( 100%) • Pouco específico (outras doenças, 8 a 15% Nls.) • O que aconteceria se eu colhesse aleatoriamente FAN em 2000 pessoas que estão em um Shopping? • FAN + = 10%  200 pessoas com FAN positivos. • Prevalência de LES = 1/2000  1 pessoa tem LES. • VP positivo = 1/200  0,5% • VP negativo  100%

  9. Exames Laboratoriais • Ácido Vanililmandélico (VMA) urinário x Neuroblastoma • Sensibilidade baixa (69%) ; Boa especidade (99,6%) • Baixa prevalência (3 /100000) • O que aconteceria se eu colhesse aleatoriamente VMA em 100000 crianças aleatórias? • 2 verdadeiros positivos, 400 falsos positivos, 1 falso negativo. • VP (+) = 0,5%; VP (-) = 99,99% • O que aconteceria se eu colhesse VMA de 100 pré-escolares de 3 anos com massa abdominal ? • Prevalência de 50% • VP (+) = 0,69 x 50 /(0,69 x 50) + (0,004 x 50) x 100 = 99 % • VP (-) = 0,996 x 50 / (0,996 x 50) + (0,31x 50)x 100 = 76 %

  10. Exames Laboratoriais • Exames de Triagem Neonatal: • Doenças de prevalência baixa: • Exames quantitativos: • Estratégia: • Separar um grupo de RN “suspeitos” ( a prevalência)  • Acompanhar o grupo suspeito de maneira agressiva

  11. Exames Laboratoriais • Exames de Triagem Neonatal: • Hipotireoidismo Congênito: • Prevalência 25/100000 RN • Exame: medição da tiroxina em sangue total. • Suspeitos: os que apresentam os resultados 10% mais baixos.  • T4 e TSH no RN  • Hipotireoidismo : 25000/100000 RN • Justificativa: • Tratamento fácil e eficaz. • Não tratamento: seqüelas dispendiosas.

  12. LABORATÓRIO EM PEDIATRIA Particularidades : “A criança não é um adulto em miniatura” 1- Diferentes opções de sítios de punção; 2- Tubos de coleta; 3- Volume de sangue; 4- Valores de referência.

  13. LABORATÓRIO EM PEDIATRIAPARTICULARIDADES SÍTIOS DE PUNÇÃO

  14. LABORATÓRIO EM PEDIATRIAPARTICULARIDADES SÍTIOS DE PUNÇÃO

  15. LABORATÓRIO EM PEDIATRIAPARTICULARIDADES TUBOS DE COLETA

  16. LABORATÓRIO EM PEDIATRIAPARTICULARIDADES • RN pré-termo de 1000g: • Tem 80 mL de sangue • 45 mL é plasma • 1 colher de chá tem 4,5 mL • Na primeira semana de vida  coletam-se 5 a 12 amostras/dia • Transfusão: • Se > 10% (8mL) for coletado em 2 a 3 dias

  17. LABORATÓRIO EM PEDIATRIAPARTICULARIDADES • Volume total de sangue por Kg / peso: • RN Pré-termo (RNPT) • 89 a 105 mL/Kg; • RN a termo (RNT) • 82 a 86 mL/Kg; • Lactentes e pré-escolares • 73 a 82 mL/Kg. Approximations of Total Blood Volume. HENRY, JB. : Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods, 20th ed. 2007

  18. LABORATÓRIO EM PEDIATRIAPARTICULARIDADES Quantidade máxima de sangue a ser retirada/dia de crianças: Peso (Kg) Máximo por coleta (mL) 2,7 a 3,6 2,5 3,6 a 4,5 3,5 4,5 a 6,8 5,0 7,3 a 9,1 10,0 9,5 a 11,4 10,0 11,8 a 13,6 10,0 14,1 a 15,9 10,0 16,4 a 18,2 10,0

  19. LABORATÓRIO EM PEDIATRIAPARTICULARIDADES • Valores de Referência: • Importância: • São fundamentais para a interpretação de um teste como método diagnóstico, além de serem essenciais para a tomada de decisões terapêuticas. • Problemas: • Falta de padronização dos valores de referência e das unidades; • Unidades de valores diferentes e em alguns casos, com unidades métricas diferentes (glicose em mg/dL ou mmol/L); • Poucos dados na faixa etária pediátrica e em populações pequenas; • Utilização de valores de referência de adultos;

  20. LABORATÓRIO EM PEDIATRIAPARTICULARIDADES • Valores de Referência: • Problemas específicos: • Reduzido conhecimento das características bioquímicas, hormonais e hematológicas específicas das diferentes faixas etárias; • Sistema Microssomial Hepático: • RN: imaturo • 6m à puberdade : 2 x > adulto • Puberdade a adulto: redução progressiva da atividade. • Necessidade de identificar parâmetros para os quais a idade e/ou a maturidade metabólica do paciente possam interferir; A criança e o adolescente estão em franco processo de crescimento e desenvolvimento, bem como de maturação das suas funções fisiológicas, daí a necessidade de se estabelecer seus próprios valores de referência.

  21. IFCC – Força tarefa em Medicina Laboratorial Pediátrica Situação atual dos Valores de Referência em Pediatria Divisão Pediátrica e Materno-Fetal da AACC

  22. KIGGS – Levantamento alemão da saúde de crianças e adolescentes

  23. Projeto Childx www.childx.org

  24. IFCC – Força tarefa em Medicina Laboratorial PediátricaSituação atual dos Valores de Referência em Pediatria NORICHILD Nordic Reference Intervals in CHILDren

  25. Iniciativa do Serviço Nacional de Saúde Americano: • USA: National Children‘s Study

  26. Associação International de Medicina Laboratorial Pediátrica (IAPLM)

  27. ICPLM – Congressos Internacionais de Medicina Laboratorial Pediátrica • 1980 Jerusalem, Israel • 1983 Toronto, Canada • 1986 Bristol, United Kingdom • 1989 Washington, DC, USA • 1992 Bordeaux, France • 1995 Vancouver, Canada • 1998 Lisbon, Portugal • 2001 Cairo, Egypt • 2003 Rome, Italy • 2005 Singapore

  28. ICPLM 1st Announcement

  29. Valores de Referência em Pediatria • Por várias razões (variabilidade biológica e ambiental; heterogeneidade genética e do estado de saúde subclínico), os valores “normais” de muitos exames laboratoriais não mostram um curva de distribuição de Gauss. • Média e DP são menos úteis de que a faixa de valores normais fornecidas pela faixa normal dos 95%.

  30. Valores de Referência em Pediatria Valores laboratoriais de sódio sérico e creatinoquinase (CK) em 458 crianças escolares normais de 7 a 14 anos de idade.

  31. Valores de Referência em Pediatria HEMOGLOBINA

  32. Anemia Segundo a OMS: Para crianças até 5 anos: Hb < 11 g/dL; Crianças 5 a 11 anos: Hb < 11,5 g/dL; Cças 12 a 14 anos e gestantes: Hb < 12 g/dL; Avaliação do estado nutricional relativo ao ferro: Hb (g/dL) e Ht (%) Fonte: NHANES III. CDC. MMWR 1989; 38:400-4; Yip R et al. Am J ClinNutr 1984; 39:427-36.

  33. VALORES DE REFERÊNCIA EM PEDIATRIA • Valores de referência para a idade • Glicemia: Ao nascimento - 40 a 100 mg/dL. • Crianças..........- 60 a 99 mg/dL. • Adultos...........- 70 a 99 mg/dL. • Creatinina: RN e lactentes - 0,3 a 0,7 mg/dL. • Crianças...........- 0,4 a 0,9 mg/dL. • Adultos............- 0,6 a 1,2 mg/dL (F). • 0,8 a 1,4 mg/dL (M). AACC National Meetimg, Chicago, july, 1998.

  34. Obesidade e Síndrome Metabólica em Pediatria

  35. No Data <10% 10%–14% Obesity Trends* Among U.S. Adults1985 • Percent of Obese (BMI > 30) in U.S. Adults

  36. No Data <10% 10%–14% Obesity Trends* Among U.S. Adults1988 Percent of Obese (BMI > 30) in U.S. Adults

  37. No Data <10% 10%–14% Obesity Trends* Among U.S. Adults1990 Percent of Obese (BMI > 30) in U.S. Adults

  38. No Data <10% 10%–14% 15%–19% Obesity Trends* Among U.S. Adults1992 Percent of Obese (BMI > 30) in U.S. Adults

  39. No Data <10% 10%–14% 15%–19% Obesity Trends* Among U.S. Adults1994 Percent of Obese (BMI > 30) in U.S. Adults

  40. No Data <10% 10%–14% 15%–19% Obesity Trends* Among U.S. Adults1996 Percent of Obese (BMI > 30) in U.S. Adults

  41. Obesity Trends* Among U.S. Adults1998 No Data <10% 10%–14% 15%–19% ≥20% Percent of Obese (BMI > 30) in U.S. Adults

  42. Obesity Trends* Among U.S. Adults2000 No Data <10% 10%–14% 15%–19% ≥20% Percent of Obese (BMI > 30) in U.S. Adults

  43. No Data <10% 10%–14% 15%–19% 20%–24% ≥25% Obesity Trends* Among U.S. Adults2002 Percent of Obese (BMI > 30) in U.S. Adults

  44. No Data <10% 10%–14% 15%–19% 20%–24% ≥25% Obesity Trends* Among U.S. Adults2004 Percent of Obese (BMI > 30) in U.S. Adults

  45. Obesity Trends* Among U.S. Adults2005 No Data <10% 10%–14% 15%–19% 20%–24% 25%–29% ≥30% Percent of Obese (BMI > 30) in U.S. Adults

  46. Exemplo de ambiente obesogênico “Supersize” das porções 220 kcal 400 kcal 250 kcal 590 kcal 200 kcal 630 kcal 120 kcal 250 kcal

  47. Prevalência (%) (12-17 anos) (6-11 anos) Obesidade quadruplicou nos EUA em adolescentes, 1970-2000 Aumento de DM2: >10x p <0,001 Slyper AH, et al. The pediatric obesity epidemic: causes and controversies. JCEM. 2004;89(6):2540-7

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