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Nos tempos do Papa João XXIII. Havia duas alas: a conservadora e a progressista. A Ala conservadora: Era a velha guarda italia-na, representada pelos Cardeais Otaviani, Car-deal Siri e Cardeal Ruffini. Engrossada ainda pelo francês Dom Marcel Lefèbre e espanhol Cardeal Larraona.
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Nos tempos do Papa João XXIII
Havia duas alas: a conservadora e a progressista • A Ala conservadora: Era a velha guarda italia-na, representada pelos Cardeais Otaviani, Car-deal Siri e Cardeal Ruffini. • Engrossada ainda pelo francês Dom Marcel Lefèbre e espanhol Cardeal Larraona. • A Ala progressista: Cardeais Frings, Döpfner, König, Süenens, Liénart e Bea, coordenados por Montini e o Patriarca Melquita Maximus IV. • Tinham ao seu lado muitos bispos latinoameri-canos, entre eles Dom Helder Câmara.
A Igreja tinha sido conservadora • Desde a revolução francesa, havia uma corrente mais conservadora: Era a Igreja Católica perse-guida, difamada, dessacralizada e desacreditada pelos “liberais”, pelos comunistas e socialistas ateus. • Tudo fazia parte da “Heresia Modernista”, conde-nada pelos Papas Gregório XVI (1846) por Pio IX (1878), Pio X (1914). • Dentro deste clima reacionário tinha acontecido o Vaticano I (1869-70), onde foi aprovado dogma da infalibilidade do Papa. Depois, Pio X havia exigido o famoso Juramento anti-modernista.
Havia também sinais de progresso • 1835: Frederico Ozanan – vicentinos. • 1848-70: Dom Guilherme Ketteler, de Mainz. • Leão XIII (1878-1903), c/ a Rerum Novarum. • Criação da Ação Católica, com Pio XI. • A Novelle Theologie: • Valorização da Sagrada Escritura e a volta às fontes. • Surgem novos teólogos: Congar, Rahner, De Lubac, Ratzinger e muitos outros. • Movimento Litúrgico: Odo Casel, Pius Parsch e Fischer.
Pio XII (39-58) – ficou se equilibrando • Chegou a pensar num Concílio e falou disso. • Tinha idéias avançadas para sua época. • Era considerado o mais inteligente do mundo • Tinha a Rádio Vaticana na mão e fazia as famo-sas “Radiomensagens”... • Escreveu: • Mistici Corporis – preparação da Lumen Gentium • Mediator Dei – antecede a reforma litúrgica. • Divino Afflante Spiritu – antecede Dei Verbum. NB. Quando morreu em 1959, parecia insubstituível...
A eleição do Papa João XXIII • Foi uma grande decepção. • O mundo inteiro esperava um homem conhecido e culto como Pio XII. • Pensavam em Montini, mas fora enviado para Milão, e não era ainda Cardeal. • Foi eleito um velho de 79 anos, popular... Angelo Roncalli, Cardeal de Veneza. • “Um Papa de transição”. • Vai durar pouco e depois virá um definitivo.
Eleição foi a 28.10.1958 • Implanta uma imagem de Papa da simplicidade: • Aboliu a cadeira gestatória; • Às vezes fugia do Vaticano, em batina preta, com amigos que o levavam para visitar amigos. • Apresentou-se rígido, especialmente para os seminaristas, queria tudo em latim. • Não escolheu novos auxiliares no Vaticano. • Ficou com o Grupo de Pio XII. • Mas, eis que, no dia 25 de janeiro de 1959, surpreendeu a todos.
Convoca o Concílio Vaticano II • Estava presidindo as Vésperas, na Basí-lica de São Paulo fora dos Muros... • Estavam presentes quase 50 Cardeais. • De repente anuncia um Sínodo para a dio-cese de Roma, com a volta do latim, nos seminários e em todos os atos de culto... • E um Concílio Ecumênico, a ser realizado dentro do Vaticano, chamado Vaticano II. • E disse: “Queremos reunir 2.500 bispos”.
Foi aquele tumulto entre os Cardeais • Os Cardeais achavam que isto era de todo impossível para os tempos atuais. • Na Sacristia, boicotaram a imprensa. • Nas entrevistas, os Cardeais falaram que tinha sido um impulso, que precisavam ver isto mais de perto. • Mas, o Papa confirmava tudo. E mais, queria também a presença dos irmãos separados. • Roma não teria capacidade para hospedar tanta gente ao mesmo tempo.
Papa nomeou oito Comissões preparatórias • Colocou à frente dos trabalhos os Cardeais da Cúria Romana. • Mas, estes ainda não acreditavam nisso. • Só o Cardeal Béa SJ tratava de preparar os esquemas sobre diálogo ecumênico. • Papa chamou os oito Presidentes de Comis-sões. Ouviu eles falar das dificuldades. No final aceitou a renúncia de cinco Cardeais e nomeou ao todo 16 Comissões. • Chamou Cardeais de toda Europa.
Entram figuras novas e conhecidas • Cardeal Frings – de Köln • Cardeal König de Viena. • Cardeal Suenens – da Bélgica • Cardeal Montini de Milão. • Cardeal Tisserant da França • Cardeal Lercaro de Bologna. • Lienart e Béa da Cúria Romana. • Na Comissão Teológica estava Dom Vicente Scherer, de Porto Alegre.
O Concílio foi aberto a 11 de outubro de 1962 • Estavam presentes 2.540 Bispos, jamais se havia visto algo semelhante. • 1.060: eram da Europa (423 italianos,144 franceses,60 alemães, 87 espanhóis, 59 poloneses, 29 portugueses). • 408 asiáticos, especialmente Indianos. • 351 Africanos; 416 da América do Norte; • 620 da América Latina e 74 da Oceania. • Vieram poucos do Bloco Soviético. • O comunismo era inimigo da Igreja, do Papa e do Concílio. Os bispos cubanos não vieram.
A 11 de outubro – o discurso de abertura do Vaticano II • Veio um discurso muito esperado por todos e muito bem preparado por João XXIII. • O Objetivo do Concílio: “promover o incremento da fé católica e uma saudável renovação dos costu-mes do povo cristão, e adaptar a disciplina eclesiás-tica às condições de nosso tempo”. • O Concílio pretende um “aggiornamento” da Igreja • Imaginava o Concílio como um “Novo Pentecostes”; • Uma grande experiência espiritual que reconstituiria a Igreja Católica como um movimento evangélico dinâ-mico. – Era preciso renovar o catolicismo.
Os Grupos linguísticos • Todos os Bispos e Cardeais foram divididos em sete grupos linguísticos, trabalhos em grupos: • Grupo italiano: na antiga C.E.I. • Grupo Frances: no Colégio Frances • Grupo Inglês: no Anglo-americano. • Grupo Espanhol: no Pio Latino Americano. • Grupo Português: na Domus Mariae. • Grupo Alemão: no Seminario Germanicum. • Grupo em Latim: todos os outros.
Muitos Bispos estavam encaixados nas Comissões. • Eram as 16 Comissões formadas pelo Papa, ainda na fase da preparação. • A Cúria Romana tinha encaixado a maioria dos Bispos nestas comissões, sem se conhecerem. • Mas, no início da 1a. Sessão, os Cardeais pedi-ram um tempo para todos se conhecerem e de-pois, cada um poderia escolher uma comissão. • Esta proposta foi apoiada pelos Bispos da América Latina e da África. Foi aprovado. • Cada bispo teve tempo para se apresentar e falar na Assembléia plenária...
Com isto, a primeira sessão rendeu pouco... • Trabalharam o tempo todo em apenas dois documentos: sobre a Liturgia e MCS. • Nenhum documento chegou a ser votado. • Ao lado disso, o grupo bíblico já trabalhou bastante e a comissão teológica também. • Quando a primeira sessão terminou, a 04 de dezembro de 1962, os bispos já tinham a convicção de que o Concílio iria longe... • Ou terminaria logo: a saúde do Papa preocupava.
A 03.06.63, morria João XXIII. • E agora, o que vai acontecer com o Concílio? Vai continuar? Depende do novo Papa... • Em um conclave de apenas um dia, foi eleito Giovanni Batista Montini, Cardeal Arcebispo de Milão. É visto como amigo do Concílio! • Assume o nome Paulo VI. • Tinha sido o Secretário da 1a. Sessão. • Imediatamente confirma a 2ª. Sessão. • Vai começar a 29 de setembro de 1963.
Era um homem • sério, • pensativo, • trabalhador!
Este foi um período muito produtivo: De 29.09 até 08.12.63 • Começou votando o documento Inter Mirifica. • Depois trabalhou um mês inteiro em torno da Sacrossanctum Concilium. • Foi votado e promulgado em dezembro/63. • Ao mesmo tempo já estão debatendo em torno do documento que será a futura Dei Verbum. • Foi também apresentado o esquema da futura Lumen Gentium. A parte social fica para GS. • Progridem muito os diálogos ecumênicos. • Os Bispos de origem alemã foram p/Alemanha.
Paulo VI faz uma série de modificações na estrutura • Agora temos quatro moderadores nomea-dos pelo Papa: Card. Agagianian, Card. Döpfner, Card. Lercaro e Card. Suenens. • A presidência geral do Concílio fica com o Cardeal Secretário de Estado. Era o pode-roso Cardeal Amleto Giovanni Cicognani. • Este, com os quatro moderadores, formavam o autêntico órgão diretivo do Concílio. • Todos os dias “Congregações Gerais”, das 9 às 12,30, na nave central de São Pedro.
A segunda Sessão começou a 29 de setembro de 1963 • No discurso de abertura, Paulo VI traçou os quatro desafios que a Igreja estava colocando aos padres conciliares: • Uma exposição clara sobre a natureza da Igreja; • Uma renovação interior da Igreja; • Uma abertura ecumênica capaz de promover a unidade com os irmãos separados; • Um diálogo franco e aberto com o mundo de hoje. O Esquema sobre a Igreja tinha até então 4 partes: A Igreja como mistério; a estrutura hierárquica;o povo de Deus; os Leigos;
As grandes nações tinham estrutura própria... • Faziam importantes reuniões à noite e nos fins de semana, com os assessores. • Tinham seus próprios assessores teológicos e sua assessoria de Imprensa. Ratzinger, Congar e Kloppenburg estavam lá. • Qualquer intervenção no plenário, a pessoa teria que se inscrever com 3 dias de antece-dência, entregar seu texto em latim, e usar o latim na fala, no máximo, dez minutos. • Estas falas eram minuciosamente prepara-das à noite e aos domingos, com assessores.
Todos os dias, os trabalhos começavam com uma MISSA • Durante a tarde e noite, trabalham as Comis-sões Permanentes, formadas por 24 Bispos, dos quais 16 eleitos pelo plenário e 08 nomea-dos pelo Papa. Eram ao todo 10 Comissões. • A presidência era sempre de um Cardeal no-meado pelo Papa. O vice era eleito pelo grupo. • Cada Comissão podia fazer Sub-Comissões. • Havia um Secretário Geral (Card.Péricles Felice)e mais cinco Sub-Secretários. Só ele podia in-formar a Imprensa e dar entrevistas sobre o andamento dos trabalhos.
O debate sobre a Igreja levou para dois grandes documentos: • Lumen Gentium: torna-se o documento teo-lógico, sobre a natureza da Igreja, o episcopa-do, os leigos; os presbíteros; os religiosos; os diáconos; Nossa Senhora Mãe da Igreja. Promulgado a 24 de novembro de 1964 • Gaudium et Spes: A Igreja e o seu com-promisso no mundo moderno; a dimensão social do povo de Deus; a questão da justiça e da paz; questão da propriedade, o trabalho e a sua justa remuneração. 07.12.1965
A Lumen Gentium deveria ser estudada nos dias atuais. • Lá se encontra o essencial para o ministério dos Bispos, a relação com o Papa, com os demais bispos e com os outros membros do Povo de Deus. • Para a vida religiosa, também o essencial está na Lumen Gentium, no capítulo VI. Os conse-lhos evangélicos unem os religiosos de manei-ra especial à Igreja e ao seu ministério. • A profissão dos Conselhos evangélicos precisam ser um sinal. O mundo precisa ver estes sinais.
3a. Sessão abre a 14 de setembro de 1964. • A 3a. Sessão foi aberta com uma missa con-celebrada pelos 24 dirigentes do Concílio. • A concelebração era uma novidade total. • Pouco antes, a 06 de agosto, Paulo VI havia publicado a Encíclica Ecclesiam Suam, com uma palavra chave: o diálogo, entre o novo e o velho. O Concílio tem esta finalidade. • Não se pode simplesmente romper com todo o passado. Cabe ao Concilio reformar a Igreja. • No discurso de abertura, o Papa retoma estes temas e coloca a Igreja no centro do Concílio.
Neste terceiro período os trabalhos progrediram muito... • Lumen Gentium foi aprovada neste período e toda a parte social ficaria para um novo documento a Gaudium et Spes, que seria aprovada em 1965. • O documento sobre a vida e o ministério dos presbíteros foi muito debatido... A discussão sobre o traje dos padres não terminou. Ficou para as conferências episcopais. • A Dei Verbum ocupou quase todo o mês de outubro de 1964. Aprovada a 18.11.1965. • O Apostolado dos Leigos começou a ser deba-tido em novembro de 1964. Era o grande tema de Dom Alosísio Lorscheiter e Dom Vicente.
O 4o. período foi aberto no dia 14 de setembro de 1965. • Na missa de abertura, uma surpresa: o Papa fala em Sínodo dos Bispos, como instrumento que gostaria de instituir para poder sempre de novo encontrar-se com os Bispos e com eles repartir as responsabilidades. • A 11 de setembro de 1965, tinha promulgado a Mysterium Fidei,reafirmando a transubstan-ciação e deixando claro que essa não estava em discussão. Todos deveriam saber que as discussões tinham limites estabelecidos.
No 4o. período, pouca discussão e muita votação • Acentuava-se o trabalho nas comissões. • Os textos eram levados para as plenárias, em condições de serem votadas. • A grande discussão girou em torno da “Li-berdade religiosa”. Era um conceito total-mente novo e muito importante, uma vez que tirava do Estado o direito de obrigar a seguir ou impedir uma ou outra religião. • A aprovação deste conceito foi bem difícil.
A grande discussão foi sobre o Esquema treze – a Gaudium et Spes • Este era um tema particularmente difícil porque se tratava da Igreja no mundo contemporâneo. • O problema é o que o mundo estava dividido entre leste e oeste - comunismo e capitalismo. • Todas as afirmações da Doutrina Social da Igreja tinham uma certa conotação política. • Quando parecia favorecer um pouco ao comunismo, os bispos que sofriam, gritavam, entre eles Woitilla. • Mas o capitalismo também estava cheio de vícios e pecados. O texto foi promulgado no último dia do Concílio, a 07 de dezembro de 1965.
A 7 de dezembro de 1965, a 168a. Plenária e a última. • Quando foi anunciado que esta seria a última sessão plenária, todos aplaudiram de pé. • Foram aprovados os quatro últimos documentos: • Gaudium et Spes – a Igreja no mundo. • Presbiterorum Ordinis – vida dos presbíteros. • Unitatis Redintegratio – sobre o diálogo ecumênico. • Ad Gentes – sobre a atividade missionária da Igreja e a preocupação em terras de missão. No final daquele dia foi celebrada a missa de encer-ramento do Concílio e a promulgação de Paulo VI.
Duas Constituições Dogmáticas • Lumen Gentium: sobre a Igreja, com oito capítulos: Mistério da Igreja, o povo de Deus, a constituição hierárquica, os leigos, vocação à santidade, os religiosos, índole escatológica e Maria no mistério da Igreja. • Dei Verbum: sobre a revelação divina, com seis capítulos: Revelação como tal; transmis-são da divina revelação; inspiração divina; Anti-go Testamento; Novo Testamento; Sagrada Escritura na vida da Igreja.
Uma Constituição Pastoral – Gaudium et Spes - • A dignidade da pessoa humana; • A comunidade humana; • Sentido da atividade humana no mundo; • Função da Igreja no mundo de hoje; • Alguns problemas mais urgentes: • Matrimônio e a família; Promoção da cultura; • Vida econômica e social; Vida da comunidade política; Construção da paz e promoção dos pobres; eliminação da guerra; construção da comunidade internacional.
Constituição Sacrossanctum Concilium - • Ela dá orientações para uma Reforma Litúrgica. Paulo VI fará a reforma. • Coloca as normas gerais: autoriza o vernáculo. • Fala sobre o incremento da vida litúrgica na diocese e nas paróquias; • Fala sobre o Mistério da Eucaristia e a par-ticipação ativa da comunidade. • Depois fala sobre os demais Sacramentos. • Sobre a Liturgia das Horas; O Ano Litúrgico; a música sacra; a arte sacra e as alfaias.
Os DECRETOS CONCILIARES • Unitatis Redintegratio: Sobre ecumenismo • Orientalium ecclesiarum: Igrejas orientais • Ad Gentes: sobre a atividade missionária • Christus Dominus: Missão dos Bispos • Presbyterorum Ordinis: sobre os presbíteros • Perfectae Charitatis: sobre a vida religiosa • Optatum Totius: sobre a formação sacerdotal • Apostolicam actuositatem: vocação dos leigos • Inter Mirifica: sobre os Meios de Com. Social.
As três Declarações • Gravissimum educationis:Sobre a educação, sobre o direito à educação e os responsáveis pela educação. • Dignitatis Humanae: sobre a Liberdade Religiosa; Nenhum Estado pode obrigar ou impedir a religião. O ato da fé precisa ser livre. • Nostra aetate: Sobre as religiões não cristãs e a possibilidade de um diálogo com eles; as religiões monoteístas e a fraternidade universal.
PERFECTAE CHARITATISmexeu na Vida Religiosa • As Congregações promoveram cursos e mais cursos sobre a Perfectae Charitatis, mas das Irmãs ou dos Irmãos de hoje, quem leu de fato o documento todo? • Os Bispos promoveram encontros e mais en-contros sobre Presbyterorum Ordinis; mas de nossos padres atuais, quem leu este Documento todo? • Quem entrou depois dos anos 70, nunca estudou os Documentos do Vaticano II... Ouviu falar do Concílio...
Os Documentos Pós Conciliares Terminado o Concílio, viriam agora os grandes documentos Pós Conciliares. 1. O Novo Missal – Cada língua organiza os seus Missais. Paulo VI os aprovava, em 1968. 2. O novo texto do Breviário – A Liturgia das Horas – no começo: Oração do tempo presen-te, após longa insegurança, em 1969. 3. Só em 1983, veio o novo Código do Direito Canônico. Longa espera que fez mal à Igreja! 4. Só em 1992, o Catecismo da Igreja Católica, o prejudicou muito à Igreja. Sem catecismo!
A difícil recepção do Concílio • Os Bispos voltam para casa. Trazem os docu-mentos. Mas, eles precisam transmitir o espírito do Concílio. Cada um o transmite do seu jeito! • A simplificação da Liturgia era um tema: muitos aboliram demais: os santos saem dos altares; as casulas desaparecem; os coroinhas acabam; os turíbulos somem; confessionários desaparecem; até a água benta termina... Seminários fecham... • Sem Breviário, sem direito, sem Catecismo, tudo é simplificado, improvisado, e o povo sofre...
João Paulo II e a reconstrução • O longo papado de João Paulo II foi uma bênção para a Igreja Pós Conciliar. • Os diversos sínodos realizados... • A promulgação do Direito Canônico... • O Catecismo da Igreja Católica... Depois ainda a Síntese do Catecismo. • Os últimos anos de seu Papado dedicados à Eucaristia: Ecclesia de Eucharistia; O ano da Eucaristia; O Sínodo sobre a Eucaristia; Sacra-mentum Charitatis e Mane Nobiscum.
Bento XVI e a fidelidade ao Concílio • Durante os anos do Concílio, Pe. Joseph Ratzinger era um jovem teólogo, assessor dos Bispos alemães. • Até 1976, ele foi o professor que transmitiu o Concílio, depois foi ordenado Arcebispo de Munique. • Chamado para Roma por João Paulo II, foi o principal autor do Catecismo e cuidou da doutrina e da fé. • Sua última iniciativa, como Papa, foi promulgar o Ano da Fé, para uma retomada de todos estes temas. • Ele estava convicto de que uma séria reforma da Igreja, tal como seria necessária, passaria necessariamente por um estudo aprofundado dos Documentos do Vaticano II.
Na quarta-feira de cinzas, em 2013, falou ao Clero de Roma • Papa Bento já tinha anunciado a renúncia, mas coloca um pouco suas decepções: “Quando se usa a palavra Concílio, há duas compreensões: o Concílio real e o Concílio virtual”. • Concílio real é aquele que realmente aconte-ceu, todo o esforço de renovação da Igreja. É aquele que está nos documentos. • Concílio virtual é aquele que foi apresentado pela Mídia, como aquele que veio modificar tudo, como se a Igreja estivesse começando em 1965.
O Concílio virtual fez muito mal à própria Igreja Católica... • Ele espalhou falsas expectativas... • Aboliu realidades tradicionais e muito impor-tantes na vida da Igreja, os sinais/hábitos. • Deixou entrar um secularismo abominável, que corrói a consciência e permite o laxismo nas consciências humanas, (nada é pecado grave!) • Em conseqüência, tivemos tantos abandonos na vida sacerdotal e religiosa. • Gravíssimos pecados se manifestaram no cora-ção da Igreja, com tantas formas de pedofilia. • Os piores ataques não vem de fora, mas de dentro da própria Igreja.
A reação da Igreja deveria ser • Estudar os documentos conciliares, assim como foram aprovados e publicados. • Apresentar o Concílio que aconteceu de verdade e mostrar que o Concílio da Mídia não aconteceu. • Cada grupo identificar-se com o Documento produzido pelo Vaticano II e assumir o que lhe cabe. • E, para implantar este Concílio de verdade, nós precisamos de novas forças e novas energias. Por isso, virá um novo Papa.
Foi eleito o PAPA FRANCISCO • É o primeiro Papa Latino americano... • É o primeiro Papa Jesuíta... Nome: Francisco. • Ele se apresenta como o Bispo de Roma, uma linguagem do Concílio... • Entrega a todos que o visitam um Documen-to de Aparecida. • Quer a Missão Continental. Quer que as pa-róquias saiam em busca dos afastados. • Quer uma maior simplicidade na Igreja e uma busca aos pobres...
Além disso o Papa Francisco quer: • A superação da Alfândega Pastoral... • Isto ele entende por “muitas regras e longo questionamento”... • Quer que a paróquia vá ao encontro das pessoas. Quando elas vem, devem ser atendidas, especialmente os pobres. • Não podemos mandar embora, alguém que venha para batizar ou para catequese de um filho. Inscrições sempre abertas, catequese sempre pronta, inclusive para adultos.