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Wittgenstein e o Princípio do Contexto

Wittgenstein e o Princípio do Contexto. Ana Falcato, IFL – FCSH/UNL FLUP – 7 de Dezembro de 2012. O Princípio do Contexto. Frege, 1882: Introdução aos Fundamentos da Aritmética :

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  1. Wittgenstein e o Princípio do Contexto Ana Falcato, IFL – FCSH/UNL FLUP – 7 de Dezembro de 2012

  2. O Princípio do Contexto • Frege, 1882: IntroduçãoaosFundamentos da Aritmética: «Nunca (devemos) perguntarpelosignificado de umapalavraisoladamente, mas apenas no contexto de umafrase.» • Wittgenstein, 1922: Tractatus Logico-Philosophicus 3.3.: «Só a frase tem sentido; apenas no contexto de umafrase é que um nome tem referência».

  3. Variaçõesmaisrecentes: • Algunscontextualistasactuais – como F. Recanati – alegamquequalquerproposta contextualista é umaadaptaçãoassimiladora do Princípio do Contexto, talcomoestipuladopor Frege naIntroduçãoaosFundamentos da Aritméticae defendidopor Wittgenstein em TLP 3.3. • Quandodefendeessaposição, Recanati remete o leitorpara um texto de James Conant (Conant, 1998), intitulado “Wittgenstein on Meaning and Use” – extraordináriotrabalho de exegesesobre a evolução do pensamento de Wittgenstein e respectiva relação com Frege, quenão se compromete com o debate Contextualismo/ Anti-Contextualismo.

  4. Divergências • «My main aim in this paper is to thoroughly explore the connexion between a certain reformulation of the naming relation within the Philosophical Investigations and what I defend to be a new stance therein assumed by Wittgenstein concerning Frege’s so called Context Principle. I will be arguing that in the Investigations Wittgenstein does not subscribe to the CP, as it could first have been formulated in the Introduction to The Foundations of Arithmetic by Frege, and later on endorsed by himself in the Tractatus Logico-Philosophicus.When readdressing the naming problem in his later work, Wittgenstein broads the notion of an intelligible context in the process of understanding meaningful excerpts of language so much that he is compelled to abandon Frege’s Context Principle». Falcato, 2012.

  5. PassosArgumentativos:Frege • Ateoria da Primazia do Juízo: «Nãocomeçamos com conceitosquecolocamoslado a ladoparaformar um pensamentocompleto; [aoinvés] chegamosàspartes de um pensamentoanalisando o pensamento». • Para determinar o significado de umapalavra e compreender o seucontributosemânticoparao todoorgânico da fraseemquefigura, temos de focar-nosnafrasecomo um todo, respectivo potencialassertivo e de expressão de um pensamento.

  6. Frege: • Questões de interpretaçãoprecedemsempre a determinação de um pensamentocompleto. • Se um falantecompetente de umalíngua L compreende o pensamentoexpressoporumafrase S, fá-lo-á atendendoaoprincípio de composição/decomposiçãoquefixa o significado de S. • Qualquerprocesso de modulação de significadoslexicaisatribuível a característicasmuitoespecíficas do mundoestáexcluídodestaorgânicainterpretativa.

  7. Frege: ConclusãoProvisória • O Princípio do Contexto de Frege é sóumaregra meta-semântica. • Mesmo se foichamado “Princípio do Contexto” pelatradiçãoanalítica, o “axioma de Frege” naIntrodução dos Grundlagendizapenasrespeitoaotodointerno de umafrase, nãoversandosobre as circunstânciasemque a mesmapodeserproferida – portanto, sobreaquilo a queeuchamaria“contextoexterno”.

  8. Wittgenstein • «I shall also call the whole, consisting of language and the actions into which it is woven, a “language-game”» (PI, §7) • 1) O que é um nomenumjogo de linguagem? • 2) Como é que um nomereferenumjogo de linguagem?

  9. Um jogo de linguagem é, para Wittgenstein, umaplataforma de conexãode elocuções com acçõesenquadradaspor um backgroundsituacional entre interlocutores, respectivas intenções e projectos– e esteúltimonúcleonão tem porquefundamentar-se linguisticamente. • Identificar um jogo de linguagemé adscrever-lheregras – conjuntos de normas com conteúdoproposicionalqueespecificamcomo o jogodeveserjogado. • As regras de um jogodeterminam o quesãomovimentosválidosdentrodessejogo e, porexclusão, o quepodemsermovimentosinválidos.

  10. Dentro do modelo dos jogos de linguagem, nomear um objecto significacontribuirpara as condições de correcção de um movimentodentro do jogo, talcomo é especificadopelas respectivas regras. • R1) No modelo dos jogos de linguagem, um nomenãodesigna nada fora de um jogo; • R2) Aquiloque um nomepodedesignardentro de um jogo de linguagem é especificadopelas respectivas regras, queenquadrammovimentosválidos e completosdentro do mesmo.

  11. Frege vs. Wittgenstein • Frege: um nome é um signoquefunciona de umadeterminadamaneiradentro de um todoproposicional. • Frege: O desempenhosemântico de um nomedepende do contributosemântico dos restantescomponentes do compostoproposicional. • Frege: Para um nomea designar um objecto Aalgomais no compostoproposicionalemquea figura tem de asseguraressaassociação: porexemplo, queasatisfaça um dado predicadoP.

  12. Frege: um nome tem de funcionararticuladamente com osrestantescompostosproposicionais se a coerênciarepresentativa de um dado pensamentovaiserassegurada– essacoerênciarepresentativaprojectanafrasecorrespondente um conjunto de condições de verdadecomposicionais.

  13. O Wittgenstein das IF • Liberalizandoo estatutológico de um nome, defendeque o compostorelevantepara o qual um nomepodecontribuirsignificativamente é um todohíbrido– um movimentonumjogo de linguagem, misto de componenteslinguísticos e não-linguísticos. • Computarossignificadosdiscretos das partescomponentes de umaelocução a ocorrrernumjogonumtodocomposicional, não é condiçãosuficientepara se conhecer o pensamentoexpressopelaelocução.

  14. O últimopontoé o casoporduasrazões: 1. Uma únicaexpressãoreferencial (seja o predicado “_é verde”) nãorefere o mesmoemtodo e cadajogo de linguagememquepodefigurar. Diferentesjogospodemconterelocuções da mesmafrase-tipo “Este prédio é verde” que, aoabrigo de difrentesregras, determinarãodiferentescondições de correcção.

  15. 2. Dentro de um mesmojogo de linguagem, háespaço de interpretaçãopara o conteúdoreferencial de umaexpressão singular, como o predicado “_é verde” ou um nomeapara o o objecto A. Mesmoparafixar as condições de correcção de um únicomovimentodentro de um únicojogo de linguagem– constituídopelaelocução de “Este prédio é verde” – a soma composicional dos respectivosreferentes é insuficiente. Na ausência do conjunto de regrasquedetermina o jogo de linguagememquestão e até de algumapráticaefectivado mesmo, nãodisporemos de mais do queconhecimentoproposicionalsobre o jogo.

  16. Conclusão • Nas IF Wittgenstein separa-se do Princípio do Contextocriandodiferentesjogos de linguagemquecolocalado a lado, como “objectos de comparação”. • O Contexto do jogo é um contextohíbridoe o seusignificadoenquantoenquadramento do mesmotranscende a soma composicional de todosossignificadoslinguísticos das elocuçõesque o compõem e até a pura soma dessessignificadoscom as regras do jogo. • Não era nistoque Frege estava a pensar. Mas podeserdisto (dessaideia forte de “Contextohíbrido” ouContextoexterno) que parte umaposição contextualista.

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