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Barroco (1601-1768). Idade Média X Renasciment o (teocentrismo) (antropocentrismo ). Características principais:. Religiosidade conflituosa: razão X emoção paganismo X cristianismo pecado X arrependimento confusão de sentidos: textos difíceis (conflito/oposição).
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Barroco (1601-1768) Idade MédiaX Renascimento (teocentrismo)(antropocentrismo)
Características principais: • Religiosidade conflituosa: • razão X emoção • paganismo X cristianismo • pecado X arrependimento • confusão de sentidos: • textos difíceis • (conflito/oposição)
Abuso formal de figuras de linguagem: brinca com palavras • Metáfora • Hipérbole • Sinestesia • Paradoxo • Niilismo temático: conteúdo vazio • Pessimismo: o mundo era um vale de lágrima. • Feismo: predileção por aspectos feios. • Transitoriedade da vida: tudo é efêmero (“Carpediem” “ Epicurismo”)
A Linguagem Barroca • No século XVI, o Renascimento representou o retorno à cultura clássica greco-latina. • No século XVII, o barroco surge. • Um movimento artístico que ainda apresenta algumas conecções com a cultura clássica. • Simultaneamente busca caminhos próprios, que satisfariam as necessidades de expressão daquela época. O êxtase de Santa Teresa, de Bernini
Conceptismo • Arte racional • Antítese • Paradoxos
Antitese • O Barroco sempre busca transmitir estados de conflito espiritual. • Por isso, faz uso de certas figuras de linguagem que traduzem o sentido trágico da vida. • A antítese é a figura de linguagem que consiste no emprego de palavras que se opõem quanto o sentido.
A vós correndo vou, braços sagrados, Nessa cruz sacrossanta descobertos, Que, para receber-me, estais abertos, E, por não castigar-me, estais cravados. A vós, divinos olhos, eclipsados De tanto sangue e lagrimas abertos, Pois, para perdoar-me, estais despertos, E, por não condenar-me, estais fechados, A vós, pregados pés, por não deixar-me, A vós, sangue vertido, para ungir-me, A vós, cabeça baixa, p'ra chamar-me. A vós, lado patente, quero unir-me, A vós, cravos preciosos, quero atar-me, Para ficar unido, atado e firme. Gregorio de Matos Buscando a Cristo
Paradoxo • Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. • Os enunciados, em versos nesta forma de linguagem, apresentam elementos que apesar de se excluírem, também se completam formando afirmações que parecem sem lógica.
Amor é fogo que arde sem se ver,é ferida que dói, e não se sente;é um contentamento descontente,é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer;é um andar solitário entre a gente;é nunca contentar-se de contente;é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade;é servir a quem vence, o vencedor;é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favornos corações humanos amizade,se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luis de Camoes Amor e Fogo Que Arde Sem se Ver
É caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante; pela valorização do pormenor mediante jogos de palavras. Visível influência do poeta espanhol Luís de Gôngora; daí o estilo ser também conhecido como Gongorismo. Arte sensorial O aspecto exterior imediatamente visível no Cultismo ou Gongorismo é o abuso no emprego de figuras de linguagem. Como as metáforas, antítese, hipérboles, etc... Dimensão visual (delírio cromático) Cultismo
"O todo sem a parte não é o todo; A parte sem o todo não é parte; Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que é parte, sendo o todo. Em todo o Sacramento está Deus todo, E todo assiste inteiro em qualquer parte, E feito em partes todo em toda a parte, Em qualquer parte sempre fica todo." (Gregório de Matos) Gregorio De Mattos
O Barroco no Brasil A mais importante igreja do barroco mineiro, projetada por Aleijadinho,situa-se em Ouro Preto.
advogado e poeta nasceu na então capital do Brasil, Salvador, BA em 7 de abril de 1633 estudou no Colégio dos Jesuítas e em Coimbra, Portugal voltou ao Brasil em 1681 dedicou-se a Sátiras e Poemas erótico-irônicos exilado em Angola faleceu em Recife, PE, em 1696. Gregório De Matos
A Fundação da Poesia no Brasil Gregório foi o primeiro poeta popular no Brasil. • Consciente aproveitador de temas e de ritmos da poesia e da musica populares. O Boca do Inferno • Irreverente: • afrontou os valores e a falsa moral sociedade baiana do seu tempo. • Como poeta lírico: • Segue e ao mesmo tempo quebra os modelos barrocos europeus • Como poeta satírico: • Denuncia as contradições da sociedade baiana do seculo XVII • Usa a língua portuguesa com vocábulos indígenas e africanos, e palavras de baixo calão.
A Lírica • Gregório de Matos cultivou três vertentes da poesia lírica: • A amorosa • A filosófica • E a religiosa
Lírica Amorosa A Lírica amorosa é um tipo de poema que é fortemente marcada pelo dualismo amoroso. Como a carne e o espírito.
SonetosaD.AngeladeSousaParedes Me matem (disse então vendo abrasar-me) Se esta a cousa não é, que encarecer-me. Sabia o mundo, e tanto exagerar-me. Olhos meus (disse então por defender-me) Se a beleza hei de ver para matar-me, Antes, olhos, cegueis, do que eu perder-me Nãovi em minha vida a formosura, Ouvia falar nela cada dia, E ouvida me incitava, e me movia A querer ver tão bela arquitetura. Ontem a vi por minha desventura Na cara, no bom ar, na galhardia De uma Mulher, que em Anjo se mentia, De um Sol, que se trajava em criatura.
A Lírica Filosófica Na Lírica filosófica, ele explica: o desconcerto do mundo. a consciência do transitoriedade ou efemeridade. Carpe diem Epicurismo
Epicurismo Doutrina do filósofo grego Epicuro, segundo a qual a felicidade reside no aproveitamento dos prazeres materiais que a vida oferece.
A finalidade da filosofia Epicurista • uma vida de contínuo prazer como chave para a felicidade; • a presença do prazer é sinônimo de ausência de dor, ou de qualquer tipo de aflição: • a fome, a abstenção sexual, o aborrecimento, etc. • o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estão definitivamente eliminados.
Para ser feliz, o homem necessita de três coisas: Liberdade, Amizade e Tempo para meditar.
A Lírica Religiosa Na Lírica religiosa ele: obedece aos princípios fundamentais do barroco europeu. Usa temas como Deus e amor. Ex: A Culpa, o arrependimento, o pecado e o perdão. Estoicismo
Estoicismo Doutrina do filósofo grego Zenão de Cício, segundo a qual a felicidade reside em aceitar resignadamente o sofrimento e a adversidade.
A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado Da vossa alta clemência me despido, Porque quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a, e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória
A Sátira Que falta nesta cidade?................Verdade Que mais por sua desonra?...........Honra Falta mais que se lhe ponha..........Vergonha. O demo a viver se exponha, Por mais que a fama a exalta, numa cidade, onde falta Verdade, Honra, Vergonha. (...) E que justiça a resguarda?.............Bastarda É grátis distribuída?......................Vendida Que tem, que a todos assusta?.......Injusta. Valha-nos Deus, o que custa, o que El-Rei nos dá de graça, que anda a justiça na praça Bastarda, Vendida, Injusta. Que vai pela clerezia?..................Simonia E pelos membros da Igreja?..........Inveja Cuidei, que mais se lhe punha?.....Unha.
O Combate as Línguas Africanas A presença de termos africanos na poesia de Gregório de Matos comprova a ousadia do poeta baiano, pois tal procedimeno cotrariava os interesses dos colonizadores. Ele foi o primeiro poeta nativista.