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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL FREDERICO GUILHERME SCHMIDT. HISTÓRIA 1º TRIMESTRE 2012/02 Prof. Francisco Freitas. 1 ) Era dos Descobrimentos.
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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL FREDERICO GUILHERME SCHMIDT HISTÓRIA 1º TRIMESTRE 2012/02 Prof. Francisco Freitas
1 ) Era dos Descobrimentos Era dos descobrimentos (ou das Grandes Navegações) é a designação dada ao período da história que decorreu entre o século XV e o início do século XVII, durante o qual os europeus exploraram intensivamente o globo terrestre em busca de novas rotas de comércio.A era dos descobrimentos marcou a passagem do feudalismo da Idade Média para a Idade Moderna, com a ascensão dos estados-nação europeus.
O "Theatrum Orbis Terrarum" ("Teatro do Globo Terrestre") de Abraham Ortelius, publicado em 1570 em Antuérpia, considerado o primeiro atlas moderno, resultado das intensas explorações marítimas. Teve 31 edições , em sete idiomas: Latim, holandês (1571), alemão (1572), francês (1572), castelhano (1588), inglês (1606) e italiano (1608).
As importantes rotas comerciais da seda e das especiarias, bloqueadas pelo Império Otomano em 1453 com a queda de Constantinopla o que motivou a procura de um caminho marítimo pelo Atlântico, contornando África.
Depois da chegada de Colombo às "Índias Ocidentais", uma divisão da zona de influência tornou-se necessária para evitar futuros conflitos entre espanhóis e portugueses. Isto foi resolvido em 1494, com a assinatura sob égide papal do Tratado de Tordesilhas que "dividia" o mundo entre as duas potências da época, Portugal e Espanha
Cortés: exploração do México e conquista do Império Asteca (1519-1521)
Em 1517, o governador de Cuba Diego Velázquez de Cuéllar ordenou a uma frota para explorar a Península do Iucatã. Atingiram a costa onde Maias os convidaram a aportar, mas foram atacados durante a noite e apenas um resquício da tripulação voltou. Velázquez enviou então outra expedição liderada por seu sobrinho Juan de Grijalva, que navegou ao longo da costa para sul até Tabasco, território asteca. Em 1518 Velázquez atribuiu ao prefeito da capital de Cuba, Hernán Cortés, o comando de uma expedição para segurar o interior do México mas, devido a uma antiga disputa entre ambos, revogou o alvará.Em Fevereiro de 1519 Cortés avançou ainda assim, num ato de rebelião aberta. Com cerca de 11 navios, 500 homens, 13 cavalos e um pequeno número de canhões que chegou à península de Iucatã, em território maia, reivindicando-o para a coroa espanhola. De Trinidad avançou para Tabasco e venceu uma batalha contra os nativos. Entre os vencidos estava La Malinche, sua futura amante, que conhecia as línguas náuatle (asteca) e maia, tornando-se uma valiosa intérprete e conselheira. Através dela, Cortés soube do rico Império Asteca.
Mapa da cidade-ilha Tenochtitlán e do golfo do México feito por um membro da expedição de Cortés, 1524.
Pizarro: exploração do Peru e da conquista do Império Inca (1524-1532) A primeira tentativa de explorar a costa oeste da América do Sul foi feita em 1522 por Pascual de Andagoya, tendo chegado a Rio San Juan (Colômbia), onde populações locais lhe descreveram um território rico em ouro junto a um rio chamado "Pirú". Andagoya adoeceu e regressou ao Panamá, onde espalhou a notícia sobre o "Pirú" como o lendário El Dorado. Este relato, juntamente com o sucesso de Cortés, chamaram a atenção de Pizarro. Francisco Pizarro tinha acompanhado Balboa na travessia do istmo do Panamá. Em 1524 formou uma parceria com o padre Hernando de Luque e o soldado Diego de Almagro para explorar o sul e dividir os lucros, apelidando a iniciativa "Empresa del Levante". Pizarro comandava, Almagro proporcionava apoio militar e alimentos, Luque seria responsável pelas finanças e outras disposições.
Rota de Francisco Pizarro na exploração e conquista do Peru (1531–1533).
3) Capitanias do Brasil As capitanias foram uma forma de administração territorial do império português uma vez que a Coroa, com recursos limitados, delegou a tarefa de colonização e exploração de determinadas áreas a particulares, através da doação de lotes de terra, sistema utilizado inicialmente com sucesso na exploração das ilhas atlânticas. No Brasil este sistema ficou conhecido como capitanias hereditárias, tendo vigorado, sob diversas formas, durante o período colonial, do início do século XVI até ao século XVIII, quando o sistema de hereditariedade foi extinto pelo Marquês de Pombal, em 1759 (a hereditariedade foi abolida, mas a denominação capitania não).
4) Ciclo da cana-de-açúcar O ciclo da cana-de-açúcar, a primeira grande riqueza agrícola e industrial (base insumática para os engenhos de transformação/síntese industrial da cana em sacarose) do Brasil, teve início quando foi simultaneamente introduzida nas suas três capitanias: Pernambuco, Bahia e São Paulo. O ciclo da cana-de-açúcar representou um dos momentos de maior desenvolvimento econômico do Brasil Colônia. Foi, durante muito tempo a base da economia colonial. O senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar. Utilizava a mão-de-obra escrava indígena e/ou africana e tinha como objetivo principal a venda do açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão. As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas produtoras de um único produto, utilizando mão de obra escrava e visando o comércio exterior.
5) Escravidão A escravidão (denominada também escravismo, esclavagismo e escravatura) é a prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Em algumas sociedades, desde os tempos mais remotos, os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria. Os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais, a idade, a procedência e o destino.
A Lei Áurea (Lei Imperial n.º 3.353), sancionada em 13 de maio de 1888, foi a lei que extinguiu a escravidão no Brasil.
Escrava sendo leiloada na Antigüidade, em quadro do pintor francês Jean-Léon Gérôme
Três escravos abissínios . A Sociedade Anti-Escravagista estima que havia dois milhões de escravos na Etiópia, no início da década de 1930, numa população estimada entre 8 e 16 milhões de pessoas
6) Invasões holandesas no Brasil Invasões holandesas é o nome normalmente dado, na historiografia brasileira, ao projeto de ocupação da Região Nordeste do Brasil pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (W.I.C.) durante o século XVII. Após a União Ibérica (domínio da Espanha em Portugal entre os anos de 1580 e 1640), a Holanda resolveu enviar suas expedições militares para conquistarem a região nordeste brasileira. O objetivo holandês era restabelecer o comércio do açúcar entre o Brasil e Holanda, proibido pela Espanha após a União Ibérica.
Em linhas gerais, as invasões holandesas do Brasil podem ser recortadas em grandes períodos:1624-1625 - Invasão de Salvador, na Bahia1630-1654 - Invasão de Olinda e Recife, em Pernambuco1630-1637 - Fase de resistência ao invasor1637-1644 - Administração de Maurício de Nassau1644-1654 - Insurreição pernambucana
João Maurício de Nassau-Siegen, em neerlandês Johan Maurits van Nassau-Siegen e em alemão Johann Moritz von Nassau-Siegen (Dillenburg, 17 de junho de 1604 – Cleves, 20 de dezembro de 1679)
7) Bandeirantes Denominam-se bandeirantes os sertanistas do Brasil Colonial, que, a partir do início do século XVI, penetraram nos sertões brasileiros em busca de riquezas minerais, sobretudo a prata, abundante na América espanhola, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos. Os caboclos, ou seja, descendentes de casais de índios e brancos, eram os principais elementos do grupo, pois eram a ligação direta entre o colonizador branco (português) e o nativo, o índio, que conhecia as terras. Os bandeirantes paulistas, devido à sua pobreza, não podiam adquirir escravos africanos e escravizavam, por isso, os indígenas. Além do português, os bandeirantes também falavam a língua tupi e, com ela, nomearam vários lugares por onde passaram, denominações estas que, muitas vezes, persistem até hoje.
Os mais famosos bandeirantes nasceram no que é hoje o estado de São Paulo. Foram em parte responsáveis pela conquista do interior e extensão dos limites de fronteira do Brasil para além do limite do Tratado de Tordesilhas, acordo firmado entre Portugal e Espanha com a intenção de dividir a posse das terras do Novo Mundo. Com isso todo o Centro Oeste passou a pertencer ao Brasil, sendo criadas, em 1748, as capitanias de Goiás e de Mato Grosso, e o Brasil foi expandido, também para o sul de Laguna em Santa Catarina. No entanto, os resultados destas expedições foram desastrosos para os povos autóctones, ora reduzidos à servidão, deslocados e descaracterizados na sua identidade cultural, ora dizimados, tanto pela violência dos colonos como pelo contágio de doenças para as quais os seus organismos estavam desprovidos de defesas.
Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista. Pintura de 1903.
Estátua de Antônio Raposo Tavares, um dos mais famosos bandeirantes, no Museu Paulista em São Paulo
Referências Bibliográficas http://pt.wikipedia.org http://www.google.com.br/images