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Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Dimensionamento Inicial da Hélice e Cálculos de Desempenho do Grupo Propulsor Engenharia Aeronáutica. Desempenho do Grupo Moto-Propulsor. Considerações para o Dimensionamento Inicial da Hélice.
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Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Dimensionamento Inicial da Hélice e Cálculos de Desempenho do Grupo Propulsor Engenharia Aeronáutica
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Considerações para o Dimensionamento Inicial da Hélice Para o pré-dimensionamento de uma hélice para um motor a pistão deve- se conhecer a potência máxima desenvolvida pelo motor em uma dada rotação ou a curva de potência do motor em função da rotação, em condições atmosféricas definidas; Com os dados de potência do motor é possível estimar a curva de potência disponível fornecida pela hélice; Entretanto, a escolha final da hélice depende da comparação da curva obtida com a curva de potência requerida para a aeronave; A curva de potência requerida é obtida com base nas necessidades de desempenho da aeronave, como por exemplo peso da aeronave, área da asa, velocidade de cruzeiro, alcance ou autonomia
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Considerações para o Dimensionamento Inicial da Hélice Para o dimensionamento da hélice são utilizados comumente mapas de eficiências da hélice envolvendo dois coeficientes adimensionais de desempenho, em função do ângulo da pá a ¾ do raio: coeficiente de avanço coeficiente de velocidade Através do mapa de eficiências da hélice é possível obter o coeficiente de velocidade e o coeficiente de avanço de uma hélice para diferentes valores de necessidade de eficiência propulsiva;
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Considerações para o Dimensionamento Inicial da Hélice Os mapas de eficiências para dadas geometrias de hélice podem ser obtidos na literatura. Esses mapas são obtidos experimentalmente em túneis de vento, com instalações físicas dedicadas ao estudo de hélices; Através dos mapas é obtido os valores de Cs e J para a condição de máxima eficiência propulsiva para um dado ângulo de pá a ¾ do raio; Com os coeficientes adimensionais obtidos estima-se o diâmetro inicial para a hélice. É possível ainda estimar a velocidade máxima da aeronave propulsionada pela hélice escolhida; Na prática, verifica-se o diâmetro inicial da hélice com os requisitos de espaço para acomodação da hélice na estrutura da aeronave (por exemplo: possibilidade de colisão da hélice com o solo);
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Mapa de Eficiência de Hélices mapa de eficiência para o perfil aerodinâmico Clark-Y, hélice de 2 pás
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Método Prático para o Dimensionamento Inicial da Hélice Para uma dado motor com potência P, rotação na potência máxima de N e condições atmosféricas de vôo conhecidas, a estimativa inicial do diâmetro da hélice segue o roteiro abaixo: dados de entrada: P, N, perfil, ângulo da pá a ¾ do raio e número de pás mapa de eficiências da hélice: valores de Cs e J para máxima eficiência equação de Cs: cálculo da velocidade máxima da aeronave equação de J: cálculo do diâmetro da hélice
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Exemplo do Dimensionamento Inicial da Hélice Calcular o diâmetro inicial de uma hélice para aplicação no motor da aeronave Piper PA-18 Super Cub, cujos parâmetros de operação são dados a seguir:
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Exemplo do Dimensionamento Inicial da Hélice: motor Lycomig O-320 Piper PA-18 Super Cub
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Exemplo do Dimensionamento Inicial da Hélice Obtenção dos valores de Cs e J para a condição de máxima eficiência propulsiva no ângulo da pá a ¾ do raio, 25º: Cs = 1,8 J = 1
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Exemplo do Dimensionamento Inicial da Hélice Cálculo da velocidade máxima da aeronave: Cálculo do diâmetro da hélice: Valores reais da aeronave pelo fabricante: velocidade máxima: 68,3 m/s (246 km/h) diâmetro da hélice: 1,828 m (72 in)
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Estimativa da Curva de Potência Fornecida pelo Grupo Moto-Propulsor Para determinar a curva de potência disponível fornecida pelo grupo moto-propulsor é necessário conhecer previamente: potência máxima do motor e rotação; diâmetro da hélice; perfil aerodinâmico das pás; ângulo da pá a ¾ do raio; número de pás; Para o cálculo dos valores de potência em função da velocidade da aeronave são utilizados os mapas de desempenho da hélice em função dos coeficientes adimensionais CP, CT e J; Os mapas de desempenho da hélice apresentam as curvas dos coeficientes em função do ângulo da pá a ¾ do raio e do número de pás;
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Estimativa da Curva de Potência Fornecida pelo Grupo Moto-Propulsor Para o caso de conhecimento da curva de potência do motor em função da rotação do motor, determina-se o coeficiente de potência para cada rotação do motor; Onde: P é a potência do motor em W, r é a densidade do ar em kg/m3, N é rotação da hélice e D é o diâmetro da hélice em m. Com o coeficiente de potência, utiliza-se o mapa de desempenho da hélice para determinar o coeficiente de avanço (velocidade da aeronave) e o coeficiente de tração da hélice (tração gerada pela hélice);
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Estimativa da Curva de Potência Fornecida pelo Grupo Moto-Propulsor Para o caso de não conhecimento da curva de potência do motor em função da rotação, correlaciona-se o coeficiente de potência de uma dada condição com o coeficiente de potência na potência máxima: Onde: N0 é a rotação da hélice na potência máxima do motor em rpm, CP0 é o coeficiente de potência máxima, N é a rotação da hélice em rpm e CP é o coeficiente de potência em uma dada rotação da hélice. O coeficiente de potência máxima é obtido pelo mapa de desempenho da hélice com base no J de máxima eficiência e no ângulo da pá a ¾ do raio;
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Estimativa da Curva de Potência Fornecida pelo Grupo Moto-Propulsor Para o caso uma hélice passo fixo, o ângulo da pá a ¾ do raio será constante para todas as condições de operação da hélice; Como o ângulo da pá é constante, o coeficiente de potência sofrerá alteração para diferentes condições de operação da hélice, ou seja, coeficientes de avanço diferentes; Como a rotação da hélice é uma função da potência entregue a hélice pelo motor, variando-se o coeficiente de potência, varia-se a rotação; Nesse caso, a rotação da hélice, o coeficiente de potência e a velocidade da aeronave estarão mutuamente conectadas através do mapa de desempenho da hélice, para um dado ângulo a ¾ do raio da pá
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Estimativa da Curva de Potência Fornecida pelo Grupo Moto-Propulsor
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Estimativa da Curva de Potência Fornecida pelo Grupo Moto-Propulsor Para o caso uma hélice de velocidade constante, a rotação da hélice será constante em todas as condições de operação da hélice; Como a rotação da hélice, e conseqüentemente a rotação do motor, é constante, a potência entregue pelo motor a hélice também é constante fazendo com que o coeficiente de potência seja constante; Para que o coeficiente de potência seja constante ao longo das condições de operação da hélice, ou seja, coeficientes de avanço, o ângulo da pá deve variar em função da velocidade da aeronave; Nas hélices de velocidade constante, o controle do ângulo das pás (controle do passo da hélice) é realizado automaticamente pelo governador da hélice;
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Estimativa da Curva de Potência Fornecida pelo Grupo Moto-Propulsor
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Método Prático para Hélice de Passo Fixo dados de entrada: P0, N0, perfil, ângulo da pá a ¾ do raio, número de pás, diâmetro da hélice, J da hélice para eficiência máxima mapa de desempenho da hélice: CP0 e CT0 para máxima eficiência novo valor de J: velocidade da aeronave e CP e CT do mapa de desempenho eficiência propulsiva equação da rotação: rotação da hélice pela relação entre CP0 e CP potência propulsiva disponibilizada pela hélice: tração e velocidade equação do CP: potência disponibilizada pelo motor a hélice equação do CT: tração gerada pela hélice
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Método Prático para Hélices de Velocidade Constante dados de entrada: P0, N0, perfil, ângulo da pá a ¾ do raio, número de pás, diâmetro da hélice, J da hélice para eficiência máxima mapa de desempenho da hélice: CP0 e CT0 para máxima eficiência valor de CP: constante para todas as condições de operação da hélice eficiência propulsiva novo valor de J: velocidade da aeronave e ângulo da pá b e CT do mapa de desempenho potência propulsiva disponibilizada pela hélice: tração e velocidade equação do CT: tração gerada pela hélice
Exercício Resolvido de Cálculo da Curva de Potência Disponibilizada por uma Hélice de Passo Fixo e uma Hélice de Velocidade Constante Engenharia Aeronáutica
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Cálculo da Potência Disponibilizada por uma Hélice de Passo Fixo Determinar a curva de potência disponibilizada pelo grupo moto-propulsor da aeronave Piper PA-18 Super Cub, considerando a utilização de uma hélice de passo fixo:
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Cálculo da Potência Disponibilizada por uma Hélice de Passo Fixo mapa de desempenho para o perfil aerodinâmico Clark-Y, hélice de 2 pás
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Cálculo da Potência Disponibilizada por uma Hélice de Passo Fixo
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Cálculo da Potência Disponibilizada por uma Hélice de Velocidade Constante Determinar a curva de potência disponibilizada pelo grupo moto-propulsor da aeronave Piper PA-18 Super Cub, considerando a utilização de uma hélice de velocidade constante (passo variável):
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Cálculo da Potência Disponibilizada por uma Hélice de Velocidade Constante Considerando que o desempenho da hélice de velocidade constante é semelhante ao desempenho de uma hélice de passo fixo, na condição de máxima potência do motor, obtêm-se: ângulo da pá a ¾ do raio: b = 25º coeficiente de avanço: J = 1 coeficiente de potência: CP = 0,05 Como a rotação da hélice, e conseqüentemente a rotação do motor, não varia para uma hélice de velocidade constante, a potência entregue a hélice pelo motor também será constante; O valor do coeficiente de potência será constante para todas as condições de operação da hélice;
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Cálculo da Potência Disponibilizada por uma Hélice de Velocidade Constante mapa de desempenho para o perfil aerodinâmico Clark-Y, hélice de 2 pás
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Cálculo da Potência Disponibilizada por uma Hélice de Velocidade Constante
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Comparação de Desempenho das Hélices
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Comparação de Desempenho das Hélices
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Considerações sobre Desempenho do Grupo Moto-Propulsor A tração gerada pelas hélices, sejam estas de passo fixo ou de velocidade constante, tendem a diminuir com o aumento da velocidade; Na medida em que se aumenta a velocidade da aeronave, para um dado ângulo de pá b e rotação N, aumenta-se o ângulo de deslizamento f do escoamento na pá, reduzindo o ângulo de ataque a; Com a redução do ângulo de ataque, diminui-se o coeficiente de sustentação CL do aerofólio da pá, reduzindo a sustentação gerada pela pá, e conseqüentemente, a força propulsiva gerada pela pá; Esses fatores demonstram a limitação da aplicabilidade de propulsão a hélices para determinadas faixas de velocidade da aeronave. Acima de determinadas velocidades, a propulsão a jato torna-se mais eficiente;
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Considerações sobre Desempenho do Grupo Moto-Propulsor DESEMPENHO EM VÔO rotação constante se: V aumenta f aumenta a diminui T diminui se: V diminui f diminui a aumenta T aumenta
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Considerações sobre Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Analisando a tração estática gerada pelas hélices, tração para velocidade nula, verifica-se que a tração da hélice de passo fixo é 50% menor do que a tração da hélice de velocidade constante; Isto porque as pás de uma hélice de passo fixo, na condição de velocidade da aeronave nula, estão sujeitas a grandes ângulos de ataque a, devido ao ângulo f ser nulo, acarretando no stallaerodinâmico da pá; Nesse caso, somente uma parcela do comprimento da pá gera força propulsiva, estando a maior parte da pá em condição de sustentação nula; Na medida em que a aeronave ganha velocidade durante a decolagem, o ângulo de ataque da pá diminui e a sustentação ao longo da pá aumenta;
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Considerações sobre Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Para melhorar o desempenho de uma hélice em condições de decolagem pode-se utilizar uma hélice de passo variável; No caso de uma hélice de passo variável, como hélices de velocidade constante, o passo da hélice durante a decolagem pode ser ajustado para fornecer um ângulo de pá mínimo, ou seja passo mínimo; Sendo o ângulo da pá em um valor mínimo, o ângulo de ataque da pá estará dentro da faixa de geração de sustentação do perfil aerodinâmico; Na prática, o piloto da aeronave controla o ângulo das pás da hélice através de uma manete de passo de hélice. Cada posição da manete define um passo geométrico característico. Durante a decolagem o piloto deve ajustar a manete para a condição de passo mínimo, b mínimo.
Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Considerações sobre Desempenho do Grupo Moto-Propulsor Nas hélices de passo fixo, todos os pontos de operação da hélice no mapa de desempenho estarão sobre a curva do ângulo da pá a ¾ do raio escolhido durante o dimensionamento; Nesse caso, existe uma relação direta entre a velocidade da aeronave e a potência entregue pelo motor a hélice; Nas hélices de velocidade constante os pontos de operação poderão estar localizados sobre varias curvas de ângulo da pá a ¾ do raio, dependendo do passo ajustado pelo piloto através da manete de hélice; Esse fato possibilita que a aeronave desenvolva mesma velocidade de vôo em condições de potência do motor diferentes, permitindo a otimização do desempenho da aeronave em uma dada condição de vôo (por exemplo, melhor consumo de combustível).