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Variação linguística. Profa. Helena Maria Ferreira Profa. Raquel Márcia Fontes Martins Prof. Marco Antonio Villarta Neder Mauricéia Silva de Paula Vieira. Variedade linguística.
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Variação linguística Profa. Helena Maria Ferreira Profa. Raquel Márcia Fontes Martins Prof. Marco Antonio Villarta Neder Mauricéia Silva de Paula Vieira
Variedade linguística é cada um dos sistemas em que uma língua se diversifica, em função das possibilidades de variação de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). • Esta é a casa emqueeumoro. • Esta é a casa queeumoro. • Esta é a casa queeumoronela.
Norma culta ou padrão é a denominação dada à variedade linguística dos membros da classe social de maior prestígio dentro de uma comunidade.
Todos aquelescidadãos corruptos serão processados. No português oral, em estilos não monitorados, há uma tendência a evitar a redundância, flexionando-se só o primeiro elemento do sintagma.
A variação é inerente a todas as línguas Todas as línguas variam, mudam. Não existe língua melhor ou pior, mais fácil ou mais difícil, assim como não existe variedade linguística melhor, correta ou pior, errada. Em termos linguísticos, o que existe é adequação linguística.
Cuitelinho Milton Nascimento Composição: Paulo Vanzolini / Antônio Xandó Cheguei na beira do portoOnde as onda se espáiaAs garça dá meia voltaE senta na beira da praiaE o cuitelinho não gostaQue o botão de rosa caia, ai, ai, aiAí quando eu vim de minha terraDespedi da parentaiaEu entrei no Mato GrossoDei em terras paraguaiaLá tinha revoluçãoEnfrentei fortes bataia, ai, ai, aiA tua saudade cortaComo aço de navaiaO coração fica aflitoBate uma, a outra faiaOs óio se enche d`águaQue até a vista se atrapaia, ai, ai, ai
Preconceito linguístico é o julgamento negativo que é feito dos falantes em função da variedade linguística que utilizam.
O Brasil é único ! Mas... A diversidade é sua riqueza
Puxei o broto pra cá... Puxei o broto pra lá Caraca! cê Putz grilo! ocê Mina, seus cabelo é da hora. CURUMIM você
Em cada domínio social, existem regras a serem seguidas e o uso dessas regras se aplica também à linguagem. Um mesmo falante pode, em um contexto, empregar uma fala mais formal e, portanto mais monitorada, e em outra situação empregar uma fala mais espontânea, menos monitorada. BORTONI-RICARDO
A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA PODE OCORRER • no plano fonético/fonologia: r caipira • no léxico: mandioca, macaxeira, aipim; • na morfologia: taxista, taxeiro • na sintaxe: Menina, vem cá (MG); esta menina, venha cá (BA) • na semântica: manga => fruta e parte de vestimenta; zombar (BA) ou pasto (MG).
Variação linguística • Dialetal Está ligada ao território, ao grupo social, à idade, ao sexo, à geração e à função exercida pelo falante • Registro São as variedades que ocorrem em função do uso que se faz da língua. Também são chamados de estilo.
Variedades geográficas As pessoas das diferentes regiões em que se fala a mesma língua apresentam variação no uso dessa língua, que pode ser relativa à forma de pronunciar os sons, ao uso característico do vocabulário ou à forma de construir as estruturas sintáticas.
Variedades geográficas: falar mineiro • "E eu levava boa matalotagem, na capanga, e também o binóculo. Somente o trambolho da espingarda pesava e empalhava. Mas cumpria com a lista, porque eu não podia deixar o povo saber que eu entrava no mato, e lá passava o dia inteiro, só para ver uma mudinha de cambuí a medrar da terra de-dentro de um buraco no tronco de uma camboatã; para assistir à carga frontal das formigas-cabaças contra a pelugem farpada e eletrificada de uma tatarana lança-chamas; para namorar o namoro dos guaxes, pousados nos ramos compridos da aroeira (...)" (João Guimarães Rosa, São Marcos, in: Sagarana)
Brincando com a fala mineira 1 UAI é indipensável: O que significa UAI? UAI é UAI, UAI...2 Dizer "ÉMÊZZ?" quando quiser uma confirmação. 3 Se quiser chamar atenção diga simplesmente ÓI QUIÓ.4 Se estiver com fome coma PÃO DJI QUEJJ. 5 Na falta de vocabulário específico utilizar a palavra TREM que serve pra tudo, exceto como meio de transporte ferroviário. Neste caso, é TROÇO.6 ONZZ é o meio de transporte coletivo rodoviário.: Ex.: Lá vem o ONZZ.7 Se aprovar alguma coisa solte um sonoro MAIS QUI BELÊZZ!8 Pra fazer café, primeiro pergunte PÓPÔPÓ?9 Se não estiver certo de comparecer a algum convite, diga simplesmente CONFÓFÔ EU VÔ, ou seja, conforme for, eu vou.10 Ao procurar alguém que concorde com você, dispare um NÉMÊZZ?
Variedades sociais Redes sociais em cada rede social que o indivíduo possui (na família, vizinhança, amigos de infância, academia de ginástica, trabalho...), ele tende a apresentar um comportamento linguístico semelhante aos das pessoas que compõem a rede. As diferenças linguísticas na dimensão social ocorrem em função de as pessoas pertencerem a classes ou grupos sociais distintos. linguagem de médicos, de economistas, de mecânicos jargões profissionais gírias
Variedades históricas Correspondem ao conjunto de mudanças que ocorre com o passar do tempo. As variedades históricas são mais perceptíveis na língua escrita, na medida em que, por escrito, se pôde fazer o registro dos usos das épocas dos diferentes estágios por que passa a evolução da língua.
Cantiga sua, partindo-se Senhora, partem tam tristes meus olhos por vós, meu bem, que nunca tam tristes vistes outros nenhuns por ninguém. Tam tristes, tam saudosos, tam doentes da partida, tam cansados, tam chorosos, da morte mais desejosos cem mil vezes que da vida. Partem tam tristes os tristes, tam fora d'esperar bem, que nunca tam tristes vistes outros nenhuns por ninguém. (Cancioneiro Geral )
Variedades devidas à idade Adultos, jovens e crianças normalmente apresentam variações em suas falas. Uma das maneiras de se observarem essas mudanças é prestar atenção no que a fala das gerações mais velhas se distancia da fala das gerações mais novas.
Antigamente – Carlos Drummond • ANTIGAMENTE, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. (....)
Variedades devidas ao gênero Em alguns contextos, a fala dos homens se difere da das mulheres em função de: => papéis desempenhados na sociedade; => diferenças biológicas (neuropsicológicas) entre homens e mulheres; questões culturais decorrentes das práticas sociais e do processo de construção histórica, política e social. As diferenças linguísticas em função dos sexos se situam mais no plano lexical e surgem porque a língua está ligada a comportamentos e atitudes sociais.
Variedades devidas ao grau de escolaridade Em situações comunicativas orais formais, a pessoa letrada utiliza formas de expressão pertencentes à variedade padrão escrita, produzindo, por exemplo, frases longas, com uma sintaxe elaborada, que inclui orações subordinadas, inversões na ordem mais usual das palavras na frase.
Variação de registro As variedades de registro ocorrem em função do uso que um mesmo falante faz da língua nas diversas situações em que produz uma atividade verbal. Podem-se classificar as modalidades da variação de registro entre dois tipos extremos: o formal e o informal.
Senta aí, véi... • Na língua, assim como não é adequado dizer algo como “Queira, por favor, sentar-se à mesa” para um amigo em um bar, também não é adequado dizer “Senta aí, véi!” para convidar alguém para compor a mesa de uma sessão em um congresso. “Queira, por favor, sentar-se à mesa” e “Senta aí, véi!” não são, em si, formas erradas. São formas utilizadas na língua com um mesmo sentido geral, contudo, em situações de interação diferentes,
Avaliação das variações • não existem formas linguísticas em funcionamento na língua que sejam erradas. O que se exige é uma adequação das formas linguísticas às mais variadas situações de comunicação.
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