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Testes de Usabilidade. “Não é o que considera sobre o seu sítio que conta, mas sim o que os utilizadores pensam dele.” — Jakob Nielsen (adaptado). O que são?. São testes que avaliam o desempenho de um produto quando utilizado pelos utilizadores ao qual este se destina.
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Testes de Usabilidade “Não é o que considera sobre o seu sítio que conta, mas sim o que os utilizadores pensam dele.” — Jakob Nielsen (adaptado)
O que são? • São testes que avaliam o desempenho de um produto quando utilizado pelos utilizadores ao qual este se destina. • São testes laboratoriais realizados em condições controladas similares àquelas nas quais o produto se irá utilizar. • Testam a primeira utilização de uma nova funcionalidade do produto.
Para que servem? • Permitem obter uma avaliação quantitiva do desempenho do sistema. Conhecer: • O tempo de execução médio de cada tarefa. • A percentagem de utilizadores que completaram, com sucesso, cada tarefa. • O número de vezes que o utilizador recorreu à documentação para cada tarefa. • O número e tipo (observações e comentários, não-críticos e críticos) de erros. (...)
Para que servem? • Permitem obter uma avaliação qualitativa do sistema – opinião dos utilizadores sobre: • Informação dos ecrãs. • Terminologia e informação do sistema. • Aprendizagem. • Capacidades do sistema.
Quando se fazem?[Rubin, 1994] • Na fase inicial de projecto: para estabelecer a intuitividade da implementação – teste exploratório. • Na fase inicial e durante a fase de desenvolvimento: para medir a efectividade da implementação – teste de avaliação. • Na fase próxima do lançamento: para verificar que o produto corresponde ou excede as expectativas e como é que o produto se comporta como um todo – teste de validação. • A qualquer instante: para comparar o desempenho do sistema antes e depois de determinada alteração – teste comparativo.
Como proceder? • Definir o público-alvo e os seus objectivos. • Quem vai utilizar o produto e o que pretende do mesmo? • Definir tarefas com base nesses objectivos. • As tarefas são cenários típicos de utilização do produto pelo público-alvo. • Encontrar as pessoas adequadas. • Devem corresponder ao perfil do público-alvo ou aproximar-se o mais possível. • Observá-las a executar as tarefas. • Tentar compreender o modelo mental dos utilizadores para que o produto os satisfaça. Deve-se pedir ao utilizador que vá dizendo o que pensa à medida que utiliza o produto.
Um caso prático • Avaliar a usabilidade de um sistema de Banca na Internet. Realizar um pré-teste para melhorar o teste real. • Será que as pessoas com mais receptividade para a tecnologia têm mais facilidade em utilizar a Banca na Internet? • Quais são os melhoramentos a introduzir na Banca na Internet para que esta possa ser utilizada por pessoas com menos aptidão tecnológica?
Público-alvo e objectivos • Constituído por alunos universitários que tenham ingressado este ano no ensino superior. • Devem fazer algum uso da Internet. • Não devem conhecer a Banca na Internet do banco em questão. • Os utilizadores pretendem consultar informações sobre o banco e produtos disponibilizados.
Tarefas • Obtenção de informações sobre empréstimo para suportar os custos da educação. • Saber qual a taxa de câmbio para uma moeda estrangeira. • Determinar as condições para a aquisição de habitação própria.
Selecção de utilizadores (1ª fase) • Encontrar um grupo numeroso de pessoas que se encaixem no perfil demográfico. Neste caso são alunos universitários que ingressaram este ano no ensino superior. • Distribuir um questionário a estes utilizadores para determinar: • Receptividade a novas tecnologias. • Uso de uma escala já testada (Technology Readiness Index—TRI, [Parasuraman, 2000]) que avalia 4 dimensões: Optimismo, Capacidade de inovação, Desconforto e Insegurança. • Utilização de novas tecnologias (Internet e Banca na Internet). • Informações demográficas detalhadas.
Selecção de utilizadores (2ª fase) • Ordenar os utilizadores pelo seu índice de receptividade a novas tecnologias (TRI). • Eliminar outlyers. • Definir três grupos de alguns candidatos com índices baixos, médios e altos. • De cada grupo escolher dois utilizadores (um participante e outro suplente) cujo índice reflicta a utilização que faz das novas tecnologias. • Para o pré-teste escolher dois utilizadores (um participante e um suplente) do grupo com índices médios.
Reunião com os utilizadores • Depois de escolhidos convocam-se telefonicamente os utilizadores para uma reunião onde se irá explicar: • Os documentos que irão assinar no dia do teste. • Que as acções que executam sobre o produto irão ser registadas e observadas por um painel de observadores. • Quais as regras de funcionamento do teste. • Deve também informar os utilizadores da data e hora de realização do teste.
O teste (para o utilizador) • Autorização de participação • Acordo de confidencialidade (preenchido por todos os intervenientes no teste) • Execução das tarefas • Entrevista final (foca pontos dúbios da utilização que fez do produto) • Questionário para avaliação de satisfação ([Chin et al, 1988]) onde o utilizador pode descrever até três aspectos negativos e três positivos.
O teste (para o monitor) • O monitor permanece com o utilizador numa sala e observa o seu comportamento. Deve pedir ao utilizador para verbalizar os seus pensamentos sobre o produto. • Deve dialogar com o utilizador sem lhe colocar perguntas fechadas (“Considera (in)seguro?” vs “O que pensa da segurança?”). • Não deve mostrar muito conhecimento sobre o produto.
O teste (para o observador) • O observador permanece noutra sala que deve estar isolada visual e acusticamente da sala onde decorre o teste. • O observador regista os dados objectivos da utilização, permitindo assim que o monitor se concentre no diálogo com o utilizador. • Vários observadores e um monitor.
Resultados • Análise demográfica dos participantes • Análise da execução das tarefas • Análise dos questionários de avaliação de satisfação • Comentários relevantes dos utilizadores durante o teste • Recomendações baseadas nos pontos anteriores