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Aula 15 – Sartre e o Existencialismo. Existe uma natureza humana? Há um sentido na vida?. Jean-Paul Sartre (Paris, 1905 – 1980). A existência humana precede a essência.
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Existe uma natureza humana? • Há um sentido na vida? Jean-Paul Sartre (Paris, 1905 – 1980)
A existência humana precede a essência • Não existe uma natureza humana explique o ser humano. Todo o significado da vida e todos os valores só existem porque o homem os cria. Não faz sentido perguntar pelo sentido da vida. O homem tem que criar este sentido. O homem não pode apenas ser, no sentido de existir no mundo, mas precisa fazer-se. Ateísmo radical: Não se pode considerar que há um Deus, que precede o homem, e que lhe fornece um conjunto de valores e um sentido para se viver.
Não há também uma natureza feminina ou masculina (Simone de Beauvoir). “Ninguém nasce mulher. Torna-se mulher [...] Até os doze anos a menina é tão robusta quanto os irmãos e manifesta as mesmas capacidades intelectuais; não há terreno em que lhe seja proibido rivalizar com eles. Se, bem antes da puberdade e, às vezes, mesmo desde a primeira infância, ela já se apresenta como sexualmente especificada, não é porque misteriosos instintos a destinem imediatamente à passividade, ao coquetismo, à maternidade: é porque a intervenção de outrem na vida da criança é quase original e desde seus primeiros anos sua vocação lhe é imperiosamente insuflada.” Simone de Beauvoir - O Segundo Sexo
Liberdade e responsabilidade • O homem está condenado à liberdade: a liberdade é algo que se impõe a todo homem como a base da existência humana. • Nós somos completamente responsáveis pelas nossas escolhas, mas cada escolha que fazemos também diz respeito a quem nos cerca. • O homem percebe o mundo através daquilo que lhe interessa. Logo, a cada momento cada homem percebe uma coisa e ignora tudo o que está a seu redor. O que você nota quando entra na escola?
Ativismo Político “O quietismo é a atitude das pessoas que dizem: os outros podem fazer aquilo que eu não posso fazer. A doutrina que vos apresento é justamente a oposta ao quietismo, visto que ela declara: só há realidade na ação”. História das Grandes Ideias do Mundo Ocidental. vol IV, p. 894. São Paulo: Abril Cultural, 1972.
Porém, se realmente a existência precede a essência, o homem é responsável pelo que é. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é o de pôr todo o homem na posse do que ele é e de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência. Assim, quando dizemos que o homem é responsável por si mesmo, não queremos dizer que o homem é apenas responsável por sua estrita individualidade, mas que ele é responsável por todos os homens. (...) Ao afirmarmos que o homem se escolhe a si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se escolhe, mas queremos dizer também que, escolhendo-se, ele escolhe todos os homens. De fato, não há um único dos nossos atos que, criando o homem que queremos ser, não esteja criando, simultaneamente, uma imagem do homem tal como julgamos que ele deva ser. Sartre. O Existencialismo é um Humanismo.