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ECONOMIA SOLIDÁRIA E O PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO

ECONOMIA SOLIDÁRIA E O PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO. Profa. Dra. Vera Schmitz verasc@unisinos.br ago. 2009. “A economia solidária é o conjunto de atividades econômicas organizadas e realizadas solidaria-mente por trabalhadores e trabalhadoras sob a forma de autogestão” (ASSEBURG, 2006).

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ECONOMIA SOLIDÁRIA E O PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO

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Presentation Transcript


  1. ECONOMIA SOLIDÁRIA E O PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO Profa. Dra. Vera Schmitz verasc@unisinos.br ago. 2009

  2. “A economia solidária é o conjunto de atividades econômicas organizadas e realizadas solidaria-mente por trabalhadores e trabalhadoras sob a forma de autogestão” (ASSEBURG, 2006). O conjunto de atividades econômicas – de produ- ção, distribuição, consumo, poupança e crédito – organizadas e realizadas solidariamente de forma coletiva e autogestionária.

  3. ASPECTOS HISTÓRICOS A economia solidária resgata o cooperativismo operário, presente nas lutas de resistência à Revolução Industrial nos séculos XIX e XX. Vários experimentos foram realizados, incentivados principalmente por Robert Owen (1771-1859), Carlos Fourier(1772–1837), Louis Blanc (1811-1882), consideradossocialistas utópicos; Pierre Joseph Proudhon (1809-1865). Destaca-se a Sociedade dos Pioneiros Equitativos de Rochdale (1844). “A economia solidária foi concebida pelos ´utópicos´ como uma nova sociedade que unisse a forma industrial de produção com a organização comunitária da vida social” (SINGER, 2002, p. 115).

  4. Iniciativas solidárias - Surge no Brasil a partir dos anos 80, originada de ex-periências ocorridas nos meios populares rurais e urba-nos. Porém, é nos anos 90 que se generaliza e adquire maior espaço e reconhecimento. ECONOMIA SOLIDÁRIA - A economia solidária nasce como uma proposta de inclusão social, como uma busca de alternativa coletiva de geração de trabalho e renda para o trabalhador e suas famílias.

  5. Segundo SINGER, ressurgem como resposta [...] ao estrangulamento financeiro do desenvolvimento, à desregulação da economia e à liberação dos movimentos do capital, que acarretam, nos diversos países, desemprego em massa, fechamento de firmas e marginalização cada vez maior dos desempregados crônicos e dos que sabem que não têm possibilidade de voltar a encontrar emprego, por causa da idade, falta de qualificação ou de experiência profissional, discriminação de raça ou gênero, etc. (2003, p. 116-7). “O que distingue este “novo cooperativismo” é a volta aos princípios, o grande valor atribuído à democracia e à igual-dade dentro dos empreendimentos, a insistência na autogestão e o repúdio ao assalariamento” (SINGER, 2002, p. 111).

  6. Alguns aspectos da trajetória da Ecosol • Projetos alternativos comunitários - PACs; • Empresas recuperadas por trabalhadores; • Alternativa de trabalho emancipado, de melhoria de renda e de inclusão social; • Atividades econômicas associativas como alternativa ao “empreendedorismo individual”; • Valorização de redes solidárias de produção, comerciali-zação e consumo; • Associativismo e cooperativismo na organização da agricultura familiar; • Políticas públicas de economia solidária; • Fóruns e redes de economia solidária. Economia Solidária

  7. Iniciativas solidárias geram: - Novos processos de inserção social e de desenvolvimento local; dinâmicas de expansão e articulação entre as experiências e, nesse sentido, espaços de exercício de cidadania para seus membros e para a comunidade. ECONOMIA SOLIDÁRIA - Possibilidades de se construir uma política de representação, que tenha voz ativa e presença constante nas discussões sobre o mundo do trabalho e sobre um projeto de país que tenha, ao mesmo tempo, preocupações sociais, econômicas, políticas, culturais e ecológicas.

  8. “... a economia solidária é uma forma da economia que se desenvolve através de empreendimentos autogestionados, uma forma coletiva e participativa em que os próprios trabalhadores são produtores, proporcionando uma distribuição mais justa da renda e estimulando relações sociais de produção e consumo baseadas na cooperação, na solidariedade e na satisfação e valorização dos seres humanos e do meio ambiente” (MELLO, p. 151-2, 2005).

  9. “A Economia Solidária é uma prática regida pelos valores de autogestão, democracia, cooperação, solidariedade, respeito à natureza, promoção da dignidade e valorização do trabalho humano, tendo em vista um projeto de desenvolvimento sustentável global e coletivo. Também é entendida como uma estratégia de enfrentamento da exclusão social e da precarização do trabalho, sustentada em formas coletivas, justas e solidárias de geração de trabalho e renda” (SENAES)

  10. Algumas Características Solidariedade Cooperação Economia Solidária Autogestão Democracia

  11. Constituem-se sob forma de grupos informais, associações, cooperativas, empresas de autogestão e combinam atividades econômicas e sociais. Economia Solidária

  12. Desenvolvem atividades econômicas nos setores de: Produção de bens Finanças Solidárias Prestação de Serviços ECOSOL Comércio Justo Consumo Solidário

  13. Quadro comparativo entre economia capitalista e EPS (Cáritas Brasileira, 2006)

  14. O CAMPO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL SENAES Governo Federal Fóruns Estaduais Conselhos de Economia Solidária Organizações de Finanças Solidárias Empresas Recuperadas Governos Municipais e Estaduais Fórum Brasileiro de ES Instâncias de Políticas Públicas de ES Empreendimentos Econômicos Solidários - EES Cooperativismo popular Rede de Gestores Públicos Economia Solidária Redes de ES Associações, Clubes de Trocas, Grupos Redes de Empreendimentos Fóruns, Redes e Frentes UNISOL Entidades de Apoio e Fomento Frentes Parlamentares Igrejas e Pastorais Sociais ANCOSOL Ligas ou Uniões de EES ANTEAG Setoriais de Economia Solidária ONG’s, Oscips Incubadoras Universitárias de ES UNICAFES Movimento Sindical COCRAB MST Fonte: www.mte.gov.br

  15. Auto-organização política da Ecosol Redes:forma de organização dos movimentos associativos, estendendo-se em escalas locais, regionais, nacionais e internacionais. Geralmente são compostas por empreendimentos da Ecosol e instituições de fomento e apoio. Buscam trocar experiências, metodologias, formação, intercâmbio comercial, etc. - Fóruns: espaço de reunião dos atores, juntamente com instituições de apoio e poder público. Espaço para discutir problemas comuns e intervir na construção de políticas públicas, por meio de encaminhamentos. É o espaço de legitimidade do campo da Ecosol. Organizam-se em escala local, regional, nacional. Economia Solidária

  16. Fórum Brasileiro de Economia Solidária – FBES • Criado oficialmente na III Plenária Nacional de Economia Solidária, em 2003, mesmo ano de criação da SENAES. • A origem remete às discussões acontecidas durante o Fórum Social Mundial, em 2002. • Assim como o local e o regional, estrutura-se de forma a garantir a articulação de três segmentos da economia solidária: empreendimentos solidários, entidades de assessoria e fomento e gestores públicos. • É uma instância de articulação nacional, de debates, elaboração de estratégias e mobilização do movimento de economia solidária no Brasil, representando também o movimento de ecosol ante o poder público, entidades e redes e articulações nacionais e internacionais. Economia Solidária

  17. Alguns benefícios da economia solidária • Geração de novos processos de inserção social e de desenvolvimento local; • Responsabilidade coletiva no gerenciamento, definição de metas e correção de rumos; • Estímulo moral e material; • Troca de saberes e habilidades; • Expansão e articulação entre as experiências; • Inclusão de mulheres no mercado de trabalho, de idosos, portadores de necessidades especiais, etc...

  18. Algumas dificuldades da economia solidária • O exercício da autogestão e do trabalho coletivo; • Falta de capacidade gerencial; • Rotatividade nos grupos; • Carência de capital de giro e crédito; • Dificuldades de comercialização; • Atrasos tecnológicos (perda de mercados); • Carência de fornecedores de matérias-primas, etc. • Calotes; • ...

  19. Bibliografia consultada ASSEBURG, Hans Benno, OGANDO, Cláudio Barcelos. A economia solidária no Rio Grande do Sul. San Jose/Costa Rica: Unesco, 2006. (Cartilha da Economia Solidária – resultados do primeiro mapeamento nacional) 25 anos de economia popular solidária/Cáritas Brasileira. Brasília: Cáritas Brasileira, 2006. MELLO, Sylvia Leser de. Economia Solidária e democracia. In: FÍGARO, Roseli (Org.) Gestão da comunicação no mundo do trabalho, educação, terceiro setor e cooperativismo. São Paulo: Atlas, 2005. SINGER, Paul. Introdução à economia solidária. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2002.

  20. Muito Obrigada!!!verasc@unisinos.br

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