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FOLCLORE BRASILEIRO • O folclore brasileiro é rico em personagens mágicos. Esses seres que habitam o mundo dos mitos e lendas geralmente estão associados à natureza. Algumas dessas histórias chegaram aqui com os povos que colonizaram nossas terras, como os portugueses. Outras nasceram com os índios, súditos por excelência da mãe natureza. Há aquelas que são contadas há décadas e mais décadas sem que ninguém saiba ao certo como surgiram. Surgiram da necessidade que os povos tinham de explicar e justificar fatos e acontecimentos. Com características fantasiosas, impressionantes e surpreendentes, as lendas e os mitos foram o ponto de partida para os conhecimentos científicos. Conhecê-las é viajar pelo reino do folclore com o passaporte carimbado pela embaixada do sonho e da imaginação.
Vitória-Régia Numa certa noite, uma jovem índia ficou fascinada com o brilho da Lua refletido num lago. Apaixonada por aquela luz mágica, atirou-se nas águas e desapareceu para sempre. A Lua, comovida com aquele gesto de amor, transformou a moça numa linda flor que flutua sobre a superfície das águas de alguns rios da Amazônia: a vitória-régia.Assim como a Lua, a vitória-régia se abre ao entardecer e se fecha com o clarear do dia .
Nascimento das Estrelas Certa vez, as mulheres de uma tribo saíram pela mata em busca de espigas de milho. Nada encontraram. Voltaram à aldeia e pegaram algumas crianças – curumins, como são chamadas pelos índios –, pois tinham certeza de que a presença delas lhes trariam sorte. Dito e feito. Os pequenos logo encontraram um lindo milharal.Enquanto as mães colhiam as espigas, os curumins voltaram à aldeia e pediram à avó que lhes fizesse um bolo de milho. Comeram até se fartar. Então, com medo de que as mães reclamassem de tanta gulodice, resolveram se esconder. Pediram aos colibris que amarrassem um cipó no topo do céu e começaram a subir.Ao descobrirem a travessura, as mães não tiveram dúvida: subiram atrás deles, mas eles cortaram o cipó e as índias caíram no chão. A partir desse momento, nada mais foi como antes: as mães não eram mais mulheres, e sim onças. E os curumins, lá no alto do céu, viraram estrelas brilhantes.
Saci-pererê Campeão em popularidade, não há quem não tenha ouvido falar no negrinho arteiro da carapuça vermelha. Com uma perna só e cachimbo sempre na boca, ele vive nas matas e no sertão. Em algumas estórias, é apresentado como filho do Curupira e da Caipora.A origem da lenda do Saci é duvidosa. Alguns a atribuem aos índios (o termo saci-pererê é de origem tupi); outros aos portugueses (há uma lenda no folclore de Portugal sobre um negrinho travesso). Segundo Câmara Cascudo, a perna única do Saci é recordação de seres das fábulas européias.
CurupiraSenhor da caça e dono da florestaO Curupira é representado pela figura de um índio pequeno e ágil, cujos calcanhares são voltados para frente para despistar os caçadores. Tem dentes verdes e cabelo vermelho ou, às vezes, cabeça pelada. É considerado senhor da caça e dono das matas, cujos segredos sabe e defende. Testa a resistência das árvores às tempestades batendo com os calcanhares nos troncos. É amigo dos cães e dos porcos-do-mato. Os vagalumes são seus batedores, acompanhando-o por onde passa.
Outros Mitos & Lendas: A Mula-Sem-CabeçaA Lenda do GuaranáO Surgimento dos Bichos A Lenda da MandiocaAnhangaGralha AzulLenda da IaraLenda do CariLobisomemNegro d'águaCaiporaOnça-de-mão-tortaO Major e o molequeRomãozinho
Musicas FolcloricasTodas as culturas criaram formas musicais para acompanhar seus trabalhos, ritos e festas. Os folcloristas acreditam que tais canções sejam fruto de criações individuais, mesmo que depois apresentem alterações introduzidas por seus usuários. A música folclórica é geralmente monofônica (executada por uma só voz), embora em algumas partes do mundo sejam comuns as canções para duas ou mais vozes. Cumpre distinguir essa música folclórica da que se denomina popular ou ligeira, composta por profissionais para enormes platéias, e que é um fenômeno que data somente do século XIX. Existe um grande número de cantigas e elas encantam jovens e idosos geração após geração. ATIREI O PAU NO GATOAtirei o pau no gato-toMas o gato-to não morreu-reu-reuDona Chica-ca admirou-se-seDo berro, do berro que o gato deu:Miau!A CANOA VIROUA canoa virou, Por deixá-la virar,Foi por causa do(a) (nome de pessoa)Que não soube remar.Se eu fosse um peixinhoE soubesse nadar,Tirava o(a) (nome da pessoa)Do fundo do mar.Como brincar: As crianças giram na roda cantando a primeira quadra, na qual é mencionado o nome de uma delas. Esta, deixando as mãos das colegas, faz meia volta, dá-lhes as mãos e, de costas para o centro da roda, continua a caminhar. Novamente é cantada a primeira quadra, sendo escolhida a criança que estiver à esquerda daquela que virou. Quando todas estiverem de costas para o centro da roda, passa a ser cantada a quadra seguinte e, uma a uma, as crianças voltam à posição inicial.CAI, CAI, BALÃO Cai, cai, balão! Cai, cai, balão!Na rua do sabão.Não cai, não! Não cai, não! Não cai, não!Cai aqui na minha mão!O CRAVO BRIGOU COM A ROSA O cravo brigou com a rosaDebaixo de uma sacada;O cravo saiu feridoE a rosa despedaçada.O cravo ficou doente,A rosa foi visitar;O cravo teve um desmaio,A rosa pôs-se a chorar.
Festas folcloricasAs festas populares estão ligadas à religião e ao trabalho do povo. A cultura brasileira recebeu a contribuição de diversos povos, o que levou nossas festas populares a terem identidade própria, pois resultaram da mistura de diferentes histórias e costumes.Em junho, o Brasil ganha arraiais coloridos. Escolas, ruas, praças e clubes são decorados com bandeirinhas, barracas e fogueiras para as festas dedicadas a São João, Santo Antônio e São Pedro. É hora de dançar quadrilha, participar de jogos e brincadeiras. Muitas são as delícias para saborear: pipoca, pinhão, pé-de-moleque, canjica e paçoca de amendoim. Os mais corajosos enfrentam o pau-de-sebo, um tronco alto e escorregadio, difícil de subir. Quem quer namorar faz simpatias e pedidos para Santo Antônio, o santo casamenteiro.A Folia de Reis é uma das várias comemorações de caráter religioso que se repetem há séculos em nosso país. Ela é realizada entre a época do Natal e o Dia de Reis, em 6 d e janeiro. Grupos de cantadores e músicos percorrem as ruas de pequenas cidades como Parati, no Rio de Janeiro, e Sabará, em Minas Gerais, entoando cânticos bíblicos que relembram a viagem dos três Reis Magos que foram a Belém dar boas-vindas ao Menino Jesus.De origem portuguesa e com características diferenciadas em cada região do Brasil, a Festa do Divino é composta de missas, novenas, procissões e shows com fogos de artifícios. Em cidades do Maranhão, bonecos gigantes divertem as crianças, enquanto grupos de cantadores visitam as casas dos fiéis recolhendo ofertas e donativos para a grande festa de Pentecostes. Em Piracicaba, interior de São Paulo, as comemorações ocorrem em julho, às margens do Rio Piracicaba, reunindo milhares de pessoas.Em Belém do Pará acontece anualmente em outubro uma grande festa religiosa que chega a reunir cerca de 1 milhão de pessoas: o Círio de Nazaré. A multidão lota as ruas da cidade para acompanhar a procissão, que dura até cinco horas, em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. Os romeiros que vão pagar promessas pela cura de doenças, por exemplo, andam descalços e seguram a corda de isolamento que protege a santa. No final, os participantes vestem roupas novas e se alimentam dos pratos típicos da região, como o pato no tucupi, o tacacá e o arroz com pequi.
MARACATU O maracatu nasceu entre os negros de Recife, da mistura do culto católico à Nossa Senhora com a devoção aos orixás das religiões africanas. Atualmente, muitas das características sagradas e religiosas do folguedo desapareceram, e o maracatu é representado principalmente durante o carnaval. A rainha Ginga tem nas mãos uma ou duas bonecas, chamadas calungas, que detêm os segredos e mistérios da festa. No carnaval, o maracatu desfila com a rainha e as damas de honra, que são acompanhadas pelo rei, chamado Dom Henrique, por seus cavaleiros e pelo rei Tupi.
CARNAVAL O carnaval é a maior festa popular do Brasil. Adultos e crianças caem na folia, com fantasias e máscaras, nos dias dedicados à diversão e às brincadeiras. O feriado oficial é na terça-feira que antecede a Quarta-Feira de Cinzas. Em Portugal, ele foi chamado de “entrudo”, pois ocorria antes da entrada na Quaresma. Personagens característicos e tradicionais do carnaval: MOMO Segundo a mitologia greco-romana, Momo era o filho do sono e da noite e sua função era cuidar das ações dos deuses e dos homens.De acordo com a história da Arte, era o ator que representava nas peças populares do teatro. Originou-se dos bobos encarregados de divertir os senhores portugueses com mímicas e farsas populares. ARLEQUIM Personagem da antiga comédia italiana, que tinha a função de divertir o público com piadas nos intervalos das apresentações. Amante de Colombina COLOMBINA Companheira de Pierrô. Namoradeira, alegre, bela, esperta. Vestia-se de seda ou cetim branco e usava saia curta e bonezinho. PIERRÔ Usava calça e casaco bem largos, este de grande gola franzida e enfeitado com pompons. Pierrô é o personagem ingênuo e sentimental do carnaval.
MAIS FESTAS POPULARES Lavagem do Bonfim Fandango Torém Cavalhada Pau-da-Bandeira Congada Círio de Nazaré Festa do Divino Candomblé Capoeira O sitio do Pica pau amarelo é um programa totalmente cheio de folclore e demônios
Há vários séculos, o apóstolo Paulo previu um tempo na terra cuja marca registrada seria o engano. Seria um tempo em que Satanás até mesmo os eleitos, se conseguisse ( Mateus 24:24), Oculto sob uma ilusão impressionante, os cristãos teriam dificuldades para reconhecer o mal mascarados pelo universo do entretenimento, cultura, se não fossem os dons oferecidos pelo Espírito Santo.2 Cr 11:3 , 1 Tm 4:1, Cl 2:8Ap 18:23
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