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SOPROS INOCENTES. Antonella Albuquerque Nascimento HRAS/SES. 1835 – LAENNEC. “Embora freqüentemente associados a uma afecção cardíaca, os sopros podem ocorrer também na sua ausência”. 1842 – JAMES HOPE. “Os sopros inocentes podem ser facilmente distintos dos sopros patológicos
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SOPROS INOCENTES Antonella Albuquerque Nascimento HRAS/SES
1835 – LAENNEC “Embora freqüentemente associados a uma afecção cardíaca, os sopros podem ocorrer também na sua ausência” 1842 – JAMES HOPE “Os sopros inocentes podem ser facilmente distintos dos sopros patológicos através dos métodos auscultatórios”
A detecção de alterações na ausculta cardíaca, principalmente o sopro, é o motivo mais freqüente de encaminhamento ao cardiologista. Uma abordagem clínica sistematizada pelo pediatra geral permite diferenciar variações da normalidade na ausculta cardíaca de possíveis condições cardiovasculares patológicas que necessitam de diagnóstico pelo cardiologista, bem como decidir sobre a urgência deste encaminhamento.
A incidência das cardiopatias congênitas é menor que 1%, ocorrendo em 8 a 12 /1000 nascidos vivos, exceto prematuros. Sopro inocente é a alteração da ausculta que ocorre na ausência de anormalidade anatômica e ou funcional do sistema cardiovascular. 50 a 70% das crianças apresentarão em algum momento da infância e adolescência uma alteração auscultatória que será reconhecida como sopro, a maioria na idade escolar.
Possibilidade do estado hipercinético estar determinando a ausculta de um sopro transitório. Possibilidade de um sopro inocente estar exacerbado pelo estado hipercinético. Possibilidade de um sopro associado a cardiopatia estar exacerbado pela mesma condição Possibilidade da patologia atual estar causando lesão no sistema cardiovascular previamente normal
CONSIDERAR NA HISTORIA CLÍNICA: • PREMATURIDADE. • BAIXO PESO. • INFECÇÃO CONGÊNITA. • MÃE COM DIABETES. • MÃE COM COLAGENOSE. •
USO DE MEDICAMENTOS E DROGAS • PELA MÃE DURANTE A GESTAÇÃO. • HISTÓRIA FAMILIAR DE CARDIOPATIA • E/OU MORTE SÚBITA. • SÍNDROME GENÉTICA. • DIFICULDADE DE GANHO PONDERAL. • DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AOS • MÍNIMOS ESFORÇOS.
SUDORESE EM PÓLO CEFÁLICO. PNEUMONIAS DE REPETIÇÃO E/OU • SIBILÂNCIA. • CIANOSE CENTRAL. • VÔMITOS E REGURGITAÇÕES. ESTADOS HIPERCINÉTICOS
CONSIDERAR NO EXAME FÍSICO PESO, ESTATURA E SEUS PERCENTIS. PALIDEZ, CIANOSE CENTRAL. PULSO, FR, PA. PADRÃO RESPIRATÓRIO. OBSERVAÇÃO DO PRÉCORDIO. PALPAÇÃO DE FRÊMITOS. PALPAÇÃO DA TIREÓIDE. AUSCULTA DE FOCOS TORÁCCICOS E EXTRATÓRACCICOS.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SOPROS INOCENTES: OCORREM NA AUSÊNCIA DE HISTÓRIA CLÍNICA COMPATÍVEL COM DOENÇA CARDÍACA. ASSOCIAM-SE A RADIOGRAFIA DE TÓRAX E ECG NORMAIS. LOCALIZAM-SE EM ÁREAS PEQUENAS E BEM DEFINIDAS. NÃO SE ASSOCIAM A FRÊMITO OU RUÍDOS ACESSÓRIOS.
NÃO SE ASSOCIAM A HIPER OU HIPOFONESE DE BULHAS. ASSOCIAM-SE A PULSOS NORMAIS. NÃO SE ASSOCIAM A 2ª BULHA ÚNICA OU COM DESDOBRAMENTO FIXO. NÃO SE ASSOCIAM A 4ª BULHA. A 3ª BULHA É ACHADO COMUM EM CRIANÇAS NORMAIS. SÃO SOPROS SISTÓLICOS EJETIVOS OU CONTÍNUOS.
ORIGEM: FLUXOS TURBULENTOS EM ÁREAS DE ESTREITAMENTO: VIA DE SAÍDA DE VE. VIA DE SAÍDA DE VD. BIFURCAÇÃO DO TRONCO PULMONAR EM RAMOS PULMONARES DIREITO E ESQUERDO RAMIFICAÇÃO DO TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO. CONFLUÊNCIA DAS VEIAS SUBCLÁVIA DIREITA, JUGULAR INTERNA DIREITA, INOMINADA E VEIA CAVA SUPERIOR.
SOPROS INOCENTES MAIS FREQÜENTES EM CRIANÇAS SOPRO DE STILL. SOPRO DE FLUXO PULMONAR. SOPRO DE RAMOS PULMONARES. SOPRO SISTÓLICO SUPRACLAVICULAR. ZUMBIDO VENOSO.
SOPRO DE STILL É O MAIS FREQÜENTE AUSCULTADO EM 70 – 85% DE TODAS AS CRIANÇAS EM ALGUMA FASE DE SUAS VIDAS ( 2 A 15 ANOS) PODE NÃO DESAPARECER NA VIDA ADULTA É VIBRATÓRIO, DE BAIXA FREQÜÊNCIA AUSCULTADO EM BEEM E BEEB DIMINUE DE INTENSIDADE NA POSIÇÃO ERETA É PROTOSSISTÓLICO EJETIVO
- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL CIV MUSCULAR PEQUENAAlta Freqüência CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICAHistória Familiar Alta freqüência PROLAPSO DE VALVA MITRALClick sistólico Telessistólico
SOPRO DE FLUXO PULMONAR É O 2º MAIS ENCONTRADO. AUSCULTADO EM BEEA. É PROTOSSISTÓLICO, EJETIVO, DE BAIXA FREQÜÊNCIA, NÃO VIBRATÓRIO. PODE SER MAIS AUSCULTADO EM CRIANÇAS COM DEFORMIDADE TORÁCCICA. INTENSIFICA-SE EM SITUAÇÕES DE ALTO DC (FEBRE, ANEMIA, TIREOTOXICOSE, MEDO).
- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL EP ALTA FREQÜÊNCIA PRECEDIDO POR CLICK DE EJEÇÃO SOPRO MAIS PROLONGADO CIA DESDOBRAMENTO FIXO DE 2ª BULHA RUFLAR DIASTÓLICO EM FOCO TRICÚSPIDE
DAPVP IDEM CIA PCA PEQUENO FLUXO SÓ SISTÓLICO FÍSTULA A-V FLUXO AUMENTADO ATRAVÉS DA ART. PULM. PELO AUMENTO DO RETORNO VENOSO
SOPRO DE RAMOS PULMONARES ENCONTRADO EM RECÉM-NASCIDOS. SOPRO SISTÓLICO DE BAIXA INTENSIDADE. AUSCULTADO EM BEEA COM IRRADIAÇÃO PARA DORSO E AXILAS, À ESQUERDA E À DIREITA. SE PERSISTIR ALÉM DOS 6 MESES DE IDADE SUGERE ESTENOSE PATALÓGICA.
SOPRO SISTÓLICO SUPRACLAVICULAR É AUSCULTADO SOMENTE SOBRE A CLAVÍCULA DIREITA, NÃO IRRADIA PARA O TÓRAX. É DE CURTA DURAÇÃO. PODE SER CONFUNDIDO COM O SOPRO DA ESTENOSE AÓRTICA QUE PODE IRRADIAR DA BEDA PARA A REGIÃO SUPRACLAVICULAR.
ZUMBIDO VENOSO SOPRO CONTÍNUO MAIS ENCONTRADO NA INFÂNCIA. AUSCULTADO EM BEDA OU BASE DO PESCOÇO À DIREITA. É MELHOR AUSCULTADO NO PACIENTE EM POSIÇÃO ERETA, DIMINUE DE INTENSIDADE OU DESAPARECE NO PACIENTE DEITADO.
A COMPRESSÃO DAS VEIAS CERVICAIS OU A ROTAÇÃO DA CABEÇA PARA A ESQUERDA ALTERA O SOPRO. MAIOR INTENSIDADE NA DIÁSTOLE AO CONTRÁRIO DOS SOPROS CONTÍNUOS DE ORIGEM ARTERIAL.
- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL AUSCULTADO EM BEEA PCA MAIOR INTENSIDADE NA SÍSTOLE PULSOS AMPLOS MAIOR INTENSIDADE NA SÍSTOLE FÍSTULA A-V CERVICAL PULSOS AMPLOS COLATERAIS ARTERIAIS
SOPRO DIASTÓLICO RARÍSSIMO AUSCULTADO EM FOCO MITRAL LOGO APÓS A 3ª BULHA (PROTO-MESODIASTÓLICO). REQUER ECOCARDIOGRAMA PARA AFASTAR ALTERAÇÃO ESTRUTURAL.
- SOPRO CARDÍACO = ECOCARDIOGRAMA ? - ABORDAGEM CLÍNICA E SEGUIMENTO CUIDADOSOS SE CARACTERISTICAS DE NORMALIDADE. - POSTERGAR EXAMES SE NA VIGÊNCIA DE ESTADOS HIPERCINÉTICOS.
“OS HOMENS SÃO FREQÜENTEMENTE ENGANADOS POR SEUS OUVIDOS E OLHOS, E ELES PODEM OUVIR FANTASMAS ASSIM COMO VÊ-LOS... O OUVIDO DEVE SER BEM EDUCADO E BEM TREINADO OU NÃO SERÁ UMA TESTEMUNHA CONFIÁVEL”. PETER MERE LATHENS