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Meio Ambiente e a Alfabetização Ecológica: novos desafios da formação profissional. Profa. Dra.Ângela Maria da Silva Gomes Engenheira Florestal/UFV MS Universidade Politécnica de Madrid Doutora UFMG. Os princípios ecológicos e culturais. interdependência, interconexão, associação,
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Meio Ambiente e a Alfabetização Ecológica:novos desafios da formação profissional Profa. Dra.Ângela Maria da Silva Gomes Engenheira Florestal/UFV MS Universidade Politécnica de Madrid Doutora UFMG
Os princípios ecológicos e culturais • interdependência, • interconexão, • associação, • fluxos de energia, ciclos biogeoquímicos, • Sustentabilidade ( sucessão e clímax), • biodiversidade, equilíbrio homeostático • co-evolução Culturais • processos históricos, • valores, costumes, • crenças locais, • visão de mundos • Princípios da ciência
Natureza e Cultura: Ideologias • Séc. XII a sec XV • Antropocentrismo/ separação e colonização de natureza e escravização • Etnocentrismo-Eurocentrismo: negação de outras matrizes culturais e de outros saberes não ocidentais Sec.XVIII • Cartesianismo: colonização da razão/ partes e todos/ quantificação/ mecanização • Capitalismo: natureza como fator de produção e lucro/ crescimento ilimitado/ consumo ilimitado/ riscos ilimitados Sec XX • Globalização: apropriação/ homogeneização
1.2.Discursos coloniais e ciência Biologicismo e Colonialismo: nomeando o mundo vivo A Biodiversidade e a etnobotânica : A taxonomia do poder Do território ao lugar- da Biodiversidade a diversidade Cultural Saberes invisíveis e passíveis de apropriação ‘sem alma’, “sem conhecimento científico”
As culturas e a visão da natureza – Sistemas de saberes • da civilização judaica cristã • os pré-socráticos • os pós- socráticos: a natureza separada, o deus onipresente, • Descartes- saberes objetivados pela Razão, reducionismo • conhecimento centralizado, positivismo-
Causas da Crise Ecológica/ Crise da razão/ Crise do paradigma moderno • Modelo Tecnológico: moderno,poluidor, energívoro e excludente • Modelo de Consumo: consumismo , Obsolescência Planejada, SER x TER • Modelo Civilizatório: ocidental, cartesiano, moderno • Modelo de desenvolvimento: capitalista, excludente, desigual, PROGRESSO, crescimento ilimitado
Capitalismo • -A natureza descartável • Capitalismo a natureza como fator de produção e lucro, de usos ilimitado, maximizado e infinitos- • A construção do falso obsoleto • O mito da educação ambiental • As saídas maiores que as entradas= A crise ecológica
Biodiversidade ou Diversidade Biológica • é definida pela Convenção de Diversidade Biológica como” a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas( Decreto Legislativo 2- 94/ Artigo 2o ).
A ciência moderna construiu sua compreensão de biodiversidade incompleta, substituiu-se a idéia de diversidade pela idéia de homogeneidade-WEST/ REST http:wikipédia.org/wiki/image Zona Centro Sul (direita), dentro da área do Planejamento e Zona norte,Vista do Sol, de Belo Horizonte.2001
Rotas: Cosmopolitismo pós colonial e político Fonte: Anjos, 2005. Fonte: Anjos, 2005. Foto: Ângela M. S. Gomes. Foto 1 – Quintais da Vila Grotinha, Bairro Nazaré, Belo Horizonte, MG, Brasil/2006
Ciência Moderna- • Saberes colonizadores, Fragmentados Reducionistas /Monocultura de saber • O Rótulo científico atribui uma espécie de sacralidade ou imunidade social ao sistema ocidental
Adestramento ou Emancipação/ Educação Ambiental Educação Emancipatória Crítica Natureza como direito e bem coletivo Problema social não se separa de problema ambiental Sistêmica/ o todo/Sistemas /ecossistemas Crítica a produção e a obsolescência planejada Participação e democratização como solução Educação conservadora • Origem- clube de Roma(7 países mais ricos) • Não remete aos meios de produção • Tecnologia como solução • Comportamentalista • Oculta os conflitos e contradições • Crença no homem genérico • reformista
Avança a crítica ao paradigma cartesiano –newtoniano que sob “o argumento geométrico-mecanicista de natureza; Ruptura com a concepção medieval, dessacralização / mundo físico= da natureza não físico=o do espírito ou do homem; OBJETOx SUBJETIVIDADE Preconceito em relação às culturas holísticas/animistas/selvagens Rupturas com a natureza sacralizada
Não se pode separar natureza de história- • Visão Judaico Cristã • Visão Pós- socrática • Visão da Ciência Moderna- pensamento reducionista/quantificação/fragmentação • Modelo tecnológico de uso = natureza enquanto RECURSO/ Homogeneização- Monoculturas e artificialização dos ecossistemas • Eliminação dos princípios ecológicos( interdependência,ciclos, associações, sustentabilidade, biodiversidade, equilíbrio homeostático,co-evolução
Impactos da Revolução Verde no Mundo • Pós a 2ª Guerra Mundial • Redução da biodiversidade: monoculturas, redução dos cultivos • Artificialização dos cultivos: agrotóxicos, insumos- Poluição e redução de ecossistemas; • Mecanização intensiva e Redução da biodiversidade ( variabilidade )genética: híbridos, Clones, transgênicos; • Engenharia genética;manipulação com altas margens de erro= manipulação da vida; • Aumentou a produção de alimentos e não reduziu a fome : Problema de distribuição; • Aumentou a dependência e preço dos produtos= Alimentos especulativos;
Natureza como bem público • Manejo dentro da idéia de sistema: • favorecer a biodiversidade, direito a biodiversidade • favorecer os ciclos, • o solos como elemento vivo, • respeitar e valorizar o conhecimento tradicional • Justiça sócio ambiental
Natureza como Bem público Culturas viajantes- “Quando ganho uma planta é o dia mais feliz da minha vida. Minha mãe era assim... Minha família toda veio da roça, ainda busco muita coisa lá. Tô até torrando e moendo o café que trouxe de lá. Aqui no quintal”.D Maria Braz, BH,2006
Biodiversidade- Espaços de referência identitária- Contra modernidade Condição de fronteira Contrapontos simbólicos frente às novas condições da diáspora, que supõem a existência de condição de fronteira cultural entre a reprodutibilidade cultural e o embate e a negociação com as novas condições que se colocam no presente. A cultura que nessa condição se reconstrói forja”outro modo que não a modernidade”- contra modernidade “Tive que dar o resto do terreno para meu filho construir. Eles não tem onde morar. Mas este canto das minhas plantas ninguém mexe. Colho cebolinha, tenho várias qualidades de espada de São Jorge.” D. Diva, BH,2006 Foto 3 – Quintal urbano de D. Diva, moradora do Bairro Havaí, BH/MG, 2006.
Mitos da Modernização “ ecológica” • Consumismo sustentável= consumo ilimitado NEOMALTHUSIANISMO – • Explosão demográfica= População x natureza =racismo ambiental • 5% ( EUA)da pop consome 40% de toda a energia do planeta e 70% das madeiras tropicais • BIOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO • RUPTURA COM A ÈTICA • Desenvolvimento sustentável= crescimento , e crescimento não tem limite • Mito do Progresso ilimitado
Monopólio da Biodiversidade e do saber • Biotecnologia • Lei de patentes Direito de Propriedades- patentes • Monopólios de alimentos, medicamentos e de terras • Risco ambiental e insegurança alimentar
Complexidade , identidade multifuncionalidade Amaci são várias ervas usadas para preparar banhos , fortalecer a cabeça. Loya Vulunã, São José de Bicas, 2006 As folhas são a nossa essência sem ela nada disto seria possível. Kitaloya, BH,2006
Tabelas de Inventário Etnobotânico-Terreiros de candomblé,RMBH,2007
Formação de Novos profissionais • Biodemocratização • Biodiversidade como direitos dos povos tradicionais; • Ecologia de saberes • Apoio a agroecologia e ao conhecimento tradicional • Reconhecimento da etnobotânica popular • Biodiversidade e diversidade cultural= inseparabilidade; • Segurança alimentar • Pensamenro complexo , sistêmico: TUDO ESTA CONECTADO COM TUDO= • DIREITOS SOCIO AMBIENTAIS= DIREITOS HUMANOS
Categorias de análise Sujeitos da cidade
Referências bibliográficas ANJOS, Rafael Sanzio.Territórios das comunidades remanescentes de antigos quilombos no Brasil-primeira configuração espacial.Brasília: Mapas Editora e Consultoria, 2005 CARDOSO, Marcos. O movimento negro em Belo Horizonte 1978-1998. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2002. COSTA, H. Habitação e produção do espaço em Belo Horizonte. In:Monte-Mór, R.L.M.( Coord.). Belo Horizonte, espaços e tempos em construção. Belo Horizonte: CEDEPLAR,PBH,1994 COSTA, Sergio. Dois Atlânticos – teoria social, anti-racismo, cosmopolitismo. HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização. Do fim dos territórios á multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. GILROY, Paul. O Atlântico Negro. São Paulo: Editora 34; Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes, Centro de Estudos Afro Asiáticos,2001. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização- do pensamento único à consciência universal.Rio de Janeiro: Record, 2000. _____________. A natureza do espaço: técnica e tempo – razão e emoção. São Paulo: HUCITEC, 1996. SODRÉ, Muniz. Claros e escuros, identidade, povo e mídia no Brasil. Petrópolis: Editora Vozes, 1999. CARNEY, Judith&Marin, Rosa A. Saberes agrícolas dos escravos africanos no Novo Mundo. São Paulo: SBPC, Revista de divulgação cientifica, vol.35 n° 205, junho de 2004. SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução. In: SANTOS, Boaventura de Sousa (Org.). Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. São Paulo: Cortez, 2004 a. p. 17-56.