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Era no tempo do rei...

Era no tempo do rei. Manuel Antônio de Almeida (1831-1861). publicado entre 1852 e 1853. em folhetins no Correio Mercantil do Rio de Janeiro O livro foi publicado em 1854 Contexto: governo de D. João VI. BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA.

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Era no tempo do rei...

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Presentation Transcript


  1. Era no tempo do rei...

  2. Manuel Antônio de Almeida (1831-1861)

  3. publicado entre 1852 e 1853. • em folhetins no Correio Mercantil do Rio de Janeiro • O livro foi publicado em 1854 • Contexto: governo de D. João VI

  4. BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA Revoltas coloniais REVOLTA DE BECKMAN REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA GUERRA DOS MASCATES CONJURAÇÃO BAIANA GUERRA DOS EMBOABAS INCONFIDÊNCIA MINEIRA REVOLTA DE VILA RICA OU DE FELIPE DOS SANTOS upload.wikimedia.org/

  5. BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA A Conjuração Mineira Tiradentes Bandeira de Minas Gerais www.colegiosaofrancisco.com.br upload.wikimedia.org A insatisfação dos mineiros com a exploração da metrópole fez brotar o sentimento de liberdade e independência.

  6. BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA A Conjuração Mineira www.fafich.ufmg.br www.theodora.com O movimento foi realizado por elementos da elite intelectual e econômica de Vila Rica, movidos pelas idéias de liberdade e autonomia.

  7. BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA A Conjuração Baiana Bandeira do movimento No final do século XVIII, a cidade de Salvador foi palco de um movimento que, inspirado pelas idéias da Revolução Francesa, buscava maior autonomia do país em relação a Portugal. Seus participantes, a maioria de origem simples, sonhavam com uma sociedade livre da escravidão e sem racismo. pt.wikipedia.org

  8. BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA A transferência da Corte para o Brasil upload.wikimedia.org Com a invasão de Portugal pelas tropas francesas, a Corte portuguesa transferiu a sede do governo para o Brasil, chegando aqui em janeiro de 1808.

  9. BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA A Corte no Brasil Fontes: upload.wikimedia.org e História do Brasil para principiantes Em 1810, foi assinado o Tratado de Comércio, Navegação e Amizade com a Inglaterra, o que contribuiu para a entrada maciça de produtos ingleses no Brasil.

  10. BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA A Corte no Brasil História do Brasil para principiantes. Carlos Eduardo Novais. O Tratado de Comércio de 1810 sepultou todas as possibilidades de desenvolvimento da indústria brasileira, devido aos privilégios fiscais concedidos aos produtos ingleses.

  11. Entre outras atividades, eram barbeiros, sapateiros, moleques de recado, faziam cestas, vendiam capim, refrescos, doces, pães-de-ló, angu, café, carregavam pessoas e mercadorias. Pela manhã, centenas deles iam buscar água no chafariz do aqueduto da Carioca, que era transportada em barris. “A limpeza da cidade estava toda confiada aos urubus”, escreveu o historiador Oliveira Lima, em seu livro D. João VI no Brasil.

  12. Ratos infestavam a cidade e seus arredores. Não existiam fossas sanitárias. A urina e as fezes dos moradores, recolhidas durante a noite, eram transportadas de manhã para serem despejadas no mar por escravos que carregavam tonéis de esgoto nas costas.

  13. Durante o percurso, parte do conteúdos dos tonéis caía sobre a pele e deixava listras brancas sobre suas costas negras, e, por isso, estes escravos passaram a ser conhecidos como “tigres”. Os hábitos dos moradores também impressionavam os visitantes estrangeiros. “os dedos são usados com tanta frequência quanto o próprio garfo”. Em 1808, O Rio de Janeiro tinha apenas 5 logradouros públicos, sendo 6 ruas, quatro travessas, seis becos e dezenove campos ou largos. Um grande número de negros, mulatos e mestiços circulavam nas ruas.

  14. Todo barbeiro é tagarela, e principalmente quando tem pouco que fazer; começou portanto a puxar conversa com o freguês. Foi a sua salvação e fortuna. O navio a que o marujo pertencia viajava para a Costa e ocupava-se no comércio de negros; era um dos comboios que traziam fornecimento para o Valongo, e estava pronto a largar. — Ó mestre! disse o marujo no meio da conversa, você também não é sangrador? — Sim, eu também sangro... — Pois olhe, você estava bem bom, se quisesse ir conosco... para curar a gente a bordo; morre-se ali que é uma praga. — Homem, eu da cirurgia não entendo muito... — Pois já não disse que sabe também sangrar? — Sim... — Então já sabe até demais.

  15. “Os fidalgos que as instalações do Paço não puderam acolher ocuparam casas diversas, cujos proprietários e inquilinos foram coagidos a abandonar em virtude de uma velha lei das aposentadorias. Esta lei concedia ao rei o direito de requisitar qualquer residência para uso de um súdito seu [...]Um dia, estava o desembargador Petra a meditar no sofrimento do povo, quando lhe entrou pela sala um fidalgo que o visitava pela quarta vez [...]O desembargador Petra fez chamar sua senhora à sala, e apenas a viu chegar, disse-lhe:

  16. - Apronte-se Sra. D. Joaquina, estamos em vésperas de separar-nos: este nobre fidalgo já me pediu a casa, depois mobília, agora criado; amanhã, provavelmente há de querer que eu lhe dê mulher, e como não tenho outra senão a senhora, e não há remédio senão servi-lo, apronte-se D. Joaquina, apronte-se!O fidalgo saiu furioso e foi direto ao Príncipe Regente queixar-se da zombaria de que fora objeto; mas o desembargador Petra, interrogado pelo Príncipe, tais coisas disse as violências cessaram e o sistema de aposentadorias foi mais suavemente executado.

  17. Com a transferência da sede da monarquia para o Rio de Janeiro, a cidade substituiu Lisboa nesta função, e construiu-se um império na América Portuguesa. Depois da ocupação de Lisboa pelos franceses, o Rio de Janeiro se tornou o mais importante centro naval e comercial do império. Era o maior mercado de escravos das Américas. Seu porto vivia cheio de navios negreiros que atravessavam o Atlântico, vindos da África. O historiador Manolo Garcia Florentino, calculou que aproximadamente 850.000 escravos passaram pelo porto do Rio de Janeiro no século XVIII.

  18. Fundaram-se escolas, de medicina, da marinha e de guerra, de comércio. Uma Imprensa Régia, que não podia existir anteriormente na colônia. Também foram instalados e construídos uma livraria, que daria origem à futura Biblioteca Nacional, o Jardim Botânico, a Academia de Belas Artes, o Teatro Real, o Banco do Brasil.

  19. Foi preciso também reconfigurar a cidade urbanisticamente, pois havia se tornado o cenário do poder imperial. A cidade recebeu os mestres da Missão Artística Francesa em 1816, com o objetivo de promover as artes, a cultura, “bons gostos” e “refinamento”. Idealizaram fachadas neoclássicas e arcos triunfais, e deram ao Rio de Janeiro a face de uma capital europeia. A sociedade carioca sofisticou seus hábitos.

  20. Fato visível nas publicações da Gazeta do Rio de Janeiro, a partir de 1808. No começo, oferecem serviços e produtos como aluguel de cavalos, carroças, venda de terrenos e casas e alguns serviços como aulas de Catecismo, Língua Portuguesa, História e Geografia. Em contrapartida, o preço dos produtos eleva-se consideravelmente, dificultando a vida da maioria da população no Rio de Janeiro. A partir de 1810, o conteúdos dos anúncios muda. Passam a oferecer pianos, livros, tecidos de linho, lenços de seda, champanhe, água de colônia, leques, luvas, vasos de porcelana, quadros, relógios e uma infinidade de outras mercadorias importadas. O ensino leigo e o ensino superior foram implantados.

  21. “Os meirinhos desse belo tempo não, não se confundiam com ninguém; eram originais, eram tipos, nos seus semblantes transluzia um certo ar de majestade forense, seus olhares calculados e sagazes significavam chicana. Trajavam sisuda casaca preta, calção e meias da mesma cor, sapato afivelado, ao lado esquerdo aristocrático espadim, e na ilharga direita penduravam um círculo branco, cuja significação ignoramos, e coroavam tudo isto por um grave chapéu armado.” “Colocado sob a importância vantajosa destas condições, o meirinho usava e abusava de sua posição. Era terrível quando, ao voltar uma esquina ou ao sair de manhã de sua casa, o cidadão esbarrava com uma daquelas solenes figuras que, desdobrando junto dele uma folha de papel, começava a lê-la em tom confidencial!”

  22. O major Vidigal era o rei absoluto, o árbitro supremo de tudo que dizia respeito a esse ramo de administração; era o juiz que julgava e distribuía a pena, e ao mesmo tempo o guarda que dava caça aos criminosos; nas causas da sua imensa alçada não haviam testemunhas, nem provas, nem razões, nem processo; ele resumia tudo em si; a sua justiça era infalível; não havia apelação das sentenças que dava, fazia o que queria, e ninguém lhe tomava contas

  23. No dia seguinte saiu o nosso homem pela barra fora: a fortuna tinha-lhe dado o meio, cumpria sabê-lo aproveitar; de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro; restava unicamente saber fazer render a nova posição. Isso ficou por sua conta. Quanto às ordens do capitão... histórias; quem é que lhe havia de vir tomar contas disso? Ninguém viu o que se passou; de nada se sabia. Os únicos que podiam ter desconfiado e fazer alguma coisa eram os marinheiros; porém estes partiram em breve de novo para a Costa. O compadre decidiu-se a instituir-se herdeiro do capitão, e assim o fez.

  24. A origem pouco digna desse capital – o barbeiro desviou a herança que um capitão moribundo deixara à sobrinha – só será revelada posteriormente. A fórmula “arranjei-me” sintetiza, no romance, a explicação dada pelo barbeiro para a posse do dinheiro. O autor acaba por dizer que muitos “arranjei-me”, equivalentes ao atual “jeitinho brasileiro”, se explicam assim, e estende essa representação de sua história a toda a sociedade da época.

  25. BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA A Revolução Pernambucana de 1817 upload.wikimedia.org palavrarocha.blogspot.com O movimento foi motivado pelos ideais de liberdade, o abandono da região pelas autoridades, a queda do preço do açúcar e do algodão e o aumento dos impostos. Foi estabelecido um governo provisório e elaborada uma Constituição. D. João VI reprimiu violentamente o movimento, sendo os principais líderes condenados à morte.

  26. BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA O retorno da Corte www.scielo.br História do Brasil para principiantes. Carlos Eduardo Novais. Em 1820 ocorreu em Portugal a Revolução do Porto que dentre outras coisas exigia o retorno da família real para Lisboa. Na noite de 26/04/1921, D. João VI embarcou para Portugal, levando consigo todo o ouro disponível nos cofres do Banco do Brasil.

  27. BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA O retorno da Corte www.nosrevista.com.br/ bp1.blogger.com Uma das grandes contribuições de D. João VI para o Brasil foi a preservação da integridade territorial. Sem a mudança da corte portuguesa, os conflitos regionais teriam se aprofundado a tal ponto que a separação entre as províncias seria inevitável e não seríamos este país continental de hoje, mas teríamos o território dividido em diferentes nações.

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