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Glomerulonefrites associadas à Infecção. Curso de Medicina Escola de Saúde Universidade Católica de Pelotas. Introdução. Infecção é uma causa comum de glomerulonefrite proliferativa
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Glomerulonefrites associadas à Infecção Curso de Medicina Escola de Saúde Universidade Católica de Pelotas
Introdução • Infecção é uma causa comum de glomerulonefrite proliferativa • Biópsias: o mesmo agente pode induzir mais de um tipo histológico. Uma lesão glomerular pode ser conseqüência de vários patógenos. • Epidemiologia das GN pós-infecção tem se modificado.
Introdução • A infecção produz antígenos que estimulam a produção de anticorpos formando imunocomplexos e ativação do sistema de complemento originando um processo inflamatório no rim (glomerulonefrite).
Introdução • A resposta imune pode ser influenciada por fatores genéticos e do hospedeiros, por exemplo, vírus HIV associada a nefropatia (HIVAN), ocorrendo mais em negros • Fatores socioeconômicos e ambientais, p.ex., GN pos-estreptococica atualmente é incomum na Europa e mas permanece endêmica em países em desenvolvimento
Uma variedade de infecções são associadas com GN, desde: • bactérias, • vírus, • fungos e • protozoarios
Síndrome Nefrítica Protótipo é a glomerulonefrite pós-estreptocócica Características: Hematúria, Proteinúria Oligúria Edema Hipertensão arterial Azotemia
Etiologia e epidemiologia • Glomerulonefrite aguda pós-estreptococica: Streptococcus pyogenes grupo A • Têm diminuído nos países desenvolvidos , mantendo-se com alta incidência nos países em desenvolvimento • 2 x mais comum em homens que em mulheres • Afeta principalmente crianças , dos 2 aos 14 anos de idade
Patogênese • Após infecção estreptocócica da pele ( M 47 , 49 , 57 ) ou do trato respiratório superior ( M 1 , 2 , 4 , 12 ) • Complexo antígeno-anticorpo circulante e no glomérulo leva à ativação da cascata do complemento , com liberação de citocinas inflamatórias e fatores quimiotáticos , amplificadores da lesão e, atração de plaquetas
Patologia • Microscopia ótica: glomerulonefrite endocapilar proliferativa difusa exsudativa . • Imunofluorescência:depósitos de C3 ( 100% ) , IgG ( 62% ) , IgM ( 76% ) , MAC ( 85%) nas alças capilares e no mesângio M.Eletrônica: presença de humps , correspondentes aos depósitos subepiteliais de imunocomplexos , que não são patognomônicos , mas são muito característicos da GNDA
Manifestações clínicas e laboratoriais • Uremia também é mais comum em adultos , com maior necessidade de diálise • ASLO , anti-DNAse B , anti-hialuronidase e anti-estreptoquinase: consegue-se demonstrar a infecção pelo estreptococo em cerca de 80% dos casos , com a combinação desses Acs
Hipertensão ( 80%) , edema ( 80% ) e hematúria micro ou macroscópica ( 100%) de instalação súbita , várias semanas após infecção cutânea ou cerca de 2 semanas após infecção de orofaringe • Geralmente , mais grave em adultos/ idosos , com alta incidência de insuficiência cardíaca congestiva e alta mortalidade • Em menos de 1 % dos casos , ocorre forma rapidamente progressiva , com
C3 : diminuido em 90 % dos casos , com normalização rápida ( até 2 meses ) . C4 normal • IgM e IgG séricas elevadas em até 80 % • FR e crioglobulina positivos em 1/3 dos casos • Ocasionalmente , ANCA positivo
A biópsia renal está indicada apenas se houver fatores de confusão , como doenças associadas , síndrome nefrótica, achados laboratoriais inesperados • Tratamento : • Erradicar o possível foco de infecção , com penicilina ou eritromicina • Manejo do edema com diuréticos e restrição hidrossalina • Tratamento da hipertensão arterial • Diálise ( até 30% dos adultos )
Evolução • Na maioria dos casos , a resolução das manifestações clínicas é rápida , com aumento da diurese , em média , em 1 semana e normalização da creatinina em cerca de 1 mês . A melhora da hematúria varia de 3 a 6 meses e a proteinúria ainda pode ser demonstrada em 15 % dos pacientes após 3 anos e , em 2 % após 7 a 10 anos
Doenças causadas por vírus • HIV; • Hepatite B; • Hepatite C; • Dengue; • Febre amarela: tríade caracterizada por ictericia, hemorragias e insuficiência renal aguda(NTA) • Hantavirose :1.Febre hemorrágica com síndrome renal; 2.Síndrome pulmonar: única forma encontrada nas américas
HIV e o RIM • HIV é classificado como um retrovírus. • Existem várias doenças renais associadas com HIV infecção; • Insuficiência renal aguda potencialmente reversíveis, • Distúrbios eletrolíticos e ácido básico e doenças renais intrínsecas não relacionadas diretamente com o HIV (diabetes e hipertensao arterial)
HIV e o RIM • E um grupo de glomerulopatias associadas ao HIV que pode estar presente com insuficiencia renal aguda ou cronica • HIV-Focal Segmental Glomerulosclerosis (FSGS; • “classic” HIVAN): HIVAN is characterized by a specific • constellation of pathological findings that involve • glomerular, tubular, and interstitial compartments of the kidney
Tratamento HIVAN • Corticóide • Inibidores da enzima conversora; • Ciclosporina • Estágio final renal: hemodiálise, dialise peritoneal e transplante renal
Vírus B hepatite e glomerulonefrite • Infecção é transmitida sexualmente, transfusão sanguínea, agulha de seringas usuários de droga, mãe para filho, e via transplante de órgãos. • O risco desenvolver a infecção crônica depende da idade de aquisição da doença, com maior risco quando a infecção de adquirida na infância. • A infecção crônica é um sério problema mundial principalmente em áreas endêmicas da Ásia e África.
Vírus B hepatite e glomerulonefrite Alémdahepatite, ocasionamanifestações extra hepáticas: artritereativa, rash, vasculite e glomeruloopatia . • Padrõesmorfologicasda GN: • 1. Membranosa • 2. Membranoproliferativa • 3. Mesangioproliferativa • Glomerulopatiamembranosa é a maisfrequente, maiscomumemcrianças e sexomasculino
HBV infecção e GN Tipos histológicos: • Glomerulopatia membranosa( mais prevalente e mais comum em crianças e no homem) • Membrano proliferativa e • Mesangioproliferativa
Hepatite HCV e doença renal Epidemiologia: HCV é estimado infectar 100 milhões de pessoas no mundo é predominantemente transmitida via parenteral. Mais de 80% das pessoas infectadas agudamente desenvolvem infecção cronica. A forma mais comum de doença renal com HCV é a membrano proliferativa com crioglobulinemia
Endocardite Infecciosa Em relação comprometimento renal, 04 processos distintos: 1.Glomerulonefrite por imunocomplexos (30-80%) 2.Formação de abcessos e areas de infarto no parenquima renal(embolia séptica) 3. Necrose tubular aguda causada pela sepse 4. Nefrite intersticial aguda antibióticos-induzida.
Endocardite • Glomerulonefrite: 30-80% dos pacientes • Stafilo aureus mais freqüente, usuários de drogas • Hipocomplementemia (C3 e C4) e muitas vezes fator reumatóide positivo e crioglobullinas. • Imunocomplexos,achados semelhantes a GN pos-estreptococica ou GN Membranoproliferativa idiopática tipo I
Outros estados de bacteremia Abcessos viscerais (pulmonares, intra-abdominais, pelvicos e cutaneos/subcutaneos) Depósito de imunocomplexos Quadro clinico varia, mas apresentam alterações na sedimentoscopia(hematúriadismórfica, proteinúria, cilindros celulares. Complemento sérico pode estar normal ou baixo • Tratamento: erradicação do fator infeccioso
Leptospirose • Insuficiencia renal aguda com potássio sérico baixo. • Quadro clinico variável, • Forma grave,10% (ictero-hemorragica, sind. Weil): a insuficiência renal é comum • Manifestações renais: nefrite tubulo-intersticial, pode também ser por imunocomplexos acometendo os glomerulos. • Medidas de suporte, dialise precoce
Sifilis • Treponema pallidum • Formação de imunocomplexos • Sifilis congenita: importante causa de sindrome nefrotica em recem-nascidos e lactentes • Glomerulopatia membranosa com imunocomplexos subepiteliais é a lesão mais ranal mais encontrada, manifestação clinica clássica é a síndrome nefrotica.
Helmintos • Esquistossomose: Imunocomplexos. No Egito, é responsável por 6% dos casos de falencia renal cronica em diálise.
Doenças causadas por micobacterias • Tuberculose: quando não resultante da infecção direta, amiloidose renal, tipo AA. • Hanseniase: A. Glomerulonefrite por imunocomplexos, hipocompletemia é a regra. B. Amiloidose