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Características Gerais do Clima em Diferentes Regiões da América do Sul. . Palestrante: Danielle Barros Ferreira Coordenação de Desenvolvimento e Pesquisa (CDP). 1- Características da AS. Clima tropical, subtropical e extratropical;
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Características Gerais do Clima em Diferentes Regiões da América do Sul. Palestrante: Danielle Barros Ferreira Coordenação de Desenvolvimento e Pesquisa (CDP)
1- Características da AS • Clima tropical, subtropical e extratropical; • Oceanos: Pacífico e Atlântico (Mudanças nos padrões de Circulação Geral da Atmosfera - CGA = Variações no Clima); • Cordilheira dos Andes (influência na distribuição das massas de ar); • Floresta tropical úmida “Amazônia” (aquecimento da atmosfera tropical, disponibilidade de umidade, PRP, balanço de energia);
2 - Estrutura troposférica do escoamento • O clima de uma região é determinado pela circulação geral da atmosfera (CGA), que é resultado: • do aquecimento diferenciado do globo pela radiação solar; • da distribuição assimétrica dos oceanos e continentes; • das características da superfície (topografia, água/gelo/terra, vegetação). Os padrões de circulação gerados na atmosfera redistribuem calor, umidade e momento pelo globo de forma não homogênea, podendo aumentar ou diminuir diferenças regionais.
2 - Estrutura troposférica do escoamento * A configuração da CGA: - é representada por campos de pressão e vento; - muda de acordo com as estações do ano; - muda em diferentes níveis da atmosfera; - a grande responsável pelo comportamento da PRP.
2- Estrutura troposférica do escoamento durante o verão e inverno na AS Climatologia do escoamento em 850 hPa (1968 - 1996), durante o mês de janeiro e julho
2- Estrutura troposférica do escoamento durante o verão e inverno na AS Climatologia do escoamento em 200 hPa (1968 - 1996), durante o mês de janeiro e julho
CGA representada por Sistemas Meteorológicos (SMs). • Altos Níveis: AB, VC, JST, JP. • Baixos Níveis: ZCIT, ZCAS, BC, JBN. • Verão: VC. AB, ZCIT, ZCAS, BC, JBN, sistemas de mesoescala (CCMs, LIs). • Inverno: SUBSIDÊNCIA, passagem SFs, ZCIT mais ao norte, PL, ventos de oeste mais fortes (correntes de jato).
3 - Ciclo anual da atividade convectiva • ROL < 230 W/m2 - áreas de atividades convectivas (AC) • Verão: AC máx. no continente. • Parte central e sul da Amazônia; • Parte central dos Andes; • Pequena porção subtropical. • Deslocamento meridional N-S (sazonal). • Outono: AC migra p NW; • Inverno: uma porção sobre a parte oeste da Colômbia e outra no sul do Chile e Argentina; • Primavera: retorna na direção SE, novamente localizando-se na parte central da AS. Campos bimensais de ROL. Fonte: http://tao.atmos.washington.edu
3 - Distribuição de precipitação durante o verão e inverno na AS. • Verão - MÁXIMOS DE PRP: • > 900 mm - oeste da Amazônia e no Brasil Central, com a orientação NW-SE, coincidindo com a posição média ZCAS, em conexão com a posição geográfica da AB; • Na direção longitudinal (9ºS, 58ºW) – penetração de SFs do sul x convecção local; • No leste dos Andes (Peru, Equador e oeste da Colômbia) – ñ existe seca, umidade transportada pelos alísios concentra-se a leste da cordilheira, formando nuvens favoráveis a PRP.
3 - Distribuição de precipitação durante o verão e inverno na AS. • Inverno: • Os núcleos de PRP migram p/ o setor NW da AS = acompanham a migração da convecção; • Período seco maior = parte central da AS (subsidência = mov. descendentes); • Máximo PRP sobre o extremonoroeste (NW da Amazônia, oeste da Venezuela e Colômbia – deslocamento da ZCIT nos Oceanos); • Máximo PRP sobre o extremo sul da AS (Forte JST);
4 - Zona de Convergência do Atlântico Sul • Características: • Nebulosidade orientada no sentido NW-SE, associada a uma zona de convergência na baixa troposfera; • Estende-se desde o sul da Amazônia ao Atlântico Sul-Central por alguns milhares de quilômetros, bem caracterizada nos meses de verão; • A convecção associada com a ZCAS causa normalmente períodos prolongados de chuvas intensas sobre a parte central e SE da AS e gera subsidência sobre a parte sul do Brasil e no Nordeste (Figueroa, 1997); • Duração de 4 a 20 dias e pode ser observada de nov. a março; • Convecção da Amazônia pode intensificar a ZCAS;
Ex: Episódio dia 27/12/2006 a 16/01/2007 • atividade convectiva sobre as Regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil; • escoamento anticiclônico em 850 hPa transporte de umidade para o continente; • altos níveis - AB e VCAN configurados, intensificando a ZCAS; • transporte de umidade sobre SP e RJ e sul de MG (chuvas intensas - 300 e 400mm). ZCAS A VCAN formação de intensas áreas de instabilidade (granizo, raios) AB
5 - Jatos de Baixos Níveis e Tempo Severo • Características: • Sistema de vento com altas velocidades na altura de 1 a 2 Km, extensão horizontal de aproximadamente 500 km; • Ocorre tipicamente a leste das montanhas, que bloqueia a circulação em baixos níveis no sentido zonal (norte-sul), produzindo um efeito de canalização. • Transporta calor e umidade do trópicos p/ extratrópicos => Responsável pela formação e intensificação de tempestades severas. • Pode ocorrer em todas as estações , porém é detectado com maior freqüência entre os meses de dez. a fev. , sendo mais intenso durante o inverno.
FNE = Fluxo de vapor d’água oriundo do oceano Atlântico tropical (ventos alísios); ET = Evapotranspiração da Floresta Amazônica (vapor d’água disponível); TU = Transporte de umidade de noroeste canalizado pelos Andes; CCM = Complexos Convectivos de Mesoescala que o correm no sul do Brasil, norte da Argentina e Uruguai; Representação esquemática do JBN do escoamento e transporte de umidade em 850 hPa. Fonte: Soares e Marengo, 2004.
Os JBNs são identificados principalmente em regiões de latitudes médias e subtropicais (a leste dos Andes) locais com situações atmosféricas propícias ao desenvolvimento de tempestades severas na AS Sinal atmosférico - centro norte da Argentina (mais de 60 dias), Paraguai e Sul e sudeste (mais de 30 dias) do Brasil
6 - Estiagens • Bloqueios atmosféricos (região de alta pressão nos médios e altos níveis); • Impede o avanço das frentes frias vindas do extremo sul e estabelece condições de tempo duradouras sobre grandes áreas. • Atuação sobre SC e o RS, impede o avanço das frentes frias vindas do Uruguai = instabilidade mais intensa e organizada estacionada sobre o centro da Argentina e o Uruguai (chuvas intensas), o tempo estável nos estados brasileiros (veranico - dias com tempo seco e temperaturas altas). Campo médio de velocidade vertical (Pa/s) em 500 hPa, (25 a 29/02/2002), 00UTC e Imagem do satélite GOES-8, no espectro infravermelho, para o dia 26/08/2002, 12:10 UTC.
7 - Variabilidade Climática Interanual • ENOS : Fenômeno de grande escala que causa variações na TSM, afetando a circulação da atmosfera, com reflexos dentro de períodos sazonais médios. NORMAL EN Águas frias (ressurgência) • sobe/desce (continuidade de massa) • Célula de Walker • ventos alísios • TSM LN
7 - Variabilidade Climática Interanual Conseqüências intra-regionais do El Niño (fase quente) sobre a precipitação e temperatura:
7 - Variabilidade Climática Interanual Conseqüências intra-regionais da La Niña (fase fria) sobre a precipitação:
DJF JJA DJF JJA Conseqüências variam com a intensidade do ENOS !!! EL NIÑO Jato subtropical intenso (ondas de calor) Bloqueios - frentes frias semi-estacionárias no extremos sul --> excesso de chuvas; - inverno mais ameno (- geadas) - setor leste do NEB (Dipolo Negativo) LA NIÑA Passagens rápidas de frentes frias - secas no centro-sul da AS (SET-FEV); - outono = massas de ar polar mais fortes (queda T) ; inverno chega antes - frentes chegam ao NEB (litoral BA, SE, AL)
8 - Dipolo do Atlântico Padrão térmico inverso = grad. Térmico inter-hemisférico (ATL EQUAT) = deslocamento N-S da ZCIT. Exemplo : Dipolo Positivo EN TSM MAIS QUENTES Prejuízos: perdas na agricultura de sequeiro, na pecuária, na oferta de energia elétrica, comprometimento do abastecimento de água para a sociedade e os animais
Apesar dos avanços tecnológicos e científicos ocorridos nos últimos tempos, o climaainda é uma variável muito importante para a agricultura, pois pode trazer sérias conseqüências na: • produtividade das culturas; • adaptação e prática do uso do solo; • incidência de pragas e doenças; • distribuição geográfica das culturas ; • afetar o transporte, preparo e armazenamento dos produtos.