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Estimulação Precoce para crianças com Deficiência Intelectual/Mental (0 a 6 anos de idade) ;. Prof. Marcelo Novais Psicólogo Mestre em Educação. OBJETIVOS DO ENCONTRO.
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Estimulação Precoce para crianças com Deficiência Intelectual/Mental (0 a 6 anos de idade); Prof. Marcelo Novais Psicólogo Mestre em Educação
OBJETIVOS DO ENCONTRO • Rever as principais teorias do desenvolvimento humano. Abordagens em psicologia do desenvolvimento e aprendizagem (Piaget, Vygotsky, Walon, Teoria Comportamental e Psicanalise). • Abordar o TGD na perspectiva da Inclusão Escolar. • Ressaltar a importância da estimulação precoce em casos de TGD. O papel da família. • Apontar programas de estimulação precoce para crianças com TGD. Estimulação de crianças de 0 a 6 anos: aspectos motores, sensoriais, sociais e educacionais. • Sistematizar o processo de avaliação no trabalho docente (A importância do registro do trabalho do professor responsável pela estimulação da criança);
Aprendizagem e desenvolvimento: Piaget • JEAN PIAGET (1896- 1967) • Princípios que fundamentam sua teoria: • Construtivismo – conhecimento resulta da ação do sujeito sobre objetos do conhecimento. • Interacionismo – conhecimento resulta de trocas realizadas pelo sujeito com o meio ou com os objetos de conhecimento (idéias, sentimentos, valores, crenças)
Piaget • Princípios que fundamentam sua teoria (cont): • Estruturalismo – construção vai além dos conteúdos da interação, constrói-se a capacidade de pensar, de organizar, de conhecer. Ou seja, as próprias estruturas mentais, vão, durante o processo de construção de conhecimentos, tornando-se cada vez mais complexas. • Genético – associado à idéia de gênese, de evolução. Entre uma estrutura (ponto de partida) e uma estrutura mais complexa (ponto de chegada) temos um processo de construção. A construção de uma nova estrutura se dá, necessariamente, pela conservação e superação da estrutura anterior.
Piaget: etapas do desenvolvimento • Desenvolvimento humano segue etapas sucessivas e universais. • Sensório-motor: nascimento até 18/24 meses. Presença da inteligência, mas não do pensamento, período da percepção, sensação e do movimento. • Inteligência – solução de um problema novo (coordenação de um meio para atingir um fim), • Pensamento – inteligência interiorizada, apoiada sobre o simbolismo. • Pré-Operatório: 2 anos até 7/8 anos. • Realiza no plano da representação o que foi construído anteriormente. • Função simbólica – linguagem – comunicação • Egocentrismo (reconhece, assume, percebe o seu ponto de vista) • Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação – finalismo • Jogo simbólico = faz de conta, imaginário • Animismo – características humanas a seres inanimados • Realismo – materializar suas fantasias • Artificialismo – explicar fenômenos da natureza através de atitudes humanas
Operações Concretas: 7/8 anos até 12/15 anos • Reorganiza, interioriza, antecipa ações • Diferencia real e fantasia • Estabelece relações e admite diferentes pontos de vista • Tem noções de tempo, velocidade, espaço, causalidade • Operações Formais: 12 anos • Lógica do discurso. Raciocínio sobre enunciados verbais, raciocinar sob o ponto de vista do outro. Raciocínio hipotético-dedutivo. • A construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que provocam o desequilíbrio. • Esquemas conceituais abstratos • Valores pessoais Ana Maria Klein
Para explicar como e por que ocorre o desenvolvimento cognitivo, PIAGET usa quatro conceitos básicos: 1. esquemas São estruturas mentais com que os indivíduos intelectualmente se adaptam e organizam o ambiente.
Os esquemas podem ser examinados por meio do comportamento observável da criança; é do esquema que brota o comportamento. • Ao nascer, o bebê tem esquemas de natureza reflexa correspondentes às atividades reflexas motoras de agarrar, sugar, etc. • Nas palavras de PIAGET, o bebê terá, então, dois esquemas de sugar: um para estímulos que produzem leite e um para estímulos que não produzem leite. • A criança modifica seus esquemas e também constrói novos esquemas. • Os esquemas refletem, no indivíduo, seu nível atual de compreensão e conhecimento do mundo. • Os esquemas mentais do adulto resultam dos esquemas da criança e são mais numerosos e complexos.
2. assimilação “consiste em encaixar um novo objeto num esquema mental ou sensório-motor já existente” É o processo cognitivo de colocar novos objetos em esquemas existentes. Pela assimilação, os estímulos são “forçados” a se ajustarem aos esquemas da pessoa.
Ocorre continuamente • Um ser humano está continuamente processando um grande número de estímulos. • Esse processo possibilita ampliação dos esquemas. • A assimilação explica o crescimento da inteligência (uma mudança quantitativa na vida mental).
3. acomodação É o aspecto da atividade cognitiva que envolve a modificação dos esquemas para corresponderem aos objetos da realidade.
Na acomodação, a pessoa é “forçada” a mudar seus esquemas ou criar novos esquemas para acomodar os novos estímulos. • Ambas as ações resultam no desenvolvimento da estrutura cognitiva (uma mudança qualitativa da vida mental). • Os processos de assimilação e de acomodação, ocorrendo durante anos, irão transformar os esquemas primitivos do bebê em esquemas mais sofisticados, tais como os dos adultos.
Um bebê entra em contato, pela primeira vez, com uma argola suspensa por um cordão. Ele toca, olha, agarra, suga, balança a argola, etc. Em razão de interações com vários outros objetos no passado, a criança já possui esquemas que mobilizam e dirigem essas ações. • PIAGET diria que a argola é assimilada aos esquemas de olhar, tocar, agarrar, sugar, etc. Mas o bebê não vai apenas repetir comportamentos adquiridos anteriormente.(FLAVELL)
a) Os esquemas são ampliados para assimilar o novo objeto: a criança aprende que, além dos outros objetos, as argolas também podem ser olhadas, agarradas, sugadas, etc. b) Os esquemas são modificados à medida que o novo objeto requer alguma variação na maneira de agarrar, empurrar, sugar, etc. Assim, a criança aprende que os objetos do tipo argola são sugados de uma maneira um pouco diferente de outros objetos sugados no passado e que os objetos do tipo argola causam uma impressão visual e tátil diferente dos objetos vistos e tocados no passado.
A criança acomodou seus esquemas ao novo objeto, possibilitando acomodações novas e diferentes aos objetos que serão encontrados no futuro. As novas acomodações levam a outras mudanças na organização intelectual, e o ciclo se repete. • Porém, num único encontro entre o bebê e a argola, a mudança nos esquemas é muito limitada. Há muitos aspectos da argola aos quais a criança não se acomodará nem assimilará, por não haver nada nos esquemas presentes na criança que, naquele momento, permita isso. Por exemplo, ela não poderá apreender a argola como um objeto que pode rolar do mesmo modo que um aro, que pode ser usado como uma pulseira, que pertence à classe abstrata dos círculos, etc.
Aprendizagem e desenvolvimento: Vygotsky • LEV S. VYGOTSKY (1896-1934) Vygostsky tem como palavra-chave interação social, o que implica dizer que o desenvolvimento do indivíduo se dá através da relação com o outro, com o mundo.
O conceito de mediação simbólica trata do conceito de intermediação, da relação homem-mundo, que acontece através de duas formas: • a) Instrumentos: objetos, ferramentas criadas pela necessidade de intervenção do homem no mundo – ação. Se toda produção do homem é cultura, a encara como alargadora de possibilidades. Exemplo: o homem precisava percorrer grandes distâncias, inventou o avião, o navio, claro que o que não está em questão é o tempo que se levou para a constituição final destas invenções, mas sim, da necessidade atendida através da idealização. • b) Signos / símbolos: são representações. Exemplo: o símbolo de masculino e feminino. Sentido, significado objetivo. Esta é a primeira categoria. Na segunda, os símbolos demandam abstrações mais elaboradas, internalizadas, reflexivas. Exemplos: noção de tempo. E quando dizemos a palavra mesa. Uma pessoa que escuta já traz em sua memória um desenho qualquer de mesa, a idéia do que é uma mesa, para que ela serve.
A linguagem, contemplada como instrumento do pensamento, tem duas funções: • Comunicação: expressão, intercâmbio social. • Categorização: de classificação, conceituação do mundo: representa inteligência prática.
Zona de desenvolvimento proximal • Conceitos atrelados: conhecimento real e conhecimento potencial • Conhecimento real é aquele em que há o domínio, aquilo que se conhece, sabe, articula. É passado. Exemplo: sei fazer arroz. • Conhecimento potencial é aquele que se pode dominar com a ajuda de outro mais experiente, por exemplo: apesar de saber fazer arroz, só consigo fazer risoto com a ajuda de minha avó, pois ela organiza toda a seqüência da receita para que eu não me perca.
A distância entre o conhecimento real e o conhecimento potencial é chamada de zona de desenvolvimento proximal. É o “lugar imaginário” onde o professor deve atuar no aluno. Se tivermos 42 alunos numa sala de aula, teremos 42 z.d.ps diferentes.
HENRI WALLON • 1879: Henri Wallon nasceu em Paris, França. Graduou-se em medicina, psicologia e filosofia. • 1914-1918: Atuou como médico na Primeira Guerra Mundial ajudando a cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátricos. • 1925: criou um laboratório de psicologia biológica da criança • Ao longo de toda a vida, dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da inteligência nas crianças.
Defendeu a idéia da compreensão da criança completa, concreta, contextualizada, vista de forma integral, isto é, não mais encarada como um adulto em miniatura, mas sim, como um ser numa etapa de especificidades. Segundo ele são quatro os campos funcionais que visualizam a criança de modo “integrado”:
1. As emoções: manifestação afetiva, relação = interação criança e meio onde está inserida. • 2. O movimento: primeiro sinal de vida psíquica. Vislumbrada em duas dimensões: • a) expressiva: base das emoções, de expressão. • b) instrumental: ação direta sobre o meio físico, concreto. Voluntário.
3. A inteligência: 1º momento = sincretismo = misturar as coisas, confusão = não separa qualidade do objeto. Exemplo: criança de dois anos que tem um colega cujo nome da mãe é o mesmo da sua, não aceita a idéia (o nome Maria é da sua mãe, não da mãe do outro). • Com as experimentações da criança sobre o mundo, progressivas diferenciações ocorrem, o que proporciona o ampliar de seu repertório de categorizações. Isto não quer dizer que nunca mais, após a infância, estejamos sujeitos ao “sincretismo”. As grandes invenções, as diferentes idéias surgem de momentos de sincretismo, de mistura, de confusão, de possibilidades, de criatividade. • 2º momento = pensamento categorial = conceitual (acontece na idade escolar) possibilidade de pensar o real por meio de categorias, diferenciações, classificações.
4. A construção do “eu” como pessoa: Como constrói a consciência de si. Inicialmente o indivíduo está na fusão emocional – No útero materno, necessidades alimentares ou posturais têm satisfação automática. Pós nascimento mamãe e bebê ainda são encarados como um todo, o que representa para WALLON alto grau de sociabilidade – ela e outro = um só, para depois o indivíduo perceber-se enquanto único, o que nomeia processo de individuação. • É caracterizado de duas formas:
- imitação do outro = maneira de “incorporar o outro”, o outro como modelo, referência. • - negação do outro = para perceber o limite “eu-outro” manifesto meu ponto de vista através de condutas de oposição, o que representa a expulsão do outro em si mesmo. • Picos desta constituição acontecem com 3 e 13 anos, aproximadamente, apesar da considerar que esta diferenciação “eu-outro” nunca é completa, total, ocorre durante toda a vida. • Pode-se assumir, segundo WALLON que a relação destes quatro campos funcionais não é sempre de harmonia, mas sim, de conflito.
Contribuições da teoria de Wallon na Educação • O meio, que inclui os objetos físicos e as relações humanas, é de extrema importância para o desenvolvimento da pessoa. Neste sentido, é de fundamental importância que o ambiente físico das instituições de Educação Infantil seja planejado e estruturado de acordo com as características e possibilidades das crianças; • O papel do outro na construção do conhecimento é indiscutível. Dessa forma, as interações da criança com a professora e com as outras crianças tornam-se condição para a construção não só de conhecimentos, mas da sua personalidade como um todo.
O professor deixa de ser o agente exclusivo de informação e formação das crianças, uma vez que a interação com as outras crianças também assume um papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem de cada uma delas. Seu papel, contudo, é de extrema importância já que é ele quem irá possibilitar e mediar as interações das crianças entre si e delas com os objetos de conhecimento; • A prática pedagógica precisa ser pautada nas necessidades das crianças como um todo e promover o seu desenvolvimento em todos os aspectos: afetivo, cognitivo e motor.
O movimento é imprescindível ao desenvolvimento da criança. Dessa forma, as instituições de Educação Infantil devem prever espaços onde elas possam realizar movimentos amplos como correr, pular, rolar… e as professoras devem ser flexíveis em relação à disciplina motora não exigindo, por exemplo, que as crianças permaneçam muito tempo na mesma posição; • A brincadeira também assume um lugar essencial no desenvolvimento da criança e, dessa forma, as professoras precisam programar atividades em que elas possam usufruir desses espaços e prever tempo suficiente para que as brincadeiras surjam, se desenvolvam e se encerrem;
A emoção ocupa um lugar privilegiado no desenvolvimento do sujeito, em especial da criança pequena e, portanto, verifica-se a necessidade de uma boa relação afetiva entre a professora e a criança no contexto da Educação Infantil; • Os conflitos, crises e contradições são pontos fecundos para a compreensão da pessoa humana. Sabendo da importância e necessidade das condutas de oposição da criança em relação ao outro para o processo de construção de sua personalidade a professora pode atribuir um valor positivo ao conflito e procurar estratégias pedagógicas para contornar as situações que envolvem maior descontrole emocional.
Aprendizagem e desenvolvimento: Skinner • Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) • Pressupostos behaviorismo (expressividade anos 50). • Behaviorismo (behavior, comportamento - em inglês) • estudo do comportamento tomado como um conjunto de reações dos organismos aos estímulos externos. • Possibilidade de controlar e moldar o comportamento humano. • Comportamento é determinado pelo ambiente
SKINNER: teoria Teoria Construída a partir do que é cientificamente observável. Não considera conceitos centrais para outras teorias como: consciência, vontade, inteligência, emoção e memória — os estados mentais ou subjetivos.
SKINNER: aprendizagem • Processo de aprendizado • mudança do comportamento através do condicionamento operante • Conceito-chave • - condicionamento operante: processo de aprendizagem através do qual uma resposta se torna mais provável ou mais freqüente. • Modelagemde um novo comportamento • –Pelo reforço: conseqüência de uma ação quando percebida por quem a pratica. • –Reforço positivo – recompensa - Reforço Negativo - ação que evita uma conseqüência indesejada.
PSICANALISE • A Teoria de Freud enfatiza uma seqüência de estágios no desenvolvimento da libido • Os processos psicológicos parecem estar sempre paralelamente aos processos fisiológicos básicos • Dizemos que as teorias psicológicas são anaclíticas (suportadas) ao biológico
Freud fala basicamente em dois processos maturacionais: - o desenvolvimento psicossexual (LIBIDO)- fonte de gratificação sexual em diferentes zonas - maturação do ego - ego se diferencia da personalidade global do recém–nascido, aumento do princípio da realidade e dos processos secundários, aparecimento dos mecanismos de defesa e compreensão das relações interpessoais.
O desenvolvimento do ego representa maturação cognitiva (Piaget), o desenvolvimento psicossexual representa maturação afetiva • Libido é a energia afetiva original que mobiliza o organismo na perseguição de seus objetivos e que sofrerá progressivas organizações durante o desenvolvimento, cada uma das quais suportada por uma organização biológica emergente no período • A libido é uma energia voltada para a obtenção de prazer
É definida como uma energia sexual, num sentido amplo, caracterizando cada etapa de desenvolvimento numa fase Psicossexual do Desenvolvimento • O conceito de fase pressupõe a organização da libido em torno de zonas erógenas definidas, dando uma modalidade de relação ao objeto • As fases do desenvolvimento psicossexual organizadas pela libido são: fase oral, fase anal, fase fálica, período de latência e fase genital
Tendência natural para o desenvolvimento sucessivo das fases, mas se num dado momento a angústia é muito forte, o Ego é obrigado a mobilizar mecanismos para enfrentá-la • Isto cria um Ponto de Fixação, um momento no processo evolutivo no qual paramos, por não poder satisfazer um desejo, e onde também paramos porque aí deixamos energia imobilizada • Na fase adulta isso aparecerá como um processo chamado Regressão – voltar ao desejo que não foi satisfeito (fantasia infantil)
FASE ORAL • No recém-nascido, a estrutura biológica sensorial mais desenvolvida é a boca • Libido concentra-se na boca e áreas próximas • É pela boca que começará a conhecer o mundo • É pela boca que fará sua primeira e mais importante descoberta afetiva: o seio • Que é o seu primeiro objeto de ligação, depositário de seus amores e ódios
O seio já existe para a criança quando ainda não consegue reconhecer o objeto total: a mãe • A relação da criança com a mãe está relacionada com a relação estabelecida com o seio • A redução da tensão é alcançada pela amamentação, provocando prazer de natureza sexual • Narcisismo primário: não há relação com objetos externos, o mais importante nessa fase é a redução das necessidades do organismo
Incorporação: primeira forma de conhecer o mundo • Primeiro subestágio: oral passivo ou etapa oral de sucção, incorpora o que é dado e visa aprender o mundo (mãe, seio) • Segundo subestágio: oral ativo ou agressivo, ou oral sádico-canibal, coincide com o início da dentição. Posição ambivalente: amar- incorporação, mastigar-destruição.
FASE ANAL • Início aos dois anos, mais ou menos, a libido passa da área oral para a anal • Maturação psicomotora, andar, falar e o controle dos esfíncteres, movimento de pinça com as mãos • Libido organiza-se sobre a zona erógena anal
Dois processos básicos estão se organizando na evolução psicológica: • Fantasias da criança sobre seus primeiros produtos • E como se relaciona com o mundo através desses produtos (andar, falar e fezes) • Duas modalidades de relação serão estabelecidas: projeção e controle
Os produtos anais são objetos que vêm de dentro do próprio corpo, são de certa forma parte da criança, geram prazer ao serem produzidos • Muitas vezes durante o treino dos esfíncteres, as fezes são dadas como presente aos pais • Quando o desenvolvimento é normal, quando a criança ama e sente que é amada pelos pais, cada elemento que ela produz é sentido como bom e valorizado
O sentimento básico que fica estabelecido e levará para as etapas posteriores é a de que seus produtos são bons, ou seja, um sentimento geral de adequação • Etapas anais: • Anal expulsivo: etapa inicial é biologicamente caracterizada pelo domínio da expulsão das fezes, relacionado com os mecanismos psicológicos da projeção • Anal retentivo: ligado ao controle dos esfíncteres, relacionado aos mecanismos psicológicos de controle
FASE FÁLICA • Por volta dos três anos • Libido passa a se localizar na região genital, crianças se interessam pelos genitais e costumam se masturbar neste período • Aparece a preocupação com as diferenças sexuais, mas as pessoas dividem-se em possuidoras ou não do FALO
Fantasia masculina é no pênis, a feminina é no clitóris, imaginando que este é um pênis pequeno, que ainda vai se desenvolver • Logo a realidade irá mostrar que apenas o homem é possuidor do pênis, ficando a mulher na condição de castrada • Esta configuração primitiva do pensamento sexual infantil fornecerá as bases diferenciais das organizações psicológicas masculina e feminina
O menino passa pela ansiedade da castração, medo de perder o pênis (falo, poder) • A menina experimenta a inveja do pênis • Acontece o Complexo de Édipo • O desejo deve ser satisfeito pelo sexo oposto. A criança ama o genitor do sexo oposto, sente que isso é proibido e se sente ameaçada • Para resolver o conflito e aliviar a ansiedade, a criança se identifica com o genitor do mesmo sexo, introjetando suas características, o papel social e os valores morais.
PERÍODO DE LATÊNCIA • Repressão da energia sexual posterior a resolução do Complexo de Édipo • Início da repressão sexual, mas não pode ser totalmente reprimida ou eliminada porque é constantemente gerada • A energia sexual é canalizada para outros fins (sublimação), como o desenvolvimento intelectual e social de criança