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Cenários para a Economia Brasileira 2006/2007 José Márcio Camargo Tendências Consultoria Integrada. Junho 2006. Estrutura da Apresentação. Cenário eleitoral - 2006 Cenário econômico - 2006 Cenário político e econômico - 2007. Cenário para 2006. Cenário Político I.
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Cenários para a Economia Brasileira 2006/2007José Márcio CamargoTendências Consultoria Integrada Junho 2006
Estrutura da Apresentação • Cenário eleitoral - 2006 • Cenário econômico - 2006 • Cenário político e econômico - 2007
Cenário Político I • Polarização entre o presidente Lula e o candidato do PSDB, ex- governador Geraldo Alckmin; • A manutenção da verticalização, forçando as alianças regionais a repetirem a aliança nacional, inviabilizou a candidatura candidatura própria do PMDB e tirou Garotinho da disputa; • A força de Lula se concentra entre os mais pobres e menos instruídos. Isto parece ser o resultado de uma política econômica e social que favoreceu este grupo de eleitores, como os dados da PNAD de 2003 e 2004 mostraram; • Fatores relevantes são a queda da inflação, do desemprego, crescimento da economia por três anos seguidos, aumento da renda real, bolsa-família, crédito ao consumidor, consumo, etc. • E os resultados tendem a melhorar ainda mais ao longo de 2006
Evolução do Nível de Emprego2004/2006 Variação % 2004: 3,2% 2005: 3,0% 2006: 2,2% (projeção) Dados mensais até Mai/06. Fonte: IBGE
Evolução da Massa de Rendimentos2004/2006 Var. Real % 2004: 3,5% 2005: 5,3% 2006: 5,2% (projeção) Fonte: IBGE
Evolução do Crédito Pessoal2003/2006 Var. Real % 2004: 32,3% 2005: 38,2% 2006: 24,5% (projeção) Em R$ bilhões (deflacionado e dessazonalizado). Dados mensais até Mai/06. Fonte: Banco Central.
Desempenho Regionalcomércio e rendimentos - 2005/2004 Fonte: IBGE
Cenário Político II • Isto significa que a popularidade do presidente é sólida e não está relacionada à falta de informação. As pesquisas mostram que os deslizes éticos são conhecidos de mais de 80% da população, mas parece que, pelos menos os pobres, pretendem “votar com o bolso”; • Isto sugere que a disputa será entre o presidente e o candidato do PSDB, mas que o presidente é claramente favorito neste momento; • Esta polarização será boa para a economia pois as linhas mestras da política macroeconômica dos dois partidos são muito similares, o que nos permite prever baixo risco de volatilidade e poucas mudanças a partir de 2007; • A principal diferença está na velocidade das reformas que parece ser maior no caso da eleição do ex-governador Alckmin, políticas de longo prazo mais adequadas (agências reguladoras, educação, etc.) e ajuste fiscal mais eficiente. Isto que geraria maior crescimento no futuro;
Possibilidades do Ex-governador Alckmin • A principal vantagem do ex-governador Geraldo Alckmin são os fortes palanques nos dois principais estados do país, São Paulo e Minas Gerais, na região sul e nos dois maiores colégios eleitorais do nordeste (Bahia e Pernambuco); • A invasão do MLST e declarações um pouco infelizes do Presidente podem prejudicá-lo durante a campanha • Mas a campanha precisa apresentar propostas que sejam capazes de contrabalançar os “feitos” do governo Lula; • O programa de governo foi lançado no final da semana passada e, apesar de apresentar algumas idéias boas, é ainda tímido para reverter o quadro eleitoral; • Mas a campanha ainda está em seu começo e, portanto, ainda muito indefinida. Alckmin tem hoje a mesma percentagem de intenções de votos que o ex-prefeito José Serra conseguiu na eleição de 2002. Ele começa onde Serra acabou;
Cenário Econômico - 2006 • O cenário econômico para 2006 é também bastante positivo: • Inflação em baixa; • Juros em queda; • Crescimento do crédito e do consumo das famílias; • Crescimento do emprego e da renda; • Eliminação da restrição externa devido à redução da dívida; • Crescimento do PIB.
A Eliminação do Problema Externo • O governo tem se aproveitado da grande liquidez internacional para reduzir a vulnerabilidade externa da economia brasileira; • Neste processo, reduziu a dívida externa e aumentou o volume de reservas internacionais de forma substancial; • O país deverá recomprou os títulos Bradies em abril de 2006, além de recomprar mais US$ 20 bilhões de títulos que têm vencimento no curto prazo e ter acumulado cerca de US$ 60 bilhões de reservas; • Com isto, as necessidades de recursos para o pagamento de amortização e juros da dívida pública irão se reduzir drasticamente no futuro, diminuindo os riscos decorrentes de uma redução da liquidez internacional devido a um possível aumento das taxas de juros nos Estados Unidos;
Cenário de inflação da Tendências Inflação do IPCA acumulada em 12 meses Selic final 2006: 14.00% Câmbio final 2006: 2.20 12 meses findos em: Meta Cheio o 5.1% 5.7% 2005 - 4 trimestre o 4.9% 4.9% 2006 - 1 trimestre o 4.8% 4.4% 2006 - 2 trimestre o 4.6% 4.6% 2006 - 3 trimestre o 2006 - 4 trimestre 4.5% 4.3%
Cenário Político - 2007 • Existe algum receio de que um segundo mandato do presidente Lula será caracterizado por elevado nível de conflito político, paralisia legislativa e dificuldade de governar, e que isto poderá gerar um ambiente de menor responsabilidade fiscal e maior leniência na política monetária; • Existem dois cenários possíveis: • O Presidente Lula é re-eleito com o PT enfraquecido e o ex-prefeito José Serra é eleito governador de São Paulo; • O Presidente Lula é re-eleito, o PT continua forte, e o Senador Aloísio Mercadante é eleito governador de São Paulo; • No primeiro cenário, considerado o mais provável por todos os analistas, o receio é de que o presidente não terá condições de governabilidade, tendo um segundo mandato caracterizado pelo conflito com o Congresso; • Na verdade, neste caso, os incentivos todos apontam na direção oposta;
Incentivo à Negociação • Um PT fraco significa que o presidente terá que buscar uma coalizão para governar, reduzindo o poder de seu próprio partido na coalizão. Isto aumenta a importância do PMDB no próximo governo e desloca o governo para o centro do espectro político; • O segundo ponto importante é que o presidente não terá um “herdeiro natural”. Isto levará a disputa de 2010 para o campo do PSDB, que teria dois candidatos possível, Aécio Neves e José Serra; • Por outro lado, o PSDB, principalmente o PSDB de São Paulo, estará enfraquecido por duas derrotas consecutivas para o Presidente, o que deverá fortalecer o PSDB mineiro e, principalmente, o Governador Aécio Neves; • O governador já se lançou candidato a presidente em 2010, independentemente de quem for eleito em 2006. Do ponto de vista de Aécio, o pior seria um desastre no segundo mandato pois o anti-Lula seria o governador José Serra;
Para onde Vai o Governador Aécio Neves • O incentivo para o governador é levar pelo menos parte do PSDB a apoiar o presidente e manter a governabilidade diminuindo os conflitos hoje existentes; • O discurso do governador mineiro na solenidade de entrega da Medalha Tiradentes ao governador petista Jorge Viana é sugestivo da direção que ele tomará caso Lula seja re-eleito: • “Nós hoje vivemos uma absurda radicalização do processo político que, como digo sempre, deriva muito da radicalização nascida em São Paulo. O Brasil paga um preço caro por isso. Eu quero ainda estar vivo para ver um grande projeto nacional vir a ser construído, no qual possam estar setores importantes do PT, do PSDB e de outras forças que já estiveram juntas no passado, na luta pela democracia”;
PT Forte pode Gerar Governo Conflituoso • Ou seja, Lula governaria com uma parte substancial do PMDB, do PSDB e os partidos pequenos, que sempre apóiam o governo, ficando o PSDB paulista e o PFL na oposição; • Certamente, um governo Alckmin teria maior apoio no Congresso, mas o apoio a um governo Lula não seria desprezível; • O segundo cenário é mais problemático. Se, apesar dos escândalos, o PT conseguir sair forte das eleições deste ano, e se o Senador Mercadante conseguir se eleger governador de São Paulo, teremos um PT mais forte e um “herdeiro natural” para Lula; • Neste caso, o PT ocuparia um espaço muito grande no próximo governo e as probabilidades de aliança com o PMDB e de cooperação do PSDB seriam muito menores; • A oposição seria dura e os conflitos persistentes;
“Em Time que está Ganhando não se Mexe” • Por outro lado, do ponto de vista econômico, não existe uma demanda na sociedade por mudança na política adotada até o momento. Pelo contrário o apoio é substancial; • E, se nosso cenário efetivamente se materializar, este apoio deverá aumentar ao longo do ano, como vem ocorrendo; • Neste contexto, dificilmente o presidente mudaria a política econômica que está dando certo em todos os sentidos: crescimento do PIB, inflação em baixa, melhor distribuição da renda, redução da pobreza, etc. • Afinal, para usar uma analogia futebolística muito ao gosto do presidente, “ em time que está ganhando não se mexe”. Neste contexto, o pior cenário é algo similar ao primeiro mandato, com menos eficiência.
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