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Clima Urbano. Maior parte da população mundial (inclusive brasileira) vive em centros urbanos, justificando o estudo com vistas ao entendimento do clima criado nesses centros, que apresentam inúmeras peculiaridades Meio urbano:
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Clima Urbano Maior parte da população mundial (inclusive brasileira) vive em centros urbanos, justificando o estudo com vistas ao entendimento do clima criado nesses centros, que apresentam inúmeras peculiaridades Meio urbano: • Espaço remodelado pelo homem no qual os vários elementos primários, orgânicos e inorgânicos – entre eles o ser humano- são afetados por esses novos padrões • modificações refletem-se na própria composição da atmosfera, e portanto no seu comportamento • atmosfera da cidade: um dos elementos mais atingidos no processo de urbanização
Expansão urbana: ao apropriar-se de novos espaços impõe uma nova estruturação horizontal na ocupação, alterando a cobertura original e incorporando novos elementos nova dinâmica no lugar • aumento do tamanho físico: acompanhado por crescimento demográfico, interesses imobiliários e muitas vezes ausência de políticas públicas de ordenamento do território verticalização, um dos principais agentes modificadores do meio urbano, contribuindo para que o indivíduo perca a noção de espaço (o horizonte não está a vista) • impõe uma rugosidade peculiar, formando corredores de circulação artificiais (“canyons urbanos”, Oke, 1981) alterando o padrão climático
Estudos de clima urbano visam: • avaliar o papel da urbanização na criação de um ambiente climático especial: sistema aberto, singular, complexo, evolutivo caráter aplicativo, com vistas ao planejamento do espaço territorial • crescimento das cidades incompatível com a conservação do ambiente • destacar a associação dos fatos atmosféricos aos demais atributos geográficos na organização urbana • Primeiros estudos: civilizações grega, romana; também na Idade Média. Grandes impulsos: advento da instrumentação e após a 2a GM
Estudos de clima urbano: encaram a urbe como um ecossistema peculiar: • produção e consumo de energia secundária / importação e canalização de água e de outros materiais / alterações no solo e na topografia (pavimentos, cortes, escavações)/ contaminação do ar, água e solo / mudança na fauna e flora (+ adaptadas, - autóctones) alteração da rugosidade temperatura, pressão atmosférica, ventos (direção e velocidade), albedo, turbulência, convecção, umidade, evaporação, evapotranspiração, nebulosidade, precipitação • Principal diferença entre atmosfera urbana e rural: composição, sendo muitos dos componentes catalizadores, i.e., propiciam reações químicas
situações atmosféricas: mais ou menos propícias para a dispersão de poluentes • AP de inverno: induz inversão térmica, + pronunciada no começo do dia; concentração de 03: > no meio do dia • determinados sítios urbanos: favorecem a dispersão • balanço de radiação e hídrico da cidade: bastante diferenciado • cidade: além da radiação solar: calor antropogênico (indústria, transporte, calefação, iluminação...) • radiação de onda curta incidente: alterada (até 20% <) • aumento da radiação difusa, diminuindo a visibilidade e percepção das cores • altera a reflexão de acordo com o tipo e cor dos materiais e da geometria da cidade, em geral < • menos vegetação < evaporação/ evapotranspiração
Ilha de Calor: termo usado pela 1a. vez em 1958 cidades mais quentes do que seus arredores, especialmente após o por do sol e no inverno, com isotermas concêntricas ao redor do centro urbano • armazenamento de calor de dia devido às propriedades térmicas dos materiais urbanos, com devolução noturna • produção de calor antropogênico, > de dia • diminuição da evaporação • > absorção de calor (materiais, cores...) / < albedo • aumento da radiação de onda longa recebida e emitida • intensidade e forma em dependência: • hora, estação fatores meteorológicos (vento, nebulosidade...), sítio
Temperatura em Melbourne, Austrália, em uma noite clara e calma (ilha de calor configurada no centro da cidade)
Conseqüências: • meteorológicas: convecção urbana pelo aquecimento, > nebulosidade e precipitação (< nival, mas chuvas ácidas), criação de brisa urbana (periferia-centro), > temperatura, < UR (ilhas de secura) • socioeconômicas: < calefação em áreas frias, > demanda de refrigeração no verão, aumento de doenças respiratórios, preço da terra,característica da habitação... • biológicas: espécies adaptadas em detrimento das originais; alteração no período de florescimento, proliferação de aves, insetos vetores de doenças... Vegetação urbana: importante papel no conforto, com grandes interferências na radiação, temperatura, umidade, ventos, etc. Propicia filtragem de partículas e gases contaminantes e interfere nas condições hidrológicas e pedológicas