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XI Curso Nacional de Atualização em Pneumologia SBPT/2010 – Rio de Janeiro Mesa – DPOC I DISPOSITIVOS NA DPOC GRAVE Dr Luiz Fernando Ferreira Pereira luizffpereira@uol.com.br H. Clínicas da UFMG H. Biocor e H. Lifecenter.
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XI Curso Nacional de Atualização em PneumologiaSBPT/2010 – Rio de JaneiroMesa – DPOC IDISPOSITIVOS NA DPOC GRAVEDr Luiz Fernando Ferreira Pereiraluizffpereira@uol.com.brH. Clínicas da UFMGH. Biocor e H. Lifecenter
Dispositivos inalatóriosUma questão de conhecer, saber escolher, ensinar e checar a técnica!
Dispositivos inalatóriosTemos de mudar a realidade absurda!* Muitos profissionais não conhecem e não sabem usar * Redução progressiva das orientações de uso nas nas diretrizes e livros
VIA INALATÓRIA CONSIDERAÇÕES GERAIS • AEROSSOL • heterodisperso • respirável 1 a 5 • deposição por sedimentação • deposição 6 a 68% impactação sedimentação difusão • EFEITO DIRETO SOBRE A MUCOSA • uso de baixas doses • poucos efeitos adversos
UM PASSADO NÃO MUITO DISTANTE! 1892 1892
Um passado não muito distante! Compressor elétrico 1930
A ERA MODERNA DOS DISPOSITIVOS Década de 90 Década de 50 1956 Décadas de 80 e 90 Década 60 Spinhaler Década 70 Rotahaler
Dispositivos introduzidos no Brasil nos últimos 10 anos 2HFA 2009
Device Selection and Outcomes of Aerosol Therapy: Evidence-Based Guidelines. ACCP/ACAAI.Myrna B. Dolovich et al..CHEST 2005 Estudos: 394 controlados e 59 analisados Várias metanálises: Não há diferençassignificativas entre os dispositivos quando são usados corretamente. • Bases paraseleção dos dispositivos: • disponibilidadedispositivo/medicamento • dispositivomaisadequado a idade/gravidade • habilidadeparausarcorretamente • custo-efetivooudisponível no sistemasaúde • mais de um medicamento – usarmesmotipodispositivo • durabilidade, portabilidade, usodomicílio/hospital • preferência de médico e paciente
ERROS USO DISPOSITIVOS - MUNDO REAL N = 3811. 50 ± 20 anos. > 95% asma ou dpoc. Preparo dose Disparo/ inspiração ERROS CRÍTICOS No mínimo um erro grave N = 769 728 894 552 868 ≥ 1 erro: 54% 55% 49% 76% 54% Molimard M. J Aerosol 2003.
Dispositivos ideal. Vamos respeitar a opinião dos pacientes! Serra-Batlles. 2002. J Aerossol Med. N 169
USO DE DISPOSITIVOS EM ASMA E DPOC HC Ribeirão Preto. N = 60 asma e 60 DPOC. Maioria aerolizer. 94% ≥ 1 erro de técnica Souza M. JBP 2009
Como avaliar a eficácia dos dispositivos ? DEPOSIÇÃO AEROSSOL MARCADO impactadores, gástrica x pulmonar, central x periférica FARMACODINÂMICO carvão ativado, biodisponibilidade sistêmica x pulmonar CLÍNICO-FUNCIONAL sintomas, q. de vida, função pulmonar, curva de dose resposta Pereira LFF. Anais Sítio Eletrônico SBPT 2006-08 sbpt.org.br
Comparação clínico-funcional • FUNDAMENTAL • dose medicamentos - platô curva dose resposta reduz diferenças • técnica de uso adequada • carga eletrostática de espaçadores • padrão respiratório • amostra adequada - N, grau de obstrução • MÉTODO DE AVALIAÇÃO • função pulmonar, sintomas, q. de vida, eixo adrenal • MAGNITUDE DO EFEITO • significante (estatístico) x significativo (valor clínico)
Estudos: In vitro X In vivonem sempre maior deposição significa maior efeito! Borgstron L. AJRCCM 1996. DC, Cru, N 13. Terbutalina. Turbuhaler deposita dobro do AD. Mellén A. AJRCCM 1999. Dc, Cru, N 20. Salbutamol. Curva dose resposta turbuhaler = AD Agertoft L. AJRCCM 2003. DISKUS X TURBUHALER. N 15. Turbuhaler deposita 4 vezes mais do que diskus Arvidsson P. RespirMed 2000. DISKUS X TURBUHALER. Asma. CRU.Efeito salbutamoldiskus = turbuhaler (d 1,8%)
NEBULIZADORES DE JATOeficazes mas ultrapassados! • PRINCÍPIO – efeito Bernouille • INDICAÇÕES DE USO DECRESCENTES • PADRONIZAÇÃO DÉBITO • FLUXO AR OU O2: 6 a 8 l/m • DILUENTE: 3 a 4 ml • PADRÃO DE RESPIRAÇÃO • USO DE MÁSCARA? • USO DE MISTURAS EM VOLUME CORRENTE • BARULHO, CUSTO, MANUTENÇÃO E LIMPEZA A nebulização não deve durar mais de 10 min Pereira LFF. J Pneumol 1998 - revisão Deposição Orofaringe 1% Pulmões 10% Exalado 15% Copinho 75%
TEMOS DE SABER ESCOLHER E POSICIONAR A MÁSCARA! Dean RH Respiratory Care 2008
NEBULIZADORES DE JATO E COMPRESSORES ELÉTRICOS VANTAGENS . uso em volume corrente . uso em obstrução grave . uso de mistura de drogas . pouca deposição orofaringe . alta % aerossóis respiráveis DESVANTAGENS . tamanho . alto custo inicial . fonte energia ou gás . fazem muito ruído . débito muito variável . demora inalar dose
AEROSSOL DOSIMETRADO Droga, propelente, surfactante • 2 gerações: CFC e HFA • Surfactante, lubrificantes Pressão 4 vezes a atmosférica Após disparo aerossol • 40 e 30 m/s (CFC) • Dois grandes problemas • técnica de uso • número de doses restantes Exalado 1% Aparelho 9% Pulmões 10% (CFC) Orofaringe 80%
GASES CFC Uma molécula cloro destrói 100.000 de ozônio Meia vida 100 anos na estratrosfera (20 a 25 km da terra) Buraco ozônio - 1985 1o relato, 1997 tamanho da Europa (Exposição RUV: Alterações pele, lesões oculares, ecossistema ...) Protocolo Montreal ratificado por 193 países em 2002 Brasil (31/12/2010) – limite produção medicamentos CFC
Jato CI CFC HFA TÉCNICA DE USO MAIS FÁCIL Menor necessidade coordenação, pausa e uso espaçador • Maior temperatura congelamento • Menor velocidade do jato • Menor partícula - solução • beclometasona, flunisolida e ciclesonide • Partícula mais homogênia • Menor meia vida na estratrosfera • Não lesa camada ozônio
Dispositivos – Diferenças CFC e HFA • Corticosteróides extrafinos • Maior deposição • Menor dose do que CFC • Sem aumento efeitos adversos • Menor custo Leach CL et al. JACI 2009.
Pequena via aérea - Silenciosa? • Função pulmonar • FEF25-75, CVF, VR • Washout nitrogênio (volume/cap. fechamento, heterogeneidade ventilação) • Resistência das vias aéreas (periférica por oscilometria de impulso) • Imagem • Tomografia – atenuação, aprisionamento aéreo • Ressonância – inalação de gás hiperpolarizado • Inflamação • Biópsia transbrônquica, FeNO, Escarro induzido Qual a definição de doença da pq via aérea (DPVA)? Qual a ligação entre a DPVA e a clínica? Quando a DPVA passa a ser relevante na história natural? Qual o papel dos aerossóis extrafinos? Contoli M et al. Allergy 2009.
ESPAÇADORES VANTAGENS • facilitam uso aerossóis dosimetrados • qualquer paciente consegue usar • permite o uso em graves e nas crises Asma/DPOC • reduzem deposição orofaringe • aumentam deposição pulmonar • tanto maior quanto pior a técnica de uso do AD DESVANTAGENS • dificuldade de transporte • manutenção e limpeza • deposição depende combinação AD/droga/técnica • custo de aquisição
ESPAÇADORES MAIS FÁCEIS DE USAR MAS COM TÉCNICA ADEQUADA! % de partículas < 5 µg que são liberadas Det cas Dean RH Respiratory Care 2008 Newman SP. Clin Pharmacokinet 2004
DPOC grave Qual a melhor técnica de uso dos espaçadores? N = 20. Vef1 41%, Id- 65 anos R, DC, cruzado. Terbutalina 1,5 mg (6j) + ipratrópio 120 mcg (6j) Técnica – 6 v. corrente X 2 inspirações profundas com pausa 10 s Todos os pacientes preferiram a inalação em volume corrente Eiser N et al. Respir Med 2001.
ESPAÇADORES - REDUÇÃO CARGA ELTROSTÁTICA AUMENTA DEPOSIÇÃO Det cas Piérart JH. Eur Respir J 1999
Contaminação dos espaçadores usados por 62 crianças asmáticas 54,8 % afirmaram receber orientações sobre limpeza 61,8% limpavam após cada uso Cohen H et al. J Asthma 2005. Em DPOC seria maior? – faltam estudos
CRISE DE ASMA: AD + ESPAÇADOR IGUAL OU MELHOR DO QUE NEBULIZAÇÃO Efeito salbutamol: 4 a 5 j via AD/espaçador ≥ 10 g via NJ Colacone A . Chest 1993. Rodrigo C. Am J Emerg Med 1998. Leversha AM. J Pediatr 2000. Duarte M. Acta Paediatr 2002. Newman KB. Chest 2002. 35 PS adultos em Londres Apenas dois usam espaçadores Mason N. Respir Med 2008
DPOC grave - Uso domiciliar de broncodilatadoresCOMPRESSOR OU AEROSSOL + ESPAÇADOR N = 19. R, DC, cruzado por 2 sem. Medicação cada 6 hs. Salbutamol 2,5 mg/ipratrópio 0,5 mg – NJ ou Salbutamol 400 mcg + ipratrópio 80 mcg - AD + espaçador Eiser N et al. Respir Med 2001.
INALADORES DE PÓ Aerossol gerado e disparado pela inspiração Mais de 30. Não disponíveis: rotahaler, clickhaler, airmix, fasyhaler, aifun, cyclovent, twisthaler, spirus, maghaler ... .... diskus Forças interação: capilar, eletrostática, mecânica e van der Walls. Superfície – quanto mais lisa melhor • Preparo dose varia com dispositivo • Técnica de uso mais simples • não requer coordenação • dependem de alto fluxo Mais de 30 tipos
INALADORES DE PÓ Conhecer para saber escolher o dispositivo mais adequado!
TURBUHALER Aerossol gerado de acordo com o padrão da respiração. Everard M. Respir Med 1997
Pico de fluxo inspiratório com o turbuhaler em pacientes graves Dewar MH. Respir Med 1999 N = 110, Dpoc/asma. Vef1 0,7 (0,2) L Pacientes muito graves conseguem usar turbuhaler mas não geram fluxo > 60 l/min necessário para deposição otimizada
Problemas com uso dispositivo após instrução! Ideal: diskus >30 L,turbuhaler >60 L, AD 25-90 L e disparo < 0,2 s Grande melhora da técnica de uso após instrução, exceto para AD e para pacientes com DPOC grave IPO: boa correlação do PIF com Pimáx, PFI e cap. inspiratória Broeders M. J Aerosol Med 2003
DPOC: uso de dispositivos – idade e gravidade 53 DPOC selecionados ao acaso. Id: 65 a 89 anos 46% pmdi, 76% prescrito espaçador (apenas 15% usando) Independente de gravidade PFI medidos pelo In-Check Dial Jarvis S et al. Age Ageing 2007.
Erros de uso dos inaladores de pó aumentam com a idade e gravidade da obstrução 224 pacientes = 22 aerolizer, 86 diskus, 32 handihaler, 109 turbuhaler % de erros essencias de técnica: A 9%, D 27%, T 35%, H 53% Erros aumentam com idade e gravidade Wieshammer S et al. Clin Invest 2007.
Erros de uso dos inaladores de pó aumentam com a idade e a gravidade da obstrução 224 pacientes = 22 aerolizer, 86 diskus, 32 handihaler, 109 turbuhaler % de erros da técnica: A 9%, D 27%, T 35%, H 53% Erros aumentam com idade e gravidade Diskus Turbuhaler Wieshammer S et al. Respiration 2007.
DPOC MUITO GRAVE CUIDADO AO INDICAR INALADOR DE PÓ N = 163, graves 62 com Vef1 < 30% Pico de fluxo inspiratório gerado com dispositivo: Treino reduz problemas em leves, mas não nos moderados/graves Al –Showair. Respir Med 2007
DPOC IDOSOS USO DE INALADORES DE PÓ Janssens W et al. Eur Respir J 2008 40 sujeitos com idade variando de 70 a 89 anos 14 controles Vef1 91 ± 11% X 26 DPOC Vef1 49 ± 20% 25% < 60 l/min 12% < 30 l/min Em idosos PFI: controles = DPOC com qualquer resistência do in-check dial
Novos dispositivos facilitarão o uso da via inalatória em pacientes mais graves Rau J. Respir Care 2005 BEC HFA SPIROS - menor dependência fluxo RESPIMAT SPIROS AD SMI IPO
A nova geração de dispositivo SEM PROPELENTE, NÉVOA SUAVE. Dalby R. Intern J Pharm 2004 Aerossol mais lento (4-10 x), com maior duração e menor tamanho Aerossol gerado pela liberação da força de uma mola
A nova geração de dispositivo SEM PROPELENTE, NÉVOA SUAVE Dalby R. Intern J Pharm 2004 Aerossol mais lento (4-10 x)
A nova geração de dispositivo SEM PROPELENTE, NÉVOA SUAVE Dalby R. Intern J Pharm 2004 Aerossol com e menor tamanho Dose liberada bastante homogênea e reprodutível
Tiotrópio em DPOC. Handihaler X Soft Mist-Inhaler van Noord JA. Respir Med 2009 N = 207 DPOC. R, DC, DD.