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Ninhos naturais de abelhas sem ferrão (Apidae, Meliponina) na Universidade Federal de Uberlândia (Uberlândia-MG). Isabel F. Aidar ¹,² , Alexandre O. R. Santos¹, Giselle A. Martins¹, Fernanda H. Nogueira-Ferreira 1
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Ninhos naturais de abelhas sem ferrão (Apidae, Meliponina) na Universidade Federal de Uberlândia (Uberlândia-MG) Isabel F. Aidar¹,², Alexandre O. R. Santos¹, Giselle A. Martins¹, Fernanda H. Nogueira-Ferreira1 1Laboratório de Ecologia e Comportamento de Abelhas (LECA) – Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – Uberlândia/MG 2 aidar.if.bio@gmail.com Introdução As abelhas sem ferrão nidificam preferencialmente em ocos de árvores, podendo ocorrer também em cupinzeiros ou em formigueiros abandonados, ninhos de pássaros desativados ou até mesmo em ocos em paredes ou no chão. A entrada do ninho é formada por um tubo de cera, cerume ou barro, cujo comprimento e forma são variáveis, o que pode auxiliar na identificação da espécie. Os meliponídeos possuem grande importância como polinizadores tanto de plantas nativas como exóticas, em áreas naturais ou urbanas. O processo de urbanização pode interferir nos hábitos de nidificação e manutenção dessas abelhas. Objetivo Analisar os hábitos de nidificação, distribuição, abundância e diversidade de ninhos de abelhas sem ferrão, no Campus Umuarama da Universidade Federal de Uberlândia (UFU–MG) . Figura 2: Frequência de ninhos encontrados por tipo de substrato Material e Métodos O Campus Umuarama localiza-se no perímetro urbano (18º 53’ 01”S e 48º 15’ 34”W), numa área de 23 ha, onde existem edificações como casas, blocos de salas de aulas, cômodos de comércio e vias de tráfego de veículos. A vegetação é composta por árvores típicas do cerrado e por plantas ornamentais introduzidas. No período de outubro de 2009 a abril de 2010, todas as ruas do Campus foram percorridas e os possíveis locais de nidificações foram vistoriados. Para cada ninho encontrado, foram registradas as coordenadas geográficas, o tipo de substrato ocupado, a altura da entrada do ninho em relação ao solo, e quando possível, o CAP (circunferência na altura do peito – valor padronizado 1,30m). A entrada dos ninhos foi fotografada. Seis operárias de cada ninho foram coletadas, alfinetadas e depositadas na Coleção Entomológica do Instituto de Biologia – UFU. Tetragonisca sp. Plebeia sp. Scaptotrigona sp. Trigona sp. Nannotrigona sp. Tetragona sp. Resultados e Discussão Foram encontrados 44 ninhos de abelhas sem ferrão, pertencentes a seis gêneros: Scaptotrigona,Trigona, Nannotrigona,Tetragonisca, Plebeia e Tetragona. (Fig. 1) Figura 3: Mapa da localização dos ninhos de abelhas sem ferrão encontrados no Campus Umuarama 25% 25% 23% 14% Tetragonisca sp. Plebeia sp. 11% Trigona sp. 2% Nannotrigona sp. Tetragona sp. Scaptotrigona sp. Figura 4: Fotos de entradas de ninhos de abelhas sem ferrão encontrados no Campus Conclusão O grande número de árvores existente no Campus Umuarama da UFU, pode estar favorecendo a prevalência dessas abelhas na região. Deste modo, o trabalho denota a importância da arborização de áreas urbanas para conservação dos ninhos de abelhas sem ferrão. Figura 1: Número de ninhos encontrados por gêneros de abelhas sem ferrão A densidade de ninhos foi de 1.91 ninhos/ha. Constatou-se que os gêneros estão distribuídos de forma homogênea, ou seja, não existe dominância entre eles (J’= 0.9). A altura média dos ninhos encontrados foi de 2.35 metros (variando de 0 a 12 m). O valor médio da circunferência (CAP) dos substratos foi 1.47 m(variando de 0.4 a 2.33 m). O maior número de ninhos foi observado em oco de árvores vivas. Entretanto, outros locais de nidificação também foram utilizados, como solo, parede, apoiados em galhos de árvore (ninho externo) em poste de energia elétrica e em poste de telefone público. (Fig. 2)