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Diagnósticos e tratamento em afecções do quadril. R3 Bruno Borges Hernandes Medicina Esportiva. Introdução. Dor proximal do membro inferior é uma causa significante de morbidade em atletas.
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Diagnósticos e tratamento em afecções do quadril R3 Bruno Borges Hernandes Medicina Esportiva
Introdução • Dor proximal do membro inferior é uma causa significante de morbidade em atletas. • Traumas na articulação e estruturas ósseas podem resultar em lesãos diretas ou alterações degenerativas crônicas. • Lesões por sobrecarga ou overuse nos músculos, tendões, ligamentos ou ênteses\apófises sobre ou ao redor da art. Femoro-acetabular pode resultar em dores crônicas.
Introdução • Com o avanço da disponibilidade da RMN e artroscopia de quadril obteve-se maior confiança diagnóstica e maiores opções terapêuticas p/ o manejo destas dores. • 5-6% pop. atlética adulta , 24% pop. pediátrica são referentes ao quadril. • Ocorre em esportes que envolvem movimentos de giros, saltos, rotações de tronco e chutes.
Introdução • Sintomas oriundos devarias estruturas incluindo músculos adultores, tendões, da art. do quadril e músculos e bursas associados. • Causas: • Comum – m. adultores ( estiramento e tendinopatias ) art. Quadril ( sinovite, lesão labrale condral ) 2. – comuns – estiramento iliopsoas, bursite trocantérica, fraturas de stress, dor referida ( lombar e SI ), infecções 3. lembrar: anormalidades abdominais – apendicite, ITU, condiçoesginecologicas, tumores.
Aval. Clínico • Fundamental: localizar a área da anormalidade para fazer o diagnóstico anatômico. • Colson e cols observaram 81 pac com dores no quadril, e via artroscópia, descobriram que: - dores dentro do quadril (58%) - coxa (51%) - fora do quadril (48%) - lombar baixa (42%)
Aval. clínico • Dor surda, mal definida, embora possa estar associada com sensação de click ou atrito. 1. Dor aguda: 2. Dor insidiosa - estiramento muscular - hernia do esporte - contusão quadril/coxa - osteíte púbica - avulsão ou lesão de apófise - Bursite - subluxação ou deslocamento - Snapping Hip syndrome - lesão labral/condral - fx de stress - Osteoartrite
Sinovite • É uma complicação da maioria das lesões do quadril mas pode surgir como problema primário, particularmente quando associado à alguma condição reumatológica ou após infecção viral. • Sintoma: - dor proximal da coxa - dificuldade de suportar o peso do corpo sobre uma perna • Responde bem á infiltração de corticoesteroide
Lesão Labral • Com o uso de RMN e artroscopia vem aumentando o reconhecimento da lesão labral como causa de dor do quadril. • Lesão é resultado de torções ou impacto direto. O labrum pode rasgar na sua substância ou pode romper-se do osso. • Displasia de quadril e impacto femoro-acetabulartb pode causar danos ao labrum .
Lesão Labral • Sintomas: -dor na virilha, em aperto, que é muitas vezes agravada com atividade física e posições onde o quadril é flexionado, como posição de cócoras ou levantar de uma cadeira baixa. - fraqueza unilateral do quadril - bloqueio articular ou sensação de “click” audível ou palpável - limitação moderada de ADM
Lesão Labral • Investigação: - Teste : teste de impacto ( FABERE, FADIR ) - RX, - artrografia (88%) - anestesia local: melhora da dor c/ radiografia nl, sugestivo de anormalidade intraarticular - RMN: excluir outras lesões ( corpos livres, necrose avascular) -artroscopia
Lesão Labral RMN sagital não-contrastado
Lesão Labral Images of a tear of the acetabular labrum in a 23-year-old woman. Coronal proton density fast spin-echo fat-suppressed unenhanced image obtained without exercise.
Lesão Labral • Tratamento: - carga parcial por 4 sem - injeções anestésicas (diag e tto ) - reparado através de artroscopia do quadril com debridamento da porção torcida do labrum. Geralmente com bons resultados, especialmente naquelas lesões com mínima ou nenhuma lesão condral.
Lesão Condral • Lesão condral significa danos ao revestimento liso ou cartilagem hialina da articulação do quadril e pode ocorrer no lado da cabeça femoral, ou, mais comumente, no lado acetabular. • Resultado de trauma ou de desordens do quadril como: - impacto femoro-acetabular ( tipo CAM ), - lesão labral, - corpos livres, - instabilidade ou displasia do quadril, - osteoartrite/osteonecrose
Lesão Condral • A lesão, na junção labrocondral, podem desestabilizar cartilagem articular adjacente. • Postula-se que, quando a cartilagem danificada é submetida a condições de carga repetitivas, o fluido articular é bombeado abaixo da cartilagem condral causando a delaminação da cartilagem articular. • Podendo formar um cisto subcondralqdo ocorre abaixo do osso subcondral.
Lesão Condral • Sintomas: parecido com a lesão labral, sintomas mecânicos, bloqueio articular e sensação de “click”. • Tratamento cirúrgico é diretamente relacionado com o grau e extensão da lesão condral e labral.
Lesão Condral Images of chondral loss along the acetabular margin in a 35-year-old man. Coronal proton density fast spin-echo fat-suppressed image obtained without contrast enhancement and without exercise shows areas of chondral loss along the acetabular margin (arrows).
Impacto Femoro-Acetabular • Morfologia irregular do acetábulo ou da cabeça/colo do fêmur pode romper o labrum, resultar em dor, limitação funcional, e degeneração da articulação. • Impacto femoro-acetabular (FAI) é o termo p/ essa dismotilidade.
Impacto Femoro-Acetabular • Tipos: 1. Qdo há uma cobertura em excesso da cabeça do fêmur pelo acetabulo, é chamado deformidade PINCER. 2. Qdo há uma irregularidade da cabeça/colo do fêmur, é chamado deformidade CAM.
normal Tipo PINCER Tipo CAM
Impacto Femoro-Acetabular • Sintomas: • Geralmente ocorre em atletas jovens que começam a ficar com dor na virilha ou quadril. • Apresentam tb sintomas mecanicos, bloqueios e atritos. • Movimentos do quadril tornaram-se desconfortável. - flexão do quadril em direção ao peito, como em calçar sapatos - restrição na quantidade de rotação interna do quadril.
Impacto Femoro-Acetabular • Relacionada a atividade e freqüentemente, é considerado uma "lesão na virilha" sendo tratado com fisioterapia. Normalmente, no entanto, é bastante resistente ao tratamento e dor recorre com frequência.
Impacto Femoro-Acetabular • Diagnóstico: Rx de quadril. - Uma vez reconhecida no RX, mais investigações podem ser necessárias, como TC ou um RMN para dar mais informação sobre a forma da articulação e os danos que pode ter ocorrido ao revestimento do conjunto, como resultado do forma anormal.
Impacto Femoro-Acetabular • Tratamento : - Cirurgia para alterar a forma da cabeça femoral e para tratar os danos que pode ter ocorrido a cartilagem articular ou acetábulo. - O objetivo são melhorar a dor e amplitude de movimento e tentar evitar ou interromper a progressão da artrite na articulação. -Os resultados são satisfatórios, mas, geralmente, leva entre 4 e 6 meses para voltar às atividades desportivas.
Impacto Femoro-Acetabular • Reabilitação Pós Cirurgia 1.Logo após a cirurgia, iniciar fisioterapia (trabalhar a amplitude de movimento para evitar adesões teciduais). • Descarga de peso parcial no início e após 6 semanas descarga de peso total é permitida podendo ser extendido para 8 semanas. • Não é permitida a abdução do quadril no início do tratamento como forma de proteção da articulação do quadril. • Nos dois primeiros meses não realizar atividades com impacto para proteger o colo do fêmur.
Osteoartrite • Consequência do envelhecimento populacional, é uma doença degenerativa que causa uma dor de início insidioso e sintomas noturnos. • ADM restrita, especialmente em rotação interna. • Esportes protegem ou predispoem? - esportes regulares e moderados: parece ter benefícios - sobrecarga, ppalmente na presença de alguma anormalidade: acelera o processo degenerativo
Osteoartrite • Mecanismo: - Microtraumas repetitivos na cartilagem articular e osso subcondral • Tratamento: - exercícios p/ ganho de ADM - AINES COX-2 específicos - Glucosamina e sulfato de condroitina ( bons resultados joelho, alivio da dor) - debridamentoartroscópico p/ remoção de corpos livres.
Referências • 1. ClinicalSportsAnatomy / Andrew Franklyn-Miller. 1 ed • 2.ClinicalSports Medicine / Peter Brukner. 3 ed • 3. THE AMERICAN JOURNAL OF SPORTS MEDICINE, Vol. 29, No. 4 .2010.