10 likes | 99 Views
Tabela 3 – Diferença das mensurações nas mandíbulas dentadas X edentadas. POSIÇÃO DO FORAME MENTUAL EM BRASILEIROS: ESTUDO ANATÔMICO EM MANDÍBULAS HUMANAS SECAS.
E N D
Tabela 3 – Diferença das mensurações nas mandíbulas dentadas X edentadas POSIÇÃO DO FORAME MENTUAL EM BRASILEIROS: ESTUDO ANATÔMICO EM MANDÍBULAS HUMANAS SECAS Daniel Santos Corrêa Lima; Adson Andrade de Figuerêdo ; Paula Rocha Gravina; Manuela Perez Castro; Vitor Rosa Ramos de Mendonça; Gabriela Lemos Chagas Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos daFaculdade de MedicinaUniversidade Federal da Bahia Liga Baiana de Cirurgia Plástica INTRODUÇÃO E OBJETIVO O forame mentual (FM) é a estrutura anatômica através da qual emerge o nervo mentual, responsável pela inervação sensitiva do mento e lábio inferior. O conhecimento da localização do FM é de fundamental importância para o cirurgião que realiza cirurgias ortognáticas, correção de fraturas mandibulares, entre outros procedimentos. Alguns estudos têm demonstrado que a posição do FM pode variar em diferentes grupos étnicos. O objetivo deste estudo foi avaliar a localização do FM em uma amostra de mandíbulas secas brasileira, correlacionando a posição desta estrutura com pontos de referência anatômica do osso mandibular. MÉTODO A amostra foi constituída por 130 mandíbulas humanas adultas secas divididas em dois grupos (grupo 1 - composto por mandíbulas dentadas, n = 107; grupo 2 - composto por mandíbulas edentadas, n = 23). As mandíbulas foram fotografadas com a utilização de câmera digital acoplada a um suporte estático e posicionada a uma distância padronizada de 20 cm do espécime. Para fins de calibração do software utilizado durante as mensurações, posicionou-se uma régua milimetrada mantendo a mesma distância da mandíbula à câmera, sendo esta régua registrada em todas as imagens digitalizadas. As imagens foram gravadas no formato JPEG (JointPhotographicExpertsGroup). As mensurações foram realizadas utilizando-se o software de domínio público ImageJ 1.42q (NationalInstituteofHealthy, EUA) com ferramentas específicas para a realização de mensurações lineares e angulares. O software foi calibrado com base na régua milimetrada para que as mensurações realizadas estivessem na proporção 1:1. Desta forma, cada 1,0 cm da escala da imagem da régua milimetrada equivaleria a 1,0 cm a ser usado na escala do software. Foram realizadas mensurações das distâncias lineares horizontais (Figura 1) e verticais (Figura 2) entre os pontos de referencia anatômica e o forame mentual, bem como as dimensões verticais, horizontais e a área do forame mentual, em ambos os lados de cada mandíbula. Determinou-se ainda a posição do forame mentual em relação aos dentes e a direção do maior eixo do forame, classificando-a como horizontal , vertical, obliqua ascendente e obliqua descendente( Figura 3) . Realizou-se comparações das variáveis entre os lados direito e esquerdo, intra e intergrupo. Análise estatística foi realizada usando o software GraphPad Prism 5.00 (GraphPad software, San Diego, CA). O nível de significância estatística considerado para o estudo foi de 5%. RESULTADOS E CONCLUSÃO As médias das mensurações do grupo de mandíbulas dentadas e edentadas estão sumarizadas na Tabela 1. Não houve diferença estatisticamente significante entre as medidas entre o lado esquerdo e o lado direito dos espécimes. Quando comparados os dois grupos (dentadas e edentadas), houve diferença estatisticamente significante para as distâncias MIM-MIA e FM-MIA, mas não para a variável MIM-FM. Obteve-se também diferença significante, do ponto de vista estatístico, em relação a altura do forame entre os dois grupos (Tabela 1). No que diz respeito à posição do FM em relação aos dentes, observou-se que a mais prevalente para o lado direito foi a localização entre o 1o e 2o pré-molar (PM) (39.25%) e para o lado esquerdo no 2o PM (45.79%). Encontrou-se um caso do FM alinhado ao canino a direita (0.76%). Os resultados da orientação do maior eixo do forame mentual evidenciaram que, na maioria dos espécimes, o maior eixo possuía orientação horizontal, seguida da orientação vertical, obliqua ascendente e obliqua descendente (Tabela 2). O presente estudo demonstrou haver pouca variação na posição e dimensões do forame mentual se compararmos os lados direito e esquerdo de cada espécime. As comparações das mensurações dentro de cada grupo (dentadas e edentadas) também evidenciou uma uniformidade nas distâncias entre o forame mentual e os pontos de referência anatômica utilizados no estudo, refletindo a possibilidade de uma predição da posição do forame com base em reparos anatômicos da mandíbula. Diferenças entre os grupo de mandíbulas edentadas e dentadas ocorreram devido a diminuição na altura do corpo mandibular no grupo de mandíbulas edentadas, com a conseqüente diminuição da distancia entre o forame mentual e a borda superior da mandíbula neste grupo. Figura 1. Distâncias horizontais: (SM-FM) = distância da sínfise da mandíbula a borda anterior do forame mentual; (SM-MPR) = distância da sínfise da mandíbula a margem posterior do ramo mandibular, passando pelo centro do forame mentual. Figura 2. Distâncias verticais: (MIM-FM) = distância da margem inferior da mandíbula a borda inferior do forame mentual; (MIM-MIA) = distância da margem inferior da mandíbula ao ponto mais inferior do alvéolo, passando pelo centro do forame mentual; (FM-MIA) - distância da borda superior do forame mentual ao ponto mais inferior do alvéolo. Figura 3. Mensuração da altura e largura do forame mentual (A); mensuração da área do forame mentual (B); determinação da direção do maior eixo do forame (C e D), exemplo de orientação horizontal (C), e orientação oblíqua descendente (D). Tabela 1. Estatísticas descritivas para as variáveis do estudo. Comparações intra e inter grupos. DP= desvio padrão; p= nível de significancia estatistica do teste t de Student. Tabela 2. Direção do maior eixo do forame mentual para os grupos de mandíbulas dentadas e edentadas.