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Prof. Dra. Ana Maria Fonseca Zampieri

Prof. Dra. Ana Maria Fonseca Zampieri. CRISE. IDEOGRAMA CHINÊS: PERIGO E OPORTUNIDADE É O PONTO DE TRANSFORMAÇÃO PARA: SARAR ADOECER MELHORAR PIORAR. COMO FAZER PARA QUE UMA CRISE DESEMBOQUE EM CRESCIMENTO?. AVERIGUAR: - GRAVIDADE DO EVENTO

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Presentation Transcript


  1. Prof. Dra. Ana Maria Fonseca Zampieri

  2. CRISE IDEOGRAMA CHINÊS: PERIGO E OPORTUNIDADE É O PONTO DE TRANSFORMAÇÃO PARA: SARAR ADOECER MELHORAR PIORAR

  3. COMO FAZER PARA QUE UMA CRISE DESEMBOQUE EM CRESCIMENTO? AVERIGUAR: - GRAVIDADE DO EVENTO - RECURSOS PESSOAIS DE ENFRENTAMENTO - APOIO SOCIAL/FAMILIAR - SUSTENTAÇÃO EMOCIONAL

  4. INTERVENÇÃO EM CRISEHISTÓRIA 1964 28/11/1942 1948 1960 Centro de ajuda em relações humanas de wellesley / boston Terapia breve Psicologia preventiva Teoria para crise Caplan Centro de prevenção do suicídio e atenção em crise caplan Losangeles BOSTON INCÊNDIO COCONUT GROVE 493 mortes

  5. Intervenção em criseteoria 1900 – 1976 Influencias teóricas 1. Teoria de Charles Darwin Sobrevivência do mais apto 2. Abraham maslow (1954) Pessoas com: espontaneidade Amizades altruísmo Interesse social habilidade para resolver problemas 3. Erikson (1963) Teoria das oito fases das crises previsíveis do ciclo vital 4. Masuda (1973) Estudos em traumas em campos de concentração mortes repentinas cirurgias graves estresse e saúde física e mental

  6. Programa de ajuda humanitária - Prevenção primária Redução de transtornos - Prevenção secundária redução de efeitos dos danos - Prevenção terciária reparação dos efeitos danosos

  7. Qualidades das crises • Aparição repentina • Imprevisibilidade • Urgência • Impacto potencial sobre comunidades • Perigo e oportunidade

  8. Tipos de crises • Cirurgias graves • Discapacitações • Perdas de membros • Doenças graves/fatais • Acidentes • Queimaduras • Defeitos orgânicos • Alcoolismo e drogadição • Gravidez indesejada • Abortos • infertilidade

  9. Tipos de crises • Síndrome de morte infantil repentina • Morte de ser querido • Homicídio • Suicídio • Violência doméstica • Agressão sexual • Abuso sexual em criança • Prisão • Guerras • Crises econômicas • Divórcios litigiosos

  10. Tipos de crises • Migrações involuntárias • Estresses laborais: burnot mobbing Aposentadoria • Desastres naturais: incêndios Inundações Furacões Acidentes aéreos Acidentes nucleares

  11. CATÁSTROFEÉ UM FENÔMENO DE ALTA COMPLEXIDADE. INGREDIENTES SE MISTURAM: - MEDOS - CRENÇAS - APEGOS MATERIAIS - CHOQUE - NEGAÇÃO DA REALIDADE - TRISTEZA - RAIVA - DEPRESSÃO - DESESPERANÇA - REFLEXÕES - REORGANIZAÇÕES - NOVAS POSSIBILIDADES DE RECONSTRUÇÃO.

  12. PÚBLICO ALVO DESABRIGADOS policiais civis Militares Profissionais do SAMU Coordenadores de Abrigos Voluntários em geral

  13. OBJETIVOS da capacitação : Oferecer aos profissionais que tratam de pessoas danificadas pelas tragédias naturais, recursos teórico-técnicos para dar-lhes a assistência psicológica necessária para aliviar o sofrimento causado pelo evento traumático, para que este seja melhor elaborado e, assim, evitar possíveis transtornos de estresses pós traumáticos.

  14. OBJETIVOS da capacitação : Essa capacitação busca oferecer, além do alívio aos sofrimentos causados pela tragédia, apoio psicoeducativo aos pais, autoridades e professores; fornecer ferramentas para lidar melhor com as crianças, adolescentes e adultos traumatizados e, desta forma, evitar sintomas futuros como: agressividades, violências, dificuldades escolares, pânicos, desesperanças, depressões, uso abusivo de drogas e álcool e idéias suicidas, inclusive, entre outros.

  15. METAS DO PAHP CURAR TRAUMAS ESTABILIZAR COMPORTAMENTOS PSICOPATOLÓGICOS SUPERAÇÃO PSICOLÓGICA AVALIAR NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS DO GRUPO REINTEGRAÇÃO À VIDA / ROTINA INTEGRAÇÃO SOCIAL DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO IDENTIFICAR PESSOAS QUE PRECISAM DE ATENDIMENTO TERAPÊUTICO

  16. CAPACITAÇÃO DO PAHP PROGRAMAÇÃO Conceitos de Psicotraumatologia em Catástrofes Fisiologia e patologia de estresse Problemas Psicossociais em Situações de Desastres Transtornos do estresse pós traumático Manejo do Debriefing Treinamento Simulado do Debriefing Sociodrama Construtivista Sociodrama CONSTRUTIVISTA DE Catástrofes Treinamento In Locu do Debriefing e do Sociodrama Construtivista DE Catástrofes Intervenção com MANUAL GRUPAL INTEGRATIVO COM EMDR Intervenção Grupal com Crianças Intervenção Grupal com Adolescentes Técnicas de Psicologia Energética para Situações de Estresse Sociodrama Construtivista da Reconstrução (S.C.R.) Treinamento em S.C.R. Treinamento do S.C. das Vozes dos Desabrigados SUPERVISÃO

  17. OBJETIVOS DA INTERVENÇÃO GRUPAL INFORMAR E ORIENTAR VELOZMENTE MELHORAR E ESTABILIZAR CONDIÇÕES PSICOLÓGICAS AUMENTAR CAPACIDADES DE ENFRENTAMENTO E RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS PÓS CATÁSTROFES FAVORECER RETORNO À NORMALIDADE

  18. AS CATÁSTROFES TÊM COISAS IMPENSÁVEIS A VIDA FICA PARECENDO MATERIAL DERRETIDO • DESASTRE  DIS | ASTRUM • LONGE ESTRELAS MÁ ESTRELA

  19. TRAUMA PSICOLÓGICO ALGUNS OU TODOS OS SINTOMAS • RECORDAÇÕES RECORRENTES E REPETITIVAS DO EVENTO COM ESTRESSE. • AÇÕES PRESENTES COMO SE O EVENTO ACONTECESSE NO “AQUI E AGORA”. • FLASHBACKS, ILUSÕES. • ESTRESSE INTENSO À EXPOSIÇÃO DE SITUAÇÕES QUE SE ASSEMELHAM OU SIMBOLIZEM O TRAUMA. • SONHOS RECORRENTES DO INCIDENTE COM ESTRESSE. • ESFORÇOS PARA EVITAR PENSAMENTOS OU SENTIMENTOS ASSOCIADOS AO TRAUMA. • ESFORÇOS PARA EVITAR ATIVIDADES, SITUAÇÕES OU LUGARES QUE EVOQUEM O TRAUMA.

  20. TRAUMA PSICOLÓGICO ALGUNS OU TODOS OS SINTOMAS • AMNÉSIA PARCIAL OU TOTAL DO TRAUMA. • SENTIMENTOS DE DESAPEGO OU DE DISTÂNCIA DOS OUTROS. • INCAPACIDADE DE AMAR OU SENTIR. • SENSAÇÃO DE FUTURO AMEAÇADO. • - INSÔNIA. DIFICULDADE PARA CONCILIAR OU MANTER O SONO. • - INSTABILIDADE EMOCIONAL COM EXPLOSÃO DE IRA. • - DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO.

  21. TRAUMA PSICOLÓGICO ALGUNS OU TODOS OS SINTOMAS - HIPERVIGILÂNCIA - HIPERALERTA - RESPOSTAS DE SOBRESSALTO - HIPERREFLEXÃO NEUROLÓGICA - REATIVIDADE FISIOLÓGICA: - TAQUICARDIA - SUDORESE

  22. IMPRENSA DE BLUMENAU CHAMOU O PAHP DE ABRIGO PARA A ALMA.

  23. Santa Catarina

  24. Narrativas do Sociodrama construtivista de catástrofesjaneiro de 2008: Blumenau – Santa Catarina Grupo de 56 pessoas (Famílias / abrigo / escola): - 20 adultos: 17 femininos de 25 a 42 anos 03 masculinos de 27 a 43 anos - 06 idosos: 04 femininos de 66 a 71 anos 02 masculinos de 67 a 69 anos - 12 crianças: 06 femininos de 4 a 10 anos 06 masculinos de 3 a 10 anos - 08 adolescentes: 05 femininos de 13 a 17 anos 03 masculinos de 14 a 16 anos

  25. FASE AQUECIMENTO ESPECÍFICO “... O pior momento... O barulho e eu sem entender nada... Fiquei paralisada.. Acordei as crianças e falei que a gente ia morrer e que eu ia direto pro inferno porque eu era má mãe e batia muito neles... Eu só via aqueles olhinhos arregalados me olhando...” Maria, 32 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  26. FASE DE DRAMATIZAÇÃO “... vamos juntar as forças e pensar em Deus... vamos juntos que a gente vai conseguir se salva...” Maria, 32 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  27. FASE DO COMPARTILHAR “... a minha palavra é alívio no coração... a gente passou muita dificuldade e vai poder ter a família... a gente tá vivo e isso é o mais importante...” Maria, 32 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  28. Santa Catarina

  29. FASE AQUECIMENTO ESPECÍFICO “... estava escuro e o pai falou pra eu pegar a avó Tica e puxar ela pelo braço... mas veio a onda de lama lá de cima e eu nem vi ela indo embora... nunca mais eu vi a avó Tica...” Jorge, 15 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  30. FASE de dramatização “... vovó Tica... se você me escuta daí do céu, me perdoa... eu não consegui salvar você... não vi a lama te puxar... você sabe que eu te adorei sempre...” Jorge, 15 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  31. FASE compartilhar “... estava escuro e o pai falou pra eu pegar a avó Tica e puxar ela pelo braço... mas veio a onda de lama lá de cima e eu nem vi ela indo embora... nunca mais eu vi a avó Tica...” Jorge, 15 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  32. Santa Catarina

  33. FASE AQUECIMENTO ESPECÍFICO “... a pior hora foi quando a água veio subindo e subindo... eu com dois moleques nas costas e a mulher grudada no meu braço e com uma vassoura de bengala porque ela é muito baixinha... eu via a água vindo e passava o filme da nossa vida na nossa cabeça... eu... eu tinha que escolher...se a água tapasse ela... eu tinha que salvar as crianças... foi a pior cena...” Mauro, 36 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  34. FASE dramatização “... tenho umas forças por dentro sim, sou um bom homem e posso consegui atravessar essa água com minha família... Deus tem que me ajudar sim... ele sabe que eu preciso da mulher para criar os filhos... não vou escolher quem vai viver e nem quem vai morrer... eu sei que tenho forças para agüentar... eu falo: olha filhos... vê se aparecem golfinhos e pingüins e avisa o pai... Maria... olha pra frente e segura firme na vassoura... a gente vai sair daqui...” Mauro, 36 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  35. FASE Compartilhamento “... Eu agradeço a deus e a todos que me ajudaram... Os banheiros... Os soldados... Agora eu falo para dar mais valor à vida e ter paciência...” Mauro, 36 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  36. Santa Catarina

  37. FASE aquecimento específico “... eu não entendi nada... só via meu pai me puxando pelo braço e dizia para não parar... para eu segurar com força nele... eu só tive medo na hora que chegou do outro lado da ponte e eu vi tudo arrebentado... cheio de lama...” Pedro, 10 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  38. FASE de dramatização “... pai eu vou ter cuidado e a gente vai sair da água... não fica nervoso... a gente vai sair sim...” Pedro, 10 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  39. FASE Compartilhamento “... Só quero ter a escola, ver quais vão ser os amigos... A professora nem morreu... Só a filha dela... coitada...” Pedro, 10 anos, Blumenau (Jan/2009) Santa Catarina

  40. PEDREIRAS (MA)

  41. Narrativas do Sociodrama construtivista de catástrofesjunho de 2009: rosário – maranhão Grupo de 117 pessoas (Famílias / abrigo / igreja): - 71 adultos: 49 femininos de 20 a 70 anos 22 masculinos de 21 a 65 anos - 09 idosos: 07 femininos de 65 a 70 anos 02 masculinos de 62 a 65 anos - 26 crianças: 20 femininos de 02 a 13 anos 06 masculinos de 2 a 11 anos - 17 adolescentes: 11 femininos de 12 a 17 anos 06 masculinos de 13 a 16 anos

  42. FASE AQUECIMENTO ESPECÍFICO “... o mais duro de tudo isso é que a gente ficou um bocado de dias sem poder saber quais parentes estavam vivos, quais estavam mortos... eu tive uma dor no peito quando soube que minha mãe sumiu nas águas... e eu não pude fazer nada por ela...” Josefa, 29 anos, Rosário – MA (Jun/2009) Maranhão

  43. FASE DE DRAMATIZAÇÃO “... eu peço o perdão de todas as minhas falhas que fiz para minha mãe e que Deus a tenha no céu junto dele e de Nossa Senhora e que ela me dê forças para agüentar tanta desgraça e tanta falta... que eu consiga criar meus filhos... se Deus quiser...” Josefa, 29 anos, Rosário – MA (Jun/2009) Maranhão

  44. FASE DO COMPARTILHAR “... eu sinto o meu peito mais leve, e a minha palavra agora chama-se alívio...” Josefa, 29 anos, Rosário – MA (Jun/2009) Maranhão

  45. Maranhão

  46. FASE AQUECIMENTO ESPECÍFICO “... a gente aqui, minha gente tá muito acostumada a sofrer... de falta de água e de muita água... mas, se Deus quer assim... que fazer, né? Tem que aceitar a vontade de Deus...” Cida, 58 anos, Rosário – MA (Jun/2009) Maranhão

  47. FASE de dramatização “... eu PENSO que os mortos... coitados... eu tenho pena de vocês, criancinhas e anjinhos do céu, inocentinhos que já foram para os braços de Jesus... peçam a eles a luz sobre nós e que vamos lutar pela vida...” Cida, 28 anos, Rosário – MA (Jun/2009) Maranhão

  48. FASE do compartilhar “... desabafar juntos é muito melhor e eu chorei aqui muito porque antes eu estava seca de lágrimas, de tanto susto que a gente viveu aqui... a minha palavra é obrigada a Deus que mandou vocês aqui para consolar a gente...” Cida, 58 anos, Rosário – MA (Jun/2009) Maranhão

  49. Maranhão

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