350 likes | 802 Views
O existencialismo de Sartre (RAÍZES:fenomenologia de Husserl e em 'Ser e Tempo' de Heidegger ) O existencialismo sartriano procura explicar os aspectos da experiência humana. Sistematizada em dois livros: "O ser e o nada" e "Crítica da razão dialética”.
E N D
O existencialismo de Sartre (RAÍZES:fenomenologia de Husserl e em 'Ser e Tempo' de Heidegger) O existencialismo sartriano procura explicar os aspectos da experiência humana. Sistematizada em dois livros: "O ser e o nada" e "Crítica da razão dialética”.
VIDA É ENTENDIDA COMO UM PROJETO QUE SE REALIZA PELAS ESCOLHAS
O Em-si (fenomenologia e o existencialismo) O mundo é povoado de seres Em-si. São objetos existente no mundo e que possui uma essência definida. Uma caneta, por exemplo, é um objeto criado para suprir uma necessidade: a escrita.
Um ser Em-si não tem potencialidades nem consciência de si ou do mundo. Ele apenas é. Os objetos do mundo apresentam-se à consciência humana através das suas manifestações físicas (fenómenos).
O Para-si A consciência humana é um ser com forma diferente, possui conhecimento de si e do mundo. É o Para-sifaz relações temporais e funcionais entre os seres Em-si e ao fazer isso constrói um sentido para o mundo em que vive.
O Para-si não tem uma essência definida. Ele não é resultado de uma idéia pré-existente. Como o existencialismo sartriano é ateu, ele não admite a existência de um criador que tenha predeterminado a essência e os fins de cada pessoa.
É preciso que o Para-si exista, e durante essa existência ele define, a cada momento o que é sua essência. Cada pessoa só tem como essência imutável, aquilo que já viveu.
“CADA UM É DETERMINADO PELO AMBIENTE E PELAS CIRCUNSTANCIAS” “...Mas tenho liberdade de mudar minha vida deste momento em diante”.
Nada me compele a manter esta essência, que só é conhecida em retrospecto. Podemos afirmar que meu ser passado é um Em-si, possui uma essência conhecida, mas essa essência não é predeterminada. Ela só existe no passado.
Por isso se diz no existencialismo que “A existência precede e governa a essência"Por esta mesma razão cada Para-si tem a liberdade de fazer de si o que quiser.
A liberdade • “ O ser humano está condenado à liberdade”. • cada pessoa pode a cada momento escolher o que fará de sua vida, sem que haja um destino previamente concebido. As escolhas de cada um são direcionadas por projetos.
Há vários tipos de projeto, escrever um livro, comprar uma casa, • “Todas as pessoas são movidas por um projeto fundamental, o projeto de auto-realização, da transcendência”.
Sonhamos em ser pessoas que realizaram todas as suas potencialidades, todos os projetos. Um ser que realizou tudo o que podia esgota suas potencialidades, tornar-se um Em-si. Isso irá acontecer quando morremos.
Quando a consciência deixa de existir, e nos tornamos um ser de essência conhecida, completo e acabado. Mas a morte é uma contingência, algo que acontece sem que possamos evitar e impede a concretização de nossos projetos. Não é a morte a transcendência desejada.
Sartre diz que o • projeto fundamental é tornar-se um ser que já realizou tudo, mas preservando sua consciência, um ser Em-si-Para-si. Tal ser corresponde à noção que temos de Deus, um ser completo, sem limitações e com todas as suas potencialidades já realizadas, mas ainda consciente de si e do mundo. “O homem é um ser que projeta tornar-se Deus".
A liberdade é escolher o caminho mais curto em direção ao projeto fundamental. • Sempre sujeitos a limitações e contingências. • Ex.: Não posso voar, mas posso agir, apesar destas limitações. • Isso não diminui a liberdade. “São as limitações que tornam a liberdade possível”, se realizássemos o que quiséssemos, tornaríamos um em sí.
A responsabilidade • Cada escolha carrega consigo uma responsabilidade. Se escolho ir a algum lugar, falar alguma coisa, escrever um artigo, tenho que ter consciência de que qualquer conseqüência desses atos terá sido resultado de minha própria escolha.
“E cada escolha ao ser posta em ação provoca mudanças no mundo que não podem ser desfeitas”. Não posso,atribuir a responsabilidade por estes atos a nenhuma força externa, ao destino ou a Deus.
“Cada escolha que faço, torno-me responsável não só por mim, mas por toda a humanidade”. “E faço isso por minha própria escolha, para que o mundo se torne mais como eu o projetei”. Eis a essência da responsabilidade: “Eu, por minha vontade e escolha, ajo no mundo e afeto o mundo todo. Ser livre é ser responsável”.
As limitações me impõem escolhas. • Um preso tem a liberdade e escolhas a fazer. Esta é, para Sartre, a verdadeira liberdade que ninguem pode escapar: "não é a liberdade de realização, mas a liberdade de eleição".
“O importante não é o que o mundo faz de você, mas o que você faz com aquilo que o mundo fez de você”. • " Uma vez que a liberdade explode no peito de um homem, contra este homem nada mais podem os deuses“
A angústia “A responsabilidade é um fardo pesado”. A angústia existencial decorre da consciência que “as escolhas definem o que você é ou se tornará”. Estas escolhas podem afetar, de maneira irreparável, o próprio mundo. A "angústia" decorre da consciência da liberdade e do receio de usá-la de forma errada.
É mais fácil acreditar que existe um propósito no universo. • Que nossos atos são guiados por uma mão invisível em direção a esse propósito. • Neste caso, meus atos não seriam responsabilidade minha, mas apenas o meu papel em um roteiro maior.
Para Sartre Não há um propósito ou um destino universal. O homem diante desta constatação se desalenta. • O desalento é a constatação de que nada existe fora de nós que define nosso próprio futuro. Apenas nossa liberdade.
A má-fé • Segundo Sartre, a má-féé uma defesa contra a angústia e o desalento, uma defesa equivocada. • Renunciamos à nossa liberdade escolhendo o que nos afastam do projeto fundamental, atribuindo conformadamente estas escolhas a fatores externos, ao destino, a Deus, aos astros, a um plano sobre humano. Sartre também considerava a idéia freudiana de inconsciente como um exemplo de má-fé.
Prof: claudio molina • claudiomolinasan@hotmail.com