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NOVA PARÓQUIA: “COMUNIDADE DE COMUNIDADES”. Jesus constituiu uma comunidade que gerou outras comunidades que partilhavam a fé e pão . Paulo e Primeiros Cristãos: Igreja Domus (casa)
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Jesus constituiu uma comunidade que gerou outras comunidades que partilhavam a fé e pão. • Paulo e Primeiros Cristãos: Igreja Domus (casa) • A paróquia, como estrutura, consolidou-se aos poucos como instituição religiosa, a partir do Século IV, quando o cristianismo tornou-se religião oficial do Império Romano. • Se pensarmos na Igreja como uma estrutura pode significar o fim da missão: uma coisa estática, burocrática, sem alma nenhuma que cumpre apenas com suas obrigações
O Concílio Vaticano II, para falar da Igreja, retoma o termo Paulino: CORPO. Expressão usada pelo papa Paulo VI: Paróquia = “Células vivas da Igreja” (1965) (Apostólicam Actuositatem) Concílio Vaticano II: fala pouco de Paróquia. Aliás, em seu documento principal, LUMEN GENTIUM sobre a Igreja, nunca aparece a palavra “paróquia”. O CONCÍLIO usa a palavra: “Comunidade”
O Doc. de Aparecida retoma o que já dizia o Doc. de S. Domingo e Puebla: Paróquia: comunidade de comunidades. • Doc. de Aparecida cita o termo paróquias 39 vezes nos seus 553 números. Em todos esse números o foco principal é a missão. • Retoma com força a ideia da Paróquia como: “CÉLULAS vivas da Igreja”
O que entendemos por “Células vivas da Igreja”? • Como tornar a paróquia missionária? • João Paulo II, na Redemptoris Missio, afirma:” impõe-se uma conversão radical de mentalidade para nos tornarmos missionários” (nº49) QUAIS DEVEM SER OS PROCEDIMENTOS DA PARÓQUIA PARA QUE ELA SEJA, DE FATO, CÉLULA VIVA DA IGREJA?
DOCUMENTO DE APARECIDA: • “Nova Paróquia: Comunidade de comunidades”; • “Conversão da mentalidade e das estruturas paroquias”; • “Conversão pastoral”: de uma “pastoral de manutenção” para uma pastoral missionária. • Ser discípulo-missionário.
ALGUNS PROCEDIMENTOS, que a meu ver, podem contribuir para que nossa Paróquia continue o caminho para ser uma “Comunidade de comunidades” Um “Célula viva de discípulos-missionários”: • Valorizar o trabalho do Leigo: Significa não apenas reconhecer teoricamente a sua capacidade pastoral, mas confiar-lhes responsabilidades concretas, de ação em conjunto, de participação efetiva nas decisões e missão. • Oferecer capacitação para os fiéis leigos, fundamentando seu apostolado. (Doc. Ap. 306: Paróquia missionária: “FORMAÇÃO PERMANENTE”)
Fomentar a vocação missionária dos leigos da paróquia. Despertar a consciência de todo batizado para o discipulado e consequentemente para a missão. Isso não ocorre da noite para o dia. Conscientização: é um trabalho árduo. Sem Consciência não há compromisso, sem isso, podemos ser apenas voluntários ou agentes “sazonais” de alguma “coisa” na comunidade. Podemos, inclusive, fazer da pastoral ou movimento um gueto, desconectado do comum. Estamos na comunidade, mas não somos comunidade. Uma célula que não está viva faz o corpo adoecer...
Implantar pastorais que respondam aos desafios da realidade paroquial. Aqui gostaria de destacar duas que a meu ver, nos tempos de hoje, são imprescindíveis: a pastoral da visitação e a pastoral da acolhida. a) A PASTORAL DA VISITAÇÃO é aquela que faz com que a paróquia saia do templo e vá até as pessoas em visita permanente. O papa Francisco tem insistido nisso: a Igreja tem que sair, ir ao encontro do outro, do que sofre, dos que estão na periferia existencial, dos afastados… b) Sem acolhida não existe Igreja viva: A PASTORAL DA ACOLHIDA não se restringe a simples recepção na porta da Igreja, mas numa postura acolhedora de todos os membros da comunidade. Por exemplo: rever os expedientes de atendimento, horários de celebração, modo de atender nos lugares como recepção, acolhida, dízimo, marcação de intenções… Pastoral da escuta…
RESGATAR A MÍSTICA NO MINISTÉRIO PASTORAL • O trabalho pastoral não terá futuro, nem conseguirá mudanças significativas, se não estiver animado por uma real e sólida espiritualidade, nutrida do Evangelho; • A essência do ministério eclesial é o amor feito serviço e o serviço feito evangelho: amar-servir-evangelizar é a chave;
No círculo hermenêutico da pastoral, Jesus é luz para ver, critério para julgar e norma para agir; A missão principal da Igreja é evangelizar, de modo que sua ação será pastoral apenas se cumprir estas incumbências; • É mais importante ser místico que ativista. Mais ainda, o agente de pastoral que não é místico, não é mais que um farsante;
No exercício do ministério pastoral é mais importante o que Deus faz em mim e por meio de mim do que aquilo que eu mesmo faço; émais importante tornar Jesus presente com tudo o que sou, o que faço e o que digo do que realizar grandes projetos pastorais; • É mais importante se ocupar do Senhor da vinha do que da vinha do Senhor. Em todo caso, há que se ocupar desta sem nos esquecermos daquele.
Uma Nova Paróquia: comunidade de comunidades tem que ser lugar de: • VIDA COMUNITÁRIA (Koinonia); • ESCUTA E PREGAÇÃO DA PALAVRA (Kerigma/Didaskalia); • TESTEMUNHO PROFÉTICO (Martyria); • SERVIÇO (Diakonia); • CULTO (leitourgia). • Se valorizarmos mais um elemento e esquecer o outro, é sinal de que não estamos na linha bíblica de comunidade. (Nº 54 Doc 104 CNBB)
Desenvolver trabalhos sociais que deem respostas concretas aos problemas que atingem a sociedade.Estamos inseridos no mundo, não podemos ser um gueto. Nem pode haver desconexão entre fé e vida. “a Política, é a forma mais importante de se fazer o bem, de viver a caridade”. Ex: pastoral da Criança, do idoso, da saúde, da sobriedade, da educação, da justiça e paz, da integridade da criação (ecologia)... Integração campo-cidade etc. Não esquecer do mundo do trabalho, do desemprego, dos excluídos...
Valorizar a SETORIZAÇÃO da Paróquia em pequenas Comunidades. Se possível, setorizar também as comunidades. Setorizar não significa divisão, mas distribuição da paróquia em pequenas células vivas. Não perder o espírito de unidade.
Cuidar para que os organismos paroquiais (movimentos e pastorais) funcionem com células vivas e não haja isoladamente e independentemente do todo. O ideal seria que todos fossem representados no CPP. Contemplá-los no plano pastoral paroquial e que esses respeitem o planejamento paroquial.
Dar especial atenção aos jovens. Oferecer espaço e acompanhar os jovens para que cresçam na fé e se engajem na comunidade. Que haja sintonia com o setor juventude da diocese e em nível nacional. Aprender a sua linguagem e tê-lo com protagonistas na ação evangelizadora. Acompanhar e ajudar nos diversos níveis de organização que já existe em nível paroquial. O importante é o trabalho em rede, em comunhão....
Organizar um Plano Pastoral de conjunto: Ou seja, em comunhão com a diocese e com as Diretrizes de Ação Evangelizadora da Igreja construir um Plano Pastoral paro o ano, biênio, triênio, ou conforme for definido pela Assembleia paroquial. Alguns passos para realizar esse plano: 1º Ter em mente onde estamos (Levantar os recursos pastorais que temos); 2º Onde precisamos chegar (os novos areópagos) ; 3º Nossas urgências pastorais (priorizar); 4º O que queremos alcançar; 5º Como vamos agir; 6º O que vamos fazer; 7º Renovação das estruturas.
Trabalhar a nova concepção de territorialidade:do físico ao ambiental. Hoje, se exige uma nova ideia de limites, não mais por delimitação geográfica... Levar em conta os vínculos de convivência... O que forma a célula viva são os vínculos afetivos e efetivos com a comunidade...
CONVERSÃO PASTORAL: Recuperar a centralidade da Palavra de Deus e da Eucaristia. Novas posturas, formas de evangelizar, superar as estruturas obsoletas de pastorais e organizações. Colocar a pessoa no centro e não as estruturas. Rever horários (primeira inculturação). Nem sempre nossos horários são adequados. Rever os meios para a comunicação da mensagem (hoje, as novas tecnologias, novas linguagens, o mundo digital, a multiplicidade de informações....) Não ser apenas uma Igreja que olha para dentro, preocupada com a manutenção sacramental e esquece de evangelizar, de ser missionária... Desburocratização eclesial... Considerar as comunidades cristãs ambientais ou transterritoriais... Diálogo ecumênico e interreligioso.
Bibliografia básica • Documentos do Concilio Vaticano II • Documento de Aparecida • Paróquia Missionária - À Luz do Documento de Aparecida – • Procedimentos Fundamentais, de Pe. José Carlos Pereira • Documento de Santo Domingo. • Documento do Medellin • Documento de Puebla