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ANIMAIS PEÇONHENTOS. Prof. Erika Meirelles de Castro. O que são Animais Peçonhentos. Animais peçonhentos são aqueles que produzem substância tóxica e apresentam um aparelho especializado para inoculação desta substância que é o veneno.
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ANIMAIS PEÇONHENTOS Prof. Erika Meirelles de Castro
O que são Animais Peçonhentos • Animais peçonhentos são aqueles que produzem substância tóxica e apresentam um aparelho especializado para inoculação desta substância que é o veneno. • Possuem glândulas que se comunicam com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente.
Animais mais freqüentes • Aranhas • Serpentes • Escorpiões • Lagartas
SERPENTES • São quatroostipos (gêneros) de serpentespeçonhentas no Brasil: • Bothrops(jararaca, jararacuçu, urutu, , cotiara, caiçaca), • Crotalus(cascavel), • Lachesis(surucucu-pico-de-jaca) e • Micrurus(corais-verdadeiras).
SERPENTES • As jararacasrespondem por quase 90% dos acidentesofídicosregistrados, sendoencontradasemtodo o país. • As coraisverdadeiras são causarara de acidentespoisoshábitosdessasserpentesnãopropiciam a ocorrência de acidentes. • As surucucus são serpentes que habitammatasfechadassendoportantoencontradasprincipalmente na Amazônia e, maisraramente, na Mata Atlântica. • Já as cascavéispreferemambientessecos e abertos, nãosendocomunsnasáreas onde as surucucuspredominam.
JARARACA • Naspicadas de jararaca, alémdacara-de-bobo e urinaescura (vermelha e turva), podemaparecerbolhas no local e sangramento das gengivas; o sanguenão coagula e ficaumacicatriz, devido à necrose no local dapicada.
CASCAVEL • A cascavel é umaserpenteinconfundívelpelapresença do chocalho ou gizo na extremidadedacauda, coloraçãogeral é olivácea. • Habitacamposabertos de cerrados, áreaspedregosas, secas e quentes.. • O número de segmentos que compõe o chocalhonãodetermina a idadedaserpente, massim o número de trocas de pelesrealizadas.
CASCAVEL • Cadavez que o animal muda de pele, o que ocorre de 2 a 4 vezes por ano, eleacrescenta um novo anel no chocalho. • Alimenta-se de roedores e pequenasavesemgeral.
Surucucu-pico-de-jacaLachesismutarhombeata (Wied, 1825). FamíliaViperidae. Nome popular: surucucu-pico-de-jaca, surucucu
SURUCUCU • Constituem serpentes de grande porte, como o nome indígena representa surucucu grande serpente. • Apresentam cabeça triangular, fosseta loreal e cauda com escamas arrepiadas e presa inoculadora de veneno. Com duas subespécies, é a maior serpente peçonhenta das Américas. • Poucos relatos de acidente onde o animal causador foi trazido para identificação. Existem semelhanças nos quadros clínicos entre os acidentes laquético e botrópico, com possibilidade de confusão diagnóstica entre eles.
CORAL • Este grupo é formado pelas corais verdadeiras. É importante lembrar que as corais não possuem fosseta loreal. • Em virtude de apresentarem dentes pequenos e fixos, seus inoculadores de veneno, e habitarem, preferencialmente, buracos, os acidentes são raros, porém mais graves do que os causados pelos demais ofídios, devido a sua potencial evolução para o bloqueio neuromuscular, paralisia respiratória e até mesmo óbito. • A prevalência de acidentes por Micrurus é baixíssima, representando menos de 0,5% do total de acidentes ofídicos.
Rhabdophistigrinus • Uma cobra asiática desenvolveu o que poderíamos chamar de "veneno terceirizado": no lugar de produzir sua própria peçonha, ela aproveita a existente nos sapos que devora e a utiliza contra seus próprios inimigos quando necessário. • O truque foi flagrado por pesquisadores americanos e japoneses que estudam a Rhabdophistigrinus, espécie comum em várias ilhas do Japão.
Rhabdophistigrinus • Cobra devora sapo e ainda usa o veneno dele. • Serpente comum em ilhas japonesas armazena toxinas do anfíbio em suas glândulas. Peçonha do sapo fica no sangue do réptil e vira defesa contra predador.
Acidentes: Prevenção • Não ande descalço em matas ou plantações, use botas que protejam até os joelhos • Use luvas de raspa de couro para trabalhar com lenha, materiais de construção, etc. • Não mexa em buracos • Não manuseie serpentes, por mais inofensivas que elas possam parecer • Mantenha o quintal a áreas próximas a residência ou empresa sempre limpos • Não acumule detritos que sirvam de alimento para ratos, pois esses podem atrair serpentes, que alimentam-se dos mesmos
Acidentes: Primeiros Socorros • Não faça qualquer tipo de atendimento caseiro • Não corte nem perfure o local da mordida • Nunca faça torniquete • Procure acalmar a vítima e eleve o membro que foi mordido • Encaminhe a vítima imediatamente ao pronto socorro • Capturar o animal que causou o acidente e levar junto com a pessoa picada facilita o diagnóstico e o tratamento
ESCORPIÕES • No mundo todo, existem aproximadamente 1.400 espécies de escorpiões até hoje descritas. • No Brasil há cerca de 75 espécies amplamente distribuídas pelo país. • No Brasil o gênero Tityus é o mais rico em espécies, representando cerca de 60% da fauna escorpiônica neotropical.
ESCORPIÕES As principais espécies são: • Tityusserrulatus, responsável por acidentes de maior gravidade, • Tityusbahiensis e • Tityusstigmurus. • As diversas espécies do gênero Tityus apresentam um tamanho de cerca de 6 a 7 cm.
O VENENO • Compreende uma variedade de substâncias, nem todas completamente investigadas. • O veneno de um único escorpião pode incluir diversas neurotoxinas, histimina, seratonina, enzimas, inibidores de enzimas, e outros compostos não identificados. • O veneno pode conter, ainda, sais diversos, muco, peptídeos, nucleotídeos e aminoácidos. • O pesquisadorbrasileiro Marcus ViniciusGomezemsuatese de doutoradopurificou, do veneno do escorpiãobrasileiro, Tityusserrulatus, umaneurotoxina que denominoutityustoxina
Tityusserrulatus • Também chamado escorpião amarelo, podendo atingir até 7cm de comprimento. Apresenta o tronco escuro, patas, pedipalpos e cauda amarelos sendo esta serrilhada no lado dorsal. Considerado o mais venenoso da América do Sul, é o escorpião causador de acidentes graves, principalmente no Estado de Minas Gerais.
Tityusbahiensis • Apresenta colorido geral marrom-escuro, às vezes marrom-avermelhado, pernas amareladas com manchas escuras. Fêmures e tíbias dos pedipalpos com mancha escura. A mão do macho é bem dilatada. É o escorpião que causa os acidentes mais freqüentes no Estado de São Paulo.
Tityustrivittatus • Apresenta colorido amarelo-escuro, com três faixas longitudinais quase negras, podendo haver pequenas variações na cor. • Atinge cerca de 7cm de tamanho. • Distribuição geográfica: Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Acidentes: Prevenção • Manter o quintal e áreas próximas a residência ou empresa sempre limpos • Não andar descalço e nem por a mão em buracos ou qualquer outro local suspeito • Use luvas de raspa de couro para trabalhar com lenha, materiais de construção, etc. • Não acumule detritos que sirvam de alimento para cupins, baratas, grilos, aranhas, pois escorpiões se alimentam de todas essas espécies
Acidentes: Primeiros Socorros • Não espremer ou sugar o local da picada • Procure acalmar a vítima e a encaminhe ao pronto socorro mais próximo • Capturar o animal que causou o acidente e levar junto com a pessoa picada facilita o diagnóstico e o tratamento
ARANHAS • As aranhas são animais carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos, como grilos e baratas. • Apresentam o corpo dividido em cefalotórax e abdome. • No cefalotórax articulam-se os quatro pares de patas, um par de pedipalpos e um par de quelíceras. • Nas quelíceras estão os ferrões utilizados para inoculação do veneno.
ARANHAS • No Brasil: Phoneutria, Loxosceles e Latrodectus. • Os acidentes causados por Lycosa (aranha-de-grama), bastante freqüentes e pelas caranguejeiras, muito temidas, são destituídos de maior importância.
Phoneutria • São as chamadas armadeiras, devido ao fato de, quando ameaçadas, tomarem a postura de se “armar”, levantando as patas dianteiras e eriçando os espinhos. É extremamente agressiva.
Loxosceles • Conhecida como aranha marrom, é encontrada com facilidade nas residências, atrás de quadros, armários, no meio de livros, caixas de papelão e outros objetos pouco remexidos.
Latrodectus • O gênero Latrodectus (“viúva negra”) – cuja espécie mais comum no Brasil é a Latrodectuscuracaviensis -, ao contrário do que se verifica em outros países, é agente raro de acidente em nosso país.
Lycosa • As aranhas do gênero Lycosa, chamadas de aranhas de jardins, são comumente encontradas nas residências; também causam acidentes leves, sem necessidade de tratamento específico.
O VENENO • Segundo o pesquisador Marcelo Cairrão Araújo Rodrigues em sua tese, “As peçonhas de artrópodos são ricas fontes de neurotoxinas, verdadeiras ferramentas moleculares com ação seletiva e específica sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) de mamíferos, e de grande relevância clínico-científica.
LAGARTAS • As lagartas venenosas são a fase larval das borboletas ou mariposas. • Possuem pelos ou espículos simples ou arborecentes por onde secretam veneno (que são substâncias alergenas) que causa coceira, provoca queimaduras e dor.
DINÂMICA DO ENVENENAMENTO • O envenenamento ocorre quando, por intermédio da inoculação da substância tóxica, seja por intermédio de dentes ocos, espinhos ocos ou órgãos inoculadores; assim o veneno encontra um meio de entrar no organismo da vítima onde irá percorrer certos caminhos de acordo com suas características, primeiramente físico-quimicas, se ele irá se espalhar pela corrente sangüínea ou se irá ficar depositado no local da ferida onde foi inoculado.
DINÂMICA DO ENVENENAMENTO-2 Pode ser dividido em três partes: • 1° Momento do acidente • 2° Socorro • 3° Recuperação