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A CONSULTA MÉDICA DO ADOLESCENTE

A CONSULTA MÉDICA DO ADOLESCENTE. MD. Milene Saalfeld de Oliveira Esp. Medicina do Adolescente-Hebiatria. “O adolescente é uma pessoa; A adolescência é um conceito.”.

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A CONSULTA MÉDICA DO ADOLESCENTE

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  1. A CONSULTA MÉDICA DO ADOLESCENTE MD. Milene Saalfeld de Oliveira Esp. Medicina do Adolescente-Hebiatria

  2. “O adolescente é uma pessoa;A adolescência é um conceito.” • Periodo da vida humana onde ocorrem intensas transformações biológicas -principalmente intenso crescimento e desenvolvimento, maturação sexual e consequente transformações emocionais para se adaptar a essas mudanças.Torna-se capaz de procriar, busca sua identidade adulta com novas relações com a familia e grupos, procurando autonomia e independência rumo a vida adulta.

  3. HEBE: deusa da juventude • OMS- faixa etária entre 10 e 19 anos • SBP e AMB- área de atuação-abril/1999 • ECA- lei n°8.069 – 13/07/1990: individuo entre 12 e 18 anos.

  4. TAREFAS DA ADOLESCÊNCIA • Assumir o novo corpo; • Assumir valores e estilos de vida; • Escolha profissional; • Independência econômica.

  5. Por que hebiatria? • Tabu- adolescência-”doença de bom prognóstico” • Questionamento de valores, novas experiências, testam atitudes, situações de risco que podem ameaçar sua saúde. • 21,84% População brasileira • Morbimortalidades específicas • acidentes de transporte, • homicídios, suicídios, • AIDS, gravidez • Drogas lícitas e ilícitas

  6. CONDIÇÕES BÁSICAS • gostar de adolescentes; • conhecimento e estar atento as amoções; • postura ética ; • não julgar ou ser preconceituoso; • disponibilidade e acolhida cordial; • garantia de confidência e sigilo.

  7. Quem tem medo do adolescente??? • Falta de privacidade na consulta • Estar desatento, excesso de anotações • Dirigir-se a mãe • Uso de gírias para se aproximar • Projeção da nossa adolescência • Assumir papel de juiz • Conversar sozinho com a familia • Presunção de que todo adolescente é sadio • Deixar de falar do sigilo médico

  8. Ética e Sigilo médico • Reconhecer como individuo progressivamente capaz • Respeitar individualidade e pudor • Capaz de avaliar seu problema e solucionar • Direito de ser atendido sem os pais • Participação da família é desejável • Quebra de sigilo deve ser informada e justificada.

  9. LIMITE DA CONFIABILIDADE • Risco de morte para o paciente ou terceiros: • suicídio, doenças, fuga de casa; • procedimentos, notificação obrigatória - maus tratos; • intenção de abortar; • gravidez; • uso de drogas; • anorexia e bulimia nervosa; • ferimentos de cunho criminoso, atos violentos; • ameaça de homicídio.

  10. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Capítulo IX – Segredo Médico – artigo 103: “É vedado ao médico: revelar segredo profissional referente a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha a capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-los, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente”.

  11. Por que o adolescente vem a consulta? • queixas físicas, reais ou imaginárias; • dificuldades de ajustamento social na escola, no trabalho, com companheiros, • transtornos de conduta; • mau rendimento escolar; • dificuldades na área da sexualidade, • queixas psicológicas- preocupações, angústias, distúrbios do sono, da alimentação, do humor.

  12. Anamnese • O que gosta de fazer nas horas de folga? • O que mais gosta e o que menos gosta na escola? • É praticante de esportes competitivos? • Que sonhos e desejos têm para o futuro?

  13. itens da anamnese • Família: estrutura e dinâmica familiar; • Educação: escolaridade, problemas; • Trabalho: profissão, horas, problemas; • Alimentação: tipo, alergias, peso; • Sexualidade: puberdade, atividade sexual, dúvidas, tabus, preconceitos; • Afeto: relacionamentos, filhos; • Ambições: projetos futuros - vida e profissão; • Uso/abuso de drogas lícitas/ilícitas; • Pensamento ou tentativa suicídio.

  14. Exame físico • Roupões-pudor, despir • Privacidade-porta fechada • Presença dos pais ou enfermagem • Maca de tamanho adequado

  15. EXAME FÍSICO-Nem sempre é possível fazê-lo completo na 1ª consulta! Itens obrigatórios • Estágio de desenvolvimento puberal-critérios de Tunner; • Avaliação do estado nutricional-IMC, Peso, altura; • Inspeção o mais completa possível-saúde bucal, pele e mucosas ; • Coluna vertebral; • Mamas; • Tireóide; • PA; • Genitais.

  16. Critérios de Tunner

  17. objetivos • Promoção à saúde integral • Identificar comportamentos de risco • Síndrome da adolescência normal • Verificar imunização • Desenvolver vínculos para o diálogo

  18. Queixas frequentes: • Obesidade Ingesta excessiva Hábitos familiares inadequados Sedentarismo Geração fastfood Consumo de doces e guloeimas

  19. Risco cardiovascular • Historia familiar positiva • HAS • Dislipidemias • Diabete melitus • Tabagismo • Estresse emocional.

  20. ANEMIAS • Ferropriva- rápida expansão do volume, hábitos nutricionais perdas menstruais; • Falciforme- jovens negros e mestiços;

  21. Doenças psicosocias • Depressão • Bulimia • Anorexia nervosa

  22. CAUSAS GINECOLÓGICAS • Ciclos irregulares-ovulação irregular-imaturidade liberação(FSH) • Dismenorréias • Vulvovaginites • HPV

  23. OUTRAS • Ginecomastia- 50% dos adolescentes; vergonha,tabu- masturbação • Enxaqueca- 10% meninas 5% meninos • Doença de Osgood Schlatter-osteocondrose mais frequente acomete tuberosidade anterior da tibia. • Dor torácica-anterior- dor da faixa dos 6 dermátomos posterior- lombalgia- escoliose • Mononucleose infecciosa- maior incidência 15-19 anos • DST-AIDS

  24. lembrar os adolescentes costumam construir no imaginário, hipertrofias deformadoras de suas dificuldades, demandando gastos inúteis de energia, sofrimento e conseqüências catastróficas para si próprios.

  25. DIFICULDADES • recusa em comparecer a consulta; • confundir hebiatra como psicologo; • dificuldades ou recusa em verbalizar os problemas; • comunicação extraverbal – gestos, olhares, atitudes; • receio de que a consulta sirva para descoberta de “segredos” pelos pais; • recusa em cumprir prescrições e de retornar às consultas e seguimentos.

  26. Consideração final • A maior habilidade de um médico de adolescente é não se deixar manipular neste jogo de tensões e busca de alianças que constitui o relacionamento de pais e filhos na crise puberal.

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