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7. I Guerra Mundial (1914-18), Revolução Russa (1917) e crise sistêmica Gilberto Maringoni – UFABC - 2014. Programação 25 de abril: Devolução das provas –
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7. I Guerra Mundial (1914-18), Revolução Russa (1917) e crise sistêmica • Gilberto Maringoni – UFABC - 2014
Programação 25 de abril: Devolução das provas – I Guerra Mundial e Revolução RussaPOLANYI, Karl, A grande transformação, Editora Campus, Rio de Janeiro, 2000, pags. 36 a 47 (Capítulo 2 – A década de 1920 conservadora; A década de 1930 revolucionária)HOBSBAWM, Eric J., A era dos extremos, Companhia das Letras, São Paulo, 1996, pags. 29 a 89 (Capítulos 1 e 2 – ‘A era da guerra total’ e ‘A revolução mundial’) 28 de abril – Crise sistêmica PARKER, Selwyn, O crash de 1929, Editora Globo, São Paulo, 2009, pags. 400 a 418 (Pósfácio)
Hobsbawm • Os quinze anos entre 1899 e 1914 foram prósperos e a vida era incrivelmente atraente para os que tinham dinheiro. As sociedades da Europa Ocidental pareciam, de maneira geral, administráveis. • Entretanto, no mundo havia áreas consideráveis onde claramente este não era o caso. Nessas regiões, aos anos de 1880 a 1914 foram um período de revoluções continuamente possíveis e reais.
A Era dos Impérios • Eric Hobsbawm • Para a maioria dos Estados Ocidentais, e na maior parte do tempo entre 1871 e 1914, uma guerra européia era uma lembrança histórica ou um exercício teórico para um futuro indefinido. A principal função dos exércitos em suas sociedades durante esse período era civil.
O século burguês desestabilizou sua periferia de dois modos principais: • 1. Solapando as antigas estruturas de suas economias e sociedades; • 2. Tornando inviáveis seus regimes e instituições políticas estabelecidos. • Dois grandes e instáveis impérios multinacionais europeus estavam a beira do colapso, a Rússia e o Habsburgo. Eles não eram muito comparáveis entre si, salvo na medida em que ambos representavam um tipo de estrutura. Eram países governados como propriedades familiares, que cada vez mais pareciam sobreviventes pré-históricos no século XIX.
Em contraste com os impérios antigos, ficavam na Europa, na fronteira entre zonas de economia desenvolvida e atrasada e, portanto, desde o início parcialmente integrados ao mundo economicamente “avançado”.
Causas da Guerra • As causas da guerra são complexas e intrincadas. Elas repousam na natureza de uma situação internacional em deterioração progressiva, que escapava cada vez mais ao controle dos governos. • Não havia interesse do mundo dos negócios na Guerra. No entanto, o desenvolvimento do capitalismo exacerbou rivalidades entre as potências e a expansão imperialista. A economia internacional não girava em torno de um único centro (GB). Seu declínio relativo era visível.
Mas havia grandes tensões não resolvidas: • A disputa pelo comando da economia mundial, num quadro de clara decadência da Grã-Bretanha. Um subproduto fora o rearmamento dos países mais ricos; • A industrialização chegara às forças armadas, através de novas e mortíferas armas com inédito poder de fogo.
O mundo da virada do século estava pautado por: • Instabilidades internacionais nos países secundários (Rússia, 1905) • Revolução turca (1908), que desestabilizou acordos no oriente médio. • A Áustria anexou a Bósnia Herzegovina, precipitando uma crise com a Russia. • A crise com o Marrocos (1911), quando a Alemanha envia uma canhoneira disposta a recuperar o porto de Agadir. • Itália ocupa Líbia em 1911 • As Guerras Balcânicas • 1912 - Tensões nacionalistas contra Império Otomano (Bulgária, Sérvia e Grécia), alimentadas pela Rússia e Áustria-Hungria – obtém territórios turcos na Europa. • 1913 – Búlgara contra Sérvia e Grécia pela disputa da Macedônia – produto da guerra anterior
Desde 1815 não houvera nenhuma guerra envolvendo as potências européias. Desde 1871, nenhuma nação européia ordenara a seus homens em armas que atirassem nos de qualquer outra nação similar.
Tecnologia: • Tanques – Em pequena escala • Aviões –de observação a bombardeios • Submarino – Entrada efetiva cerco GB • Gás - Alemães usaram gás químico em Verdun. Repulsa internacional. Convenção de Genebra. Não foi usado na II Guerra. • Antiga - táticas de infantaria – Séc XIX – Diferença: transportados de trem ou veículos motoizados. • Com a sofisticação bélica, de uma forma ou de outra, os Estados eram obrigados a garantir a existência de poderosas indústrias nacionais de armamentos, a arcar com boa parte do custo de seu desenvolvimento técnico e a fazer com que permanecessem rentáveis. Em outras palavras, tinham que proteger essas indústrias contra os vendavais que ameaçavam os navios da empresa capitalista, que singravam os mares imprevisíveis do mercado livre e da livre concorrência.
“Nos anos 1880, os produtores privados de armamento assinaram mais de um terço de seus contratos de fornecimento com as forças armadas; nos anos de 1890, 46%; nos anos 1900, 60%: o governo, incidentalmente, estava disposto a garantir-lhes dois terços.
Uma intrincada rede de alianças construídas em décadas anteriores provocava reações em cadeia diante de quaisquer tensões localizadas. Assim, a Sérvia, apoiada pela Rússia, era aliada da França e da Grã-Bretanha contra a Áustria-Hungria, que por sua vez contava com apoio alemão.
" Não admire que as empresas de armamento estivessem entre os gigantes da indústria, ou passassem a estar: a guerra e a concentração capitalista caminhavam juntas. • Krupp, na Alemanha, o rei dos canhões, empregava 16 mil pessoas em 1873, 24 mil em torno de 1890, 45 mil em torno de 1900 e quase 70 mil em 1912, quando 50 mil das famosas armas Krupp saíram da linha de produção..
As principaisnaçõesdaEuropatinham o interesse de desmembrar o decadenteImpérioTurco-Otomano, cujosrecursospetrolíferos e seudomíniosobreáreasestratégicas do OrienteMédioatraíam a cobiça das grandespotências. • Com exceção dos germânicos e húngaros, todas as outrasminoriasgovernadasporVienaerameslavas e, portanto, muitosuscetíveis à propaganda pan-eslavista.
A Rússia fomentava um nacionalismo eslavófilo buscando "implodir" o Império Austro- Húngaro e assim tornar possível a presença dos súditos de Moscou na Europa Oriental. • Havia ainda o "revanchismo" francês. Paris desejava recuperar as províncias carboníferas da Alsácia e Lorena.
A guerraocorreu entre a Tríplice Entente (aliançaformada no início do século entre Grã-Bretanha, França e Rússia) e a TrípliceAliança (pactofirmadoem 1882 pelaAlemanha, Império Austro-Húngaro e Itália).
O traço diplomático mais permanente do período 1871-1914 foi a Tríplice Aliança, na verdade era uma aliança austro-alemã, já que o terceiro participante, a Itália, logo se afastaria para finalmente se unir ao campo antialemão em 1915.
A guerracausou o colapso de quatroimpérios– Alemão, Áusto-Húngaro, Russo r Turco-Otomano - e mudou de forma radical o mapageopolíticodaEuropa e do MédioOriente. • Dinastiasimperiaiseuropéiascomo as das famílasHabsburgos, Romanov e Hohenzollern, quevinhamdominandopoliticamente a Europa e cujopodertinharaízesnasCruzadas, tambémcaíramduranteosquatroanos de guerra.
“Descobrir as origensdaPrimeira Guerra Mundial nãoequivale a descobrir "o agressor". • Elasrepousamnanatureza de umasituaçãointernacionalemprocesso de deterioraçãoprogressiva, queescapavacadavezmaisaocontrole dos governos. Gradualmente a Europafoi se dividindoemdoisblocosopostos de grandesnações.
A rivalidade entre as potências, confinada antes em grande medida à Europa e áreas adjacentes (com exceção dos britânicos), era agora global e imperial fora a maior parte das Américas, destinada com exclusividade à expansão imperial dos EUA pela Doutrina Monroe de Washington. • Agora era igualmente provável que as disputas internacionais que tinham que ser resolvidas, para não degenerarem em guerras, ocorressem em qualquer parte do mundo.
Em duas ocasiões (1905 e 1911), a Europa quase foi à guerra, em meio a um braço de ferro entre franceses e alemães pela posse do Marrocos. • O decadente Império Otomano era terreno fértil para disputas entre potências européias por mais mercado, fontes de matéria prima e mão de obra barata.
No início dos anos 1910, a tentativa de uma ex-província turca de população eslava, a Sérvia – com apoio da Rússia – de unificar todos os povos eslavos sob seu comando deu origem a duas Guerras Balcânicas (1912-13).
A partir de 1905, a desestabilização da situação internacional, como conseqüência da nova vaga de revoluções na periferia das sociedades plenamente "burguesas", acrescentou material inflamável novo a um mundo que já estava prestes a pegar fogo. • Houve a revolução russa de 1905, que deixou o Império Czarista temporariamente incapacitado, encorajando a Alemanha a insistir em suas reivindicações no Marrocos, intimidando a França.
Dois anos depois, a Revolução Turca destruiu os acordos, cuidadosamente construídos, que visavam ao equilíbrio internacional no sempre explosivo Oriente Próximo. • A Áustria aproveitou a oportunidade para anexar formalmente a Bósnia-Herzegovina (que anteriormente apenas administrava), precipitando assim uma crise com a Rússia, resolvida apenas com a ameaça de um apoio militar alemão à Áustria.
A terceira grande crise internacional, em torno do Marrocos em 1911, tinha reconhecidamente pouco a ver com a revolução e tudo a ver com o imperialismo e com as duvidosas operações de homens de negócios piratas, que perceberam suas múltiplas possibilidades.
A Alemanha enviou uma canhoneira disposta a se apoderar do porto de Agadir, ao sul do Marrocos, no intuito de obter alguma "compensação" dos franceses por seu "protetorado" iminente sobre o Marrocos, mas foi forçada a recuar pelo que pareceu ser uma ameaça britânica, a de ir à guerra do lado dos franceses; irrelevante se isso foi mesmo proposital ou não. • Apesar das tensões, havia por parte dos líderes das grandes potências o interesse de se evitar uma guerra total.
Razões profundas • Colapso padrão-ouro • O colapso do padrão-ouro internacional na virada do século foi o elo entre a desintegração da economia mundial e a transformação que adviria após 1930. O padrão ouro não era ma instituição meramente econômica, ele organizava as finanças, a economia, a politica e a sociedade. • A dissolução do sistema econômico mundial que se processava desde 1900 foi responsável pela tensão política que explodiu em 1914.
O que empurrou o mundo para uma rivalidade insolúvel – desenvolvimento do capitalismo. • Vale aqui a reflexão de Arrighi. O que impulsiona os Estados para a conquista territorial – e para a Guerra – não é a lógica territorialista. • É a lógica capitalista. Mais do que nunca a reprodução do capital – o lucro – é o fim. A base territorial é o meio.
A guerra em si era aceitável somente na medida em que não interferisse nos "negócios como de costume”. • De fato, por que os capitalistas mesmo os industriais, com a possível exceção dos fabricantes de armas desejariam perturbar a paz internacional, quadro essencial de sua prosperidade e expansão, se o tecido da liberdade internacional para negociar e o das transações financeiras dependiam dela?
No entanto, o desenvolvimento do capitalismo empurrou o mundo, inevitavelmente, em direção a uma rivalidade entre os Estados, à expansão imperialista, ao conflito e à guerra.
Após 1870, como os historiadores mostraram, "a passagem do monopólio à concorrência talvez tenha sido o fator isolado mais importante na preparação da mentalidade propícia ao empreendimento industrial e comercial europeu. • Crescimento econômico também era luta econômica, luta que servia para separar os fortes dos fracos, para desencorajar alguns e endurecer outros, para favorecer as nações novas e famintas às custas das antigas.
A economia mundial deixara totalmente de ser, como fora em meados do século XIX, um sistema solar girando em torno de uma estrela única, a Grã-Bretanha. • Embora as transações financeiras e comerciais do planeta ainda, na verdade cada vez mais, passassem por Londres, a Grã-Bretanha já não era, evidentemente, a "oficina do mundo", nem seu principal mercado importador. Ao contrário, seu declínio relativo era patente.
Um certo número de economias industriais nacionais agora se enfrentavam mutuamente. Sob tais circunstâncias, a concorrência econômica passou a estar intimamente entrelaçada com as ações políticas, ou mesmo militares, do Estado. • O ressurgimento do protecionismo no período 1853-96 foi a primeira conseqüência dessa fusão.
O traçocaracterísticodaacumulaçãocapitalista era justamentenãoterlimite. • As "fronteirasnaturais" da Standard Oil, do Deutsche Bank, da De Beers Diamond Corporation estavamsituadasnosconfins do universo, ou antes, noslimites de suacapacidade de expansão.
Foi este aspecto dos novos padrões da política mundial que desestabilizou as estruturas da política mundial tradicional. • Enquanto o equilíbrio e a estabilidade permaneciam como a condição fundamental das nações européias em suas relações recíprocas, em outros lugares nem as mais pacíficas hesitavam em recorrer à guerra contra os fracos.
Lenin 1916 – Imperialismo, fase suprema do capitalismo. • Para Vladimir Lênin (1870-1924) não se poderia acalentar a esperança de que a paz entre os povos viesse a imperar na ordem imperialista. "No terreno do capitalismo, - perguntava ele - que outro meio poderia haver, a não ser a guerra, para eliminar a desproporção existente entre o desenvolvimento das forças produtivas e a acumulação de capital, por um lado, e, por outro lado, a partilha das colônias e das 'esferas de influência' do capital financeiro?"
“Nestabrochura, prova-se que a guerra de 1914-1918 foi, de ambos oslados, umaguerraimperialista (isto é, umaguerra de conquista, de pilhagem e de rapina), umaguerrapelapartilha do mundo, peladivisão e redistribuição das colónias, das «esferas de influência», do capital financeiro, etc”.
“É que a prova do verdadeiro caracter social ou, melhor dizendo, do verdadeiro caracter de classe de uma guerra não se encontrará, naturalmente, na sua história diplomática, mas na análise da situação objetiva das classes dirigentes em todas potências beligerantes. • Para refletir essa situação objetiva há que colher não exemplos e dados isolados (dada a infinita complexidade dos fenómenos da vida social, podem-se encontrar sempre os exemplos ou dados isolados que se queira susceptíveis de confirmar qualquer tese), mas sim, obrigatoriamente, todo o conjunto dos dados sobre os fundamentos da vida económica de todas as potências beligerantes e do mundo inteiro”.
“A particularidade fundamental do capitalismo moderno consiste na dominação exercida pelas associações monopolistas dos grandes patrões. Estes monopólios adquirem a máxima solidez quando reúnem nas suas mãos todas as fontes de matérias-primas, e já vimos com que ardor as associações internacionais de capitalistas se esforçam por retirar ao adversário toda a possibilidade de concorrência, por adquirir, por exemplo, as terras que contêm minério de ferro, os jazigos de petróleo, etc.
A posse de colônias é a única coisa que garante de maneira completa o êxito do monopólio contra todas as contingências da luta com o adversário, mesmo quando este procura defender-se mediante uma lei que implante o monopólio do Estado. Quanto mais desenvolvido está o capitalismo, quanto mais sensível se toma a insuficiência de matérias-primas, quanto mais dura é a concorrência e a procura de fontes de matérias-primas em todo o mundo, tanto mais encarniçada é a luta pela aquisição de colônias”.
“Os monopólios, a oligarquia, a tendência para a dominação em vez da tendência para a liberdade, a exploração de um número cada vez maior de nações pequenas ou fracas por um punhado de nações riquíssimas ou muito fortes: tudo isto originou os traços distintivos do imperialismo, que obrigam a qualificá-lo de capitalismo parasitário, ou em estado de decomposição. Cada vez se manifesta com maior relevo, como urna das tendências do imperialismo, a formação de "Estados" rentistas, de Estados usurários, cuja burguesia vive cada vez mais à custa da exportação de capitais e do "corte de cupões".
Seria um erro pensar que esta tendência para a decomposição exclui o rápido crescimento do capitalismo. Não; certos ramos industriais, certos setores da burguesia, certos países, manifestam, na época do imperialismo, com maior ou menor intensidade, quer uma quer outra dessas tendências. No seu conjunto, o capitalismo cresce corri uma rapidez incomparavelmente maior do que antes, mas este crescimento não só é cada vez mais desigual como a desigualdade se manifesta também, de modo particular, na decomposição dos países mais ricos em capital (Inglaterra)”.
A estopim Em 28 de Junho de 1914 o Arquiduque Francisco Ferdinando, sobrinho do Imperador Francisco José e herdeiro do trono Austro-Húngaro e sua esposa Sofia, duquesa de Hohenburg, foram assassinados em Sarajevo, então parte do Império Austro-Húngaro.
A conspiração envolveu Gavrilo Princip, um estudante sérvio que fazia parte de um grupo de quinze assaltantes que formavam o grupo Bósnia Jovem, que atuava em conjunto com o grupo ultra-nacionalista Mão Negra. Gradativamente a Europa foi se dividindo em dois blocos e derivavam da entrada em cena do Império Alemão unificado entre 1864-71.
O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando aparentemente detonou um confronto inimaginável. • A Sérvia sempre pode contar com o respaldo da Rússia e esta, da França, Grã-Bretanha e simpatia dos EUA. A Austro-Hungria era aliada dos alemães. • Um primeiro movimento – patrocinado pela Grã-Bretanha – para resolver pacificamente o problema do assassinato malogrou. • A Alemanha invade a Bélgica, a caminho da França, em agosto de 1914.
Duas frentes Ocidente – França (prioridade alemã), Balcãs (por conta das pendencias da Austria-Hungria). Tornou-se o palco dos maiores massacres vistos até então. Objetivo alemão – Liquidar rapidamente a França (o que quase conseguiu, como em 1940) e partir para a Russia. Quase deu certo. O avanço foi detido no rio Marne, seis semanas após a declaração de guerra, próximo a Paris, em 9 de setembro de 1914: Envolveu 2 milhões de homens (franceses e britânicos contr alemães) ao longo de 300 quilômetros. Sem um vencedor claro, mas com o avanço alemão impedido, os franceses, ingleses e belgas improvisaram uma extensa linha de trincheiras, que mantiveram a posição até quase o final da guerra. Milhões de homens conviveram ali, entre lama, privações, neve e ratos. Oriente – Rússia