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PSICO-ANÁLISE E Sexologia Forense aula - 4

Prof. Ms .Valter Barros Moura. PSICO-ANÁLISE E Sexologia Forense aula - 4. Em Direito, crimes sexuais são denominados crimes contra a liberdade sexual Estupro Atentado violento ao pudor Segundo o Código Penal, são atos sexuais: Conjunção carnal Ato libidinoso. Crimes Sexuais.

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PSICO-ANÁLISE E Sexologia Forense aula - 4

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  1. Prof. Ms.Valter Barros Moura PSICO-ANÁLISE E Sexologia Forenseaula - 4

  2. Em Direito, crimes sexuais são denominados crimes contra a liberdade sexual • Estupro • Atentado violento ao pudor • Segundo o Código Penal, são atos sexuais: • Conjunção carnal • Ato libidinoso Crimes Sexuais

  3. Os crimes antes considerados atentado violento ao pudor, enquadrados no Artigo 214 do Código Penal, são contemplados agora no Artigo 213, referente ao estupro. Com isso, estupro e atentado violento ao pudor, que eram dois crimes autônomos com penas somadas, devem resultar na aplicação de uma única pena. Há o risco de as penas serem menores. Antes era aplicado concurso material de delitos. Quem praticou [de forma forçada] sexo vaginal [que era estupro] e depois oral [que era atentado violento ao pudor] podia receber seis anos por causa de cada delito. A condenação pelos dois delitos com penas somadas, agora passaram a ser a mesma coisa. Crimes Sexuais

  4. A unificação dos crimes de estupro e atentado violento ao pudor vai na contramão de uma decisão tomada em 18 de junho de 2009 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quando os ministros da Corte decidiram por seis votos a quatro que atentado violento ao pudor e estupro não são crimes continuados. Pela manifestação do STF, quem praticar os dois crimes deve ter as penas somadas, já que os delitos, embora ambos sejam crimes sexuais, não são da mesma espécie Crimes Sexuais

  5. Também chamada de: • Cópula • Coito • Imissio penis in vaginam. É a relação entre homem e mulher, caracterizada pela penetração do pênis na vagina, com ou sem ejaculação (“imissio seminis”). Conjunção carnal

  6. conjunção carnal: (ato libidinoso por excelência) • atos libidinosos diversos da conjunção carnal: • Cópulas ectópicas • Atos orais • Atos manuais Atos Libidinosos

  7. Cópulas ectópica: cópulas fora da vagina: • cópula anal • Cópula retal • Cópula vulvar (cópula vestibular ou “ad introitum”) • Cópula oral ou felação • Cópula entre as coxas • Atos orais: • felação • cunilíngua (sexo oral na genitália feminina) • beijos e sucções nas mamas, coxas ou outras regiões de conotação sexual • Atos manuais: • masturbação e • manipulações eróticas de todos os tipos Atos Libidinosos

  8. “Art. 213. Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça” Conjunção carnal é o ato sexual convencional: cópula vaginal (coito pênis/vagina) Somente mulher pode ser vítima desta espécie delituosa, podendo, no entanto, ser indiciada como co-autora Estupro

  9. Violência • Concurso de força física e de emprego de meios capazes de privar ou perturbar o entendimento da vítima impossibilitando-a de reagir ou de se defender • Tipos de violência: • Efetiva • Presumida Estupro

  10. Violência Efetiva • Física: a lei exige que o agressor tenha agido de forma violenta, anulando ou enfraquecendo a oposição (resistência física) da vítima • Psíquica: • o agente conduz a vítima a uma forma de não resistência por inibição ou enfraquecimento das faculdades mentais • embriaguez completa • anestesia • estados hipnóticos • drogas alucinógenas (“Boa noite Cinderela”) Estupro

  11. Violência Presumida 3 situações: Menor de 14 anos Vítima alienada ou débil mental e o agente conhecia esta circunstância Qualquer causa que impeça a vítima de resistir Estupro

  12. Grave Ameaça Promessa de um mal maior Forma de violência moral Vítima impossibilitada pelo medo, angústia ou pavor de esboçar uma resistência Estupro

  13. Objetivos Periciais • Comprovar a cópula vaginal, e neste caso há três situações: • Na mulher virgem • Na mulher com vida sexual pregressa • Na adolescente com vida sexual pregressa Perícia no Estupro

  14. Exame do Hímen Perícia no Estupro

  15. No exame, o hímen pode estar: Íntegro Com rotura completa Com rotura incompleta Com agenesia (ausência congênita) Complacente Reduzido a carúnculas mitriformes (ocorre em mulheres que pariram) Exame do Hímen

  16. Hímens rotos quanto à cicatrização: Rotura de data recente: (até cerca de 20 dias) Rotura antiga ou cicatrizada Quando se afirma que a rotura é antiga isto significa que ocorreu há mais de 20 dias Exame do Hímen

  17. Este permite a conjunção carnal sem que se rompa o hímem, em virtude de sua elasticidade. Pressume-se que 10% dos hímens são complacentes e este conceito relativo também interdepende da relação espessura do pênis e largura da vagina. Hímen complacente

  18. Geralmente se rompe na primeira conjunção carnal. • Pode ocorrer rompimento na: • Masturbação • Colocação de corpo estranho • Colocação de absorvente íntimo • O seu exame não constitui tarefa pericial fácil, podendo levar o perito a equívocos • O exame macroscópico, sem colposcópio, falha em 10% dos casos Considerações periciais sobre o hímen

  19. Dificuldades periciais: • Hímens de difícil exame: • Infantis • Franjados • Complacentes • Diagnóstico diferencial entre: • rupturas completas, incompletas e entalhes congênitos • rupturas recentes e cicatrizadas • Reconhecimento de vestígios indicativos de • cópula vulvar • toque digital Considerações periciais sobre o hímen

  20. A Perícia deve buscar provas de ejaculação (sêmen) Presença de espermatozóides no líquido seminal Fosfatase ácida (indício) Proteína P30 (PSA) Mulher com vida sexual pregressa

  21. É uma enzima normalmente presente em alguns órgãos, tecidos e secreções em teor normal • O líquido seminal contém grandes teores de fosfatase ácida • O achado de altos teores de fosfatase ácida na vagina é indicativo de sêmen (ejaculação) e, por conseguinte, de conjunção carnal (penetração vaginal) Fosfatase Ácida

  22. A P30 é uma glucoproteína produzida pela próstata e idêntica ao PSA - Antígeno Prostático Específico (marcador do câncer da próstata), cuja presença no sêmen independe de haver ou não espermatozóides • Sua verificação no fluído vaginal é teste de certeza quanto à presença de sêmen na amostra estudada (ejaculação) • Obs.: Pode ocorrer estupro sem que tenha havido ejaculação (sem sêmen) ou o sêmen encontrado na vítima pode ser oriundo de penetração consensual anterior Teste Proteína P30 (PSA)

  23. Lesões genitais (contusões, lacerações), decorrentes da • violência da penetração • desproporção de tamanho entre pênis e vulva e vagina (no caso de crianças) • podem fundamentar o diagnóstico de • conjunção carnal • ato libidinoso Lesões genitais

  24. Pêlos genitais • Pêlos pubianos soltos encontrados • na região pubiana • na região vulvar • sobre o corpo da vítima • na roupa íntima ou de cama desde que comprovada sua origem como sendo de outra pessoa, é indicativo de relação sexual • Manchas de sêmen • Quando presente nas vestes, em roupas íntimas ou de cama, constituem achado comum e importante da ocorrência de crimes de natureza sexual

  25. O diagnóstico de maior certeza consiste na confirmação da presença do elemento figurado do esperma (espermatozóide). • A constatação da presença de um único espermatozóide em cavidade vaginal é prova de conjunção carnal. • A confirmação da presença do esperma (sêmen) na cavidade vaginal é importante no diagnóstico da conjunção carnal nos casos de hímen complacente ou de desvirginadas. Mulher com vida sexual pregressa

  26. Reação de Florence • Métodos de Barbério e de Bacchi • Presença de Fosfatase Ácida (orientação) • Glicoproteína P30/PSA (certeza) Testes para identificar esperma

  27. A presença de sêmen na vagina é confirmada em amostras de fluído vaginal pelo achado de espermatozóides • bastando apenas um ou poucos deles • móveis ou não • com ou sem cauda • A coleta deve ser cuidadosa (swab = cotonete) com exames a fresco e com coloração pela Técnica Christmas Tree ou hematoxilina-eosina. Espermatozóides

  28. A conjunção carnal poderá também ser comprovada com base na constatação de gravidez O prazo máximo legal da gravidez é de 300 dias Gravidez

  29. Considera-se aborto, em Medicina Legal, a interrupção da gravidez, por morte do concepto em qualquer época da gestação, antes do parto Para se caracterizar o aborto é necessário e suficiente que se comprove a morte do concepto ainda dentro do corpo da gestante ABORTO

  30. É a morte do recém-nascido provocada pela própria mãe, sob estado de transtorno mental, decorrente do trabalho de parto ou puerpério (estado puerperal) Para se admitir o infanticídio, é indispensável que o recém-nascido seja morto pela própria mãe Para se tipificar o infanticídio é indispensável, em tese, a comprovação do nascimento com vida A docimásia hidrostática de Galeno é utilizada para comprovar o nascimento com vida (pulmão colocado em vasilha com água, se flutuar existiu respiração = vida) A positividade das docimásias de Galeno depende, essencialmente da respiração do feto, ao nascer INFANTICÍDIO

  31. Demonstrar a conjunção carnal ou penetração vaginal A ausência de consentimento, pelos sinais de violência efetiva ou presumida Se possível, obter uma relação de provas biológicas que permitam identificar o estuprador Objetivos periciais no estupro

  32. Art. 214. “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal”. Atentado violento ao pudor

  33. formas mais freqüentes: • retal (sodomia) • bucal (felação) • comumente associadas ao estupro • às vezes com participação de mais de um agente • não raro seguindo-se homicídio Atentado violento ao pudor

  34. Objetivos Periciais: Caracterizar o ato libidinoso Comprovar a violência efetiva ou presumida Se possível obter uma relação de provas biológicas que permitam identificar o agente Atentado violento ao pudor

  35. São disfunções qualitativas ou quantitativas do desejo e instinto sexual. Nesse aspecto, temos as Parafilias ou as Disfunções de Gênero, cujos sintomas podem ser de ordem de: • perturbação psíquica • fatores orgânicos glandulares ou • simplesmente questão de preferência sexual Transtornos da sexualidade

  36. Anafrodisia. É a diminuição ou deterioração do instinto sexual no homem. Geralmente é acarretada por ma doença nervosa ou glandular. Frigidez. Distúrbio do instinto sexual que se caracteriza pela diminuição do apetite sexual na mulher. As causas podem ser traumas, baixa auto-estima ou rejeição. Anorgasmia. Disfunção sexual rara. Caracteriza-se pela condição de o homem não alcançar o orgasmo. Algumas culturas utilizam-se desta prática voltada para o auto-conhecimento (Tantra). Transtornos da sexualidade

  37. Hipererotismo. Tendência abusiva dos atos sexuais. Pode ser classificado como satirismo nos homens e ninfomania nas mulheres. Auto-erotismo. Coito sem parceiro, apenas na contemplação ou na presença da pessoa amada (coito Psíquico de Hammond) Erotomania. Forma mórbida de erotismo no qual o indivíduo é levado por uma idéia fixa de amor e tudo nele gira em torno dessa paixão, que domina e avassala todos os seus instantes Transtornos da sexualidade

  38. Frotteurismo. Trata-se de um desvio da sexualidade em que os indivíduos se aproveitam de aglomerações em transportes públicos ou em outros locais de aglomeração com o objetivo de esfregar ou encostar seus órgãos genitais, principalmente em mulheres, sem que a outra pessoa ou identifique suas intenções. Com o advento da internet, há pessoas que marcam locais e horários para tal prática. Exibicionismo. É a obsessão de indivíduos levados pelo impulso de mostrar seus órgãos genitais, sem convite para a cópula, apenas para obter um prazer incontrolável de mostra-se a outros. Geralmente tratam-se de indivíduos com baixa auto-estima. Narcisismo. É a admiração obsessiva pelo culto ao próprio ou da própria personalidade e cuja excitação sexual tem como referência si próprio(a). Transtornos da sexualidade

  39. Voyeurismo ou Mixoxcopia. É um transtorno da preferência sexual que se caracteriza pelo prazer erótico despertado em certos indivíduos em presenciar o coito de terceiros. Fetichismo. Amor por uma determinada parte do corpo ou por objetos pertencentes à pessoa amada Lubricidade senil. Manifestação sexual exagerada, em determinadas idades, sendo sempre sinal de perturbações patológicas, como demência senil ou paralisia geral progressiva. Costuma surgir em pessoas cuja longa existência foi honesta e correta Transtornos da sexualidade

  40. Pluralismo. Também chamado de troilismo ou “ménage à trois”. Consiste na prática sexual em que participam três ou mais pessoas. No Brasil é chamado de suruba Swapping. Prática heterossexual que se realiza entre integrantes de dois ou mais casais. Conhecido como troca de casais Gerontofilia. Também chamada crono-inversão. Consiste na atração de indivíduos jovens por pessoas de excessiva idade Transtornos da sexualidade

  41. Cromo-inversão. Seria a propensão erótica de certos indivíduos por outros de cor diferente. Torna-se grave quando se torna obsessivo e compulsivo Etno-inversão. É uma variante da anterior sendo a manifestação erótica por pessoas de raças diferentes Riparofilia. Manifesta-se pela atração de certos indivíduos por pessoas desasseadas, sujas, de baixa condição social e higiênica. Mais comum no homem Transtornos da sexualidade

  42. Dolismo. Termo vem de “doll” (boneca). É a atração que o indivíduo tem por bonecas e manequins, olhando ou exibindo-as, chegando a ter relações com ela Donjuanismo. Personalidade que se manifesta compulsivamente às conquista amorosas, sempre de maneira ruidosa e exibicionista Travestismo. Ocorre em indivíduos heterossexuais que se sentem impelidos a vestir-se com roupas do sexo oposto, fato este que lhe rende gratificação sexual. Transtornos da sexualidade

  43. Urolagnia. Consiste na excitação de ver alguém no ato da micção ou apenas em ouvir o ruído da urina ou ainda urinando sobre a parceira ou esta sobre o parceiro Coprofilia. É a perversão em que o ato sexual se prende ao ato da defecação ou ao contato das próprias fezes. Observar o ato de defecar causa excitação à estas pessoas Clismafilia. Preferência sexual pelo prazer obtido pelo indivíduo que e introduz ou faz introduzir grande quantidade de água ou líquidos no reto, sob a forma de enema ou lavagem Transtornos da sexualidade

  44. Coprolalia. Consiste na necessidade de alguns indivíduos em proferir ou ouvir de alguém palavras obscenas a fim de excitá-los. Podem ser ditas antes ou depois do coito no intuito de alcançarem o orgasmo Edipismo. É a tendência ao incesto, isto é, o impulso do ato sexual com parentes próximos Bestialismo. Chamado também de zoofilismo, é a satisfação sexual com animais domésticos Transtornos da sexualidade

  45. Onanismo. É o impulso obsessivo à excitação dos órgãos sexuais, comum na puberdade. É a masturbação, atribuindo o nome de Onan, personagem bíblico que nada tinha a ver com a masturbação Vampirismo. Satisfação erótica quando na presença de certa quantidade de sangue, ou, em algumas vezes, obtida através de mordeduras na região lateral do pescoço Necrofilia. Manifesta-se pela obsessão e impulso de praticar atos sexuais com cadáveres Transtornos da sexualidade

  46. Sadismo. Desejo e dor com o sofrimento da pessoa amada, exercido pela crueldade do pervertido, podendo chegar à morte. Também chamado de algolagnia ativa Masoquismo. É a busca de prazer sexual pelo sofrimento físico ou moral. Também chamado de algolagnia passiva Pigmalionismo. É o amor desvairado pelas estátuas. Difere muito pouco do dolismo Transtornos da sexualidade

  47. Pedofilia. Perversão sexual que se manifesta pela predileção erótica por crianças, indo desde os atos obscenos até a prática de atos libidinosos, denotando comprometimento psíquico Transexualismo. É um transtorno da identidade sexual, também chamado de síndrome disforia sexual Transtornos da sexualidade

  48. Trata-se da incapacidade de se realizar o ato sexual necessário à procriação e à preservação da espécie. Neste aspecto temos a: • COEUNDI: normalmente aplicada a ambos os sexos por defeitos genéricos. • GENERANDI: típica masculina -incapacidade de fertilização (gerar descendência). • CONCIPIENDI: típica feminina, que se traduz na incapacidade de concepção (conceber). IMPOTÊNCIA SEXUAL

  49. COEUNDI: compromete a capacidade de conjugação, cujas causas podem ser: INSTRUMENTAL: defeitos do órgão em si, relativos ao volume, tamanho ou ausência do órgão ou presença de tumores. FUNCIONAL: defeitos no funcionamento do órgão (disfunção erétil): ORGANOFUNCIONAL: • Fisiológica: idade • Fisiopática: disfunções endócrinas • Orgânica: doenças físicas (lesões nervosas) PSICOFUNCIONAL: alterações psíquicas – inibição sexual inconsciente. IMPOTÊNCIAS MASCULINAS

  50. CONCIPIENDI ou GENERANDI = ESTERILIDADE: impossibilidade de procriação. • PSEUDO-IMPOTÊNCIA:(impotência emocional): são fracassos sexuais passageiros motivados pelo nervosismo, desejos prolongados ou timidez excessiva. IMPOTÊNCIAS MASCULINAS

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