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Rainha dos Anjos. A Ladainha de Nossa Senhora chega agora em sua reta final. Comentamos cada uma das invocações. Agora invocaremos doze vezes Maria com o título de Rainha. Começa com Rainha dos Anjos e termina com Rainha da Paz. O número doze é rico em simbolismo.
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A Ladainha de Nossa Senhora chega agora em sua reta final. Comentamos cada uma das invocações. Agora invocaremos doze vezes Maria com o título de Rainha. Começa com Rainha dos Anjos e termina com Rainha da Paz. O número doze é rico em simbolismo.
Lembra as doze tribos de Israel e, principalmente, os doze apóstolos, sobre fundamento dos quais Jesus construiu a sua Igreja. Lembra o texto do Apocalipse que diz: “Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1).
Naturalmente Deus não escolheu uma Rainha para dela fazer nascer o rei dos Reis. Jesus nunca foi Rei por sua mãe ser uma rainha. Ao contrário, Deus subverte a lógica humana, ao nascer na periferia da periferia, de uma jovem que o céu chamou de agraciada: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” Na realidade o que aconteceu é que Maria herdou a realeza de seu filho… caso único na história. Ela foi serva e por isso é rainha!
Podemos dizer então que Jesus não é o Filho da Rainha, mas ela que é a mãe do Rei. Mas não podemos negar que Maria é chamada de Rainha em toda a Tradição da Igreja. No tempo Pascal rezamos o Regina Coeli. No final do Rosário rezamos a Salve Rainha.
A ladainha mariana exagera no reinado de Maria, chamando-a até de Rainha dos Apóstolos (Regina Apostolorum). Temos até mesmo uma esclarecedora Encíclica de Pio XII (1954), sobre a realeza de Maria: Ad CaeliReginam(Sobre a realeza de Maria e a Instituição da sua festa). No fundo o santo padre expõe a doutrina tomista de manter-se no equilíbrio, evitando o maximalismo e o minimalismo marianos.
O título de “rainha” vem na Tradição intimamente conexo com o de “senhora”, que poderia parecer bem mais equívoco, pois somente Jesus é o “Senhor”. A encíclica se reporta a Maria como rainha com expressões como: Mãe do Rei divino, bem-aventurada rainha virgem Maria, Mãe do céu, Mãe do meu Senhor, mãe do Rei, Virgem augusta e protetora, rainha e senhora,
Mãe do Rei de todo o universo, Mãe virgem, [que] deu à luz o Rei do todo o mundo, “senhora”, “dominadora” e “rainha”, “Senhora dos mortais, santíssima Mãe de Deus, rainha do gênero humano”, “Senhora de todos aqueles que habitam a terra”, “rainha, protetora e senhora”, “senhora de todas as criaturas”, “ditosa rainha”, “rainha eterna junto do Filho Rei”, “rainha de todas as coisas criadas,”
“Rainha do mundo e senhora do universo Mãe e Rainha”, “Mãe do Rei dos reis”, etc. Todos estes títulos apenas encontram justificativa na íntima união entre Maria e seu Filho Jesus, no horizonte da doutrina da recapitulação já delineada por Santo Irineu no século II. É por isso que Pio XII afirma de modo bastante claro: “É certo que no sentido pleno, próprio e absoluto, somente Jesus Cristo, Deus e homem, é rei”;
“Mas também Maria – de maneira limitada e analógica, como Mãe de Cristo-Deus e como associada à obra do divino Redentor, à sua luta contra os inimigos e ao triunfo deles obtido participa da dignidade real. De fato, dessa união com Cristo-Rei deriva para ela tão esplendente sublimidade, que supera a excelência de todas as coisas criadas:
dessa mesma união com Cristo nasce aquele poder real, pelo qual ela pode dispensar os tesouros do reino do Redentor divino; finalmente, da mesma união com Cristo se origina a inexaurível eficácia da sua intercessão junto do Filho e do Pai” (nº 37). A partir destas justificativas e advertências, Pio XII institui a festa de Maria Rainha, no dia 31 de maio.
Exercendo sua realeza intimamente unida ao senhorio universal de seu Filho, Maria é Rainha do céu e da terra. Por isso, ao invocar Maria como Rainha dos Anjos, reconhecemos que ela é rainha também na esfera da Igreja Triunfante, acima de todos os santos e até mesmo de todos os anjos. De alguma forma esta invocação nos lembra o dogma da Assunção, onde a reconhecemos como Maria da Glória.
Pessoalmente tenho muita simpatia por esta invocação, pois minha mãe se chama Maria da Glória e nasceu nas vésperas da Festa da Assunção, no dia 14 de agosto. Existem muitas outras “maria”… mas lembro apenas as “Maria dos Anjos”. É um jeito que o povo tem de eternizar a verdade que o céu já conhece. Maria é Rainha dos Anjos.
Texto – Internet – Música – Senhora e Rainha Pe. Zezinho Imagens – Google – Formatação – Altair Castro