Fundação Municipal de Educação e Cultura de Santa Fé do Sul (Funec)

1. Fundação Municipal de Educação e Cultura de Santa Fé do Sul (Funec) Metodologia da Pesquisa Científica Educação Física Prof. Dr. Antônio Vieirajr

2. Métodos e técnicas de investigaçãorelacionados ao projeto de pesquisa Nessa seção, o aluno-pesquisador deverá esboçar a trajetória que seguirá ao longo de sua atividade de pesquisa. Para tanto deverá destacar: Onde fazer? Como? Com quê? Quando? Quanto?Quem? É descrição detalhada do método a ser empregado no desenvolvimento do TCC, de forma ordenada, e todos os procedimentos a serem utilizados, na condução da investigação científica. Consiste em descrever o tipo de pesquisa, os procedimentos técnicos, os instrumentos de coleta de dados questionários, testes, análise de dados (conteúdo), a população e amostragem etc. Local da pesquisa, O projeto precisa ter consistência lógica (coerência interna e externa), deve ser simples, claro e verificável. É a etapa da adequação metodológica conforme as características da pesquisa a ser realizada. O primeiro passo é definir a natureza da pesquisa quantos aos objetivos.

3. Projeto de pesquisa Objetivo Traçar um caminho eficaz que o conduza a atingir os objetivos a que se propõe. Dividi-se: O que fazer definição do tema, objeto de estudo e problema Porque fazer justificativa da escolha do tema, objeto de estudo, relevância da pesquisa. Para quem fazer objetivos geral e específicos. Onde fazer local/campo da pesquisa. Como fazer metodologia. Com que fazer recursos necessários. Quando fazer cronograma de execução, atividades. Com quanto fazer orçamento. Quem vai fazer equipe

4. Natureza da pesquisa Primeiro passo a) Pesquisa exploratória. b) Pesquisa descritiva. c) Pesquisa explicativa. Próximo passo É escolher a tipologia da pesquisa, não se esquecer em qual linha de Pesquisa ela se enquadra. Não confundir a natureza com a tipologia. A primeira é a área de Pesquisa; a segunda é subárea.

5. Tipologia da pesquisa a) Pesquisa bibliográfica. b) Pesquisa documental. c) Pesquisa experimental. d) Levantamento. e) Estudo de campo. f) Estudo de caso. g) Pesquisa-ação. h) Pesquisa participante. i) Experimental. j) Quase-experimental. k) Ex-post facto.

6. Métodos científicos (clássicos) Método (origem grega) metá = através de odós = caminho Método Científico é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros –, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.”(LAKATOS E MARCONI, 2006, p. 106) De acordo com Lakatos e Marconi (2006, p.106), eles, os métodos, são subdividimos em: de abordagem e de procedimentos.

7. Abordagem/dedutiva Dedutivo Parte de teorias e leis mais gerais ao específico (particular). Descartes, século 17. Macro Micro (conceito) Todo graduado tem diploma. O administrador de empresa tem diploma,. Lógico, todos têm diplomas.

8. Abordagem/indutiva b) Indutivo O estudo ou abordagem dos fenômenos caminha para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias gerais. Galileu e Bacon, século 17. Micro Macro (conceito) • Todos administradores graduados têm diploma. • Logo, todos formados têm diploma.

9. Abordagem/hipotético-dedutiva d) Hipotético-dedutivo Conhecimento prévio. Formula hipótese e, pelo processo dedutivo, testa a ocorrência de fenômenos abrangidos pela hipótese. Formula a possibilidade de uma lacuna em um determinado nível de conhecimento, lança hipóteses que a possam preencher e, dedutivamente, testa as hipóteses. Cria um problema. Propõe mudanças. Refuta (rejeita) pela tentativa de observação e experimentação. Hipótese pode ser falseável e refutável, mas não perde a validade da pesquisa.

10. Abordagem/dialética e) Dialético: Penetra no mundo dos fenômenos pela sua ação recíproca, da contradição inerente de abordagem e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade. Materialismo dialético (Marx) Dialética. Segundo Aurélio (Virtual) [Do gr. dialektiké (téchne), pelo lat. dialectica.] Substantivo feminino. 1.Filos. Arte do diálogo ou da discussão, quer num sentido laudativo, como força de argumentação, quer num sentido pejorativo, como excessivo emprego de sutilezas. 2.Filos. Desenvolvimento de processos gerados por oposições que provisoriamente se resolvem em unidades. 3.Hist. Filos. Conforme Hegel (v. hegelianismo), a natureza verdadeira e única da razão e do ser que são identificados um ao outro e se definem segundo o processo racional que procede pela união incessante de contrários — tese e antítese — numa categoria superior, a síntese. 4.Hist. Filos. Segundo Marx (v. marxismo), o processo de descrição exata do real.

11. Abordagem/quantitativa f) Quantitativo É um estudo estatístico que visa descrever as características de um determinado grupo ou objeto de estudo. Este tipo de pesquisa permite uma coleta de dados através de amostras, além de realizar um levantamento de um grande volume de dados, pois adota um processo de pesquisa mais formal e estruturado. A análise de dados é baseada em estatísticas (freqüências, médias, modas, medianas ou desvios-padrão). Verbos utilizados como objetivo: descrever, expor, explicar, desenvolver. Instrumentos de coleta (técnica) 1) questionário. Conjunto de questões pré-estabelecidas, sistemática e seqüencial dispostas em itens que constituem o tema da pesquisa, como o objetivo de suscitar dos informantes respostas por escrito ou verbalmente sobre o assunto que os informantes saibam opinar ou informar. 2) formulário. Roteiro de perguntas enunciadas pelos entrevistados e preenchidas por ele com a resposta do pesquisado. 3) entrevista diretiva. A entrevista dirigida em pesquisa é um tipo de comunicação entre o pesquisador que pretende colher informações sobre fenômenos e indivíduos que detenham essas informações e possam emiti-las.

12. Abordagem/qualitativa g) Qualitativa Objetiva provocar o esclarecimento de uma situação para uma tomada de consciência pelos próprios pesquisados dos seus problemas e das condições que os geram, para elaborar os meios e estratégias de resolvê-los. É um estudo não-estatístico que identifica e analisa profundamente o conteúdo não-mensurável. Instrumentos de coleta (técnica) 1) Entrevista não-diretiva. Forma de colher informações baseadas no discurso livre do entrevistado. O entrevistador deve manter-se na escuta ativa e com a atenção a todas as informações prestadas, quaisquer que sejam, intervindo com discretas interrogações de conteúdo. Não deve discordar das interpretações do entrevistado, nem aconselhá-lo, nem ferir questões íntimas. O entrevistador no decorrer da entrevista vai colhendo os dados que o conduzem à progressiva elucidação do problema, à formulação e à confirmação de suas hipóteses.

13. Procedimento a) Histórico (antropologia, sociologia e filosofia) Parte do princípio de que as atuais formas de vida e de agir na vida social, as instituições e os costumes têm origem no passado, por isso é importante pesquisar suas raízes para compreender sua natureza e função. b) Monográfico É o estudo de um tema, especificidade em pesquisar. c) Comparativo Consiste em investigar fenômenos e explicá-los segundo suas semelhanças e suas diferenças. d) Etnográfico Estudo e descrição de um povo, sua língua, raça, religião, cultura. e) Estatístico Método que implica em números, percentuais, análises estatísticas, probabilidades. Quase sempre associada à pesquisa quantitativa.

14. Fontes Na verdade, a principal forma de coleta de dados é a leitura. Há dois tipos de fontes: primária e secundária. A primeira informações que já estão disponíveis, pois foram objeto de estudo e análise. A segunda são informações que não foram estudadas ou analisadas e que carecem de pesquisa.

15. Análise Análise (dados, conteúdo e tema) É a estância da pesquisa, após a coleta do material, que é feita a análise sob o crivo científico e com base nos objetivos e/ou das hipóteses. A análise é dividida em três etapas seqüenciais: pré-análise (organização do material); descrição analítica (codificação, classificação, categorização); interpretação referencial (tratamento e reflexão). Análise de dados (técnica) Analisa números, quantidade, elementos em uma amostragem.

16. Análise de conteúdo (técnica) É uma técnica de pesquisa procura descrever de forma objetiva, sistemática e quantitativa o conteúdo evidente da comunicação. Esta técnica permite analisar o conteúdo, características, de livros, revistas, jornais, diários, discursos, películas cinematográficas, propagandas vinculadas na televisão, no rádio, slogans, resultado de pesquisa científica. Tem propósitos de analisar as questões a respeito das características do conteúdo, as questões relativas ao produtor ou motivos de conteúdo, questões em relação à audiência ou efeitos de conteúdo. É uma técnica que visa aos produtos da ação humana, voltada para o estudo das idéias e não das palavras em si.

17. Análise temática

18. Interpretação É um processo de analogia com os estudos assemelhados, de forma que os resultados obtidos são comparados com resultados similares.

19. Planejamento operacional da pesquisa O planejamento operacional da pesquisa consiste em prever as ações que deverão ser efetuadas para aplicar a estratégia da pesquisa escolhida. Estas ações dizem respeito à seleção da população a ser estudada, definição das variáveis e coleta de dados, assim como à análise dos dados recolhidos. População: Toda questão de pesquisa define um universo de objetos aos quais os resultados do estudo deverão ser aplicados. A população alvo, também chamada população estudada, é composta de elementos distintos possuindo certo número de características comuns. Estes elementos, chamados de unidades populacionais, são as unidades de análise sobre as quais serão recolhidas informações. Uma população é um conjunto de pessoas, objetos, acontecimentos ou fenômenos com pelo menos uma característica comum.

20. Amostra Uma amostra é um subconjunto de indivíduos da população alvo. Para que as generalizações sejam válidas, as características da amostra devem ser as mesmas da população. Existem dois tipos de amostras, as probabilísticas, baseadas nas leis de probabilidades, e as amostras não probabilísticas, que tentam reproduzir o mais fielmente possível a população. Existem várias técnicas de amostragem, cada uma tem vantagens e desvantagens, e a escolha deverá ser feita pelo pesquisador de acordo aos objetivos propostos pela pesquisa, de forma a garantir (tanto quanto possível) o sucesso da pesquisa e dos resultados. Deve haver critério para a seleção desses elementos; cada elemento da população deve ter a mesma chance de ser escolhido para garantir à amostra o caráter de representatividade. As técnicas para a determinação da amostragem são: Próximo conteúdo

21. Referências e bibliografia consultada Referências GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. THIOLLENT, Michel. Crítica metodológica, investigação social e enquete operária. 5. ed. São Paulo: Polis, 1987. Bibliografia básica CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1983. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989. ______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. RICHARDSON, Roberto Jarry e Col. Pesquisa social: métodos e técnicas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. THIOLLENT, Michel. Crítica metodológica, investigação social e enquete operária. 5. ed. São Paulo: Polis, 1987. ______. Metodologia da pesquisa-ação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1986.

22. 12. Referências • CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1983. • GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989. • ______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. • RICHARDSON, Roberto Jarry e Col. Pesquisa social: métodos e técnicas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1989. • LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006. • MARTINS, Gilberto de Andrade. Estudo de caso: uma estratégia de pesquisa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. • THIOLLENT, Michel. Crítica metodológica, investigação social e enquete operária. 5. ed. São Paulo: Polis, 1987. • ______. Metodologia da pesquisa-ação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1986.