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Rede Ecológica. “Campo e Cidade se dão as mãos”. O que é a Rede Ecológica?. A Rede Ecológica nasceu em outubro de 2001 a partir da iniciativa de alguns moradores no bairro da Urca, no Rio de Janeiro.
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Rede Ecológica “Campo e Cidade se dão as mãos”
O que é a Rede Ecológica? • A Rede Ecológica nasceu em outubro de 2001 a partir da iniciativa de alguns moradores no bairro da Urca, no Rio de Janeiro. • Hoje, existe na forma de cinco núcleos (Copacabana, Santa Teresa, Urca e Tijuca na cidade do Rio de Janeiro e Teresópolis). • Reúne produtores e consumidores em volta dos mesmos objetivos: • desenvolver uma relação direta entre consumidores e pequenos produtores, rurais e urbanos • levar as pessoas a refletirem sobre a necessidade de praticar os 3 Rs: • Reduzir o consumo, • Reaproveitar o que for possível • Reciclar em ultimo caso
O que faz a Rede Ecológica? • 1. Compras coletivas de produtos ecológicos • 2. Reaproveitamento • 3. Agroturismo • 4. Trabalhos com a terra • 5. Participação em campanhas de preservação ambiental
1 - Compras Coletivas de Produtos Ecológicos • preços reduzidos, diminuindo as margens definidas pelos intermediários • relação mais próxima e pessoal, onde a solidariedade pode se introduzir de uma maneira tangível. • entrega em lugares comunitários, preferencialmente escolas. O espaço écedido, durante algumas horas. • oportunidade de encontro com outros cestantes, e consequentemente de troca de experiências e idéias.
1 - Compras Coletivas de Produtos Ecológicos • Os produtos alimentares compõem um cardápio orgânico, composto de: • produtos frescos (legumes, verduras, frutas...) • outros não rapidamente perecíveis (arroz, feijão, fubá, açúcar, café, multimistura, palmito, queijo parmesão, doce de cupuaçu, compotas e geléias...). • Também são trazidos produtos de limpeza (detergentes, desinfetantes, etc) ou de uso corporal (sabonetes); assim como produtos educativos (cadernos ecológicos).
2 - Agroturismo • Tem como proposta aproximar consumidores urbanos dos produtores a partir da visita e da hospedagem em suas casas no campo. • A compreensão do projeto aumenta, acelerando o processo de conscientização. • Gera uma renda adicional para os produtores.
3 - Reaproveitamento • o caminhão que leva os produtos pelos consumidores não volta vazio: leva materiais e objetos da cidade que habitualmente são descartados • produção de cadernos ecológicos, feitos com material de reaproveitamento, que são vendidos nos núcleos e para seminários e encontros; • realização de oficinas de reaproveitamento (de objetos, bonecos e alimentar) nas quais a criatividade e o encontro são fortes; as pessoas se divertem e ao mesmo tempo passam a ter outras referências.
4 - Trabalhos com a terra • Envolve compostagem, coleta de sementes e plantio de mudas • O “mexendo com a terra”, ao fazer compostagem, vai mostrando formas de transformar algo visto como sujo, em humus que vai favorecer plantio de mudas, que por sua vez voltam para produtores ou chegam à iniciativas na cidade .
5 - Participação em campanhas de preservação ambiental • Através do e-mail enviado sistematicamente aos consumidores, temos participado de campanhas, especialmente a relativa aos transgênicos, com distribuição de material informativo.
Os integrantes da Rede Ecológica • Os produtores • Os consumidores
Os produtores • são pequenos produtores (pequena agricultura familiar, micro empresas...); • têm uma produção orgânica e/ou ecológica (certificada ou no processo de certificação); • são grupos e/ou indivíduos com empreendimento ecológico/solidário: legumes, hortaliças (Biohortas, Brejal, RJ); cereais, mel, etc (Associação de Pequenos Produtores Rurais/APAT, Tombos, MG); produtos de limpeza (Cooperlimpe, Coelho da Rocha, Rio de Janeiro); palmitos (Projeto Reca), doce de cupuaçu (APA/Rondônia); sabonetes (Arteiras, Tijuca, Rio de Janeiro); queijo parmesan (Fazenda Serra Boa Vista); leite forte, ervas medicinais (Poço do Peixe, Teresópolis).
Benefícios para os produtores • abertura de novos mercados • geração de renda através do aumento da atividade (produção e agroturismo) e de remuneração pela venda direta • diversificação da produção pela transformação alimentar através do beneficiamento, agregando valor aos produtos orgânicos • ganhos adicionais, através do reaproveitamento (recuperação de móveis, eletrodomésticos, brinquedos...) e do agroturismo • fortalecimento da organização individual e coletiva (transformação dos produtos, embalagem, armazenagem, transporte...) • aumento da auto-estima e dos laços sociais
Os consumidores • vinham originalmente da classe média, mas hoje, já tem consumidores das classes populares; • são consum’atores, ou seja, consumidores conscientes que praticam um consumo ético; • são indivíduos ou grupos, que encomendam através de e-mail ou telefone junto aos núcleos e pré-núcleos, articulados em rede.
Benefícios para os consumidores • acesso a uma ampla gama de produtos ecológicos, de qualidade, a um preço justo. • mudança de atitudes através da conscientização • aumento dos laços sociais, tanto com os produtores como com os outros cestantes.
A gestão da Rede Ecológica • É feita por um grupo composto de alguns consumidores e produtores que: • recolhe as encomendas (através do telefone e do e-mail); • administra a entrega semanal; • anima a vida do grupo • assume um papel de educação ambiental • contacta, visita e se reúne com produtores e grupos que poderiam se integrar à Rede; • divulga o conceito de consumo solidário e a experiência da Rede fora do grupo • Temos alguns parceiros que: • cedem espaços para guarda ou venda dos produtos ou para eventos (oficinas, encontros); • nos prestam assessoria • encomendam os nossos produtos • ajudam a financiar os nossos encontros
Os desafios da Rede Ecológica • Redefinir os critérios para a participação dos produtores na Rede Ecológica • Sustentabilidade da Rede Ecológica • Comercialização solidária
1 - Redefinir os critérios para a participação dos produtores na Rede Ecológica • Tem que se considerar para cada produto: • 1) a qualidade orgânica ou ecológica do produto • 2) o aspecto solidário/social da produção • 3) o aspecto local/territorial • Uma vez definidos os critérios, analisar: • 1) se os nossos produtores atuais já estão dentro destes critérios. • 2) como integrar novos produtores? • Que tempo/prazo os produtores atuais e novos têm para se adequar aos critérios?
2 - Sustentabilidade da Rede Ecológica Tem que se considerar: • 1) sazonalidade e momentos de contração da demanda • 2) equilibrio financeiro (despesas/receitas: prejuizo/equilibrio/sobra?)
3 - Comercialização solidária • - construção do preço justo para os produtores como para os consumidores • - acessibilidade ao consumo dos produtos para pessoas de baixa renda (margem diferenciada, outro mecanismo?) • - trocas solidárias e moedas sociais: como estas 'tecnologias' sociais podem fazer parte das nossas práticas de comercialização? • - estabilidade dos preços para os consumidores: como e quando recalcular/aumentar os preços? • - regularidade de renda para os produtores: como lidar com as oscilações (entresafra, intempérie natural, atravessador....), como estabelecer contratos entre produtores e consumidores (experiências das Amap na França e de Empresa 21 no Nordeste)...?
CONTATOS Pauline Grosso (21) 2553 7861 economiesolidaire@terra.com.br • Núcleo de Copacabana / Rio de Janeiro / RJ Fernando (21) 2465-1551 • Núcleo de Teresópolis / Teresópolis / RJ Ary (21) 2643 2013 rhguarilha@uol.com.br • Núcleo de Santa Teresa / Rio de Janeiro / RJ Juliana 2232-7242/ 9239-1882 jbueno@domain.com.br • Núcleo de Tijuca / Rio de Janeiro / RJ Ana 2238-5829/ 9835-6098 aninhaeba@ufrj.br • Núcleo de Urca / Rio de Janeiro / RJ Luisa redeecologica@superig.com.br