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A nossa história , a nossa literatura. Romantismo no Brasil. O Romantismo nasce no Brasil poucos anos depois da nossa independência política. Por isso, as primeiras obras e os primeiros artistas românticos estão empenhados em definir um perfil da cultura
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Romantismo no Brasil O Romantismo nasce no Brasil poucos anos depois da nossa independência política. Por isso, as primeiras obras e os primeiros artistas românticos estão empenhados em definir um perfil da cultura brasileira em vários aspectos: a língua, a etnia, as tradições, o passado histórico, as diferenças regionais, a religião, etc. Pode-se dizer que o nacionalismo é o traço essencial que caracteriza a produção de nossos primeiros escritores românticos.
Momento histórico A Coroa portuguesa muda-se para o Brasil em 1808 e eleva a colônia à categoria de Reino Unido, ao lado de Portugal e Algarves. As conseqüências desse fato são inúmeras. A vida brasileira altera-se profundamente, o que de certa forma contribui para o processo de independência política da nação. As dinamizações da vida cultural da colônia e a criação de um público leitor criam algumas das condições necessárias para o florescimento de uma literatura mais consistente e orgânica do que eram as manifestações literárias dos séculos XVII e XVIII.
Particularidades do nosso Romantismo A Independência política, em 1822, desperta na consciência de intelectuais e artistas nacionais a necessidade de criar uma cultura bra sileira identificada com suas próprias raízes históricas, lingüísticas e culturais. O Romantismo assume em nossa literatura a conotação de um movimento anticolonialista e antilusitano. Portanto, um dos traços essenciais do nosso Romantismo é o nacionalismo, abrindo um leque de possibilidades a serem exploradas: a) o indianismo b) o regionalismo c) a pesquisa histórica, folclórica e lingüística d) crítica aos problemas nacionais Marco inicial do Romantismo no Brasil: Suspiros poéticos e saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães.
As gerações do Romantismo Primeira geração Nacionalista, indianista e religiosa. Poetas: Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães. Segunda geração Marcada pelo mal-do-século, apresenta egocen- trimo exacerbado, pessimismo, satanismo e atração pela morte. Poetas: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire. Terceira geração Marcada pelo condoreirismo: poesia de cunho político e social. Poeta de maior expressão: Castro Alves. Justiça! Igualdade!
O condoreirismo • A terceira geração romântica foi chamada de condoreira ou de poesia social, pois buscava demonstrar em sua obra os problemas sociais do Brasil da época, como escravidão, proletariado e outros.O seu principal representante foi Castro Alves.
Obra condoreira Navio Negreiro O navio negreiro é um poema de Castro Alves e um dos mais conhecidos da literatura brasileira. O poema descreve com imagens e expressões terríveis a situação dos africanos arrancados de suas terras, separados de suas famílias e tratados como animais nos navios negreiros que os traziam para ser propriedade de senhores e trabalhar sob as ordens dos feitores.
Navio Negreiro • Tostados pelo sol dos quatro mundos! Crianças que a procela acalentara No berço destes pélagos profundos! • Esperai! esperai! deixai que eu beba Esta selvagem, livre poesia Orquestra — é o mar, que ruge pela proa, E o vento, que nas cordas assobia • Por que foges assim, barco ligeiro? Por que foges do pávido poeta? Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira Que semelha no mar — doudo cometa! • Albatroz! Albatroz! águia do oceano, Tu que dormes das nuvens entre as gazas, Sacode as penas, Leviathan do espaço, Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.