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E N D
1. Bioética: aspectos éticos de pesquisa envolvendo seres humanose consentimento livre e esclarecido Marisa Campio Müller
Prisla Ücker Calvetti
Maio, 2007
2. Profissional da Saúde
5. Nos tempos de uma grande necessidade de uma ética da terra, uma ética para a vida selvagem, uma ética de populações , uma ética de consumo, uma ética urbana, uma ética internacional, uma ética geriátrica e assim por diante.Todos eles envolvem a bioética.
11. Em 1947 – Código de Nuremberg Primeiras normas reguladoras da pesquisa com seres humanos. Surge a partir da tomada de conhecimento das situações abusivas durante a II Guerra Mundial.
12. O Código de Nuremberg estabelece normas básicas tais como:- o consentimento voluntário;-a necessidade de estudos prévios em laboratórios e em animais;- a análise de riscos e benefícios;- a liberdade do sujeito da pesquisa em se retirar do projeto; - a adequada qualificação do pesquisador.
13. Em 1964 – Declaração de Helsinque - Introduz a necessidade de revisão dos protocolos por comitê independente;- Estabelece normas para pesquisas sem fins terapêuticos.
14. RELATÓRIO BELMONT Em 1974 – 11 profissionais de áreas diversas, nos EUA, eram membros da Comissão Nacional para a Proteção dos Sujeitos Humanos da Pesquisa Biomédica: Relatório Belmont
16. 3. Desde os anos 30, mas divulgado só em 1972 no caso de Tukesgee study, no estado do Alabama 400 negros sifilíticos foram deixados sem tratamento para a realização de uma pesquisa da história natural da doença.
18. Em 1980 – Diretrizes Internacionais para Pesquisa Biomédica em Seres HumanosElaborado pelo Council for International Organizations of Medical Sciences (CIOMS)juntamente com a Organização Mundial da Saúde
19. Em 1990 – International Guidelines for Ethical Review of Epidemiological StudiesO CIOMS lança o primeiro documento especificamente voltado para a pesquisa em estudos de coletividade (estudos epidemiológicos).
22. Pessoa autônoma tem liberdade de pensamento, é livre de coações internas ou externas para escolher as alternativas que lhe são apresentadas.
30. A garantia da preservação do segredo das informações é um dever prima facie, ou seja, é uma obrigação que se deve cumprir, a não ser que conflite com outro dever de igual ou maior porte.
32. Cuidado porque as vezes é mais fácil manter a confidencialidade dos pacientes mais abonados e podemos ser mais “flexíveis” com os pacientes mais empobrecidos tanto social como intelectualmente.
35. As instituições têm a obrigação de manter um sistema seguro de proteção aos documentos que contenham registros com informações de seus pacientes.
38. Resolução Conselho Nacional de Saúde nº 1/88
Primeiras normas Nacionais sobre ética na pesquisa em seres humanos aplicadas pela Comissão Intersetorial de Ciência e Tecnologia (CICT).
39. Resolução 196/96 do Conselho Nacional de SaúdePrimeiro documento oficial brasileiro que procurou regulamentar as normas da pesquisa em saúde.
40.
Código de Nuremberg, 1947
Declaração Universal dos Direitos do Homem, 1948
Declaração de Helsinque, 1964; 1975; 1983; 1989; 1996; (2000; 2002)
Acordo Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, ONU, 1966 Diretrizes e Normas de Pesquisa em SaúdeResolução n°196/96 sobre pesquisas envolvendo seres humanos, CNS
41. Diretrizes e Normas de Pesquisa em SaúdeResolução n°196/96 CNS Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisa Biomédicas envolvendo Seres Humanos, CIOMS/OMS, 1982; 1993; (2002)
Diretrizes Internacionais para Pesquisas Biomédicas envolvendo Seres Humanos, CIOMS, 1991; (2002)
42. Diretrizes e Normas de Pesquisa em SaúdeResolução n°196/96 CNS Código do Direito do Consumidor
Códigos Civil e Penal
ECA
Leis e decretos referentes ao funcionamento do sistema de saúde.
Esta resolução incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os quatro referenciais básicos da bioética: autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça, e visa assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado.
43. Destaques da Resolução 196/96:- Incorporação dos referenciais da Bioética;- Ampla abrangência no que se refere a pesquisa (todas as áreas do conhecimento) individual ou coletiva;- Conceituação de risco; - Necessidade de consentimento livre e esclarecido;
44. - Análise de riscos e benefícios da pesquisa; - A exigência de apresentação do projeto de pesquisa, por parte do pesquisador responsável ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP);
45. - A criação da Comissão Nacional de Ética em pesquisa (CONEP), órgão máximo na área, vinculado ao Conseho nacional de Saúde – Ministério da Saúde.
46. AUTONOMIA Agir intencionalmente
Liberdade
Mais relacionado ao paciente/pessoa
Na pesquisa: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
47. BENEFICÊNCIA Fazer o melhor, do ponto de vista ético e técnico-assistencial
Mais relacionado ao profissional
Na pesquisa: ponderação entre risco e benefício
48. NÃO-MALEFICÊNCIA Dever de não causar mal ou danos ao paciente
Na pesquisa: garantia de danos evitados
49. JUSTIÇA Equidade de bens e recursos considerados comuns:
Saúde
Educação
Outros
Na pesquisa: relevância social do estudo, igual consideração aos sujeitos
50. Vulnerabilidade origem latina- vulnus que significa "ferida"
Relatório Belmont: nocão de vulnerabilidade
mas como forma de classificar pessoas
(órfãos, prisioneiros, idosos, diferentes raças, mulheres)
Vulnerabilidade como adjetivo
51. Desenvolvimento da Bioética na Europa
muda de adjetivo para substantivo.
Não pode ser compreendida ou utilizada
Com fator de diferenciação.
52.
Vulnerabilidade - constitutiva do humano
comum a todo existente.
Há grupos especialmente vulneráveis
Exemplos: pessoas que vivem com determinada
doença (HIV/Aids), situação sócio-econômica
baixa/pobreza, situação de rua, dentre outros.
53.
1998 - Barcelona Declaration
Vulnerabilidade como autonomia, dignidade, integridade.
“Princípios Éticos Básicos"
54. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido O consentimento deve ser dado livremente, conscientemente, sem ser obtido mediante práticas de coação física, psíquica, moral ou por meio de simulação de práticas enganosas, ou quaisquer outras formas de manipulação impeditivas de livre manifestação da vontade pessoal
55. Livre de restrições internas, causadas por distúrbios psicológicos e livre de coação externa, por pressão de familiares, amigos e principalmente dos profissionais da saúde.
56. Linguagem acessível
Descrição dos procedimentos, instrumentos
Descrição de desconfortos e riscos
Garantia de esclarecimento
Liberdade
Aprovado por um CEP
58. Riscos e Benefícios Toda pesquisa envolvendo seres humanos envolve risco
As pesquisas podem e devem ocorrer com:
Elevado potencial de gerar conhecimento aos sujeitos ou outros
Risco justifique o benefício
Benefício maior ou igual a outras alternativas já estabelecidas
Responsabilidade do pesquisador, instituição, patrocinador
CEP
59. Referências BibliográficasAlbuquerque, M.C; Dias, E. (2003). Bioética e humanização: reflexões e vivência. Aurélio Molina (Org.). Recife: EDUPE. Anjos, M.F. (2006). A vulnerabilidade como parceria da autonomia. Revista Brasileira de Bioética. 2(2).pp.173-186.
60. Clotet, J. (2005). Bioética uma visão Panorâmica. Joaquim Clotet, Anamaria Feijó, Marília Gerhardt de Oliveira (Coordenadores). Porto Alegre: EDIPUCRS.
Clotet, J. (2003). Bioética: uma aproximação. Porto Alegre: EDIPUCRS.
61. Freitas, C; Hossne,W. (1998). Pesquisa com seres humanos. Iniciação à Bioética. Sérgio Ibiapina Ferreira Costa. Gabriel Oselka, Volnei Garrafa (Org.). Brasília: Conselho Federal de Medicina. Goldim, J.R. (1997) Pesquisa em saúde: leis, normas e diretrizes. 3.ed. Porto Alegre: HCPA.International Ethical Guidelines for Biomedical Research Involving Human Subjects (2002). Direitos para a edição brasileira gentilmente cedidos pelo Dr. James Gallagher (secretaria do CIOMS) por meio da Unidade de Bioética da Organização Pan-Americana de Saúde (Santiago, Chile).Dr. Fernando Lollas – Diretor.
63. Oliveira, M.; Muller, M. C.; Zogbi, H. (2006). Dilémas éticos na pesquisa em psicologia. Délio José Kipper (Org.). Ética teoria e prática: uma visão multidisciplinar. Porto Alegre: EDIPUCRS, pp. 186-199.
Souza, R. T. (2006). A dignidade da pessoa humana. Délio José Kipper (Org.). Ética teoria e prática: uma visão multidisciplinar. Porto Alegre: EDIPUCRS, pp. 100-132.