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Bacia do rio Paraíba do sul. Recuperação & sustentabilidade. Características Principais da Bacia.
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Bacia do rio Paraíba do sul Recuperação & sustentabilidade
Características Principais da Bacia • A bacia do Paraíba do Sul abrange uma área de 55.400 Km2, banhando os estados de São Paulo (23,7%), Minas Gerais (39,6%) e Rio de Janeiro (36,7%) onde deságua. O rio corre no sentido oeste - leste numa altitude média de 370m, seus afluentes originam-se das serras da Mantiqueira e do Mar. • O rio Paraíba do Sul é o principal manancial de águas lóticas do Estado do Rio de Janeiro, fornecendo cerca de 80% do suprimento de água da área metropolitana do Grande Rio, sendo também responsável por cerca de 20% da produção de energia hidrelétrica.
Características 1 A bacia do Paraíba do Sul drena uma das regiões mais desenvolvidas do país, Vale do Paraíba , Zona da Mata Mineira, e metade do Estado do Rio de Janeiro. A população total da bacia, segundo a contagem do IBGE de 2000, é de 5.246.066 habitantes, 87% dos quais vivem nas áreas urbanas, um dos fatores responsáveis pelo aumento da poluição hídrica na bacia.
CARACTERÍSTICAS 2 • 0,7% do território nacional • Região mais densamente ocupada do Brasil - já apresenta sérios problemas de disponibilidade hídrica • Área de drenagem é de 55.400 km2, extensão 1.150 km • Rio de Janeiro (20.900 km2) 63% do território • Minas Gerais (20.700 km2) 4%do território • São Paulo (13.900 km2) 5%do território • Nascentes na Serra da Bocaina - confluência dos rios Paraitinga e o Paraibuna, no estado de São Paulo - compreende 180 municípios representado 6% da região sudeste
BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL A importância política e econômica da bacia do rio Paraíba do Sul no contexto nacional vem exigindo ações do Governo e a mobilização de diversos setores da sociedade para a recuperação dessa bacia que, em decorrência da poluição, dentre outros fatores, tem registrado acelerado processo de degradação dos seus recursos hídricos.
PROBLEMAS DESCASO…..
Cobertura vegetal - 70% pastagem; 27% culturas, reflorestamento e outros; apenas 3% de florestas nativas (Mata Atlântica); • Degradação das águas – 1 bilhão de litros de esgotos domésticos (estimado) com tratamento precário despejados diariamente nos rios da bacia do Paraíba - 90% dos municípios da bacia não contam tratamento. • Mais 150 toneladas de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) por dia – originários dos efluentes industriais orgânicos (sem contar os agentes tóxicos) • Carga poluidora total da bacia do Paraíba (origem orgânica) - cerca de 330 toneladas de DBO por dia 55% efluentes domésticos e 45%, industriais. • Captação de águas - uso doméstico é de 64 Mil Litros por segundo (L.s-1) sendo 17Mil população residente e 47Mil desviados para o rio Guandu (>70%); uso industrial 14 MilL.s-1 e uso agrícola 30MilL.s-1.
Esgotamento sanitário, resíduos sólidos urbanos e industriais • intensa poluição por baixo percentual de tratamento dos esgotos coletados. • expansão demográfica é igual a aumento da demanda por saneamento básico porém, a demanda não é atendida, gerando poluição.
Uso e demandas Hídricas Uso Agrícola & Uso Urbano • Com relação a poluição, o uso de fertilizantes e agrotóxicos é fonte de contaminação direta dos corpos hídricos, bem como a significativa contribuição de sólidos em suspensão para os cursos d’água em função do preparo do solo para o plantio na várzea. • O Rio paraíba do Sul é corpo receptor dos efluentes urbanos da bacia, é utilizado como meio de diluição.
RIO PARAÍBA DO SUL: RIO FEDERAL ÁREA AFETADA POR VÁRIAS AÇÕES RELACIONADAS À EXPLORAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS: • BARRAGENS E RESERVATÓRIOS – nutrientes, doenças associadas à água, migração de peixes; • EXPLORAÇÃO DE AREIA (CAVAS) – similares às barragens; • URBANIZAÇÃO EXTENSIVA – balanço hídrico, padrões climatológicos; • DESPEJOS DE ESGOTO HUMANO – poucos contaminantes químicos mas várias patologias e alta concentração nutrientes; • DESPEJOS INDUSTRIAIS – com controle mas composição variável • DESPEJOS AGRÍCOLAS – fertilizantes, pesticidas, herbicidas, dejetos animais (difusa)
Saneamento ambiental A água destinada ao ABASTECIMENTO PÚBLICO, é hoje da ordem de 15 m3/s, distribuída pelos três estados, responsável pelo abastecimento de cerca de 14 milhões de pessoas, sendo cerca de 96%(São Paulo), 85% (Rio de Janeiro) e 90% (Minas Gerais). Os sistemas quase nunca são setorizados, carecem de cadastros adequados, de macromedição e de universalização da micromedição. Apresentam problemas de elevadas perdas físicas e de desperdício em torno de 40%, chegando em caso isolado a 63%. Apresentam também problemas de poluição críticos que afetam diretamente a qualidade da água bruta, com reflexos negativos nos custos de tratamento.
QUALIDADE DAS ÁGUAS DIAGNÓSTICO
O trecho paulista do Paraíba do Sul é monitorado pela CETESB. Em geral, são avaliados os parâmetros OD (oxigênio dissolvido), DBO (demanda bioquímica de oxigênio), coliformes fecais, coliformes totais, fosfato, nitrito, nitrato, chumbo, manganês, zinco, cobre e cádmio. Tem apresentado alta disponibilidade de oxigênio dissolvido, porém um grande nível de compostos fosfatados e coliformes fecais e totais. Poluição de origem orgânica. A poluição química causada pelo lançamento de metais na água, exclusivamente de origem industrial, constitui sério problema ambiental, dados os riscos potenciais para a biota aquática e para os sistemas de abastecimento de água, já que o tratamento convencional apresenta baixa eficiência de remoção.
ÁGUAS CETESB (SP) relatório referente aos dados de 2005 com base em 13 pontos: Índice de Qualidade das Águas (IQA) entre aceitável e boa (um ponto ruim localizado sob a ponte entre os municípios de Aparecida e Potim) espécies químicas mais críticas são o oxigênio dissolvido, o Alumínio e os Coliformes Fecais.
FEEMA (RJ) relatório 2003-2005 com base em 41 pontos • Trecho entre a barragem do Funil e a Elevatória Santa Cecília: principal uso da água é para abastecimento. • Reservatório do Funil com sinais excesso de nutrientes • Pontos críticos - abaixo de Barra Mansa e Volta Redonda: alta carga de efluentes urbano-industriais • O trecho Santa Cecília e a Ilha Pombo - precisa de controle cuidadoso de cargas despejadas devido à baixa vazão. • A águas são consideradas de baixa qualidade no trecho do RJ!!!
Metais pesados (As, Pb, Cu, Cr, Ni, Fe, Zn,etc.) • SP não foram observados em solução, pouco presentes nos sedimentos (vetores), matéria orgânica pouco avaliada • RJ região de Resende e Volta Redonda • Foz – pouco em solução e imobilizados nos sedimentos
EM SÍNTESE, COM BASE NOS ESTUDOS JÁ REALIZADOS (até 2005): • Problemas mais críticos - descargas de efluentes urbanos: esgoto in natura, efluentes oriundos das estações de tratamento de esgotos (ETE) • Efluentes industriais porém com controle • Eutrofização dos corpos d’água e aumento da carga de matéria orgânica. • Poluição por metais pesados - pontos isolados (detectado sinais de toxicidade em algumas espécies de peixes)
Programa Nacional de Despoluição de Bacias Hidrográficas Após a criação da Agência Nacional de Águas (ANA), em 17 de julho de 2000, foi lançado o Programa Nacional de Despoluição de Bacias Hidrográficas. Esse Programa consiste de subsídios de até 50% (União) do custo de capital necessário à implantação de estações de tratamento de esgotos (ETE’s), pagos aos prestadores de serviço durante a fase de amortização dos empreendimentos. Os outros 50% virão das instâncias locais (estado ou município) e da cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Esse último aspecto impulsionou a decisão do CEIVAP de criar sua Agência de Bacia ainda no ano de 2001 e implantar a cobrança pelo uso da água a partir de 2002. Os objetivos do Programa consistem em reduzir os níveis críticos de poluição hídrica observados nas bacias hidrográficas com maior densidade urbana e industrial do país e induzir a implantação de sistemas de gerenciamento de recursos hídricos nestas áreas.
NECESSIDADES NO MONITORAMENTO • Caracterização do funcionamento hidrológico e das propriedades físic0-químicas e microbiológicas das águas superficiais; • Caracterização dos possíveis indicadores para permitir monitoramento eficiente das diferentes fontes poluidoras; • Buscar uma visão integrada dos processos na escala da bacia através da integração dos resultados; • Ampliação do acesso à informação ambiental.
CONCLUSÃO1 • CONFLITOS DE USO: (quantidade e qualidade) dos recursos hídricos ocorrem ou tendem a ocorrer; • NECESSIDADES: definição de prioridades na implementação dos instrumentos técnicos, institucionais e econômicos do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
CONCLUSÃO2 Os altos índices de contaminação das águas do Paraíba do Sul, em função de seu uso predatório e descontrolado, fruto, em grande parte do descaso ou desconhecimento de seus usuários - ao mesmo tempo, seus maiores beneficiários - clamam por ações reparadoras capazes de reverter esse processo e assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos.